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Cordel do GNOME

Cordel do GNOME

Aqui estamos de novo
Saudações meu camarada
Já falei de liberdade
Em poesias passadas
Hoje falo do GNOME
Mas não de conto de fadas

Falo de um grande projeto
Um que é internacional
Que torna o computador
Algo muito mais legal
Útil e fácil de usar
Pro usuário final

Feito por duas pessoas
Mantido por muita gente
E tem até Fundação
Um projeto tão potente
Apoiado por empresas
De tudo o que é vertente

Novell, Sun e HP
IBM, a Grande Azul
Participam do projeto
Mais hackers de norte a sul
E além de tudo o GNOME
É do Projeto GNU

Vamos falar dele hoje
Você vai se admirar
Um projeto tão imenso
Profissional, exemplar
Mas vamos falar da História
Para melhor explicar

Quando o homem inventou
Sistema Operacional
Para o computador
Viu que não era legal
Ter que criar um programa
Para cada ação banal

Era assim que era feito
Logo que se inventou
Para usar o aparelho
Só sendo programador
Escrevendo e compilando
Era uma vida de horror

Pra resolver o problema
Que estava incomodando
Foi criado o tal de Shell
Que é a linha de comando
A tela preta com letras
E um tracinho piscando

O tal de shell por si só
Já era uma evolução
Para mexer no aparelho
Invés de programação
Aprendia alguns comandos
Simples, sem complicação
 
Tudo estava avançado
Mas não era natural
Pra maioria do povo
Só ter letra era sem sal
Foi quando o computador
Foi ficando visual

GUI ou Interface Gráfica
É quando o computador
Invés de mostrar só letra
Com o irritante cursor
Passa a apresentar desenhos
Janelas no monitor
Ícones para apertar
Texto usando fonte e cor

Imagens para clicar
Com o mouse que surgiu
A Xerox quem criou
Mas a Apple difundiu
E esse modo virou moda
Moda que o mundo seguiu

Programas faziam janelas
Pro usuário interagir
Com imagens e botões
Ok, Aplicar, Sair...
Mas se vem nova janela
A que tava vai cobrir

Por essa necessidade
Novo programa nasceu
Para organizar janelas
E tudo o que apareceu
Arrastar, minimizar
Mostrar a que se escondeu

Tem até um brasileiro
Chamado Alfredo Kojima
Que criou o Window Maker
O programa, uma obra prima
Gerenciador de janelas
Popular, ainda por cima

Mas o tempo foi passando
Ele sempre segue em frente
E gerenciar janelas
Não era suficiente
Foi então que apareceram
Uns programas diferentes

Juntando novos recursos
Um gerenciador de arquivos
Mais um protetor de telas
Gestor de dispositivos
Capaz de montar pendrive
Tão logo sejam inseridos

Esse grau da evolução
Chamamos de Desktop
O Windows é feito em um
GNU/Linux tem estoque
Com muitas alternativas
O Desktop hoje é pop
 
O começo do GNOME
Quem iria imaginar?
Está em outro projeto
Um programa de editar
Imagens, chamado GIMP
Que é bastante popular
Que criou uma biblioteca
Chamada de GTK

Era ele só um conjunto
De menu e de botão
Para as janelas do GIMP
Mas ele era dos bão!
Então foi reaproveitado
O GNOME pôs a mão
t
No ano de 97
O GNOME foi criado
Por Icaza e Frederico
Mexicanos arretados
Pro Windows 95
Ter rival do outro lado

GNOME é uma sigla
Comprida e diferente
GNU Network Object
Model Environment
Mas você pode chamar
De GNOME simplesmente

Ele preza a liberdade
Pela reutilização
Também tem um calendário
Com grande organização
Mantendo o mesmo intervalo
Ao lançar nova versão

Foca a acessibilidade
Garantindo por demais
Acesso por deficientes
Físicos ou visuais
Dos ambientes que existem
É ele dos mais legais

Pra levar GNOME ao mundo
A turma se movimenta
Ele existe em Português
Por isso, vê se experimenta!
Contando todas as línguas
São mais de 160

O GNOME tem programas
Pra tudo que é função
Nem vou ficar lhe dizendo
Tudo o que ele tem não
Quero cordel de 3 folhas
Não quero um de um milhão

No mundo de liberdade
Sempre há de haver opção
O GNOME é muito bom
Eu uso de coração
Mas se você não gostar
Vou falar de outros então
 
Existe o tal KDE
Falarei dele outra hora
É completo e bonito
E disputa mundo afora
Com o projeto GNOME
Há décadas até agora

Há um outro especial
Que tem tão pouca idade
É do Ubuntu, o Unity
Que é GNOME na verdade
Mas mudando quase tudo
Conforme o povo do Ubuntu
Foi vendo necessidade

Além dos que já falei
Window Maker, KDE
Existe o Enlightenmente
E o LXDE
Tem o Sugar, Blackbox
E o XFCE

Cada um com qualidades
Um com efeitos especiais
Outro é muito acessível
Outro é rápido demais
E assim se vê vantagem
De não ser todos iguais

Voltando ao nosso GNOME
Para acabar, vou dizer
Que uma revolução
Está para acontecer
É quando o GNOME 3
Finalmente aparecer

Ele até já foi lançado
Mas pouca gente usou
Está um pouco incompleto
Mas já mostra a que chegou
E seu desenvolvimento
Está a todo vapor

Tornando o computador
Mais fácil de se usar
O GNOME vem crescendo
E ainda vai continuar
Conheça esse Desktop
Clique em gnome.org
Sei que você vai gostar


-- Cárlisson Galdino

A Prosa de Vlad e Louis

Boa noite ou boa tarde
Ou bom dia, camarada
Hoje vou contar um caso
(ou será boa madrugada?)
Bom, vou falar de um encontro
Uma história inusitada

Era uma noite de chuva
Madrugada, na verdade
Na rua ninguém passava
E perto daquela grade
Eu ouvi naquela praça
Bem no meio da cidade

Eu voltava caminhando
Da casa do meu amor
Quando ouvi uma conversa
Que logo me assustou
Me escondi pra não me verem
E o papo continuou

Era um velho de cartola
Preta como a escuridão
De terno bastante antigo
Que falava com emoção
Com um jovem do seu lado
Com a voz de assombração

- Esse mundo anda perdido
Olha só pro meu estado
Já matei tanto bandido
Desde um antigo passado
Aí vem esses pivetes
E estou desmoralizado

"O meu nome era temido
Na Europa e no planeta
Só de ouvir, nêgo gelava
E hoje, veja só que treta
Me associam com um maricas
Que queria ser borboleta!"

O velho estava enfezado
Andava pra lá e pra cá
Um pouco baixo, mas nobre
O céu já a trovejar
O outro sentou na praça
Também resolveu falar

- Caro mestre do meu mestre
Nem sei o que te dizer
Não queria que voltasse
Só para se aborrecer
Melhor era estar dormindo
Como há anos pôde ser

"Infelizmente, concordo
O mundo está ruim, meu caro
Eu não sou tão nobre assim
Quanto você, honorário
Mas graças a esse moleque
Também eu me sinto otário"

- Devo confessar, meu jovem
Já me achei desrespeitado
Por você e seu amigo
Mas hoje isso é do passado
Nunca pensei num futuro
Assim tão esculhambado

"No meu tempo eu perseguia
Donzelas e sequestrava
Seduzia e conduzia
Depois me banqueteava
Alguns vinham me deter
Mas ninguém me derrotava"

"Hoje vem esse moleque
Que parece retardado
Vive há décadas fazendo
Escola, aquele coitado
Cheio da sua frescura
Só quer ser sofisticado"

"Não caça mais as pessoas
Só se alimenta de bicho
Você já viveu de rato
Foi um grande reboliço
Mas superou e o pirralho
Nunca vai para com isso"

- Aquele tempo eu me lembro
Foi logo que despertei
Foi uma fase, passou
Sofreres que só eu sei
Tudo isso me fez mais forte
Aprendi o que hoje sei

"Mas o drama do moleque
É que está apaixonado
Por uma mocinha bela
Que nada mais é que gado
E nem se alimenta dela
Nem transforma pro seu lado"

"Os dramas lá do meu tempo
Eram matar sem querer
Mulher já com trinta anos
Que não podia crescer
Condenada a ser pra sempre
Menina que não quer ser"

"Era a mão da inquisição
Nos obrigando a fugir
Eram brigas entre irmãos
Foices, o fogo a subir
No desespero querer
Morrer e não conseguir"

- O seu tempo já foi outro
Ninguém passa o que passei
Eu vivia num castelo
Vivia acima da lei
Todo mundo me temia
No meu tempo, fui um rei

"Já te achava avacalhado
Eu, bem mais que Realeza
Você vivendo com outro
E hoje, veja que tristeza
Vem os ventos do destino
E nos trazem essa surpresa"

"Um desgraçado qualquer
Que tem pai, irmã, irmão
como fosse isso normal
Nessa nossa posição
De predadores do mal
De monstros sem coração"

- Coração, eu já o tive...
Mas nunca fui parecido
Com aquele afeminado
Mas lembro do tempo antigo
Sentia falta do Sol
Tão letal a nós tem sido

- Louis, você é um menino
Tem tanto ainda a crescer
O Sol não é mais problema
Frente a todo o meu poder
Se eu controlo as nuvens cinzas
O que o Sol pode fazer?

"Posso sair todo dia
No momento que quiser
Você ainda não consegue
Pois morre se assim fizer
Mas o tempo te fará
Forte como você quer"

"Já reparou o moleque
Que queria ser menina?
Ele nunca sai no Sol
Como tu, mas imagina!
É que se ele for ao Sol
Se banha de pupurina!"

- Vampiros já foram fortes
Temidos pelas pessoas
Hoje é essa presepada
Uns viadinhos à toa
Pro nosso mundo das trevas
As coisas não estão boas

"Outro dia numa festa
Num porão a vela e vinho
Na madrugada perfeita
Quando já estava sozinho
Mostrei a presa à garota
Ela disse: 'Ó que fofinho!'"

"'...Você parece legal
Mas prefiro lobisomem
Vampiros são meio estranhos
E eu quero é ter um homem'
E eu tive que matar ela
Para proteger meu nome"

- A vida não está boa
Só quem não vive que viu
E a pista que nos deixaram
Essa pista não serviu
Acho que não está aqui
Talvez nem cá no Brasil

"Vamos continuar a busca
Um dia ele aparece
Vai sofrer como ninguém
Eternamente sem prece
Uma dor eterna e grande
É menos do que merece"

E eles saíram da praça
Um voando com o vento
Como se fosse de nuvem
E o outro noutro momento
Sumiu da praça também
Ou é meu olho que é lento?

E assim voltei para casa
Que sorte que não fui visto!
Pensando nesses vampiros
Em tudo o que lá foi dito
E torcendo pra encontrarem
Aquele fresco maldito!

-- Cárlisson Galdino

Special: 

Viagem

Veio de um buraco negroLágrima Lunar
Um disco-voador de prata
Me levou da solidão
Para uma outra dimensão

Passou Saturno e Plutão
Levou-me para tão longe
Astros de louca aquarela
Vácuo com mancha amarela

Estrelas cinzas de ferro
Entre azuis buracos negros
Cometas em espiral

Senti saudades da Terra
Fui lançado num portal
Cá estou: só, ainda e de novo

-- Cárlisson Galdino

Special: 

Inversão

Eu, que sempre achei a LuaLágrima Lunar
Caco de pedra no céu
Totalmente definida:
Satélite natural

Eu, que sempre olhei a Lua
Como um quadro na parede
A parede anil ou negra
Da abóbada celeste

Eu, que hoje me acho na Lua
E vejo que não era assim
Tanto brilha e é deserta

Nesse quadro tão perfeito
Daqui hoje vejo a Terra
Só um caco de rocha e água

-- Cárlisson Galdino

Special: 

Em Resposta

Quem iria imaginarLágrima Lunar
Alguém no solo lunar
Da Terra olham, de tão perto
Só enxergam um deserto

Pensei em mandar sinal
Qualquer coisa funcional
Mas a nave virou poeira
Nem posso fazer fogueira

Como gritar por socorro?
Quem iria me escutar
Se eu pudesse cá gritar

Enquanto aqui ninguém vem
Vocês olham para a Lua
E eu lhes devolvo o olhar

-- Cárlisson Galdino

Special: 

O Gênio

Na cidade de Rio Largo
Bem perto de Maceió
Havia um tal sujeito
Que vivia sempre só
Estudava e trabalhava
E de noite descansava
Na casa da sua avó

Ele se chamava Leo
Neto de Dona Maria
Quando ele desocupava
Sempre ele refletia
Sobre sua condição
O que diz seu coração
Era louco por Talia

Talia, moça mimada
Morava na capital
Cursava arquitetura
Tinha um jeito fatal
Voz suave e bem pausada
Mas dele, lembrava nada
Se visse, nem dava xau

Mesmo assim o pobre Leo
Recordava todo dia
Quando a viu em uma festa
Na praia, e alguém dizia
"Ela não é linda, homem?
Talia é o seu nome"
Desde então ele sofria
 
Talia era colega
Da irmã de Bastião
Esse amigo de Leo
Que falou na ocasião
Ela veio e depois
Ele apresentou os dois
Leo lembra, Talia não

Mas essa vida dá voltas
Como uma roda gigante
Leo sequer imaginava
Que em um pequeno instante
Seu mundo seria mudado
Tudo então transformado
Nada seria como antes

Foi numa manhã cinzenta
Daquela manhã sem graça
Dia triste e agorento
Que Leo voltava pra casa
Na parede ele viu
Um esquisito cantil
Na rua onde sempre passa

Um cantil assim antigo
De um visual rebuscado
Ele pegou e buscou
Ver se tinha anotado
O endereço do dono
Mas viu que foi abandono
O cantil tava largado

Trazia uma pirâmide
A foto de um faraó
Escrita de povo antigo
Pra entender tenha dó!
Tudo isso, é o que se via
Aquele cantil trazia
Desenhado em seu redor

Leo balançou o cantil
Uma barulheira feia
Ao invés de trazer água
Parece que tinha areia!
O Leo então curioso
Destampou logo o negócio
Sem medo, nem cara feia

Sem que Leo imaginasse
Nem passou na sua mente
O cantil caiu no chão
Num papoco de repente
Vestido de antiguidade
Um homem de alta idade
Ressurgiu na sua frente

"Meu caro cabra de sorte
Não se assuste comigo
Eu não trago sua morte
Nem sou de tu inimigo
Sou um gênio, tu já viu?
E vivo nesse cantil
Creia nisso que te digo"

"Sou um gênio muito antigo
Dos tempos mais esquecidos
Muita gente já me viu
Outros olhos e ouvidos
Mas estou na sua frente
Estou aqui simplesmente
Pra realizar três pedidos"

Recuperado do susto
Leo já estava a pensar
No que era mais importante
Que queria conquistar
Se uma casa com piscina
Dinheiro que não termina
Uma ilha particular...

"Comece pelo primeiro
Diga e está realizado!"
O gênio lhe insistia
E o Leo lá concentrado
Disse: "Tudo o que queria
Era ter aqui Talia
Tê-la sempre do meu lado"

"Pois creia que está feito
Seu pedido desejado
Não vai ser em um instante
Mas está encaminhado"
Mas naquele mesmo dia
Seu pedido, quem diria!
Seria realizado

Leo quase teve uma coisa
Ao chegar na padaria
Revirando a própria bolsa
Ali estava Talia
Linda, com sorriso incerto
De Leo foi chegando perto
Sem saber o que queria

"Oi, como vai?" Leo falou
Talia um sorriso abriu
"Oi!" e falou bem baixinho
Do problema que a afligiu
Uma amiga veio ver
Foi lanchar e que fazer?!
O seu dinheiro sumiu

Não seria diferente
Leo pagou o que ela devia
Saíram então conversando
Foi falando com Talia
Da música ao estudo
Falaram de quase tudo
Mais tempo que se podia

Para não ser assaltada
Sem ter mais como voltar
Na casa da avó de Leo
Talia a noite foi passar
Noutro dia uma greve
Nenhum carro que se pegue
Talia pôde pegar

Assim foi que nesses dias
Acaso aqui e acolá
Talia ficou por perto
Por não ter como voltar
Não dava certo era nada!
Foi deixando ela estressada
Nada estava a funcionar

Leo notando como tudo
Fugia do seu previsto
Pegou o cantil de novo
Chamou o gênio já visto
Não era pra ser assim
Chamou e pediu enfim
Pra acabar logo com isto

- Você quis tê-la bem perto
"Todo tempo, toda hora
E o desejo foi cumprido
Ela não pode ir embora"
- Mas assim ela se estressa!
"Minha Talia não é essa!
Por que está assim agora?"

- Eu cumpri com meu papel
"Nem adianta reclamar"
- Então vou pedir o outro
- Se quiser, pode falar
- Quero que desde esse dia
"Eu desejo que Talia
Me ame em primeiro lugar"

- Pois se é o que você quer
"Saiba que já está feito
Ela vai gostar de ti
Perdoar qualquer defeito
Querer tudo que for teu
Você nunca conheceu
Quem te gostou desse jeito"

Tanto foi que o gênio disse
Que logo no outro dia
Tudo estava diferente
A mudança acontecia
Era claro o sinal
Era um brilho especial
Bem nos olhos da Talia

- Como você é bonito
"Eu nem tinha reparado
Eu sou muito distraída
Mas que bom eu ter notado
Quero respirar seu ar
Te ver em todo lugar
Quero a ti, meu bem amado!"

E Talia estava perto
Sempre querendo seu beijo
E se a sós estivessem
Já se enchia de desejo
- Meu Leo, olha para mim
"Eu te amo um tanto assim!
É só a você que eu vejo"

A mudança mudou tudo
No início foi um céu
Era tudo o que queria
O apaixonado Leo
Mas o tempo foi passando
E tudo isso o irritando
De um jeito tão cruel...

- O que foi isso que eu vi?
"Não se faça assim de tonto!
Vi você olhando outra!
Não permito, eis o ponto!"
- Mas eu não olhei ninguém!
- Me perdoa então, meu bem
"É que eu te amo tanto..."

Seu quarto se encheu de fotos
Pelas paredes pregadas
Talia fotografava
Perseguia obcecada
E o pobre Leo acuado
Desde então nesse estado
Não tinha espaço pra nada

Fazia planos incríveis
Sonhos tão mirabolantes
Que Leo perdia o fôlego
Bastavam alguns instantes
Tanta pressão já sofrendo
Que o desejo foi crescendo
De tudo ser como antes

Ciúmes a toda hora
Planos de um casamento
Talia não ia embora
O tempo corria lento
Leo logo o cantil pegou
Num momento que encontrou
Chamou o gênio de dentro

- Gênio, faz alguma coisa!
"Eu quero voltar atrás!
Essa mulher não me larga
E eu já não aguento mais!
Como foi acontecer?
O que preciso fazer
Para ter de novo paz?"

- O pedido que foi feito
"Foi prontamente atendido
Não reclame do trabalho
Foi entregue o pedido"
- Eu sei como aconteceu
"Entendo: o erro foi meu
Mas já está decidido"

- O meu terceiro pedido
"Não será ele em vão
Vejo que fiz tudo errado
Agora entendo a razão
Mas uma saída eu vejo
Me sobrou um só desejo
Que será minha salvação"

- Uma vez feito o desejo
"Sumirei da tua vida
Nunca verá o cantil
Essa é uma despedida
Pense no que vai pedir
Pois pedindo eu vou sumir
Não há volta, nem saída"

- O que vou pedir, já sei
"Isso aqui já não aguento
Desejo que todo o tempo
Volte àquele momento
Que encontrei o cantil
Seja qual se ninguém viu
O cantil se vá com o vento"

"E tudo o que eu pedi
Considere sem efeito
Não encontrando o cantil
Nenhum pedido foi feito
Eu não encontrei Talia
No fim das contas, meu dia
Foi normal, de todo jeito"

O gênio compreendeu
O pedido do rapaz
E desfez todo o efeito
Voltando um tempo atrás
Mudando toda a história
E Leo perdeu a memória
Disso não se lembra mais

Não deseje ter alguém
Contra a própria vontade
O que desejamos vem
Mas não é certo que agrade
E o desejo no sonhar
Poderá se transformar
Num inferno em realidade

A vida tem sua história
Cabe a nós participar
Os deuses nos dão as cartas
Todos podemos jogar
Pra não gerar confusão
Use as cartas da mão
Não queira trapacear

-- Cárlisson Galdino

Special: 

A Palavra do Bardo

Quem espera a poesia
Como feia e vazia
Co'uma cara de fastio
Os meus versos nunca viu

Em meus versos trago estrelas
Flutuando livres pelas
Estradas belas do espaço
Dançam sem errar um passo

Nelas trago o pergaminho
E a magia abre caminho
Pros meus versos, de três bases
Que são versos, não são frases

-- Cárlisson Galdino

Special: 

O Melhor do Mundo

Conheci um cordelista
Que lançou só dez cordéis
Se gabando ele de ter
O melhor cordel do mundo

Mas espere um segundo!
Naquela mesma cidade
Na rodoviária vende
Obras bem mais grandiosas

E pensando nesse mundo
Me pergunto: quem julgou?
Se é um ou outro melhor?
O mundo já analisou?

Para o mundo decidir
O melhor, tem que escolher
Será que ele analisou
Todo e qualquer concorrente?

Que critérios que ele usa
Para essa avaliação?
Qual com escolas de samba
Separam e pontuam à mão?

Foi assim que de pensar
Concluí com meus botões:
Pra ser o melhor do mundo
Basta alguém acreditar

-- Carlisson Galdino

Na Ponte

Leve brisa sobre a TerraBala de Fuzil
Silêncio, vida, vazio
Ela perdeu tudo o que tinha
E o que ela não tinha
Desistiu de procurar

Ela ruma à mesma ponte
À ponte que tem duas armas
Vem trazendo uma terceira
Não há razão pra viver
Se sua vida a desprezou

Ela chora já sem lágrimas
Ergue a arma e a põe no ouvido
Está decidida e não
Desistirá do que quer
Ela não quer mais a vida

Mas o nobre assiste à cena
O nobre ergue seu fuzil
E antes que ela dispare
Chega primeiro ao gatilho
Do infinito emerge um brilho

-- Cárlisson Galdino

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