XR-III - Um Sistema de RPG Multimodo

Nos anos 1990 eu criei uns sistemas de RPG vinculados a cenários/ambientações próprios: 2016, Ases, Mundo Extra-Natural e outros mais.

Num segundo momento, selecionei o que parecia mais interessante desses sistemas para separá-lo do cenário, como um sistema genérico. A partir do "uncyberpunk" 2016, nasceu XR.

Há cerca de 10 anos fiz o XR-II, com algumas ideias novas, incluindo atributos adicionais para certos tipos de personagens e o uso de domínios (conceito que agrupa conhecimentos na metade do caminho entre “perícia” e “classe”).

Depois do XR-II, pensei no XR-III. Junto com ele haveria também o AKS, uma forma de representar personagens desvinculada de um sistema de regras. A ideia é que isso tornasse possível sistemas bem distintos, mas com personagens que poderiam transitar de um sistema para o outro. Poderíamos ter um sistema quer fragiliza os personagens para uso em horror; um mais aventuresco para campanhas medievais e afins… A representação dos personagens teria várias possibilidades, incluindo níveis diferentes de detalhamento e muitos campos textuais. XR-III seria o primeiro compatível com AKS. A proposta foi abortada.

Há poucos anos criei um sistema mínimo com base no AKS, que chamei de Tri. Nele, os personagens teriam 3 atributos, até 3 domínios e até 3 técnicas ou habilidades ligadas a domínios. As regras básicas e a aventura caberiam em uma folha e as fichas seriam altamente minimalistas.

Em 2019, empolgado com um projeto que envolve escrita colaborativa, resgatei tudo isso e repensei o XR-III, incorporando essas novidades e mais outras. Então, resumindo a proposta XR-III, aqui vai:

  1. Continua baseado em atributos, domínios e manobras. Atributos são Físico, Mental e Espírito. Níveis de atributos e domínios continuam variando até 5 para pessoas normais, até 7 para personagens mais avançados.
  2. Níveis de atributos e domínios passam a exigir também descrição. Não basta dizer que o Max tem Físico 2, por exemplo. Precisa dizer como isso se expressa. Por exemplo: pode ser rápido e atraente, ou forte e com saúde de ferro, ou outra combinação que o defina.
  3. XR-III terá modos diferentes (continuando a ideia do AKS). O Básico (que estou aprimorando agora), o Micro (equivalente ao Tri, funcionando como uma continuação, mas compatível com o XR-III), e o Avançado (que vai surgir com o uso e a expansão natural do XR-III. Pretendo incluir neste caso regras para transição entre o XR-III e sistemas consagrados). Outros modos poderiam ser implementados e algumas ideias até já estão anotadas para o futuro.
  4. Manterei o conceito de kits que o XR-II tinha. É parecido com o que a revista Só Aventuras fazia para o Sistema Daemon (para o pessoal mais antigo). Regras resumidas ao mínimo necessário, personagens prontos e aventura pronta. É um kit porque é o necessário para se mestrar uma aventura descompromissada.
  5. A distribuição do XR-III será em formato de livretos. No formato que iniciei recentemente para contos e chamei de Pulp Zine. Então, teríamos um livreto para as regras básicas, outros para expansões, cenários e kits. Isso torna o sistema mais simples, compacto e acessível.

Este é um resumo. A ideia é que o sistema seja útil para jogar RPG e para ajudar escritores a organizar seus personagens. Já tenho algumas ideias de cenários meus antigos e regras antigas, como Ases e alguns mundos medievais, além de outros novos. O módulo básico já está pronto (em refinamento). Também tenho um kit baseado no modo Micro, como um RPG infantil, que estou testando e está ficando legal. E estou editando o primeiro cenário, que será de fantasia medieval.

Special: 

Castelo de Cartas

Começando o ano com um novo cordel. Desta vez a temática é a grandeza e a fragilidade do conhecimento humano. Neste momento em que pessoas questionam a própria ciência e dão crédito a teorias conspiratórias, num movimento anticientífico, torna-se ainda mais importante conhecermos e valorizarmos a ciência, o "como chegamos até aqui".

O conhecimento humano é um castelo de cartas.

Animal sabe voar
Se esconder virando bola
Achar a sua comida
Sabe botar sua mola
Faz o que tem que fazer
Sem precisar ir à escola

Mesmo o animal mais sabido
Tem um homem que lhe doma
O homem sabe entender
Vida, presente, sintoma
Discutir os sentimentos
Em seiscentos idiomas

Sabe entender o universo
Estuda a Religião
Sabe criar quase tudo
Transporte, alimentação
Fazer contas, conta história
Pra tudo tem solução

Perto do saber do homem
Todo bicho é inocente
Bichos não pensam “Quem sou?”
De forma tão consciente
Só o homem entende o passado
O futuro e o presente

Este é o meu cordel de número 83, com 40 sextilhas. Já pode ser adquirido fisicamente diretamente comigo ou, em formato digital, na Amazon.

Special: 

Rapunzel Alternativa em Cordel

Imagine uma torre enorme e sem entrada, apenas com janelas, lá no topo. Nela mora uma mulher jovem. Não seria uma vítima perfeita para monstros e criaturas estranhas? Os Monstros de Rapunzel é um cordel absurdo, que traz a discussão entre dois monstros que chegam na torre ao mesmo tempo planejando atacá-la no meio da noite, enquanto ela dorme.

A ilustração da capa é uma xilogravura de Lourenço Gouveia, o @Xilogeek no Instagram. O cordel pode ser adquirido fisicamente comigo ou em formato digital na Amazon, inclusive no Unlimited. Lembrando que quem apoia os Cordéis do Bardo pode dar palpite na escolha do próximo cordel a ser publicado e tem acesso aos lançamentos! Dá uma olhada lá!

Aqui, o começo dos Monstros de Rapunzel:

Era um vampiro medonho
Que se virava em morcego
Monstro de pura maldade
Que nunca que ele era pego
Quando soube da princesa
Em uma torre indefesa
Quis ir tirar seu sossego

Mas outra noite chegava
Ele voou lá pro alto
Entrou na torre e virou
Vampiro mas deu um salto
Ao ver que havia lá dentro
Um outro monstro sedento
Planejando o mesmo assalto

Enfezado ele gritou
- Quem é você? O que quer?
"Pra vir aqui nessa hora
Incomodar a mulher
Essa mulher é minha vítima
Minha freguesa legítima
Cê pode ir dando no pé"

O outro deu uma gaitada
E disse: "Calma bichinho
Vai dar uma de valente
Sendo só um morceguinho?
Já descobri seu programa
Que feio esconder a dama
Para suga-la sozinho"

Special: 

Cordelares do TCI/IP

Quem adquiriu o cordel O Surfista do 5G notou que há 4 sonetos cordelares nele. Quem não é da área de T. I. provavelmente estranhou e não entendeu nada. Os 4 sonetos apresentam as 4 camadas do protocolo de redes TCP/IP.

São um artifício que pode ser útil para entender ou lembrar o que cada camada representa. Seguem os quatro em imagens.

Special: 

O Surfista do 5G e as Setilhas Piratas

Este meu novo cordel traz muita coisa interessante. Vamos por partes.

A história do Surfista do 5G é uma representação simbólica do que a Huawei vem passando, com boicote à sua tecnologia 5G pelos Estados Unidos. No cordel, em um futuro hipotético, os Estados Unidos foram separados, de modo que cada estado se tornou um país. Após isso, nasceu um novo Estados Unidos, que não era mais um país e sim um bloco com as nações americanas (todas, não só as do norte).

O praticante de kitesurf (aquele surf com uma pipa) havaiano Shui View criou uma manobra que vai bagunçar as competições nas Olimpíadas, então o Comitê Olímpico se reune para decidir o que fazer.

A outra grande novidade diz respeito à forma. Este é o primeiro cordel que publico com uma poética variante que eu planejei e chamei de setilha pirata.

Quem conhece o galope à beira-mar sabe que seus versos não são apenas em 11 sílabas poéticas. Além disso, o ritmo de galope marca a 2ª, a 5ª e a 8ª sílabas poéticas, de modo a se dar o ritmo de galope. Pois bem, a setilha pirata tem 2 métricas, uma para os versos 5 e 6 (métrica em 5) e outra para os demais (métrica em 8), mas tudo no ritmo do galope, como se fossem versos quebrados de um galope à beira-mar.

O resultado finalo é uma setilha diferente, que tem um ar de aventura quando declamada, que lembra cantigas de piratas, por isso escolhi esse nome.

Em dois, mil cento e dezenove
Dez anos depois do ocorrido
Que gerou diversas nações
Partindo os Estados Unidos
De suas raízes
Cinquenta países
Em um mundo mais dividido

Um novo "Estados Unidos"
Nasceu como parte da ideia
Unindo os países da América
Até mesmo a parte plebeia
Para fazer frente
De forma eficiente
À imensa União Europeia

No esporte desses novos tempos
Que animava a população
Havia duas Olimpíadas
Dois tipos de competição
De forma correta
Separando atleta
Quem era ciborgue e quem não

Quando o Comitê Americano
De surf, skate e asa delta
Se juntou no país da Flórida
Em uma reunião secreta
Pra turma dali
Poder discutir
Um tema que muito os afeta

O cordel já pode ser comprado a mim fisicamente ou obtido na Amazon!

7º Lugar na APLACC

Depois da notícia de que tinha havido mais de 1.000 trabalhos inscritos no VII Concurso Cidade de Penedo de Poesia e Conto, e de que eu havia ficado entre os 10 primeiros na categoria Poesia - Adulto, na última sexta-feira houve a solenidade de premiação.

Um concurso muito bem conduzido, com uma solenidade impecável também. Foi no Theatro Sete de Setembro, lá em Penedo mesmo. Um teatro bonito e antigo. Na solenidade, os classificados que não puderam estar presentes falavam através de vídeo, mandado com antecedência para os organizadores. Na categoria Poesia - Juvenil, em especial, houve dramatização das poesias dos 3 primeiros colocados. Além de incentivar leitura e escrita de Literatura, a turma da APLACC também expõe atuação teatral para estimular os estudantes. Estão de parabéns!

Quanto a mim, fiquei com a 7ª posição, com uma poesia que em breve publicarei.

Special: 

9ª Bienal, ACALA e Cordéis

Ontem foi a abertura da 9ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, que se estende até o próximo dia 10. Nela, terá mesas, palestras, oficinas, apresentações e venda de livros.

A ACALA (Academia Arapiraquense de Letras e Artes) participará no dia 6, com diversos lançamentos, incluindo 4 cordéis meus:

  • Fazendo um Cordel em Sextilhas: utilizando o próprio gênero do cordel, este cordel ensina como você pode criar o seu próprio, formatado em sextilhas. Como Fazer um Cordel, que publiquei em 2018, ensina o mesmo mas com base em setilhas. Este outro vem para complementar o material, dando alternativa para quem quer promover oficina de produção textual ou simplesmente escrever seus próprios títulos de cordel! Também será lançado o Kit Sextilhas, já pronto para oficinas.
  • Visita de Lampião Elétrico: continuando a saga cyberagreste de Lampião Elétrico, desta vez ele e Miss Maria fazem uma visita inesperada.
  • Os 12 Astros do Espaço: explicando um pouco sobre astrologia, este cordel também traz 12 sonetos cordelares, um para cada signo.
  • O Comunista e o Capitalista: da série Peleja na Tela, desta vez o embate é entre a visão comunista e a visão capitalista do mundo.

Os lançamentos serão no estande da AAL.

A ACALA também terá participação no sábado, com palestra da nossa presidenta Carla Emanuele às 9:30 na Sala 02 (das oficinas). O título: Benefícios da Implantação de Repositório Institucional nas Escolas de Educação Básica.

Ainda sobre lançamentos de cordel meu, em novembro também tem um quinto novo cordel: O Surfista do 5G. Falarei mais dele outro dia.

Aproveitando... Saiu o resultado parcial do VII Concurso Literário da APLACC e a poesia que submeti foi uma das 10 selecionadas! Sexta será a premiação e estarei lá em Penedo. Depois falo como foi.

No mais, quem estiver na Bienal nesta quarta-feira ou no sábado não deixe de nos prestigiar!

Séries de Cordéis

Para escrever Literatura de Cordel, eu trabalho os títulos individualmente. É como se cada cordel fosse um conto, que pode ou não ter continuação.

Mas no planejamento, na organização de temas, eu tenho já algumas séries pensadas. Alguns cordéis já nascem com essa ideia junta, de serem seguidos por vários outros e formarem um bloco.

Os meus primeiros títulos já traziam um grupo óbvio neles: os cordéis de Tecnologia. Cordel do Software Livre, Cordel do BrOffice, Cordel dos Aplicativos... O cordel Piratas e Reis suscede o Cordel da Pirataria, apesar de eu não ter planejado muitos outros nesse grupo.

Mais próximo do que estou dizendo, me lembro de dois títulos que já publiquei e que são na ideia de série:

  • O Castelo da Bruxa: continuando a aventura de Rand, que tinha aparecido no Castelo de Zumbis. Planejo vários outros castelos mágicos em sua jornada.
  • Pedro Cevada contra Meme Face: continua o Desafio a Pedro Cevada. Tenho planos para outros desafios nessa sequência de pelejas, narração e humor.

Tenho outras ideias de séries, algumas envolvendo cordéis que já escrevi e já estão publicados; outras de cordéis que são ainda inéditos e outras ainda de cordéis que nem escrevi. Quem for de Alagoas e tiver interesse, na Bienal Internacional do Livro deste ano eu pretendo lançar 4 títulos novos! Detalhe que 3 deles são continuações de cordéis anteriores. Como diz o filósofo norueguês do século XIV Didi Mocó: "Aguarde e confie..."

Special: 

TV on-demand e Games

Ainda no lance de streaming, estava aqui pensando em como isso tudo pode começar a se parecer com a indústria de jogos eletrônicos.

Detalhando melhor: no mundo dos games temos os fabricantes de plataformas, que são consoles. Os jogos que saem para cada plataforma são meio que controlados por essas empresas. Quem conhece um pouco da história sabe que a Atari abriu demais e deu errado. Depois dela, os fabricantes de videogames começaram a ter critérios para definir que publicações eles autorizam serem lançadas para seus aparelhos.

Existem os fabricantes de jogos, como é o caso das famosas Capcom e Konami. Fabricam para lançar em várias plataformas. Alguns jogos são feitos com contrato de exclusividade. E tem os próprios fabricantes das plataformas, que também fazem jogos para terem um diferencial, uma exclusividade.

Costumamos chamar de first party a produtora de jogos que é também a do console. De second party quando é uma outra empresa, mas que tem contrato de exclusividade de tudo o que produz, vinculada a uma plataforma só. Third party é o outro caso de que falei antes, de fabricantes de jogos que fabricam para várias plataformas.

O mundo de streaming está crescendo e quem sabe daqui a um tempo estejamos utilizando esse tipo de classificação para as produtoras de filmes e séries.

Special: 

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