Depois de muita pressão, o Governo veio com uma proposta: construir o presídio novo em sete meses e reforçar a segurança no presídio que fica dentro do Campus Arapiraca para que aguentemos até lá, instalando câmeras de vigilância e aumentando o número de agentes penitenciários. Seria muito lindo, mas...
- Mais agentes significa mais munição por lá. Quando os presos fogem, os agentes atiram em direção à UFAL. Mais agentes não garante que esse comportamento vá mudar. Há risco de piorar a situação.
- Colocar câmeras e fazer reformas em um prédio que vai ser desativado? Investir nele só vai dificultar sua desativação no futuro, já que o valor do prédio aumentará, a longo praso, à toa.
- O Governo fala de sete meses, mas quem garante? Eleições estão aí e há o medo de esses sete meses serem só um drible nos manifestantes. Para que quando todos se deem conta de que o praso não vai ser cumprido, os amigos do Governo já estão todos eleitos e felizes e o Governo não se importe que os insatisfeitos se manifestem.
- Sem contar que há anos temos promessas. Foi construção de muro, chegada de agentes, instalação de câmeras... Se promessa resolvesse, hoje já estávamos bem.
Por isso que a paralisação, o Movimento Ufal Segura, continua: não dá pra estudar e trabalhar num ambiente assim, com o medo constante de tiros. Alguns alegam que risco há em qualquer lugar, mas é diferente: a presença de um prsídio com fugas constantes e disparos constantes não é uma característica de risco mundano. Veja no mapa na imagem: o presídio fica DENTRO do território da UFAL. Veja o gráfico de fugas: desde 2006, quando o campus foi inaugurado! Me diga: pode?
A paralisação hoje completa três meses e o Campus Arapiraca só deverá voltar às atividades quando o presídio for desativado. O dinheiro que seria para o muro que melhoraria a segurança por aqui foi utilizado para reformar o presídio de Maceió. Depois de pronto, disseram não ter condições de receber os presos daqui. O que te parece?
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