A Plataforma Nintendo DS

Sempre admirei muito a Nintendo, mas fiquei longe dela por anos. Há um tempo tive contato com o líder no mercado de videogames portáteis da atualidade e realmente o que a Nintendo fez foi algo muito bom.

O Nintendo DS é a plataforma de videogame portátil que sucedeu a plataforma Game Boy Advance. Falo de plataformas porque essas duas plataformas começaram com um modelo só e terminaram recebendo companhia de outros modelos, mas ainda para o "mesmo mundo".

Para quem esteve viajando nos últimos anos e não conhece o Nintendo DS, aqui vão alguns conceitos que o tornam especial:

  1. Já nasceu com uma infinidade de jogos à disposição, já que roda também jogos do Game Boy Advance (o mesmo que acontece com o Nintendo Wii, que roda jogos do Game Cube além dos seus próprios)
  2. Controles estilo Super Nintendo. Com isso quero dizer exatamente: um direcional em cruz, mais quatro botões distribuídos em losango - Y, X, B, A -, mais dois botões a serem usados com os indicadores: os famosos L e R;
  3. Duas telas: isso pode parecer confuso e tal, mas é fantástico você poder andar por um labirinto numa tela vendo o mapa em tempo real na outra, ou ver outras informações igualmente úteis.
  4. A tela inferior é sensível ao toque. Aqui está o toque de mestre da Nintendo neste console. Hoje pode parecer trivial esse conceito, mas o Nintendo DS original foi lançado em 2004.
  5. Também tem um microfone no aparelho.
  6. Aparelhinhos próximos podem se comunicar para que jogadores joguem em rede, bastando estarem próximos fisicamente.
  7. Acesso à rede da Nintendo através de Internet sem fio, permitindo que se jogue online com amigos (através da troca de um código gigantesco) ou com desconhecidos.
  8. A sua estrutura faz com que ele se feche em si mesmo para ser guardado, protegendo as telas e os botões de controle. Isso é algo simples a princípio, mas é fantástico pela proteção que se dá ao equipamento e por funcionar como um "stand-by" instantâneo. Basta fechar o aparelhinho que o jogo é pausado, tudo é suspenso e ele entra em modo de economia da bateria. Reabrindo-o, ele volta instantaneamente ao ponto do jogo onde tinha parado.

O uso da tela sensível varia de jogo para jogo. Em parte deles é apenas uma forma alternativa de interação (além dos botões), em outras é a única forma de interação.

Há um jogo com o Yoshi que começa com o bebê Mário despencando pendurado em balões de ar. A caneta é usada para criar nuvens que desviem o Mário dos obstáculos até que ele chegue ao chão em segurança e o Yoshi possa pegá-lo.

Feel the Magic, da Sega, tem uma mecânica simples, mas usa e abusa da tela sensível. O personagem principal tem que enfrentar os mais diversos desafios em várias fases para conquistar uma garota.

Em Zelda: Spirit Tracks, o controle do Link (personagem principal da franquia Zelda, para quem incrivelmente não conhece) é feito com cliques na tela. Golpes de espada são feitos deslizando a canetinha na tela no sentido que o jogador quer que Link desfira golpes. E o mais legal é a flauta sendo tocada: o usuário sopra no microfone e desliza a flauta para os lados usando a canetinha. É um conceito muito simples e muito divertido.

Sem contar o sucesso Nintendogs, jogos de Pokémon, de outras produtoras tempos Sonic, Castlevania, Final Fantasy... Acho que já deu pra dar uma ideia de como é o mundo do Nintendo DS, ao menos em conceito. Agora, os consoles...

Depois do Nintendo DS, a Nintendo lançou o DS Lite, uma versão otimizada, reduzida, com bateria melhor. Depois veio o DSi, acrescentando câmera, recursos melhores para conectividade e compra de jogos na forma online pelo DSiWare. Até aí trata-se basicamente da mesma plataforma (apesar de DSi permitir algumas gracinhas que o DS não permite, não se vê jogos por aí feitos para DSi). A coisa mudou este ano com o 3DS, que cria uma nova plataforma.

Em tamanho, pelo que li a respeito, o 3DS é bem aproximado do DS Lite. As diferenças principais são os acréscimos para jogos 3D. Além de uma capacidade de processamento e renderização muito superiores à do DS, o 3DS acrescenta um direcional analógico e é o primeiro dispositivo vendido capaz de gerar efeito de 3 dimensões sem necessidade de óculos especiais. Vê só... Como se não bastasse, ainda acrescenta acelerômetro e giroscópio.

Ainda traz três câmeras (duas frontais, que permitem captura de imagens em três dimensões) e vem com um pacote de softwares.

Algo que achei curioso é que o Nintendo DS parece fazer homenagem ao primeiro videogame da Nintendo, o Game & Watch (assim como o controle do Wii lembra um controle de um videogame pré-histórico que não recordo no momento). Se foi intencional, é muito bacana esse resgate em forma de homenagem, ao mesmo tempo em que traz novidades reais ao mundo dos jogos, que vão além da busca frenética por mais poder de processamento.

O que sempre gostei da Nintendo foi que ela costuma focar a diversão. Jogos de Nintendo 8 bits continuam divertidos até hoje, o que é bem diferente dos jogos atuais dos outros fabricantes. Parece que a regra é fazer jogos o mais realistas possível e torcer pra que isso os torne divertidos. Alguns conseguem ser divertidos, mas a maioria não.

Continua admirando essa empresa, mesmo que seja um ícone do mundo privativo. Fazer o quê? O mercado dos jogos é um mercado caro de se entrar... Seria muito bom se aparecesse uma arquitetura aberta de console de última geração, com APIs e toolkits amplamente disponibilizados. Creio que muitos jogos incríveis apareceriam, grande parte feitos pela própria comunidade. Enquanto isso não acontece, fico aqui torcendo para ter oportunidade num futuro próximo de me atualizar no mundo dos games de forma mais prática e de ter meu Wii e meu 3DS (se eu pudesse escolher de graça entre Playstation 3, Xbox 360 e Wii, eu ficaria com o Wii).

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