Sete é o número mágico das listagens clássicas. São os sete mares, as sete maravilhas do mundo... A arte mais famosa é por sua posição na lista de artes é o Cinema, que praticamente todos sabem ser a sétima. Mas há outras artes além dessas sete iniciais.
Preparei uns slides ano passado para apresentar na Academia Arapiraquense de Letras e Artes a Décima Arte, no intuito de informar algo que, se a turma mais nova muitas vezes desconhece, imagina um grupo que é composto majoritariamente por membros mais vividos.
A tal lista de artes apareceu no Manifesto das Sete Artes, de Ricciotto Canudo, de 1923. Com o tempo, foram acrescentadas outras artes e hoje são 11. São elas:
- Música (som)
- Artes cênicas (movimento)
- Pintura (cor)
- Escultura (volume)
- Arquitetura (espaço)
- Literatura (palavra)
- Cinema (fusão das anteriores)
- Fotografia (imagem)
- História em quadrinhos (fusão de cor, palavra e imagem)
- Vídeogames (interação)
- Arte Digital (artes gráficas 2D, 3D e via programação)
É isso: a décima arte são os videogamse. "Mas videogame não é arte, é comércio!" Será? Cinema não seria comércio também? E a literatura de best-sellers? Pois é, gosto desta lista e acredito que tenha sentido, mas assim como o reconhecimento de uma determinada música como arte depende de vários fatores objetivos e subjetivos, o mesmo deve valer para videogame. O fato de estar nesta lista não significa que toda produção desse tipo vai ter valor artístico e cultural. O ruim é que esse valor é muito difícil de mensurar, especialmente sobre a produção do tempo em que vivemos.
Quem classificaria Pac-Man como arte na época do seu auge? Pois é, ele hoje está lá no Museu de Arte Moderna de Nova York.
Anexo | Tamanho |
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