Enviado por bardo em 21. Maio 2012 - 5:59
Novamente em meu quanto e meu canto me deito
Enquanto do outro lado e em outras cidades
Milhares também buscam tudo o que desejo
Fechando os olhos, fitam o céu como eu
Ao som de um Zé Ramalho, Mercury ou Alceu
Milhares de papéis, além dos que nem vejo
Em suas celas feitas por irreais grades
Garimpam folhas quase que do mesmo jeito
E assim dão aos papéis a tinta de direito
Nanquim desperdiçado, carvão delirante
Arriscam pronunciar como não pode o gesto
Tempo, papéis em branco e um lápis modesto
Bastam pra que possamos levar adiante
A eterna busca pelo soneto perfeito
-- Cárlisson Galdino
Foto do post: Sonnet, de indywidualny.
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