heterométricos

Águia ao Mar

A Terra inteira se levantaAs Asas da Águia
Quando ouve o berro por ajuda
E a corneta da guerra canta
E a Terra se ergue para a luta

Eles já sabem bem quem foi
Que pediu por socorro aos berros
A águia que, embora voe
Não tem suas asas de ferro

A Terra se ergue: o mar é distante
A morte da águia não pode ir em frente
A Terra se ergue: o mar é distante

A águia tinha asas, mas não as tem gente
A Terra se ergue: o mar é distante
Tanto que não há sequer como se tente

-- Cárlisson Galdino

Destino

Não é impressão
Não foi o acaso que nos reuniu
Se um certo dia quis sair ao vento
E eis que te encontrei

E tudo o que sei
É que estivemos juntos num momento
Se todos viam o jogo do Brasil
Nós dois é que não

Hoje, longe de ti, outra vez grito
Morte já não vale!
Vida já não basta!

Que de mais forte os deuses vão dizer
Que fazer o improvável acontecer?
Tudo estava escrito.

Luta contra o Mar

Num mergulho vejo o marAs Asas da Águia
Mar imenso sob mim
Às águas quer me tomar
Mas não perderei assim

Não sem uma luta justa
Não sem uma resistência
Que esse mar não viva às custas
Às custa da minha essência

Tanto lutei para chegar aqui
Que não hei de desistir de lutar
Se tantos cantos eu ainda não vi

Eu não serei vencido pelo mar
Há um grande caminho a seguir
Ele não vai minhas asas tomar

-- Cárlisson Galdino

Que te pode libertar?

Dama desse frio lugar
Da gaiola: dura lei
Que te pode libertar?
Diga logo: eu buscarei!

São versos e rimas?
São beijos e rosas?
São foices e tochas?
São armas de fogo?

Todo o choro tem sentido
É uma dor tão deprimente
Mas seu choro e seu gemido
Dão mais forças à corrente

O que te liberta?
São gestos do povo?
São textos comuns?
São fadas e gnomos?

Nada disso tornará
Seu sonho em mundo perfeito
Pois a única chave está
Dentro do teu próprio peito

Se deixares, dama triste
Te resgatarei praqui
Do abismo que construíste
No mais profundo de ti

Em vão

Se as nuvens cobrem o céu
Que importa se é noite ou dia?
Se a chuva vem com o frio
E você não?

Se aqui irradia pastel
E a paz brilha pela via
À canção de Ninguém viu
Sombra de ti

Mas a paz é perdição
Nada funciona direito
Quando não estás presente

Sem ti o tempo é em vão
Desde que entraste em meu peito
Furtivamente

Jamais Vencido

Uma espada gira no ar
Refletindo o brilho lunar
De um metal que jamais foi vencido
De veloz, pelo ar dissolvido

Uma espada gira no ar
Outro golpe à beira do mar
Herói que jamais fôra vencido
E o dragão permanece erguido

Uma espada gira no ar
Pelo ar pra outro lugar
Herói que jamais fôra vencido
Agora no chão desfalecido

Uma espada deita no mar
E o que se podia esperar
Se o herói nunca fôra vencido
Ainda menos o seu inimigo

Dragão de reinado antigo
A quem se quis: fosse abatido
Somente por ter sobrevivido
E feito frente ao mar seu abrigo

Frankenstein

Já tentei me refazer
Ter de novo controle da mi'a vida
Mas não pude te esquecer
Apesar de andar de cabeça erguida

Já tentei te refazer
Te encontrar no sorriso de outro alguém
Mas nada é igual a você
Tudo quanto alcancei foi Frankenstein

Eu já tentei te esquecer
Tentei te tirar de vez da mi'a vida
Mas tal não posso fazer

Não posso te tirar sem ir também
Só me resta me render
Pedir perdão e venha o que vier

Instante

Seus olhos olham para o mar parado
Sua boca fala frases inaudíveis
E sua boca grita
E seus olhos choram

Uma águia imóvel suspensa no céu
O som, que é mudo, dessa maresia
E o som é o da morte
E essa águia ria

Seu rosto sente o toque do nada
Seus pés fincaram na terra molhada
Sua testa suada

O Sol pregado queima sua mente
O pavor o traz da terra à serpente
Instantaneamente

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