John Leon era gerente de uma das inúmeras filiais de uma grande multinacional. A empresa passava por sérias instabilidades decorrentes da crise imobiliária. Triste com o risco de falência e sem muito o que pudesse fazer, John resolveu pegar seu carro e sair do escritório até a praia para pensar um pouco.
O pior que aconteceria seria o fechamento de metade das filiais, para salvar a companhia. Em uma perspectiva menos negativa, muitas pessoas seriam demitidas.
Ele estaciona o carro e caminha em direção à praia. Lá ele se senta em uma calçada de bar – um bar que não funcionava, ao menos no momento. E de lá observa o entardecer, ainda de terno e gravata.
Enquanto pensa na vida e em todos os problemas recentes, ele nota um homem mal vestido caminhando pela areia. Parece pegar objetos e atirá-los ao mar. Curioso, ele se levanta e caminha vagarosamente em direção ao estranho.
- Senhor?
- Que cê quer?
- Estava te observando dali de cima e percebi que você está atirando estrelas do mar de volta às águas. Por quê?
- É da sua conta?
- Não, desculpe, só fiquei curioso.
O homem se aproxima de John e o encara.
- Porque essa praia é minha!
Saltando sobre John, o homem bota as duas mãos em seu pescoço. Os dois caem na areia e o estranho mal vestido continua a enforcar o gerente.
John tenta de todas as formas se soltar do agressor, até que finalmente para. Seus braços despencam na areia. Toda sua força se vai.
O estranho sorri e se levanta. Coça a nuca olhando ao redor. De repente, seu olhar encontra o corpo de John inerte. O sorriso se vai.
Abaixando-se, o sujeito ergue as pernas de John, pondo cada uma debaixo de um de seus braços, e o arrasta até as águas.
- Essa praia é minha! Todos vocês tem que sair!
Com esforço, consegue levar John até o mar, então volta a colher as estrelas...
Moral da fábula? Não se bole com doido!
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