bárbaros

Desabafo de Conjuntura

O Brasil tá um tumulto e tende a piorar
Bem mais do que piorou do impeachment pra cá
Quem acreditou que aquilo seria salvação
Sinto muito, mas na cara que era uma ilusão
(Pra não falar que foi fruto de alienação)

Assim temos um Brasil de cabeça pra baixo
Corruptos que se exibem contra a corrupção
Marajá que nega direitos de quem trabalha
Mas faz greve pra manter ganho por distorção

A bota que pisa o pobre hoje pisando mais
Correndo atrás de quem denuncie sua maldade
Pisa e mata qualquer pessoa que fale “demais”
Seja homem ou mulher, quer seja preto ou branco
(Mais chance de morte, claro, se for preto e pobre)
Foi a bota que levou a Marielle Franco

As portas da tirania ainda estão abrindo
Os soldados que humilham morador no Rio
São amostra do que querem pra todo o Brasil

Agradeço aos senhores juízes do Brasil
Obrigado aos direitistas sem qualquer noção
Obrigado, Senhores de Mídia da nação
Obrigado defensores da desigualdade
Religiosos que falam de amor e pregam ira
Soldados que pregam guerra contra a sociedade
Por tornarem tão didático explicar pro povo
O que é luta de classes e desigualdade
Democracia, quem sabe nos vemos de novo!

-- Cárlisson Galdino

Foto usada para compor imagem do post: Mídia Ninja.

Engenho: 
Special: 

Ataque dos Emoticons

No reino das palavras, uma angústia despertou
O chão estremecia quando longe lá se viu
Monstrengos caricatos, despertos de seu torpor
Marchando pelas terras, armados, de olhar febril

E o povo da cidade, desespero, medo e dor
O Fórum da Retórica sozinho já caiu
Toda a população busca um porto salvador
Na Casa dos Gramáticos ela se reuniu

A horda finalmente se espalhou pela cidade
Quebrando chão e muros como fossem de isopor
As palavras das ruas não tiveram piedade
Quebradas, destruídas por espadas de kendô

Olhando assim de perto para os monstros, na verdade
São formados de letras como todos ao redor
De letras e sinais de pontuação, de igualdade
Mas impronunciáveis, como monstros de terror

Na Casa dos Gramáticos, os muros por um fio
Lá fora ninguém sabe se ainda existe uma cidade
Pra ouvir o grande sábio, o povo se reuniu
Ele então fala com tristeza e solenidade

"Nós todos temos medo, nosso futuro é sombrio
Lá fora não há monstros, só crias da Liberdade
Que vêm pra mudar tudo o que até hoje existiu
Pra nos substituir, numa nova sociedade"

-- Cárlisson Galdino

Dois Mundos

Serpentinamente saltitando pelo chão
Sei que vem e sempre traz mais outro pra prisão
Crendo ser o mundo mundo torto, pra ele certo
Crendo estarmos nele todos nós, os vossos servos

Mas quem crê na vida tem mais força pra lutar
Que quem se diz Força e chega bravo ao nosso lar
É, quem crê na vida e num futuro forte e vivo
Consegue fazer real um sonho coletivo

-- Cárlisson Galdino

A Comunidade

Quem vem do fundo não precisa de tanto requinte
Queremos só o que nos leve onde queremos ir
Queremos o de bom trazido do século vinte
Que melhore, se torne rápido e nos faça rir

Você luta por ter objetos ao seu redor
Mas o poder não vem daquilo que temos na mão
Os milhares de livros que você sabe de cor
Jamais valerão nossa pequena compreensão

Nós não queremos os atalhos que você procura
Se é o caminho mais difícil o que nos engrandece
Se quão mais perto do estado da matéria pura
Mais caminhos que não vês o chão nos oferece

Nós não queremos nos vestir com o que está na moda
Em nós diversos, somos contra a massificação
E só pretendemos tentar reinventar a roda
Naqueles casos que você achará melhor não

(Clássico e simples: nossa única necessidade)

-- Cárlisson Galdino

De onde vem os deuses

Vida existe em todo canto de todo o UniversoLágrima Lunar
O infinito é muito extenso pra não ter ninguém
E onde existe inteligência com certeza tem
Quem sonhe, quem admire olhar pro vazio

Desde os tempos mais remotos isso se seguiu
Sentimentos despejados nesse céu nanquim
Sentimentos que, jogados, não encontram fim
Mas se juntam e criam vidas de tipos diversos

E assim nascem seres cósmicos da imensidão
Imortais e poderosos, de brilho estelar
Dos planetas vão cuidando, pastores astrais

Esses deuses vivem longe dos pobres mortais
Ninguém vê, mas não espanta se você lembrar:
Os do céu não tem costume de andar no chão

-- Cárlisson Galdino

Engenho: 

Escrito nas Estrelas

Estava escrito nas estrelas desde antigamente
Em papiros enterrados sob o chão de Roma
Lá no Número de Ouro, seu produto e soma
Em teses de doutorado na Atlântida oculta

Estava escrito nas estrelas, montanhas, nas grutas
Na profundeza do mar que amor assim não havia
Estava escrito e era previsto em toda Astrologia
Na chinesa, nas antigas e na do Ocidente

Estava escrito nas estrelas, ficou lá somente
Cada beijo transtornado de paixão vadia
Cada encontro desses corpos em paixão ardente

Esse amor que era pra sempre se foi de repente
E assim foi que estava escrito, porém quem diria?
Estava escrito nas estrelas, não estava na gente...

Engenho: 

Tão Longe, Tão Perto

Já não posso mais viver de tanta falta de você
Por quê que você não volta pra bem pertinho de mim?
Minha vida é incompleta, nada agora faz sentido
Ah, meu amor, volte logo senão vou eu te buscar! :-)

Esse tempo que não passa e você aqui em casa...
Quando é que vai embora? Se quiser, te deixo lá
Minha filha, dá um tempo, já cansei da sua cara
Já matei foi mais saudade do que tinha pra matar

Minha linda, há tanto tempo quero tanto ver você...
Penso em você toda hora desde que você partiu
Volta logo pros meus braços, sem você tudo é vazio
Não fique aí pelo mundo, seu lugar é bem aqui

Olha só, te quero muito, mas já faz uma semana!
Não agüento mais suas crises, sua voz e seus xiliques
Nós não nascemos colados! Vai embora, pois senão
Ou te mato ou a mim mesmo pra poder viver em paz!

Luz do Sol

O Sol do céu despeja os seus raios sobre nós
Uma nascente-estrela que em teus olhos faz a foz
Mas como pode ser desses teus olhos serem sós
Se essa correnteza é forte e leva sempre a vós?

E arrogantemente, à noite, a Lua brilha falha
Mas ninguém, se estás perto, nota nem se ela trabalha
Pois os teus olhos brilham mais que seu fogo de palha
O Sol te deu a luz, a Lua só catou migalha

E quão cruel destino a esse infeliz os deuses dão!
De só sonhar contigo sem nem te tocar a mão!
Não posso competir co'Apolo por teu coração
Tento com poesia enquanto ele não faz canção

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