Gerenciamento de Torneios

Uma das técnicas que utilizo para escolher entre várias opções é a de eliminatórias simples. Funciona assim: digamos que eu precise escolher uma imagem de planeta alienígena.

  1. Monta-se uma lista de participantes. Começo selecionando ilustrações que eu bem utilizaria.
  2. Organizo todas em pares aleatórios.
  3. Pra cada par eu analiso: se a escolha fosse entre essas duas opções, qual eu escolheria? Isso gera uma nova lista, menor.
  4. Repito os passos 2 e 3 até ter um vencedor

Para lidar com escolhas, você pode adotar o estilo “escola de samba”, definindo vários critérios para atribuir nota aos seus participantes e escolher a que teve maior nota final. Pode sortear apenas um. Enfim, há várias formas. A eliminatória simples não cabe em tudo, mas eu acho interessante.

Com base nisso, fiz um aplicativo em Cordova + Onsen UI para gerenciamento desse tipo de torneio. O legal é que dá pra fazer torneios mesmo, caseiros, usando o app.

Quem se interessar, pode baixá-lo na AppGallery da Huawei. Por enquanto, só tem lá. Também tem uma página no meu wiki falando dele, que se chama My Bracket.

P. S.: cross-posting de cordeis.vivaldi.net. Futuramente migrarei para lá.

Wiki XR-III Melhorado

Já faz um tempo, reorganizei o wiki.cordeis.com. Está mais bonito e funcional. No caso do XR-III em particular, uma barra lateral dá acesso rápido ao conteúdo relacionado ao sistema de RPG multimodo.

Dá uma passada por lá! Os modos publicados têm uma versão Creative Commons que pode ser baixada ou visualizada através do próprio wiki. O mesmo acontecerá com os três cenários oficiais: Biotunados, Canção dos Reinos e Nameless. Quanto aos cenários restritos (que mesmo restritos, têm sido publicados baratinho como ezine), são apresentados nessas páginas.

Dá uma passada lá e vê o que acha!

P. S.: Cross-posting de cordeis.vivaldi.net.

Produção de fevereiro (2021)

Este mês, o lançamento é de 2 títulos inéditos de Literatura de Cordel e 1 conto pela primeira vez em versão avulsa.

Adicionalmente, continuo publicando episódios de O Último Mototáxi de Arapiraca – novela de aventura, em publicação semanal. Atualmente está no 15º episódio. Publicada no site AL RPG Club.

Agora com o Cordel Arcano, fiz um episódio onde eu falo um pouco dessas publicações. Procure no podcast ou canal.

Cross-posting de cordeis.vivaldi.net.

Primeiros RPGs

O primeiro sistema de RPG com que tive contato foi o First Quest, lançado no Brasil pela Editora Abril. Depois, veio o Advanced Dungeons & Dragons (que seria o D&D 2ª edição). Já por aí, veio a vontade de criar RPGs próprios.

Dia desses resgatei 3 apostilas antigas de sistemas que eu criei no passado. Digitalizei e hoje estou compartilhando com vocês.

  • A Revolta Ambiental – o primeiro RPG que fiz. Nele, os jogadores controlam criaturas monstruosas que vivem nas florestas em uma guerra interna, sem a humanidade saber. A ficha é bem simples e a mecânica de HRAI (Habilidade de Realizar Ações Impossíveis) rendeu bons momentos. O cenário foi incluído posteriormente no cenário 2016 e deverá aparecer como cenário acoplável em XR-III futuramente.
  • Ases: Magia no Sangue – esse RPG trouxe o primeiro rascunho do cenário Ases, que até hoje ainda utilizo em algumas escritas. Jasmim, por exemplo, se passa nele. O sistema tem duas particularidades interessantes: uso de cartas de baralho para “rolagens” e de conceitos de genética para criação dos personagens.
  • 2016 – Um Bom Lugar pra se Viver – em um futuro alternativo, cidades cresceram, o mundo se desenvolveu bastante, mas o um incidente que gerou medo de computadores atrasou muito o acesso a essa tecnologia pelo cidadão comum. Há poderes psíquicos, samurai tecnológicos e outras coisas interessantes. Quanto ao sistema, foi a base para a primeira edição do XR.

Os 3 RPGs são bem antigos e foram escritos em uma outra época – minha e do mundo – portanto, peço que releve besteiras, más escolhas e infantilidades. Estou compartilhando apenas a título de curiosidade, a quem interessar dar uma olhada neles.

P. S.: Cross-posting de cordeis.vivaldi.net.

Piloto do Cordel Arcano

Cordel Arcano é o resultado de uma ideia que tem mais de dois anos e finalmente começa a ser implementada: trata-se de um programa periódico - pretensamente mensal -, que terá forma de canal do youtube, podcast e talvez mais alguma outra coisa.

Tratando de Literatura de Cordel e RPG, pretendo nele ir apresentando os dois mundos (possivelmente um ao outro), enquanto aproveito para apresentar também meus trabalhos.

Acabei de publicar o episódio piloto, que não está tão bom quanto eu gostaria, mas é um começo. Espero que apreciem.

Por ora, publicado em 3 meios:

  • Youtube - será segmentado, uma parte por semana. Isso porque dá pra criar playlists temáticas, ajudando a vida de quem quer só ouvir sobre RPG ou Literatura de cordel e de quem quer só ouvir cordéis declamados.
  • Podcast - um episódio mensal, com todo o conteúdo daquele mês (não se assuste com esse "todo": pelo menos no piloto, deu cerca de 15 minutos).
  • Dtube - testando a plataforma de video alternativa, nela vou publicar mensalmente igual ao podcast, porém em vídeo.

É isso, espero que gostem da proposta (e que os próximos vídeos fiquem melhores).

Quando Faltam Jogadores

É uma situação bastante comum. Por mais que o grupo de RPG esteja empolgado com a aventura, sempre acontece algum imprevisto que termina levando à falta de alguém. Para a sessão continuar, pode-se adotar alguma solução:

  1. O personagem entra em modo zumbi, andando com o restante do grupo, mas não fazendo praticamente nada que não seja simples e inevitável.
  2. O personagem vira NPC. O mestre decide por ele e pode brincar à vontade com ele. Consequências que venham disso são culpa do faltoso.
  3. O personagem vira um personagem do grupo. No momento de decidir suas ações, os outros jogadores votam e decidem por ele.
  4. O personagem vira um fantasma. Ele está ali, junto com o grupo, mas ninguém vê nem consegue interagir com ele, nem mesmo os inimigos. Na sessão seguinte, com o jogador de volta, ele reaparece como se nada tivesse acontecido.

Mas há sempre outras opções. Uma que tenho adotado é o uso de um RPG de Backup.

Funciona assim: cada jogador tem sua ficha no RPG/Cenário principal, mas um segundo sistema/cenário é adotado e os jogadores têm ficha nessa outra mesa também. Caso falte apenas um jogador, ele pode virar NPC, zumbi ou fantasma, dependendo do caso. Se falta mais de um, a gente joga esse outro RPG e preserva a campanha principal, adiando para outro momento.

Parece confuso e mais trabalhoso, né? Mas isso depende do que você vai utilizar como RPG de Backup. O ideal é que tenha as seguintes características:

  1. Ser simples e leve. Um clima diferente do clima da campanha principal, menos compromissado.
  2. A importância dos personagens individualmente na história tem que ser menor ou eles são importantes como um grupo e não individualmente.
  3. Aventuras devem poder ser improvisadas ou aleatórias.
  4. Aventuras funcionarem de forma episódico e serem curtas.

Tenho adotado duas soluções para RPG de Backup, as duas sendo criações minhas:

  • Mundo Real - RPG satírico de heróis travados, em missões de enfrentamento de monstros em cidades medievais.
  • XR-III Modo Quintetos - usando um cenário estilo Super Sentai, os requisitos são atendidos. Sem contar que o conceito de sósias no jogo já foi planejado para substituir personagens faltantes.

Pelo menos por enquanto, está funcionando bem.

Se você gostou da ideia, pode adotar um dos dois. Ou pode ir atrás de outros: Terra de Og, Defensores de Tóquio (1ª ou 2ª edição), por exemplo, podem ser boas opções. Até sistemas mais tradicionais podem servir, com os devidos ajustes. Uma guilda de mercenários em D&D para assassinatos e missões pontuais; uma Liga da Justiça com ameaças aleatórias; um RPG de horror com personagens feitos com facilidade (e quase sempre perdidos no final da sessão). Ou pode usar outra ideia clássica, que é ir pra um jogo de cartas quando falta muita gente.

Meus e-books na Google Play Livros

Desde o ano passado tenho publicado meus ebooks em basicamente 3 cantos:

  • Amazon - os ebooks pagos. A maioria deles tem preço de apenas R$ 2,00. Para quem está no Amazon Unlimited, tenho alguns ebooks disponíveis nessa categoria. Este ano serão mais raros, já que pra entrar nela tem que ter exclusividade. http://bit.do/cordeis
  • Dungeonist - ebooks que tenham alguma ligação com RPG. Cordéis de aventura, cordéis interativos ou material de RPG propriamente. O XR Zine publicado aqui tem dois PDFs: um para ler em dispositivos móveis e outro pronto para imprimir, cortar e grampear, fazendo um folheto. Tem material pago e gratuito. http://bit.do/cordeis-d
  • Livros do Bardo - repositório próprio de material gratuito. http://livros.cordeis.com

Pois agora finalmente estou também com material na Google Play Livros! Gratuitos e pagos (geralmente R$ 2,00). Confiram lá em http://bit.do/cordeis-play.

Nota: todos esses encurtadores são apenas para você chegar já na lista dos meus ebooks. Se você preferir, simplesmente pesquise por "Cárlisson Galdino" por lá que vai ter o mesmo efeito. ;-)

Lançamentos de Janeiro de 21

Este mês, eu lanço os seguintes títulos:
  • Talita Campeã da Terra - um romance de cordel de super-herói com protagonista feminina. Escrito em mais de 250 setilhas piratas, está à venda como ebook por R$ 2,00 na Amazon, no Dungeonist e agora também no Google Play Livros. Xilogravura de Crecilda Barbara de Souza.
  • A Lenda de Frushige - cordel narrativo de fantasia medieval e humor, narrando o confronto do bárbaro Frushige com um monstro-cobra. Gratuito em livros.cordeis.com, no Google Play Livros e no canal Telegram t.me/ecordel.
  • Kastin - conto escrito há quase vinte anos, revisado e publicado como ebook. Gratuito, em livros.cordeis.com, no Dungeonist e no Google Play Livros.
Vejam o início da Talita pra terem uma ideia da história:
Talita ainda era muito jovem
Com seus poucos vinte e dois anos
Na moto cortava a cidade
Levando consigo mil planos
Mas tava amarrado
Algo inesperado
Ia jogá-la num mundo insano
 
Passando num campo deserto
Viu um troço estranho no céu
E teve que parar a moto
Pensou: “Tou ficando pinel”
Vendo essa loucura
Foi dando tontura
“O que é isso, meu São Miguel?”
 
Deserto de casa e de gente
Talita ali estava sozinha
Travada e de olho vidrado
Um frio correu sua espinha
Quando ela notou
Que o disco voador
Pousou e de lá um ser vinha
 
Na altura de algum ser humano
Se aproximava devagar
Com medo e curiosidade
Só coube para ela esperar
Então se lembrou
Que faz Taekwondo
“Eu mato se vier me pegar!”
 
Mas ouviu dentro da cabeça
Uma voz estranha demais
Dizendo pra ela não ter medo
- Eu venho em visita de paz
“Preciso te ver
Falar com você
De tudo que o Futuro traz”
 
- Você vem de um outro planeta?
“Como é que fala Português?
Você me conhece daonde?
Endoidou foi tudo de vez!
Pergunto: será
Que algum jeito há
Que dá pra entender os ETs?”
 
Aquele ser que vem chegando
Ouviu mentalmente essa prosa
Perdendo um pouco a compostura
Dá uma gargalhada gostosa
E nota-se até
Tem voz de mulher
Mas provavelmente uma idosa
 
- Que estranho que esse ET parece
“Uma velha em manto e capuz
Será que seria jedi
Pra me dar um sabre de luz?”
A velha chegou
O capuz baixou
A pele verde, olhos azuis
 
- Talita, vim de muito longe
“Você é a única saída
Um mal se dirige pra Terra
E você foi a escolhida
A nossa guerreira
Da Terra inteira
Sagaz, tão forte e destemida!”
 
- Como é, criatura esquisita?
“Endoidou na viagem astral?
Eu não sou guerreira de nada
Sou uma pessoa normal
Como me chamou?
Sabe quem eu sou?
Isso tá ficando bem mau…”
A história continua...
 
-- Cárlisson Galdino

Diferentes Panteões

Quando se fala de deuses de um mundo de fantasia medieval, é interessante como a interpretação que se dá é basicamente monolítica, apenas um padrão de regras funciona e fechou. É como as religiões monoteístas comparadas com as monolatrias.

Digo isso porque na nossa Terra, os ṕanteões têm regras diferentes. Tem os que já nasceram deuses e podem assumir forma humana quando quiserem; os que raramente se misturam com humanos... Enfim, diversas origens, modos de operar e padrão de poderes também.

Estava pensando no quanto poderia ser interessante, em um mundo de Fantasia Medieval, não termos um "deus dos elfos" ou "deus dos anões", mas panteões diferentes para determinados povos ou conjuntos de povos. Sacerdotes de panteões diferentes poderiam ter significados totalmente distintos.

O caminho reverso pode ser interessante também. Uma certa igreja dedicada exclusivamente a um deus (monolatria) desenvolver a ambição de virar monoteísta e começar uma guerra santa contra os seguidores de todos os outros deuses, chamando-os de deuses falsos.

Outra ideia bacana é um jogo competitivo onde cada participante jogue com uma divindade, adotando estratégias para superar os concorrentes num estilo War. Provavelmente já existe algo assim por aí, duvido nada.

Religião fantástica é um assunto muito interessante. Ainda este ano devo lançar um XR Zine com as regras de deuses de Ases para XR-III, mas adaptável a qualquer cenário. O mundo onde Escarlate se passa também terá seu próprio panteão, em breve.

Se você não conhece Escarlate, dá uma olhada em Livros ou procura lá na Amazon os ebooks. É uma trilogia de novelas de aventura em fantasia medieval. A diferença da versão da Amazon (além de custarem R$ 4,00 cada, baratinho) é que cada volume traz também um cordel temático nesse universo.

P. S.: Foto utilizada é de autor desconhecido (Wikimedia Commons)

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