Enviado por bardo em 17. Dezembro 2012 - 5:11
Ela vem, me olha com olhar de quem
Não tem nada a ver comigo ou com ninguém
Devagar caminha levando sua taça
Senta do outro lado a me olhar com graça
Sob as velas ela sempre me seduz
Como fosse seu desejo fazer jus
À tal fama de que mesmo sendo bela
Não se entrega nunca, nega tudo nela
Quem me dera possuir seu corpo um dia
Ela me sorri e sempre diz que não
E lembrar o tanto que se aborrecia
Pelo atrevimento de tocar sua mão
Que será que passa na sua cabeça
Por que nunca aceita se entregar a mim
Entre nós dois sempre se estende uma mesa
Mas que mais parece um muro de Berlim
-- Cárlisson Galdino
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