política

Rap pela Democracia

Muitos já vêm se posicionando e a equação é muito simples: não importa ser contra ou a favor do PT, Haddad 13 é a opção porque:

  • Com ele poderemos ir à rua cobrar e protestar caso ele não esteja respondendo bem aos anseios da nossa sociedade, com o outro lado não.
  • Em 3 mandatos do PT, a presidência sempre respeitou as regras democráticas, logo, não existe "ameaça comunista", menos ainda com o PT no meio.
  • Kit gay, camisa "Deus é travesti", ataque ao cristianismo... Tudo isso foram fake news. Estado Laico não significa estado ateu. Significa um estado que dá todas as condições para você viver a sua crença religiosa, seja ela qual for.
  • Haddad foi o Ministro da Educação, diretamente responsável pela expansão do ensino público superior no Brasil. Claro, "doutrinação marxista" é outra das mentiras. Então apoiar Haddad é apoiar a Ciência e a Educação, contra o obscurantismo (fake news e teorias conspiratórias).
  • Procure artistas e personalidades relevantes no Brasil e no mundo e vai ver que todos estão preocupados com a escalada de violência que temos visto. Não quero outra ditadura, nenhum deles quer. A lista é grande e inclui Caetano Veloso, Roger Waters e, agora, rappers de peso. Veja o vídeo da campanha Rap pela Democracia:

Special: 

Mentiras e Enganações

 

Como é que se acredita
Em quem mente que não cansa?
Só difama e se irrita
Como se fosse criança
Eu ao menos sou assim
Quem só mente para mim
Perde minha confiança

 

Escondido, com maldade
Fofoca de todo jeito
Mas na hora da verdade
Cadê que vem o sujeito?
Responda, sinceramente
Se alguém tanto engana e mente
Merece o seu respeito?

 

-- Cárlisson Galdino

Special: 

Politicast A Outra Campanha

A Outra Campanha apareceu como uma forma de conscientizar a população sobre o papel político que pode (e deve) ser exercido por cada um de nós. Vai na contra-mão daquela ideia de que política é assunto para pensar a cada 2 ou 4 anos. Inspirada nos zapatistas mexicanos, é uma proposta bem interessante e que está no Brasil também.

O Politicast abordou este tema com Cícero Adriano, Lucas Menezes e Luis Fernando.

  1. Politicast #113 - Parte 1/2
  2. Politicast #114 - Parte 2/2

Anticomunismo, História e Literatura de Cordel

Pensei em colocar um nome diferente para a postagem, mas o nome do artigo já estava muito reduzido e completo, então fica ele mesmo.

O colega cordelista conterrâneo Zé de Quinô publicou na Revista Labirinto um artigo tratando de como a obra do Rodolfo Coelho Cavalcante (1919-1987) trabalhou temática anticomunista, por mais que o referido autor criticasse obras que se metem a tratar de política.

Impressão que me fica é que os conservadorismos estético, religioso, político, social e etc (menos o econômico, nos dias de hoje mas, se pensar bem, defender os acumuladores de capital e ir contra a redução das desigualdades é o maior dos conservadorismos) caminham muito juntos. E que não é de hoje que o discurso antipolítico e anti-ideológico é apenas uma máscara para esconder o posicionamento político e a ideologia dominantes. Seja um máscara colocada conscientemente ou não.

Bom, essas foram as minhas conclusões. Convido-o a ler o artigo e chegar às suas próprias. Quando o artigo engrena (depois da inevitável introdução de artigo), fica muito envolvente, prende mesmo.

Ah, sim. O nome de assinatura do artigo não é "Zé de Quinô" porque este é um nome artístico.

Para onde estamos indo?

Após décadas de ataques infundados e construção de um ódio coletivo a Lula e seu partido político por parte da grande mídia brasileira, o restante dessa mesma grande mídia se juntou no esforço após os "20 centavos" de 2013. De lá para cá temos visto posições cada vez mais agressivas (no mau sentido) de grupos de extrema direita, defensores de autoritarismo.

As eleições de 2014 foram ignoradas e a mobilização de imprensa, burguesia e dinastias políticas impediu que a presidenta eleita governasse, mesmo ela tendo traído, de certa forma, sua própria base de eleitores nas primeiras ações e nomeações na tentativa de se aproximar do tal Mercado. Isso resultou na puxada de sua cadeira para entregá-la ao "decorativo" vice.

De lá pra cá, foram várias medidas contra os trabalhadores e em defesa do grande empresariado (não do pequeno ou do médio empresário, como muito gostam de se enganar) na promessa de acabar a crise econômica.

O clima de "fodam-se as leis" se instaurou em vários setores. Latifundiários têm perseguido militantes de movimentos sociais sem terra e indígenas como nunca. Até o trabalho escrava correu o risco de ser oficialmente liberado!

Então veio a internveção militar na Segurança no Rio de Janeiro (será que o Temer ainda chama o estado de Guanabara? Ele ainda chama a Rússia de União Soviética... Tanto faz, estamos falando da cidade). Então temos a chocante execução da vereadora Marielle Franco, que criticava a intervenção e cobrava investigação de crimes realizados por policiais (sim, pra quem defende que "bandido tem que ser tratado como bandido", policiais que matam por escolha são também bandidos). Ficou clara na execução que se tratava de um recado: "não questionem ações de policiais ou a cova espera. Não temos medo. Se matamos de dia uma pessoa pública, imagine o que faremos com você".

Desde que a Lava Jato ficou conhecida que veio o discurso de que a operação tinha nascido para pegar o Lula. Claro, também para garantir a entrega do pré-Sal e "recolonizar" o Brasil, de modo geral. Parecia teoria conspiratória, mas analisando os fatos tem muito sentido. Tucanos citados e comprometidos? Vários, alguns em situações sérias. Quantos implicados? A própria ex-presidenta, apesar de não atingida pela Lava Jato, foi ligada à Lava Jato na opinião pública! Pré-Sal já foi entregue. Direitos foram usurpados. Lula, condenado.

Enquanto Bolsonaro, com um discurso altamente fascista (se acha que estou xingando, não estou. Pesquise em enciclopédias o que significa) cresce cada vez mais Brasil afora, o ex-presidente Lula faz campanha pelo Brasil (sim, ainda acho que o PT deveria ter construído um nome novo para substituir Lula nas eleições deste ano desde 2016, mas...) e sofre um atentado, com direito a pregos na emboscada e tiros.

O ódio gera consequências. Palavras podem não ser navalhas, mas discursos de ódio têm potencial de se transformarem em atos violentos. Como diria Gessinger, "a violência travestida faz seu trotouir". O passeio ainda não terminou e quando penso no que mais pode/tende-a acontecer, não tenho como não  me preocupar.

-- Cárlisson Galdino

P. S.: Imagem da postagem

Special: 

Esquerda e Direita

Na política, a essa altura acho que já ficou claro para quase todo mundo que esquerda não significa "oposição".

A Esquerda é um conceito amplo e geral demais, que muda seu formato exato a depender do local onde é utilizado. De modo geral, entendo o conflito Esquerda X Direita como um reflexo da guerra de classes sociais: a Esquerda defendendo interesses das camadas menos favorecidas da população, a Direita defendendo os interesses das mais abastadas.

A Esquerda tende ao Comunismo. Quando se fala de Extrema Esquerda, frequentemente significam grupos que defendem uma revolução que coloque o Estado inteiramente na mão da classe trabalhadora.

Direita por outro lado defende o interesse dos grandes empresários e investidores e banqueiros... Claro, também há a defesa de valores religiosos, morais.

O resumo da história (e esta é apenas minha opinião) é que não temos Direita e Esquerda grandes o suficiente para se destacarem no Brasil.

O PT, que tem se vendido como Esquerda, há muito tempo não o é. Tem uma política social-democrata de conciliação de classes que pode até ser melhor do que nada, mas se afasta muito dos interesses dos trabalhadores. Não foram poucas as vezes em que direitos nossos foram jogados no lixo em negociações, mesmo na "Era PT".

O que se tem entendido por Direita por aqui não são políticos defensores da ideologia burguesa. Pior que isso: são os próprios empresários, bancários e burgueses que ocupam o espaço político do que se vende como Direita.

No fim, falta gente com projeto de país, com amor à terra em que pisam, independente de serem de Direita ou de Esquerda.

-- Cárlisson Galdino

P. S.: Acredito que há sim Esquerda, mas longe dos holofotes. Como possivelmente o é o PCB, tema recente do Politicast.

P. S.: Imagem original do post.

Special: 

Anti-Política

Você pode estar sofrendo com a crise econômica atual. Pode estar indignado com o que certos políticos fazem com o dinheiro público. Pode até querer botar a culpa no PT (embora deva ser informado que ele tem parte da culpa). Mas por favor não venha com essa de todo político é corrupto ou nenhum político presta.

Primeiro porque existem sim políticos que não entram nesses esquemas de corrupção. No mínimo, aqueles de partido ideológico que raramente chegam ao poder, mas acredito que haja mais do que esses. Políticos assim enfrentam dificuldades para se elegerem, dificuldades para exercerem suas atividades em um ambiente de corrupção institucionalizada. Quando você os iguala com os corruptos, além de ser injusto, você arruina a vida de quem já enfrenta dificuldades demais no dia a dia.

Segundo porque a Política é a conversa, a busca pelo meio termo, a negociação, a mediação. Em uma Democracia é saudável termos grupos com visões diferentes debatendo para chegar a uma posição comum. O debate em busca de soluções é a essência da Democracia. Quando se retira a Política de cena o que sobra é o Autoritarismo. O Fascismo e o Nazismo nasceram em ambientes assim, de anti-política.

Não existe fórmula mágica ou solução milagrosa. O cenário político brasileiro só ficará mais saudável com envolvimento e estudo da população sobre o que é Política e sobre como os poderes funcionam, com acompanhamento do que seus representantes estão fazendo e com cobrança constante. Sim, isso leva tempo. Muito tempo, mas buscar atalho nesses assuntos é garantir a enorme chance de chegar onde você nunca quis.

Imagem da postagem: Otpor!, de Calvin Webster;

Special: 

Os 4 Pilares da Consciência


 

Quando Michel Temer assumiu, ainda interinamente, a Presidência da República, várias coisas me chamaram a atenção. Além da falta de mulheres entre os novos ministros, da nomeação de Alexandre de Moraes (que mandou a polícia de São Paulo bater em professores) como Ministro da Justiça, o fim da Controladoria Geral… Me chamou a atenção como ele tentou atacar, de uma só vez, os que poderiam ser considerados os quatro pilares da formação da consciência.

A educação: a simples nomeação de Mendonça Filho, aquele que entrou no STF (e perdeu, ainda bem) contra a política de cotas nas universidades. Que é do Democratas, partido que se coloca contra muito do avanço que a Educação teve no país.

A cultura: não precisa nem falar. Temer extinguiu o Ministério da Cultura e só voltou a recriá-lo porque “deu ruim” pra ele.

A informação: de cara, Temer trocou (ilegalmente) o presidente da Empresa Brasil de Comunicação, quem mantém, entre vários veículos, a TV Brasil. No espectro de TV aberta, a TV Brasil era a única que tentava mostrar os dois lados da disputa contra/a-favor do impeachment/golpe. Com cientistas políticos comentando as manifestações e posicionamentos, bons programas de entrevista. Pois bem, os cientistas políticos foram mandados embora e os programas de entrevistas acabaram em poucas semanas.

A comunicação: alguns comentários de sua equipe se colocavam “contra a Internet”. Incluindo comentários sobre a necessidade de cadastro com CPF para poder comentar em qualquer site.

Esses quatro ataques, em conjunto, desde o início, não vêm por coincidência. De lá pra cá já aconteceu muita coisa. O MEC está tentando alterar a grade curricular do Ensino Médio, cortando matérias como Sociologia, Filosofia e História. A EBC teve seu Conselho Curador desfeito e trocado por um Conselho Administrativo. Leia-se: “sai fora sociedade civil. Quem manda agora é o Governo”. Assim a TV Brasil deixou de ser Pública e se tornou Estatal, caminhando para se tornar mais ou menos o que é hoje a TV Cultura, aparelhada em São Paulo com a Folha e Veja mandando lá dentro.

Agora querem congelar os “gastos” com serviços públicos por 20 anos, sem colocar impostos no andar de cima e sem questionar a Dívida Pública.

Fiquemos atentos aos próximos capítulos. Governos ilegítimos não costumam ter paciência com pensamento discordante. “Escola Sem Partido” (leia-se: de partido único, sem espaço para contestação dos conservadorismos) parece ser a próxima jogada.

-- Cárlisson Galdino

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