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Mais um capítulo sobre usabilidade de GNU/Linux

CorvolinoPunk publicou um texto em seu site intitulado Porque o meu pai não se importa com a filosofia do Software Livre. Comecei a escrever um comentário, mas como foi ficando extenso demais, mudei de ideia e resolvi publicar no Cordeis.com como um post.

Vamos começar com um comentário publicado lá, escrito por lulumar:

Saudações … a primeira ajuda que o Software Livre precisa receber, é da própria Free Software Fundation, do Sr. Stallman

Ele precisa parar de apoiar o “software livre comercial”, pois fere a primeira regra do software livre que ele mesmo defender, a “liberdade 0″, que diz: “um software é livre se puder executa-lo para qualquer propósito”

Ora, um software comercial só pode ser executado se for pago, e quem não puder ou não quiser compra-lo, não pode executa-lo.

O argumento que software livre não é cerveja grátis, é hipócrita. O que tem que ser vendido é o serviço, não o software, ou ele não é livre.

Deixem de ser falsos e admitam a hipocrisia. Nenhuma empresa abrirá seus codigos-fonte para outros empacotarem e ganharem dinheiro, sem repassar nada, pois isto é assinar atestado de burrice.

A licença de software se aplica a quem o licencia. Um software livre comercial não tem compromisso com quem não seja cliente direto. O que muda é que qualquer cliente direto, ou seja, licenciado, tem as 4 liberdades sobre aquele projeto, o que inclui acesso ao código. O conceito de Software Livre está muito bem fundamentado, desde sua origem. Quem não for licenciado não tem. Disso decorre o problema onde cada cliente pode se tornar um concorrente direto, simplesmente revendendo ou liberando o software. Isso ocorre devido à consolidação da Internet e não por "fragilidade" de conceitos.

De qualquer forma, mais importante para o Software Livre é a discussão sobre o direito de acesso ao código-fonte de aplicativos que utilizamos e não (como era a discussão) dos que instalamos. Para esse outro ponto é que existe a licença AGPL.

Quanto ao texto, discordo quando diz que "software livre não está preparado para essas pessoas". Quando falamos de movimento social, esse tipo de usuário realmente não se importa com Software Livre, mas pode ter uma abordagem Open Source, que já é alguma coisa. Desde que GNU/Linux aprendeu a reconhecer e instalar impressoras automaticamente e a montar pendrives, o GNU/Linux está pronto para o usuário final, o problema sempre foi administrar.

Meus irmãos e meus pais utilizam GNU/Linux sem problemas (sem se importar com a discussão Software Livre X Open Source). Meus irmãos, em particular, utilizam há anos, desde crianças, e, quando foram para seus próprios computadores, preferiram GNU/Linux. Não se pode dizer que foi por "ser o que conheciam". Durante toda a vida escolar, na universidade e na casa de colegas geralmente só se usa Windows. Foi realmente uma escolha e nenhum deles é da área de tecnologia.

É injusto criticar usabilidade do GNU/Linux quando se quer que usabilidade esteja fortemente ligada ao Windows. Era comum antigamente reclamarem que GNU/Linux era difícil demais porque o usuário precisava entender de particionamento para instalá-lo. É incrível como esses críticos não percebiam que a dificuldade aí não era do GNU/Linux, mas sim de instalar e manter no computador mais de um Sistema Operacional instalado. Mesmo há 10 anos, instalá-lo em um computador para ser o único sistema, sem se importar com o que estava no HD antes, já era totalmente trivial.

Pra concluir, sobre o "ter que contribuir" com projetos de Software Livre, este é um ponto muito particular e está direcionado, a meu ver, ao militante de um modo geral (assim como as críticas do anahuac). Seria incoerente exigir que todos os usuários colaborassem, mas é perfeitamente compreensível pedir (cutucando, como se faz, não exigindo) que usuários avançados, especialmente programadores divulgadores, contribuam de alguma forma; ou que grandes empresas apoiem financeiramente os projetos de softwares que utilizam e dos quais tiram grande proveito. Misturar usuários leigos recém-ingressos nessa cobrança realmente não faz o menor sentido (e até hoje não lembro de ter visto alguém fazê-lo).

-- Cárlisson Galdino

GNU/Linux também é para os sem-rede e diversidade é algo bom

Tudo começou às 14:46 do dia 3 de maio, quando o Sérgio Tucano do Livre Pensamento publicou em seu blog que Linux não é para pobre. Nele é dito que o Linux tem 100% de dependência de uso da Internet para se poder tirar benefício deles. O argumento foi criado com base nos sistemas de instalação de pacotes por rede.

O Mandriva One 2007 Spring, por exemplo, com apenas 1 clique ativamos o seu desktop 3D. É um desktop maravilhoso com efeitos de deixar de boca aberta qualquer usuário de Windows...

Mas a verdade é que o Pinguim não é para quem é pobre.

O Grande problema ainda existe, somos 100% dependentes da internet para poder instalar programas ou qualquer coisa que desejamos.

Instalar um programa em uma conexão de 56K com apt-get é no mínimo falta de senso...

Maravilhoso para quem tem uma conexão ADLS, Wireless etc. O GNU/Linux se comporta extremamente bem, é o Sistema dos Sonhos de qualquer usuário.

Mas para nós pobres mortais que usamos conexão discada ele se torna um mero Sistema Operacional com qualidades inegaveis porém sem uso.

Por isso eu digo, Linux não é para pobre.

Isso é uma impressão errada. Dá pra instalar GNU/Linux e seus pacotes a partir de CD ou DVD. Se você for à página do Linux Mall vai encontrar distribuições em CD-R com mais de um CD, já para poder instalar pacotes além dos básicos sem precisar de rede.

No caso do Debian, o famoso apt-get também funciona a partir de CDs. Foi assim que eu comecei a utilizar GNU/Linux, sem Internet e com 3 CDs gravados à disposição. Ainda hoje utilizo desta forma nos laboratórios de informática que administro em outras cidades, em prédios onde ainda não temos Internet por enquanto.

O Debian oferece 21 CDs para que você tenha acesso a todos os pacotes. Mas - isso o Sérgio parece não ter entendido direito na ocasião - é uma possibilidade, não necessidade. Com o primeiro CD, você já tem o sistema básico. Com o segundo, a tradução de quase tudo para vários idiomas, incluindo o Português. Isso porque o Debian tem um projeto de popularidade de pacotes, juntando os pacotes mais utilizados nos primeiros CDs.

Ou seja, dificilmente você precisará de mais do que meia dúzia de CDs. Para instalar nos laboratórios de que falei, uso até o CD 5 e por causa de um pacote só que é pouco utilizado e está justamente no quinto CD. Você não vai precisar de muitos CDs, mas se precisar, os arquivos ISO estão lá, para todos os pacotes que constam no repositório. Não me parece coerente reclamar que não tem acesso aos pacotes por CD e depois que eu falo dos CDs dizer "ah, mas 21 CDs é muita coisa"!

Ainda no caso do Debian, em seu site oficial há até mesmo uma lista de quem vende os CDs no Brasil.

Citar o Debian não prova que todo Linux pode ser instalado com todos os acessórios sem precisar de Internet, mas creio que a existência de uma distribuição assim (e logo uma com tantos pacotes) invalide a afirmação categórica mostrada no artigo do Sergio.

Round 2

No dia 9, o Sérgio publicou o artigo Desenvolvedores teimosos e usuários sem noção, onde diz:

Eu ainda não entendo por que os desenvolvedores de Softwares Livres, pessoas que ajudam na evolução do GNU, enfim, todos que trabalham de alguma forma com GNU ainda teimam em achar lindo e maravilhoso o Sistema ter várias formas de se instalar um único aplicativo e cada distribuição ter o seu tipo de extensão para instalação.

Vejam bem, não é prático, não é usável e torna o GNU/Linux mais complicado do que deveria ser.

Aqui a crítica é direcionada aos vários modos de se instalar um pacote de programa. A crítica aparentemente nasceu da impressão de que é por isso que distribuidores não fornecem programas para GNU/Linux em CD. Bem, neste caso prefiro publicar na íntegra os comentários que trocamos no artigo do Sérgio:

Bardo

Primeiro, no Windows não existe um padrão para instalação de novos programas. Isso é fato. Cada fabricante cria seu próprio instalador, o que leva a problemas de uns programas não desinstalarem completamente e cada um poder ter interface totalmente diferente do outro.

No GNU/Linux o Sistema Operacional tem um modo de instalação para suas partes internas e aplica esse modo a todos os aplicativos. Não existe o "instalador do programa tal", só o "pacote" que instalado usando ferramentas padrão da própria distribuição em uso. Assim, quando falamos de uma distribuição específica, temos um padrão de fato. Quem souber instalar um programa naquela distribuição saberá instalar todos os outros, pois o procedimento é estável e não muda.

Para resolver esse problema, cada distribuição seguiu seu caminho, pois são problemas não triviais. Hoje a projetos que tentam padronizar isso. E a bem da verdade, a maioria das distribuições hoje usa RPM ou DEB.

Como eu falei ao citar os 21 CDs, o Debian coloca os pacotes mais utilizados nos primeiros CDs, até o primeiro CD pode ser suficiente em alguns casos. Fico curioso sobre como atualizar um sistema em GNU/Linux pode ser muito mis difícil que Windows. No Debian, por exemplo, você pode usar uns três CDs como fonte principal de informações e usar apenas repositórios de segurança.

A diversidade é um preço da liberdade. Do lado dos usuários, não se pode ter liberdade se você não quer decidir as coisas. Liberdade está diretamente ligada a oportunidades de você decidir por si só. Se existem várias distribuições e você não quer aprender como fazer em cada uma delas, escolha uma, ué! Reclamar disso é como ir numa lanchonete e reclamar com o garçon que tem muitos tipos de refrigerantes diferentes, e que tem em lata e em garrafa, e que tudo isso confunde... :-P

Sérgio

Bardo, eu não estou comprarando a instalacão de aplicativos do Pinguim com o do Windows..

Temos metodos diferentes no debian, red hat, suse, gentoo , o resto das distribuicões são derivadas dessas então...

O que eu queria passar é que é muito mais simples eu ter um programa para qualquer distribuicão do que várias versões para cada tipo de GNU/Linux que utilizo.

Veja bem, eu não tenho problemas nenhum em apenas utilizar pacotes do Debian ou do Red Hat, .deb, ,rpm, mas eu desde que iniciei minhas discussões sobre GNU/Linux com o evento Desktop Livre etc, sempre pensei na facilitade de uso para um usuário qualquer.

Uma instalacão gráfica para todo e qualquer programa, programas vendidos em CDs etc.

Simples, para que complicar? Pode ser muito mais fácil do que já é...

FALOW

Bardo

Mas é possível ter um programa que se instale em qualquer distribuição. Os programas Mozilla, por exemplo, são distribuídos oficialmente assim. O problema é que isso traz desvantagens, como a questão de atualizações, por exemplo.

É muito simples para os usuários instalarem software em uma certa distribuição, quando aprendem uma vez, porque será sempre do mesmo jeito. A única dificuldade seria para quem vai distribuir o software, mas ora, existem formas de automatizar criação de pacotes. Quem distribui pode muito bem usar scripts que facilitem essa criação e, após preparar uma nova versão para liberação, rodar um só comando e ter a mão um .deb, um .rpm, um .tgz... Continua sendo simples pro usuário. Para o fabricante, bastam poucos padrões, afinal, quem usa uma distribuição mais hardcore está acostumado a se virar com os fontes. ;-)

Se a sua idéia for padronizar o sistema de pacotes, bem... Cada sistema de pacotes tem suas vantagens e desvantagens (relevantes apenas em discussões técnicas, tanto faz para um leigo), de modo que acho difícil algum dos principais ceder e abandonar seu sistema de pacotes tradicional em detrimento de outro que não supre as necessidades que se considera importantes.

Sobre o Debian, hoje precisei checar a posição de algumas coisas nos CDs e aproveitei a viagem pra constatar algo interessante, que só confirma o que eu disse antes: no CD 1 já vem GNOME, OpenOffice.org e Iceweasel, dentre outros pacotes; no CD 2, vem tradução pra todos eles e o pacote do BrOffice.org. Quando eu comecei a utilizar o Debian, eu usava CDs. Três CDs, para ser mais preciso. E era muito simples e funcional.

Em suma, ainda não entendi a simplicidade proposta por você. Seria um padrão de pacotes único? Cada fabricante ter seu próprio instalador? Se o problema é quem distribui programas em CD, não tem problema, faz como o Mozilla, a Adobe (com o Flash) e a Sun (com o Java), que desenvolveram seus instaladores: fica uma porcaria para organização (com um bocado de desvantagens), mas funciona... :-/

Sérgio

Sim, seria um padrão de pacotes únicos e também aplicativos vindo em CDs e não apenas baixados pela internet.

Agora, só reforçando: isso já acontece de alguns distribuírem software sem utilizar o padrão da distribuição, mas há muita desvantagem nisso para o meu gosto, dentre as quais se destaca uma: você perde a noção de quando foi publicada uma atualização (inclusive de segurança) para o programa.

Round 3

Ontem o Sérgio publicou o terceiro artigo da série, este entitulado A dificuldade de um usuário, do qual reproduzo a passagem:

São tantas distribuições, tantas escolhas que usuários ficam perdidos, muitos tentam uma convergencia para um único sistema chamado UBUNTU, outros desistem de usar Pingüim e os que sobram experimentão a angustia de escolher uma distro com a "sua cara".

A possibilidade de termos um sistema aberto, modular e que nos permite infinitas modificações, customizações etc apresenta um ponto crítico para quem tenta utiliza-lo pela primeira vez.

A escolha do Sistema a ser instalado na máquina.

Para um usuário 300 sabores de GNU/Pingüim não facilita em nada a escolha.

Conheço usuários que escolheram usar o Kalango por que acharam o logotipo uma gracinha...

Outros usam o UBUNTU simplesmente porque ele é muito usado ou usam o Mandriva porque é bonitinho.

Foi a partir deste ponto que preferi escrever um artigo no meu próprio blog ao invés de continuar discutindo nos comentários. Vamos lá.

Primeiro, sim, o fato de haver muitas opções pode assustar o usuário iniciante, realmente. Principalmente hoje em dia, quando as pessoas não querem mais liberdade e preferem que terceiros decidam por suas próprias vidas. Mas devemos evitar a situação eliminando as opções?

Quando alguém não conhece o ambiente e vê que há muitas possibilidades, tem duas opções:

  1. Estudar um pouco sobre;
  2. Procurar ajuda e pedir a sugestão de um amigo que entenda.

Quem estudar um pouco sobre vai ver que o Ubuntu é atualmente o mais utilizado e provavelmente vai querer começar com ele. É a melhor opção para aquele usuário? Não sei, mas é um começo. Algo importante que as pessoas ainda não perceberam é que o computador não é mais "aquele negócio pra passar o tempo". Faz tempo que se tornou uma ferramenta de grande importância na vida de cada um de nós. Saber compilar o kernel pode não ter utilidade nenhuma para um profissional de saúde, por exemplo, mas conhecer um pouco o cenário de possiblidades é sempre útil.

Bem, aí vem a parte mais delicada do novo artigo do Sérgio, que reproduzo:

Uma convergencia entre as Distribuições?

O Ego dos desenvolvedores são grandes de mais para permitir isso. Eles são os verdadeiros culpados pelo GNU/Pingüim não ser o preferido da grande massa de usuários.

Muitos vão argumentar, para usar Linux o usuário já tem que saber que isso ou aquilo.
bq. Quem quer usar já sabe disso ou daquilo outro... etc etc.

Hipócritas mais uma vez...

Desenvolvedores de GNU/Pingüim não conseguem atingir o grande público simplesmente por que não pensam como eles, criam e pensam para Nerds, Xiitas e Entusiastas.

Mas me falam que GNU/Linux não é para todo mundo, que ele não deve ser usado pelo grande público.

Bando de bobos....

Bem, vamos lá:

  • Slackware é uma distribuição que tem como filosofia que você tem que ter controle sobre o seu sistema. Com base nessa filosofia, ela anda.
  • Debian é uma distribuição que tem um compromisso social e uma série de metas: rodar em várias arquiteturas, oferecer um conjunto enorme de pacotes livres, etc.
  • Ubuntu é uma distribuição com a filosofia "Linux para seres humanos".
  • Kurumin tem como meta rodar a partir do CD-ROM e oferecer suporte ao hardware que é vendido no Brasil.
  • Movix é uma distribuição que foca única e exclusivamente multimídia.
  • Gentoo é uma distribuição que tem como objetivo permitir que (ou "esperar que") o usuário compile toda a sua distribuição para assim ficar otimizada para o seu computador.
  • DSL é uma distribuição com o objetivo de caber em pouquíssimo espaço (50M) e fornecer um SO com interface gráfica leve para computadores antigos.
  • E por aí vai...

Definitivamente, não é questão de ego, é questão de que cada distribuição tem suas próprias metas. Algumas delas convergem, tanto que há projetos de padronização e algumas utilizam um mesmo tipo de pacote, por exemplo. É justo querer que todos eles virem uma coisa só?

Quantas pessoas gostariam que houvesse um "Windows otimizado para jogo" ou um "Windows já pronto para Cyber Café", etc. Do tipo que basta instalar e usar que está tudo pronto? O fato de não existirem variantes do Windows não quer dizer que seja a situação ideal para os usuários de Windows. No caso de Windows, a Lei simplesmente não permite que terceiros criem derivações e a MS não tem interesse em manter derivações (e está certíssima: note que cada distribuição GNU/Linux tem seu próprio mantenedor ou equipe).

Também me desagrada seu teor hostil. Note que ao invés de tentar dar mais consistência a seus argumentos, o que vimos são ataques preventivos, onde o Sérgio classifica antecipadamente todos os que dele discordarem de xiitas, hipócritas e outras coisas mais.

Conclusão

Há pessoas que não estão preparadas para serem livres, como pássaros que viveram na gaiola toda a vida. Isso não quer dizer que o conceito de Liberdade é que está equivocado.

Liberdade exige decisão. Se você quer medir rapidamente quão livre você é, tente ver com quantas situações de decisão você se depara no seu dia a dia e por quantas situações você passa porque outros decidiram por você antes.

É inevitável que haja muitas distribuições diferentes de GNU/Linux (embora elas possam se tornar mais próximas do mais do que estão hoje), assim como é inevitável que usuários não acostumados a ter que decidir sintam dificuldade no início, é aí que entram os grupos locais de usuários, que devem tentar dar direções para os novatos. A questão final é não existe Liberdade sem o poder escolha.

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