Sweek e Sina

Vocês conhecem o Sweek? É uma rede social para escritores, do mesmo ramo do Wattpad. Resolvi testá-la e para isso, estou publicando por lá a velha/nova novela em folhetim Sina.

Já faz algum tempo, tenho um romance iniciado e publicado parcialmente por aqui: Sinas - Copos e Minas. Começou a ser escrito antes de Jasmim e ainda não foi concluído. Pois bem, revisei-o e alterei sua estrutura para o formato folhetim (vários episódios curtos) e estou republicando a história nesse novo formato lá no Sweek. Está quase concluída sua escrita, de modo que pretendo publicar um episódio por dia, idealmente, com no máximo 3 dias de atraso.

Quem quiser conhecer o Sweek  e/ou a história, que agora se chama Sina, é só dar um pulo por lá! Hoje, 12 de maio, jtem 7 episódios publicados.

Special: 

Cordéis de Maio (programador)

Há muitos anos escrevi um ebook chamado Nós Temos os Fontes. Era um conjunto de textos divagando sobre ativismo, inspirado pelo movimento hackers e do Software Livre. O título fazia a ponte com o mundo da programação de computadores, mas falava do nosso mundo real. O princípio: as ferramentas de que precisamos para fazer as mudanças que queremos no mundo estão à disposição, então temos que estudar e aprender a usar essas ferramentas. Não adianta reclamar que o programa está errado ou falta alguma coisa: nós temos o código-fonte!

Já em 2009, há cerca de dez anos, escrevi o cordel Você tem os fontes também, que tenta transmitir a mesma ideia básica (sem os detalhes e aprofundamentos que tentei no primeiro ebook) em formato de cordel.

Este mês lanço um novo cordel que segue essa "filosofia de vida". Misto dos dois, tenta explicar em versos essa visão do mundo. Seja você também um "programador da própria vida".

Este mês também tem a segunda edição do cordel Desafio a Pedro Cevada, ampliado, e uma diagramação especial para Silvino de Pirauá e seu cordel E Tudo vem a ser nada.

Os cordéis podem ser conseguidos diretamente comigo ou nos pontos habituais de venda em Arapiraca. Para quem não é daqui, em breve colocarei o Programador da Própria Vida na Amazon. Se preferir formato aberto, quem contriui com o apoia.se/cordeis com pelo menos R$ 5,00 mensais recebe mensalmente o título mais novo em ePub ou PDF por email.

Special: 

Poesia Assimétrica

Poesia é formada essencialmente por versos (ou linhas). Elas podem ser agrupadas em estrofes. A técnica poética envolve principalmente a rima, a métrica e o ritmo, que está relacionado à métrica.

Na maioria das vezes, sinto que se espera da poesia uma estrutura simétrica, pelo menos daquela poesia que não chutou modernamente o pau da barraca. Especialmente em poesias mais longas e/ou mais técnicas mesmo, como ocorre na Literatura de Cordel.

Na verdade, não devíamos estar tão preocupados com a simetria. O provável gênero poético mais famoso do mundo, o soneto, é assimétrico: tem duas quadras (estrofes de quatro versos) e dois tercetos (estrofes de três versos). Meus cordéis costumam ser muito simétricos, mas já vi cordéis assimétricos muito bacanas.

Outra "regra silenciosa de simetria" diz respeito à métrica. Quanto a essa, já escrevi sonetos (e outras poesias) que chamei à época de heterométricas, mesclando duas métricas em uma mesma poesia. Por exemplo, em O Duelo da Estrela:

A espada pesa, o ombro
Não é o aço
Mais um passo, um tombo
E outra reza

Ou no Cárcere da Arte:

Você pelas margens do meu caderno
Não te quero
Em juras e loucuras sem sentido
Como uma musa d'além desse mar

O estilo de cantoria popular Toada Alagoana também oferece essa dupla métrica. Partindo de uma sextilha, se intercalam três versos menores, que funcionam como eco (rimando inclusive) com os versos que não teriam rima, caso se mantivesse como sextilha. Para entender melhor:

O cordel é poesia
Todo dia
Tem um poeta nascendo
MC, tem repentista
Sonetista
A arte desenvolvendo
Nossa arte e cultura
Traz a cura
Pra um mundo quase morrendo

A estrutura de certas estrofes pode servir também para demarcar capítulos, para determinar momentos e climas da poesia, recurso que pode ser bem útil em uma poesia mais longa. Letras de música também costumam ter pegadas diferentes, nem que seja apenas para diferenciar o refrão do restante.

Ah, e a poética assimétrica está na Literatura de Cordel há muito tempo, é só ver uma peleja antiga.

-- Cárlisson Galdino

Special: 

Novidades na Biblioteca de Cordéis

A Biblioteca de Cordéis do Bardo atinge hoje 50 ebooks, todos disponíveis para leitura gratuita! Também acessíveis via OPDS, ou seja, se você usa um leitor de livros digitais que suporte bibliotecas, pode adicionar http://livros.cordeis.com/feed.php. Claro que dá pra acessar também via interface web. Os ebooks técnicos estão apenas em PDF, enquanto os de Literatura podem ser baixados tanto em PDF como em ePub. Confiram lá em livros.cordeis.com!

As novidades na Biblioteca são:

É Cordel/Não é Cordel

No cenário do Rap tem uma turma que não gosta de inovações. Acho que a essa altura esses, chamados pelos novos de "guardinhas do Rap", já estão mais calmos. O lance é que "donos do gênero" existem independente do tipo de arte. Assim como tem no Rap, tem os do Metal, tem os da Ficção Científica e, claro, tem os da Literatura de Cordel.

Antes de entrar no assunto, para fechar a referência a Rap, deem uma olhada nessa música excelente de Raphão Alaafin:

A origem da Literatura de Cordel, até onde vi, é controversa. Nota-se isso com ainda mais nitidez quando a gente pesquisa arte popular fora do Brasil. Na Espanha tinha os Romances de Cego, mas arte em livretos populares existiu em vários países. França, Inglaterra...

Leandro Gomes de Barros é um dos maiores nomes (talvez o maior) na Literatura de Cordel brasileira. Aparentemente, quem começou a utilizar a sextilha (estrofes de seis versos rimando só os pares - xAxAxA -, o estilo mais utilizado por Leandro Gomes) foi Silvino Pirauá de Lima, que criou também o subgênero Romance de Cordel. O pouco que vi de sua obra tem vários estéticas, até quadras ele usava.

É dito que Literatura de Cordel é formada por Rima, Métrica e Oração. Hoje entendo o que é essa horação: linearidade ou narrativa. Assim como freestyleiro é rapper, não concordo com quem pensa que repentista não é cordelista. Inclusive, martelos, galopes e outros são bem mais sofisticados do que a  sextilha. Isso pra mim não descaracteriza o cordel, do contrário: o engrnadece.

Nessa história de "é cordel"/"não é cordel", penso que cabe julgamento de opinião sobre qualidade técnica e preferências, mas quem realmente pode se dizer dono do cordel a ponto de decidir quem tem direito de se dizer cordelista ou não? Ou, como diz o Raphão, "enquadrar a rima do mano"? Tem quem queira impor regras com mais rigidez até do que a Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

Hoje eu só tenho o pé atrás e estranho quando vejo um "cordel em prosa", sem verso. Mas confesso que me incomoda não ter um nome para chamar isso, principalmente depois de ver que esse tipo de criação já teve seu lugar mundo afora. Claro, eu chamar de cordel não significa que eu admire e curta todo cordel que vejo...

-- Cárlisson Galdino

Special: 

Mudança no Sintufal

Paricipei de uma chapa concorrendo a eleição do Sindicato dos Trabalhadores da Ufal em 2016. Nossa chapa venceu e assumimos a direção do sindicato. Hoje, 3 anos depois, estamos deixando a gestão e passando a missão para um novo grupo, que venceu a eleição recente. Do grupo inicial, apenas um colega permanecerá, inclusive na mesma coordenação.

Nesses 3 anos tive a oportunidade de conhecer o funcionamento de um sindicato, por dentro. Aprendi muita coisa sobre a luta dos trabalhadores e a organização das nossas forças. Assim como conselhos e câmaras são formas de representação de pessoas, partidos políticos representam alinhamentos políticos e ações, os sindicatos são estruturas fundamentais em uma democracia para alinhar as forças dos trabalhadores e defender seus direitos frente ao Capitalismo, que obstinadamente só pensa em maximizar lucro e minimizar gastos (a possibilidade de prejudicar famílias inteiras no processo simplesmente não entra na equação).

Então, existem sindicatos que não fazem a defesa de fato dos direitos de seus representados. O problema não está no "sindicalismo", do mesmo jeito que o problema de partidos fisiológicos não está no sistema de partidos necessariamente. Acredito que o fundamental seja a politização das bases. O nosso sindicato tem sido um exemplo de luta em defesa da nossa categoria, frequentemente elogiado por pessoas politizadas que pertencem a outras bases ("queria que o nosso sindicato fosse aguerrido como o de vocês"). Se o seu sindicato aparentemente não te representa, não se afaste. Pelo contrário, se aproxime, do contrário não melhora.

Tudo o que temos de direitos foi fruto de conquista, mas tentam apagar essa história e colocar como "agrado" do governo de plantão. A CLT, por exemplo, foi "dada" por Vargas em resposta à greve geral e à pressão dos sindicatos cobrando direitos. Então se "dá direitos" para evitar que os reinvidicantes tirem à força, porque aí pode ser pior para o poder constituído.

Enfim, é isso. Foi um período muito bom, apesar do trabalho que dá. Agradeço a Evilazio e Davi, principalmente, pela confiança de me chamar para o grupo e por grande parte desse aprendizado. Estou me afastando por um tempo do Sintufal (não necessariamente da luta) e desejo boa sorte à nova Direção.

Cordéis de Abril (causo universitário)

Abril tem 4 publicações pelo Castelo do Tempo!

  • Perseguição pela Universidade - um causo a de perseguição entre dois alunos. É o meu cordel mais novo (publicado), ganhando o número 65 da minha contagem.
  • Cadê o Super-Homem? - cordel já publicado aqui no site, mas que ganha uma versão impressa, com alguns sonetos cordelares exclusivos como brinde.
  • O Castelo do Rei Falcão - terceira edição deste "cordel de fadas".
  • História da Máquina que faz o Mundo Rodar - este é de Antônio Ferreira da Cruz e já se encontra em Domínio Público. O Castelo do Tempo publica uma edição editada e diagramada.

O Laboratório da Rima também tem uma nova estafeta, a Laboratório 02, de bastão:

Com os olhos no passado
E a mente no futuro

Contou com participação de Marcio Fabiano, do Versos em Brasa, e do Breno Airan, também do Laboratório da Rima. Já está publicado no nosso site. Aproveitando, tanto esta como a primeira estafeta estão disponíveis também para download em PDF na Biblioteca de Cordéis do Bardo!

Com vocês, o começo do cordel Perseguição pela Universidade (que já pode ser adquirido comigo, mas embreve estará nos pontos de venda habituais e na loja online Xinxii em versão de cordel digital):

Era uma vez um país
Dentro dele, uma cidade
Era uma vez dentro dela
Uma Universidade
Onde se ensina e se aprende
Dela o futuro depende
Traz o bem pra sociedade

Na frente tinha uma praça
Cheia de bares pro vício
Tinha igrejas ao redor
No fundo, um precipício
De um lado, só morador
Do outro, pra grande horror
Existia um presídio

Numa época que o povo
Se danava a protestar
Aqui no nosso país
E também além do mar
Aconteceu essa história
Que eu trago na memória
E agora já vou contar

Pois nessa universidade
Que o progresso alimentava
Com formação e ciência
Pra cidade onde ficava
De repente, assim ligeiro
Aconteceu um roteiro
E a coisa ficou brava

Special: 

Catálogo do Bardo

Você sabia que já tenho 64 títulos publicados, entre cibercordéis, cordéis apenas impressos e cordéis publicados de múltiplas formas? E a produção contiua!

Para divulgar melhor o meu trabalho, elaborei este catálogo, onde apresento os 42 títulos que tenho publicados em formato de livreto. Para quem quer conhecer, adquirir títulos de cordel específicos ou apenas tem curiosidade. Espero que apreciem!

Está no Issuu, mas quem quiser o PDF é só me pedir!

Assine Cordéis do Bardo!

Se você gosta de Literatura de Cordel e gosta do meu trabalho, já pode ser um assinante do Cordéis do Bardo, um projeto de financiamento social recorrente publicado ontem no apoia.se. A contribuição pode ser feita com pelo menos R$ 1,00 mensal, mas a partir de R$ 5,00 é que vêm as recompensas:

  • R$ 5,00 - você recebe mensalmente pelo menos um e-book de uma obra de Literatura de Cordel. Em PDF (diagramado para telas pequenas) e ePub;
  • R$ 10,00 - os cordéis digitais citam seu nome nos agradecimentos e você pode participar de grupo fechado no Telegram, podendo conversar sobre Liteartura de Cordel, sobre ideias e opinar sobre temas e publicações futuras;
  • R$ 20,00 - você recebe cordéis impressos também. A média é de 2 cordéis por mês, mas com envio acumulado, com previsão de até 3 envios por ano;
  • R$ 50,00 - você pode solicitar no máximo uma vez por mês a diagramação de um cordel que tenha sido escrito por você! E aí, você escolhe se quer diagramado para impressão ou como ebook.

Os principais objetivos com o financiamento são o encurtamento do laço entre o cordelista (eu) e o leitor; e a possibilidade de abrir espaço para outras ações futuras (um podcast, um canal, oficinas online), a depender de o financiamento ser bem sucedido.

Assine você também! O endereço é apoia.se/cordeis.

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