cordel

Cordelares do TCI/IP

Quem adquiriu o cordel O Surfista do 5G notou que há 4 sonetos cordelares nele. Quem não é da área de T. I. provavelmente estranhou e não entendeu nada. Os 4 sonetos apresentam as 4 camadas do protocolo de redes TCP/IP.

São um artifício que pode ser útil para entender ou lembrar o que cada camada representa. Seguem os quatro em imagens.

Special: 

O Surfista do 5G e as Setilhas Piratas

Este meu novo cordel traz muita coisa interessante. Vamos por partes.

A história do Surfista do 5G é uma representação simbólica do que a Huawei vem passando, com boicote à sua tecnologia 5G pelos Estados Unidos. No cordel, em um futuro hipotético, os Estados Unidos foram separados, de modo que cada estado se tornou um país. Após isso, nasceu um novo Estados Unidos, que não era mais um país e sim um bloco com as nações americanas (todas, não só as do norte).

O praticante de kitesurf (aquele surf com uma pipa) havaiano Shui View criou uma manobra que vai bagunçar as competições nas Olimpíadas, então o Comitê Olímpico se reune para decidir o que fazer.

A outra grande novidade diz respeito à forma. Este é o primeiro cordel que publico com uma poética variante que eu planejei e chamei de setilha pirata.

Quem conhece o galope à beira-mar sabe que seus versos não são apenas em 11 sílabas poéticas. Além disso, o ritmo de galope marca a 2ª, a 5ª e a 8ª sílabas poéticas, de modo a se dar o ritmo de galope. Pois bem, a setilha pirata tem 2 métricas, uma para os versos 5 e 6 (métrica em 5) e outra para os demais (métrica em 8), mas tudo no ritmo do galope, como se fossem versos quebrados de um galope à beira-mar.

O resultado finalo é uma setilha diferente, que tem um ar de aventura quando declamada, que lembra cantigas de piratas, por isso escolhi esse nome.

Em dois, mil cento e dezenove
Dez anos depois do ocorrido
Que gerou diversas nações
Partindo os Estados Unidos
De suas raízes
Cinquenta países
Em um mundo mais dividido

Um novo "Estados Unidos"
Nasceu como parte da ideia
Unindo os países da América
Até mesmo a parte plebeia
Para fazer frente
De forma eficiente
À imensa União Europeia

No esporte desses novos tempos
Que animava a população
Havia duas Olimpíadas
Dois tipos de competição
De forma correta
Separando atleta
Quem era ciborgue e quem não

Quando o Comitê Americano
De surf, skate e asa delta
Se juntou no país da Flórida
Em uma reunião secreta
Pra turma dali
Poder discutir
Um tema que muito os afeta

O cordel já pode ser comprado a mim fisicamente ou obtido na Amazon!

9ª Bienal, ACALA e Cordéis

Ontem foi a abertura da 9ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, que se estende até o próximo dia 10. Nela, terá mesas, palestras, oficinas, apresentações e venda de livros.

A ACALA (Academia Arapiraquense de Letras e Artes) participará no dia 6, com diversos lançamentos, incluindo 4 cordéis meus:

  • Fazendo um Cordel em Sextilhas: utilizando o próprio gênero do cordel, este cordel ensina como você pode criar o seu próprio, formatado em sextilhas. Como Fazer um Cordel, que publiquei em 2018, ensina o mesmo mas com base em setilhas. Este outro vem para complementar o material, dando alternativa para quem quer promover oficina de produção textual ou simplesmente escrever seus próprios títulos de cordel! Também será lançado o Kit Sextilhas, já pronto para oficinas.
  • Visita de Lampião Elétrico: continuando a saga cyberagreste de Lampião Elétrico, desta vez ele e Miss Maria fazem uma visita inesperada.
  • Os 12 Astros do Espaço: explicando um pouco sobre astrologia, este cordel também traz 12 sonetos cordelares, um para cada signo.
  • O Comunista e o Capitalista: da série Peleja na Tela, desta vez o embate é entre a visão comunista e a visão capitalista do mundo.

Os lançamentos serão no estande da AAL.

A ACALA também terá participação no sábado, com palestra da nossa presidenta Carla Emanuele às 9:30 na Sala 02 (das oficinas). O título: Benefícios da Implantação de Repositório Institucional nas Escolas de Educação Básica.

Ainda sobre lançamentos de cordel meu, em novembro também tem um quinto novo cordel: O Surfista do 5G. Falarei mais dele outro dia.

Aproveitando... Saiu o resultado parcial do VII Concurso Literário da APLACC e a poesia que submeti foi uma das 10 selecionadas! Sexta será a premiação e estarei lá em Penedo. Depois falo como foi.

No mais, quem estiver na Bienal nesta quarta-feira ou no sábado não deixe de nos prestigiar!

Séries de Cordéis

Para escrever Literatura de Cordel, eu trabalho os títulos individualmente. É como se cada cordel fosse um conto, que pode ou não ter continuação.

Mas no planejamento, na organização de temas, eu tenho já algumas séries pensadas. Alguns cordéis já nascem com essa ideia junta, de serem seguidos por vários outros e formarem um bloco.

Os meus primeiros títulos já traziam um grupo óbvio neles: os cordéis de Tecnologia. Cordel do Software Livre, Cordel do BrOffice, Cordel dos Aplicativos... O cordel Piratas e Reis suscede o Cordel da Pirataria, apesar de eu não ter planejado muitos outros nesse grupo.

Mais próximo do que estou dizendo, me lembro de dois títulos que já publiquei e que são na ideia de série:

  • O Castelo da Bruxa: continuando a aventura de Rand, que tinha aparecido no Castelo de Zumbis. Planejo vários outros castelos mágicos em sua jornada.
  • Pedro Cevada contra Meme Face: continua o Desafio a Pedro Cevada. Tenho planos para outros desafios nessa sequência de pelejas, narração e humor.

Tenho outras ideias de séries, algumas envolvendo cordéis que já escrevi e já estão publicados; outras de cordéis que são ainda inéditos e outras ainda de cordéis que nem escrevi. Quem for de Alagoas e tiver interesse, na Bienal Internacional do Livro deste ano eu pretendo lançar 4 títulos novos! Detalhe que 3 deles são continuações de cordéis anteriores. Como diz o filósofo norueguês do século XIV Didi Mocó: "Aguarde e confie..."

Special: 

Prometeus Absurdo

Este mês está publicado o cordel Prometeus e a Tecnologia Proibida, um cordel que brinca com Poesia do Absurdo. Prometeus, nos tempos atuais um piloto de avião, desce pra subir o Olimpo de novo, na missão de roubar a tecnologia proibida dos deuses e entregar aos homens. O cordel já está à venda em alguns pontos da cidade, comigo mesmo em pessoa (inclusive aceitando cartões) ou, em formato digital, na Amazon!

Lembrando que você pode assinar o apoia-se e receber meus cordéis novos em formato digital mensalmente!

Adicionalmente, fiz uma nova edição do meu cordel cyberagreste Lampião Elétrico, já que a anterior meio que esgotou. E editei/diagramei mais um de domínio público. Dessa vez, a História de Esmeraldina, de Francisco das Chagas Batista.

Começo de Prometeus e a Tecnologia Proibida:

Eu vou contar essa história
Que na Grécia aconteceu
Sobre um cara que roubou
Dos nobres amigos seus
Algo de bom pros humanos
Mas isso penosos danos
À sua vida lhe valeu

Prometeus era um sujeito
Com farda de aviação
Um dia ele se acordou
Com uma estranha visão
“Nessa Terra dura e fria
Falta tecnologia”
E posou seu avião

“Pessoas vivem sofrendo
São tratadas como otárias
Os deuses guardam a cocada
Nas suas torres lendárias
Vou fazer uma zoeira
Descer com ela a ladeira
Espalhar em todas áreas”

Foi até Zeus no seu trono
Para com ele falar
Zeus o recebeu aos gritos
- Como cê vem me roubar?
“Vi tu chegando, menino
Tivesse um submarino
Eu não teria um sonar”

Cordéis de Setembro

Este mês três títulos de Literatura de Cordel estão sendo lançados.

  1. Do Outro Lado da Ponte - cordel inédito que narra a história de um sujeito de classe média tendo contato com o outro lado da cidade. Poesia em 49 setilhas. Capa em xilogravura feita por Luiz Natividade. Breve nos pontos de venda da cidade (e na Amazon).
  2. Palito amigo de Freud - o surfista Palito fala sobre seu amigo filósofo e clínico. Esta é a primeira edição impressa deste cordel, que foi publicado inicialmente aqui no blog em 2012. Conta com uma revisão. Na capa, um boneco que fiz em papel machê durante uma oficina ministrada pelo Biribinha.
  3. Igualdade na Diferença - cordel escrito em parceria com Marcio Fabiano. Está disponível em PDF em livros.cordeis.com e esta é a versão impressa.

Começo do cordel Do Outro Lado da Ponte:

“Jovem de 23 anos
Para o Hospital é levado
Após tentarem matá-lo
Com dois golpes de machado
Está na espera deum leito
Não há ainda suspeito
Nenhum identificado”

“Polícia desocupou
Fazenda São Nicolau
Depois de troca de tiro
Foram sete pro hospital
Disse o capitão Benvindo
Que eles tavam só cumprindo
A ordem judicial”

“Teve mais dois tiroteios
Hoje durante a manhã
Lá na Favela da Vila
Entre três gangues irmãs
E na agenda cultural
À noite vai ter luau
Na Área Nobre, Djavan”

- Olha que coisa bacana!
“Tanta opção quem aguenta?
É cinema, é Netflix
Boate dos Anos 90
Mas dá medo de sair
Na TV só o que vi
É uma cidade violenta!”

Ele desliga a TV
Pega a chave e celular
Sai do seu apartamento
Vai no shopping pra almoçar
Depois é que vai embora
Só lá pelas duas horas
É que ele irá trabalhar

- Quase que ia me esquecendo
“Ontem de noite meu irmão
Pediu pra eu ir no conserto
Buscar a televisão
Bem no começo da tarde
Pro bem da nossa irmandade
Devo cumprir a missão!”

Special: 

Igualdade na Diferença, um cordel em parceria

Fiz minha primeira parceria um-a-um em cordel. Com Marcio Fabiano do Versos em Brasa. O tema escolhido foi Igualdade na Diferença, a poética em sextilhas e a dinâmica de estrofes alternadas.

O cordel está disponível inteiro em ebook na Biblioteca Cordeis.com, em PDF. Veja o começo:

Enquanto um curte a vida
Só quer luxo e mordomia
Outro trabalha igual doido
Se estressa na correria
Com o sonho de crescer
Pela meritocracia

Acha até que tem cura
Essa tal desigualdade
Que basta para o sujeito
Só ter força de vontade
Para alcançar o sucesso
Mesmo com dificuldade

Há quem olhe ao seu redor
E não encontre saída
Achando que batalhar
É uma causa perdida
E vai pra vida do crime
Ou de drogas e bebida

Neste mundo em que se encontra
De tantas cartas marcadas
Acha que o esforço é inútil
Que não vai levar a nada
E que toda a sua luta
Já se dá por encerrada

Enquanto um fala de Deus
Com ódio no coração
Outro não fala, só reza
Calado com discrição
E outro prega o ateísmo
Como uma religião

Ao passo que só se esforça
Sem ter o suficiente
Vê o outro que nada faz
Festejando de contente
E essa tal de injustiça
Torna tudo deprimente

Pessoas são diferentes
Tem quem a herança conforta
E quem nunca vê a sorte
Batendo na sua porta
Tem diferença banal
E diferença que importa

Há quem luta pelo certo
Nunca sendo premiado
Outros alcançam vitória
Somente do modo errado
De tal forma que o honesto
Se sente injustiçado

Leia o cordel inteiro em PDF.

Um novo desafio para Pedro Cevada

Você já leu o Desafio a Pedro Cevada? Pedro Cevada é um personagem que criei. É um cara metido a repentista, protagonista de cordéis de humor. Na sua primeira aparição, vem um repentista cego desafiá-lo em sua própria cidade e não dá muito certo... Leia o cordel para ver o que aconteceu.

A propósito, o desafio foi reeditado e ampliado para uma edição impressa, inclusive com capa redesenhada.

Pois bem, este mês Pedro Cevada aparece de novo. Dessa vez, vagando pelo mundo ele encontra uma cidade chamada Trajeado, onde estava havendo inscrição de poetas. Empolgado, ele se inscreve sem perceber que na verdade aquilo era a inscrição para uma batalha de RAP.

Meme Face, por outro lado, é um MC que adora usar memes nos seus versos e ataques. Então esta é a batalha retratada neste novo cordel. Uma disputa divertida entre um repentista e um rapper.

O cordel pode ser adquirido diretamente comigo, bem como uma nova edição, impressa, do Fantasma da Ópera. Em breve estarão nos pontos de venda habituais. A nova aventura de Pedro Cevada já está disponível também na Amazon, para quem é de Internetópolis.

Com vocês, o começo do cordel:

Natural de Alagoas
Morava lá no Sertão
Pedro Cevada partiu
Com quase nada na mão
Vagando pelo Nordeste
Pelo Sertão e Agreste
Sem rumo nem direção

Chegou na nova cidade
Depois de andar um bocado
Cidade pequena estranha
Chamada de Trajeado
Sem nada dela saber
Entrou lá pra conhecer
Tava um barulho danado

- Que será que tem aqui?
“Na praça essa confusão!
Na fila tem tanta gente
Na frente o nome inscrição
O que será que tem lá?”
- São poetas do lugar
“Que vão ter competição”

- Ora, mas se é desse jeito
“Aqui tanta gente tem
Mas vou fazer inscrição
Que eu sou poeta também!
Pode vir poeta da China
Que hoje vou passar por cima
E não vai ter pra ninguém!”

Pedro Cevada ficou
Na fila com uns moleques
Pouca gente da sua idade
- Será que o prêmio é em cheque?
Sonhava se venceria
Sem perceber que a poesia
Da disputa era em Rap

Pedro segurou a ficha
De papel pra se inscrever
- Aqui é pra por o nome
“Fala em nome de M. C.
Preciso de alguma pista
Será Mestre Cordelista?
Deve ser, vou preencher!”

Special: 

Cordel Futurista

No informativo mais recente da ACALA, meu texto é uma obra neocordel, que traz duas poéticas intercaladas. É praticamente um manifesto, chamado Cordel Futurista. Publico agora aqui também e espero que vocês gostem!

Quem vai dizer
Que isso daqui
Não é cordel
Que estou pinel
Não é pra valer
Que o que escrevi
Não é pra entender?

Cordel nasceu
Da cantoria
No meu Nordeste
Arte inconteste
Que apareceu
Até hoje em dia
Quanto cresceu!

Pode vir Leandro Gomes
Montado no seu corisco
Com cantadores de nome
Implicar com o que rabisco
Melquíades no seu pavão
Gritando igual um trovão
- Tua caneta eu confisco!

Mas o passado
Há tanto feito
Tem seu lugar
Pra sempre há
De ser lembrado
Tem o respeito
Tem um legado

Nobres senhores
Eu não invento
O que seria
Da poesia
Desses valores
Sem o talento
Dos cantadores?

Eram só quadras no início
Depois viraram sextilhas
Por estudo e compromisso
Se converteram em setilhas
Sempre melhorando a estética
Olhemos para a poética
Da cantoria e suas filhas

Não sabe nada
É inocente
Quem acredita
Que essa escrita
É limitada
Sete somente
Para a levada

Olha pro céu
Talvez cê veja
Que no início
Desse ofício
Feita em papel
Tinha a peleja
Já no cordel

Pois nos cordéis de peleja
De muito tempo se via
O estilo em que verseja
No mesmo cordel varia
Muda métrica e estrutura
Retrata a disputa dura
Simulando a cantoria

Tem humor raso
Tem de peleja
Educativo
Informativo
Cordel de causo
Credo de igreja
Tem sobre Espaço

Quem cria é gente
De todos cantos
Cada poeta
Tem sua meta
Bem diferente
Estilos tantos
Não é um somente

Por isso que a gente entende
Que olhando através do véu
Você verá de repente
Que entre a terra e o céu
Há um universo de estilos
Cores, rimas, temas, brilhos
De tudo vai no cordel

Cordel é fato
É um jornal
Cordel é vivo
É coletivo
É abstrato
Individual
É um barato

Cordel é livro
É arte pura
É embolada
Forró, toada
Reflexivo
É aventura
É interativo

Quem é vivo sempre mostra
Mudança, nova faceta
É disso que a gente gosta
Cordel tomando o planeta
O antigo preservado
E o novo, recriado
Em sonetos e estafetas

Tem o cangaço
Sertão, saci
Matuto, gado
Mas tá mudado
Já sem cansaço
Já está aqui
Ciberespaço

Cordel é ouro
Do nosso povo
Nossa cultura
Ninguém segura
Mas o vindouro
É forte e novo
Grande tesouro

Nosso futuro a um salto
Há muitos mundos além
Cordel irá bem mais alto
Neocordelismo é um trem
Que leva ao desconhecido
Pra terminar, te convido
Vem pra esse mundo também!

-- Cárlisson Galdino

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