rap

Recomendações de Rap

Esta lista é de alguns nomes que considero especialmente interessantes dos cenários de Rap em Português, a que tive acesso. Pesquisem por eles no You Tube, por exemplo, todos eles estão por lá (seja em canal próprio, de grupo ou de produtora). Entenda isso aqui como uma "top list" pessoal, mas em ordem alfabética. Espero que possam apreciá-los;

  1. 2All
  2. Amiri
  3. Baco Exú do Blues
  4. Cordel de Vagabundo
  5. Carol Nordeste
  6. Coruja BC1
  7. Cynthia Luz
  8. Diomedes Chinaski
  9. Emicida
  10. Fabio Brazza
  11. Flávio Renegado
  12. Froid
  13. Funkero
  14. Gíria Vermelha
  15. Jerry Loko
  16. Ju Dorotea
  17. Kenay
  18. Lívia Cruz
  19. Maria Andrade
  20. Mc Garden
  21. Mc Marechal
  22. Mc Sid
  23. Monkey Jhayam
  24. MOVNI
  25. Mv Bill
  26. Nego Max
  27. NGA
  28. Nocivo Shomon
  29. NSC
  30. Piruka
  31. Primeira Mente
  32. Projota
  33. Rapadura
  34. Rashid
  35. Rico Dalasan
  36. Rincon Sapiência
  37. Rodrigo Ogi
  38. Souto MC
  39. Th Mc
  40. Tiago Mac
  41. Time da Quebra
  42. Valete
  43. Vietnã
  44. Vitor Pirralho
  45. Z'África Brasil
  46. Zeus

Não tenho planos de fazer uma nova lista no futuro, mas alerto que o cenário do Rap nacional está muito dinâmico. Nomes certamente apareceriam com facilidade para somar com essa lista. Talvez tenha esquecido alguém também (provavelmente).

Special: 

Tentativa de Sulicídio

Tradicionalmente no Brasil o Rap "que importa" tem sido o do eixo Rio-São Paulo. Claro que isso não impede existam MCs e criadores em geral fora desse eixo, e com grande talento inclusive. Significa que sua região se torna mais um dificultante de visibilidade. Assim como tradicionalmente dificulta o fato de ser mulher.

Para tentar romper mais essa barreira, Diomedes Chinaski e Baco Exú do Blues lançaram em 2016 uma Diss atirando para todo lado: Sulicídio (atenção para o L). Nela, a crítica a esse eixo.

"Sem amor pelos rappers do rio
Nem paixao por vocês de São Paulo
Vou matar todos a sangue frio
E eu tenho caixão pra caralho"

Chamando os MCs de lá, de forma generalista, de "favela gourmet", o ataque mais direto na ocasião foi ao Nocivo Shomon: "Exceto o merda do Nocivo Shomon, o resto nem é nada pessoal".

Claro, foi uma Diss que recebeu muitas respostas. A interessante Inimigos, do Haikaiss; a SulTaVivo, do Costa Gold e a esperada resposta do Nocivo Shomon, a impactante Disscarrego, que alem de atacar de volta, dá resposta direta a vários versos da Sulicídio. Por exemplo, para citar só uma passagem, "Caixão pra caralho... é pouco pra língua cumprida".

Se você não conhece ainda essas duas músicas em particular, recomendo muito que assista os clipes. Os dois clipes são "lyric videos", então fica muito bacana de acompanhar a letra. As duas se tornaram de imediato marcantes no cenário do Rap nacional. Sulicídio, em especial, foi marcante porque parte do pessoal entendeu o que a música queria dizer (independente dos ataques que estavam na letra): "O Brasil é muito mais do que só Rio e São Paulo". Com isso, produtoras e divulgadores do Rap focaram no "Como é que você nunca ouviu falar?" que a Sulicídio colocava e começaram a pesquisar e dar espaço para rappers de outros cantos do país.

Essa história do Sulicídio, a meu ver, teve duas tentativas de fechamento. As duas muito boas e feitas de formas e em momentos diferentes.

Os autores da Sulicídio, com participação de outros MCs "fora do eixo", exlicaram que a proposta na verdade era atingir a estrutura. A música termina com Rapadura fechando "Depois disso não tem mais diss".

Agora o outro fechamento. Nessa de disses, o rapper Rashid, que segue a escola do Mc Marechal (mas em seu próprio caminho) publicou sua "Primeira Diss", que causou surpresa e curiosidade, mesmo porque seu perfil vinha sendo crítico, mas na forma encorajadora e questionadora, não de ataque a ninguém. A Primeira Diss é um ataque crítico um tanto pesado, questionando importância, trajetória e contradições na carreira... dele mesmo, o que o ouvinte só percebe depois de certo ponto da música.

Além de agitar o Rap nacional e jogar alguns holofotes em outros caldeirões culturais do hip hop fora do Rio e de São Paulo, a Sulicídio e suas respostas termrinaram impactando também no YouTube e nos vídeos de reação e análise de clipes e letras. São vídeos onde o apresentador supostamente assiste a determinado clipe pela primeira vez, filmando sua reação. Até hoje, Sulicídio, Disscarrego e Primeira Diss estão, na minha opinião, entre os temas mais divertidos para você procurar vídeos de reação (react) por lá.

Atualização: Tem uma entrevista do Baco Exú do Blues para o Rap Box onde ele explica a motivação para o Sulicídio (sugestão de Gabriel Ferreira). Sulicídio entra em pauta por volta dos 16 minutos.

Special: 

Quem tava lá?

Na briga pelos espaços a banda de RAP Costa Gold lançou a música Quem tava lá, criticando de forma ampla e genérica aqueles que querem fazer parte da cena na época "fáciil", mas na época difícil não "tava lá". Quem quer usufruiu do que não ajudou a construir. Contou com participação de Luccas Carlos e Mc Marechal, que rouba a cena com uma participação autobiográfica.

O problema é, como já cantou Lord do ADL, "gravar um som é como um tiroteio, quem não sabe o que falar acerta um inocente". Uma resposta muito boa a esta música foi a da Lívia Cruz, "Eu tava lá", aproveitando a linha do Marechal, ela resolve mostrar na resposta sua própria biografia.

Se não por outra coisa, só pelas 2 autobiografias essas músicas falem muito a pena! Curiosidade: o fechamento do Mc Marechal teve resposta do Spinardi no fechamento da música Cypher, de Haikaiss (com participação do Costa Gold e Funakero).

Special: 

Playlist DIM'18

É isso aí! Hoje preparei uma playlist para o Dia Internacional da Mulher, trabalhando a consciência, fugindo da tentativa de transformar o DIM em um segundo Dia das Mães, como disse em palestra recente a profa. Sabrina. A maioria das músicas é Rap.

No finzinho do ano passado, um time de MCs mulheres se juntou e produziu a impactante Poetisas no Topo, nome escolhido em resposta a um conjunto de músicas "Poetas no Topo". Vale muito a pena ouvir!

Efeito Borboleta foi publicada há exatamente um ano no Rap Box. Com abertura da Lívia Cruz em altíssimo nível. Se perdeu, corra pra ouvir!

Saindo um pouco da agressividade do Rap, minha terceira sugestão é a suave Eu sou problema meu da Clarice Falcão.

As outras da playlist seguem em links abaixo:

Espero que vocês gostem!

Special: 

São dois tipos de MC

Mestre de Cerimônia é tradicionalmente alguém responsável por coordenar um evento público. O "apresentador". Na cultura Hip Hop, segundo a Wikipédia, o MC passa a ser aquele artista que produz o seu próprio material para apresentar. O compositor que canta suas próprias músicas.

Outro fruto interessante que parece ter vindo daquela brigada de Shomon e Emicida foi o lance de classificar MC em dois tipos. É uma ideia antiga, na verdade. Quem nunca viu camisas com "tem 2 tipos de pessoas...", completando quais seriam? Para rebaixar o Nocivo Shomon, Emicida mandou "tem dois tipos de MC: os que faliu e os que aprendeu algo comigo". Shomon respondeu com "Existe 2 tipos de mc, isso é verdade: aqueles que planta a moda e os que canta realidade".

Depois disso, volta e meia aparece alguém falando de dois tipos de MC também. MC Marechal cantou "E que só existe um tipo de MC: o "foda-se o ego e vamos nos unir". E por aí vai...

Special: 

Clássico Emicida versus Nocivo Shomon

Conceituando... Segundo a Wikipédia, "Hip hop é um gênero musical, com uma subcultura iniciada durante a década de 1970, nas áreas centrais de comunidades jamaicanas, latinas e afro-americanas da cidade de Nova Iorque.Afrika Bambaataa, reconhecido como o criador do movimento, estabeleceu quatro pilares essenciais na cultura hip hop: o rap, o DJing, breakdance e o graffiti. Outros elementos incluem a moda hip hops."

Continuando, "RAP é um discurso rítmico com rimas e poesias, que surgiu no final do século XX entre as comunidades negras dos Estados Unidos. É um dos cinco pilares fundamentais da cultura hip hop, de modo que se chame metonimicamente (e de forma imprecisa) hip hop."

Dentro do RAP existe todo um universo de gírias e jargões também. O que interessa hoje para nós é a DISS: "Diss, também conhecida nos Estados Unidos como diss track (literalmente traduzida por canção de insatisfação) é uma canção criada com o único propósito de atacar verbalmente e insultar uma pessoa ou um grupo de cantores. Seu uso é frequente no hip hop."

Se você não conhece o Emicida, a Wikipédia diz que "é considerado uma das maiores revelações do hip hop do Brasil da década de 2000. O nome "Emicida" é uma fusão das palavras "MC" e "homicida". Por causa de suas constantes vitórias nas batalhas de improvisação, seus amigos começaram a falar que Leandro era um "assassino", e que "matava" os adversários através das rimas. Mais tarde, o rapper criou também uma conotação de sigla para o nome: E.M.I.C.I.D.A. (Enquanto Minha Imaginação Compuser Insanidades Domino a Arte)."

Já Nocivo Shomon "é um mc, tatuador e grafiteiro brasileiro.Conhecido por um flow diferenciado e rimas rápidas, ele se tornou conhecido pelo público em 2007 com o lançamento do álbum de estreia, chamado Assim que eu Sigo."

O Nocivo já vinha insatisfeito com Raps "modinha", de rappers que fazem parceria com artistas pop para crescer, quando veio a primeira Diss direta pro Emicida. Como o Emicida usa o bordão "A rua é nois", o Nocivo mandou a resposta em 2012: "A Rua é quem?", com porradas como "Tu conta muita história pra quem tem tão pouca vida"

O Emicida respondeu com InSOMnia em 2014:

Em 2015, Shomon fechou com a parte 2 da sua Diss.

Fechando com "Enquanto a gente se ataca, ninguém defende o Brasil", parece que a treta (pelo menos via disses) ficou em pausa por enquanto.

Links:

Special: 

MC Marechal

"Rodrigo Vieira (Niterói, 22/09/1981), mais conhecido pelo nome artístico MC Marechal é um rapper, compositor, produtor, apresentador e ativista brasileiro." É assim que o artigo MC Marechal na Wikipédia começa.

Adepto da ideologia "Um só caminho" (que traz inclusive tatuado no braço), desenvolve projetos sociais interessantes, como a Batalha de Conhecimento e o Projeto Livrar.

Como rapper, participou do trabalho de vários rappers e tem suas próprias músicas (sem album lançado ainda, apesar de estar na estrada há vários anos), sempre trazendo versos pra pensar e cantados com muita energia. Sem contar os floods gigantescos. Alguns versos bacanas do Marechal:

Sem querer ser o melhor, longe dos papo de vaidade
Quer ser o melhor vai ser o melhor pra tua comunidade

Tapa na cara de quem segue só pelo ego.

Independente! Demora pra lançar, pra fazer
Demora pra tu perceber que tamo junto é só você.

E pra terminar, ouve É a Guerra Neguin:

Na calada, somos rato, rap é o eco dos bueiros
Geração nos ouviram e os que não podiam ter rádio, leram
Os que não sabem ler me viram, distinguiram o coração
Mensagem clara de que a tropa precisa ta em formação
Precisa da informação, mais precisa pra que no fim
Possa provar que as bala vindo não estão tão perdidas assim

Subscribe to RSS - rap

Warning: PHP Startup: Unable to load dynamic library '/opt/php56/lib/php/extensions/no-debug-non-zts-20131226/pdo.so' - /opt/php56/lib/php/extensions/no-debug-non-zts-20131226/pdo.so: cannot open shared object file: No such file or directory in Unknown on line 0

Warning: PHP Startup: Unable to load dynamic library '/opt/php56/lib/php/extensions/no-debug-non-zts-20131226/pdo_mysql.so' - /opt/php56/lib/php/extensions/no-debug-non-zts-20131226/pdo_mysql.so: cannot open shared object file: No such file or directory in Unknown on line 0

Warning: PHP Startup: Unable to load dynamic library '/opt/php56/lib/php/extensions/no-debug-non-zts-20131226/php_pdo_odbc.dll' - /opt/php56/lib/php/extensions/no-debug-non-zts-20131226/php_pdo_odbc.dll: cannot open shared object file: No such file or directory in Unknown on line 0