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O Centro do Furacão
Os ventos se revoltaram
Contando as pedras que sobem
Com tanta raiva disparam
Contra nós que somos jovens
Os ventos fazem ataques
C'um sentimento ridículo
Nos destruindo aos baques
Atacam correndo em círculo
Vendavais como nunca vistos antes
No centro alguns encontram bom escudo
A legião esperta (ou covarde)
E aumenta já a revolta dos gigantes
Será que não é causa disso tudo
Quem achou o centro da tempestade?
Iara
Escamas das mais belas dentre as belas
De todas as águas és adorada
Sendo sempre invejada por aquelas
Que sabem muito bem: não valem nada
Pele mais lisa dentre as mais bonitas
De toda a terra não há quem não veja
Teus belos olhos belezas benditas
Tens toda a beleza qualquer que seja
Teu beijo tão doce tua pele clara
Teu belo toque tudo o que senti
A mais bela que a Terra já ganhara
Saiba que em nenhum momento menti
Quero que saiba minha bela Iara
Saiba: minha vida segue por ti
Prisão Ideológica
Quero falar, mas não consigo
Nada ouço.
Quero me mover, porém não posso
Estou preso.
Mas vejo, e o que vejo não me conforma
Tanta dor, tanto ódio, há lá fora
Enquanto eu tento me libertar
Desse cubo de vidro maciço
O Vingador
O céu se rasgará para que o vento
O traga num soberbo monumento
E nada fugirá do seu castigo
A espada tão letal trará consigo
O céu se fechará em tal momento
Sua espada dançará ao céu cinzento
E nada brilhará mais do que a ira
Nos olhos pela perda que sentira
E vai seguir dançando sua espada
De encontro a todo ser que se apresente
Na vingança do sangue de sua amada
E só c'o fim do último vivente
Será de novo a espada embainhada
Para que o Sol se mostre novamente
O Removedor de Pedras
O coração pulsa
A vista não sente
É a disputa injusta
A dor, permanente
Batuque e tambor
Pra dança da espada
Que'inda não parou
Não pára por nada
É pedra somente
Pra quem tem visão
Exército à frente
E a espada na mão
Instante
Seus olhos olham para o mar parado
Sua boca fala frases inaudíveis
E sua boca grita
E seus olhos choram
Uma águia imóvel suspensa no céu
O som, que é mudo, dessa maresia
E o som é o da morte
E essa águia ria
Seu rosto sente o toque do nada
Seus pés fincaram na terra molhada
Sua testa suada
O Sol pregado queima sua mente
O pavor o traz da terra à serpente
Instantaneamente
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