netflix

Ainda no lance de streaming, estava aqui pensando em como isso tudo pode começar a se parecer com a indústria de jogos eletrônicos.

Detalhando melhor: no mundo dos games temos os fabricantes de plataformas, que são consoles. Os jogos que saem para cada plataforma são meio que controlados por essas empresas. Quem conhece um pouco da história sabe que a Atari abriu demais e deu errado. Depois dela, os fabricantes de videogames começaram a ter critérios para definir que publicações eles autorizam serem lançadas para seus aparelhos.

Existem os fabricantes de jogos, como é o caso das famosas Capcom e Konami. Fabricam para lançar em várias plataformas. Alguns jogos são feitos com contrato de exclusividade. E tem os próprios fabricantes das plataformas, que também fazem jogos para terem um diferencial, uma exclusividade.

Costumamos chamar de first party a produtora de jogos que é também a do console. De second party quando é uma outra empresa, mas que tem contrato de exclusividade de tudo o que produz, vinculada a uma plataforma só. Third party é o outro caso de que falei antes, de fabricantes de jogos que fabricam para várias plataformas.

O mundo de streaming está crescendo e quem sabe daqui a um tempo estejamos utilizando esse tipo de classificação para as produtoras de filmes e séries.

Netflix já tem seu espaço conquistado, mas outras estão chegando por aí. Para quem não lembra ou não viu, já tinha a Globoplay e a Crunchyroll (esta focando exclusivamente animação japonesa), por exemplo. Tinha até  o Cracke, que depois sumiu, pelo menos da América Latina. Se procurar bem, você ainda encontra alguns internacionais curiosos, como um de Bollywood.

A novidade está com a Amazon e seu Prime Video, que faz parte de um pacote que inclui ebooks (pelo que eu entendi, em modalidade tipo biblioteca, onde se pode "pegar" até 10 livros ao mesmo tempo), músicas e descontos na loja. Um ótimo negócio, e eu estava meio por fora, mas a Amazon já tem ótimos exclusivos também.

O lance é que o reinado da Netflix está ameaçado. Não pela Amazon, mas por um "pós-netflix", onde haverá muita concorrência. Não penso que ela cairá por causa disso, mas terá que dividir o bolo, nem que seja na marra.

Anuncia-se que ainda este ano a Apple traz seu streaming para o Brasil, e a Disney lança o seu próprio. Vale lembrar que Disney hoje em dia não é só Disney. É Star Wars, é Marvel e uma pá de coisa mais.

E ano que vem parece que a HBO vai entrar para esse mundo (sim, eles já têm streaming, mas streaming que não dá pra assinar e só está disponível pra quem assina o canal de TV não sei se conta muito...).

Por enquanto, gostaria de recomendar duas séries da Prime Video, uma muito popular e outra meio que desconhecida:

• The Boys. Apenas comecei a assistir. Em um mundo de super-heróis, o protagonista começa a conhecer a sujeira que os supers escondem debaixo do tapete. Esta é a popular.
• The Tick. O Tick foi um dos melhores desenhos animados que eu assisti, dividindo com Freakazoid o título de melhor desenho de humor sobre super-hreóis no meu ranking imaginário. A Amazon fez uma série com atores e ficou muito bom. A história muda bastante em relação ao desenho, mas a personalidade de Tick e de seu ajudante Arthur continuam lá.

Se hoje em dia já tem muito mais conteúdo do que podemos dar conta de assistir, imagina daqui a uns anos, com mais serviços de streaming, cada um investindo para produzir seus exclusivos de qualidade...

Hoje queria sugerir um excelente anime, trazido ao Brasil pela Netflix: Knights of Sidonia. Sidonia é uma nave-cidade que vaga pelo espaço após um ataque à Terra feito por criaturas espaciais monstruosas.

Já são duas temporadas curtas disponíveis. Se você é assinante e gosta de animes, confira que está muito bom!

Ainda lembro bem que estava passando uns dias na casa de uns tios em Maceió quando vi na TV a propaganda anunciando a nova atração da Manchete: Cavaleiros do Zodíaco.

Ansioso esperei a estreia, já em casa, com meu irmão.

Foram muitas aventuras e, mesmo com os resets constantes da Manchete, ao término de cada temporada, ainda assim Cavaleiros do Zodíaco deixou boas recordações.

Fiquei surpreso quando vi no Netflix Cavaleiros do Zodíaco: Lost Canvas. Não sabia que a história havia continuado. Bem, não exatamente.

Lost Canvas mostra os cavaleiros em uma guerra santa contra Hades. Mas não os mesmos cavaleiros sem cavalo a que estávamos acostumados. A história se passa há alguns séculos e todo o time é outro.

Apesar de não ter assistido ainda à segunda temporada, a primeira empolga bastante. É especialmente interessante ver como lutam cavaleiros de ouro quando a coisa é séria. Todos são excelentes! Vejo Lost Canvas como a história dos Cavaleiros de Atena sendo recontada, usando toda a experiência da primeira tentativa para fazer uma nova história ainda melhor, com grandes combates e mais enxuta, já que cada uma das 2 temporadas tem apenas 13 episódios.

Bem, é isso. Deixo a dica para quem tiver procurando algo legal para assistir.