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Dark Songs

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Você entra no castelo de Lorde Hiphan. É um castelo enorme e o espaço vazio na sala principal chega a dar um frio na espinha. A filha de Lorde Hiphan morreu há 10 anos. Segundo as lendas, ela vivia em profunda melancolia e ansiava pela morte. Agora você está aqui. Já não há mais nenhum móvel. Às dez horas da noite esse vazio se torna realmente assustador. As paredes medem pelo menos oito metros de altura. A escada, no lado direito da sala, é enorme lateralmente e tem degraus grandes e não muito altos. Tudo isso você pode ver com a ajuda de uma lanterna que trouxe consigo.

Você sabe muito bem porque está aqui. Você saiu de casa para dar uma volta e encontrou nos portões velhos do antigo castelo um convite. Claro, você não tem medo do que as lendas dizem. Você sabe perfeitamente bem que esta mansão é propriedade particular e há alguns anos procura por um comprador. Claro que a falta de comprador não é por ser ela amaldiçoada. Certamente faltaram anúncios e estão cobrando muito caro por seu valor histórico. Sua lanterna começa a falhar. Você imediatamente tenta apertar a lâmpada, curando um possível mal contato. Ela volta ao normal.

Você caminha pela escura sala principal em passos lentos. Cada passo seu estronda no silêncio que domina o lugar e ecoa pelo menos três vezes. É muito bom estar aqui. Você sempre adorou a sensação de perigo. Espere! Você começa a ouvir alguma coisa. Som de piano. Alguém está tocando um piano. Nessa mansão? O Jardim é muito grande, jamais se ouviria um som de piano de fora, mesmo que da calçada. E o barulho está um pouco baixo. Deve estar vindo de lá de cima. Você sobe curioso com o que poderia estar acontecendo. Os degraus baixos parecem feitos para proporcionarem uma sensação de eternidade ao se subir as escadas. Você sobe e parece que nunca chegará ao fim. Finalmente chega a um escuro corredor. O som é mais forte agora. Você consegue facilmente identificar o tipo de música como uma música alegre. Você já ouviu em algum lugar. Mas aqui, quem a toca, o faz com tristeza, dando um tom sinistro à música. Aqui está mais escuro que lá embaixo. Não há janelas para a entrada da luz da lua. Você caminha pelo corredor, mais devagar ainda, checando todos os lados a todo momento, com a lanterna. A música não vem de um quarto próximo. Você continua caminhando pelo corredor que, repleto de teias de aranha e respondendo com rangidos às suas pisadas, parece, como a escada, não ter fim. Há inúmeras portas já bastante desgastadas pelo tempo e com as fechaduras medievais enferrujadas, aumentando ainda mais o aspecto tenebroso do lugar. Por isso não conseguiram vendê-la, pensaria você se não estivesse tão concentrado na canção. As notas saem como lágrimas. Você está cada vez mais perto da origem desses sons. Em determinado momento, sua lanterna tenta falhar novamente. Por sorte continua ativa. Parece que as forças naturais não querem vê-lo por aqui.

O barulho vem de trás daquela porta. Você está convicto disso. Apontando a lanterna para ela, vê as teias comuns a todo o aposento. Essa porta parece diferente das outras. Mesmo sob tanta poeira, seus contornos são mais ternos. Sua mão se aproxima da maçaneta. Seu coração dispara. A escuridão é realmente enorme. Você só consegue enxergar o que é visto pela lanterna. Você finalmente a toca. Está empoeirada. Você adia a abertura da porta e recua a mão para a limpar. Enquanto isso a música continua. A maçaneta era branca, você nota após retirar a poeira. Sua mão direita se aproxima dela quando os sons começam a vir mais rápidos, quando a música, como seu coração, começa a acelerar. Segura com força e gira.

A porta é arrancada de sua mão, abrindo para dentro. Sua lanterna se apaga antes que você possa ver alguma coisa. Só é possível enxergar a janela aberta, com uma escuridão lá dentro tão grande quanto a daqui. Mas a Lua começa a iluminar um pouco o lugar. Da janela os ventos vêm apressados. A própria janela bate, como que querendo acompanhar a tristeza do piano. O piano está na frente da janela e não há ninguém. Mas a música não cessa: o show deve continuar. As lendas eram verdadeiras, você pensa. Ela toca piano ainda hoje. Você não sabe o que fazer, está paralisado diante da cena. Após mais algumas notas, você consegue tirar os pés do chão. Mas não para fugir.

Você se aproxima do piano. A música acelera ainda mais, sobre a mesma original alegre, convertendo a tristeza em ameaça por invadir seu território. Mas você não desiste e, como em transe, se aproxima do antigo piano. As teclas tocam violentamente, não há nada ou ninguém que possa estar fazendo isso. Repentinamente a música pára e você ouve um barulho vindo da janela.

Você se aproxima da janela com passos lentos. Ainda não conseguiu acreditar no que presenciou. Chegando a ela, você vira a cabeça lentamente para baixo. Algo passa por seus olhos a uma velocidade que o permitiu ver apenas uma mancha. Você olha para cima e não encontra nada. Não parece haver nada lá fora. A Lua está cheia, é a única coisa que você consegue notar pela janela. Quando o piano recomeça a tocar, quebrando bruscamente o silêncio. O susto quase o faz cair. Você se vira e vê o piano tocando sozinho mais uma vez. A música mudou. É agora o inverso. Uma música triste tocada com entusiasmo. Que entidade tão diabólica o estaria tocando? Você começa a notar algo como se estivesse se materializando, na cadeira do piano. É branco. Parece uma pessoa, mas não fica sólido. Parece um...

Ela se vira para você após uma nota final. Seu rosto é branco como seus trajes. Seus olhos são negros e seu olhar parece o do demônio. O piano continua a tocar quando ela salta sobre você. O susto não tem tamanho. Ela o empurra da janela, rasgando seu pescoço, enquanto o piano toca a marcha fúnebre...

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