Menssagem de erro

O login com OpenID falhou.

audio

Cidade Morta

Ela caminhava todo dia pelas ruas da cidade morta
Como se esperasse que o Futuro abrisse a porta para ela viver

Ela caminhava todo dia pelas ruas da cidade morta
Como se esperasse o fim da chuva
Como se esperasse que isso um dia fosse acontecer

Mas a cidade não quer saber dela
Só quer crescer e esmagar seu coração

Ela caminhava todo dia pelas ruas da cidade morta
Entre carros que fingem que basta ser do ano, estar na moda

Ela caminhava todo dia pelas ruas da cidade morta
Com seus trapos, tanto frio
E sofria vendo o fim do mundo ao seu redor

Mas a cidade não quer saber dela
Só quer crescer e esmagar seu coração

Ela caminhava todo dia pelas ruas da cidade morta
Enquanto caminhar podia, enquanto havia esperança de tudo mudar

Ela caminhava todo dia pelas ruas da cidade morta
Hoje não está aqui mas, de milhões de cidadãos, quem se importa?

Pois a cidade não quis saber dela
Não sabia que só ela tinha a salvação

-- Cárlisson Galdino

Gênero: 
Special: 

Diana

Aquele Sol, aquela tarde, aquele dia que passou
Em minha volta as lembranças que você deixou
Aqueles lábios que sorriam das bobagens que dizia
Beijados antes que voltassemm pra casa no fim do dia

Nessa vida torta, às vezes não tem volta
Às vezes na saída...
Às vezes nessa vida, um presente bate à porta
E às vezes somos nós

Sei que algo te aflige mas você não quer dizer
Desde aquele dia os meus pensamentos são por você
Nas paredes tão normais, nos olhos que se mexiam (e não deviam)
Enquanto as coisas ao nosso redor se repetiam

Nessa vida torta, às vezes não tem volta
Às vezes na saída...
Às vezes nessa vida, um presente bate à porta
E às vezes somos nós

Nessa vida torta, às vezes não tem volta
Às vezes faz sentido
Às vezes faz calor, às vezes se duvida
Vem ser meu amor!

-- Cárlisson Galdino

Engenho: 
Special: 

Asas Negras

Era uma casa simples no serrado
O Sol batia às cinco na janela
Sai Dun pro novo dia de trabalho
Sai Omora a varrer a casa dela

E ainda dorme Clais, sono profundo
E Hink, seu irmão, no quarto junto
Um menino e uma moça donzela

A Clais despertará em um segundo
E Hink, pra aborrecer todo mundo
É dia e todo dia a vida é aquela

 

Dun, o pai da Clais vive do campo
Cortando lenha como um condenado
Omora, sua mãe, dona de casa
Trabalha ela também outro bocado

E Hink, seu irmão, ainda moleque
É um carro de corrimão sem breque
Brinca com tudo certo e tudo errado

E Clais sonha, antes que a vida seque
Viver e a aflição é o que consegue
E tempo pra viver tendo um bocado

 

Ó que vida! Clais lamenta
Lá no topo da igreja
Quer morrer! A dor aumenta
Pois viver é o que deseja

"Ó que louca!" O povo grita
Lá do chão, olhando a Clais
"Vai pular!" A gente aflita
E ainda vem chegando mais

Ó que vida! A vida é cruel
Numa cidade de interior
O que será? Inferno ou céu?
Poderia ser pior?

Um brinquedo vai ao chão
Lá da esquina, no outro lado
É o Hink, seu irmão
Que a olha paralisado

Aves passeiam no azul
Clais queria ir também
Com asas de uirapuru
Ir bem rápido, ir além

Mas a vida é uma prisão
Com um braço machucado
Está distante do chão
Chora dali do telhado

No mundo sempre foi só
Baixa a cabeça descansa
Fecha os olhos contra o Sol
E vem aquela lembrança

 

- Ó Clais, a vida não é sempre ruim
Ó Clais, amiga, não fique tão triste
Há muita coisa chata por aí
Mas muita coisa boa também existe

- Yendi, não se preocupe comigo
Sei que a vida é boa, mas não consigo
Ver isso mesmo quando a gente insiste

- Ó Clais, só precisa de um ombro amigo
É só uma fase, ouça o que te digo
Verás um mundo bom se ainda não viste

 

- Yendi, sei, não quer me ver sofrer
Mas esse sofrimento é que me ensina
A viver essa vida ruim, viver!
Sei que vou me afogar, e a chuva é fina

- Ó Clais, pára com isso, vou embora
Você é nova e linda, ria agora!
Pois sofrer desse jeito não combina

- Yendi, se quer há rua lá fora
Não estou triste pra estar na moda
Tristeza é minha vida; a dor, a sina

 

"Nem mesmo minha amiga mais amiga
Entende o sofrimento que me mata
Que vá embora então, não a chamei!
Vem porque quer, então vá, sua ingrata!"

"Nem sei dizer donde vem a tristeza
Só sei que contra ela não há defesa
Ela vem e se instala e me maltrata"

"Se a vida é uma lata de surpresa
Trazendo algo de bom, tenho certeza
Que alguém abriu primeiro a minha lata"

 

Ia Clais pelo mundo entristecida
Olhando o rio, o verde, bicho e gente
Buscando uma resposta sem saída
Chorando por saber: ninguém a entende

Nem seus pais, irmão ou quem mais tentasse
Nem sua amiga ou mais ninguém da classe
Ninguém sabe sentir o que Clais sente

Como se um sonho estranho terminasse
O sol que queima forte à sua face
Lhe traz de supetão para o presente

 

A multidão se juntou
Assiste a vida de Clais
Cidade do interior
E um assunto pros jornais

Não há quem suba na igreja
Não há quem estenda a mão
Mas isso ela não deseja
Já sabe como eles são

"Ó vida cruel essa minha"
Pensa, não há esperança
Se é que isso ela tinha
O vento quente a balança

E logo Clais se levanta
Olhando toda essa gente
Sua angústia nunca foi tanta
Olha ao redor novamente

"Será que eu estou louca?"
Diz ao olhar pro seu lado
Ao ver com nitidez pouca
Um jovem anjo alado

- Meu nome é Shad, meu bem
Ele no mesmo telhado
Agachado aos poucos vem
De asas de um branco azulado

Pra Clais falta voz agora
"De onde ele veio? De onde?"
Ele a segura e decola
Levando Clais para longe

 

Nos braços desse anjo voa Clais
"Que lindo anjo os céus me têm mandado!"
Muito além de onde estavam ele vai
Até o porão de um lar abandonado

E o que agora restou pra essa moça?
Não há palavras mais, ou choro ou força
Só o delírio de ao céu ter chegado

E como o sonho de uma jovem louca
O anjo lhe abraça e busca a boca
Distantes do mundo civilizado

 

E a dor se torna em êxtase no beijo
E os olhos fecham, escondem novo brilho
E a tristeza se transforma em desejo
Desejo de ser dele e possuí-lo

No seu pescoço, a dor e ela deseja
São dentes que lhe cortam sem que veja
Língua, dentes e o que faz sentido?

E a força, que era pouca, já lhe deixa
Dormência e paz, mas a Clais não se queixa
E fecha os olhos pra jamais abrí-los

 

-- Cárlisson Galdino

Special: 

10 Centavos

Ei você
que passa aí do lado,
não me olhe assustado:
é com você que eu tou falando

Ei, então,
quase sempre alguém fala
você sempre vira a cara
e finge que não quer saber

Mas se o mundo está ruim é por você
Se o Governou robou, você votou
Se o crime aumentou, você plantou
o preconceito

Ei você
que vai pro seu trabalho
fecha o vidro do carro
pra não ouvir a consciência

Ei, então,
sai com raiva de tudo
descontando em todo mundo
as frustrações que construiu

Mas se o munto está ruim é por você
Se hoje existem sombras, você fez a luz
Se não falam contigo, você que negou
o "Bom dia"

Não temos super-homem: só você e eu
Um futuro melhor não vai cair do céu
A Humanidade passa com sua caixa de contribuições

São só dez centavos
Do seu tempo
E de boa vontade

São só dez centavos
Pra ajudar a Humanidade
A não morrer de Fome

São só dez centavos
Eu sei que você tem
Se você quiser
Não é tão difícil assim

A Humanidade agora está
Passando o chapéu
Pra quem quiser ajudar

Ela gosta daqui
E o Planeta já disse
Que se não pagar
Ela vai ter que sair

São só dez centavos
São só dez centavos
São só dez centavos

Dez centavos bastam
se todos ajudarem
(São só dez centavos)

-- Cárlisson Galdino

Gênero: 
Special: 

Show de Calouros

E o Selton Mello
Leléu das moças
É de uma igreja muito mais legal
Adventista
Pregando sempre a fé
No corpo glorioso da mulher

Ana de Holanda
Caiu no MinC
Para atender um grupo internacional
Mente querendo
Jogar na lama
Todo aquele trabalho do genial

Gilberto Gil
Hacker artista
Já é dinossauro, mas sempre atual
Já vem chegando
Com seus falsetes
E seu talento contra o mundo mal

O Biribinha
Grande palhaço
No bom sentido: é sua profissão
Chegou na Globo
Pra levar riso
A muita gente de toda a nação

José Orlando
Façam silêncio que
José Orlando agora vai cantar
Pra animar vocês
O andarilho vem
José Orlando agora vai cantar

E o Silvio Santos, sei
Que ele é bacana
Sei que não vai querer me processar
Por eu ter feito
Essa paródia
Mas só por precaução eu vou parar!

-- Cárlisson Galdino

Gênero: 
Special: 

100 Guitarristas

Vivemos numa cidade pequena
De história e tradição
Tradição é um time de futebol
E a história é o que passa na televisão

Vivemos numa cidade pequena
Que não se importa se a cultura faltar
E se você quiser fazer alguma coisa
Certamente alguém vai falar

"Eu faria melhor!
Eu faria melhor que você!
Porque nessa cidade nada mais tem valor!"

Pra fazer uma banda de rock
É ruim ter trabalho autoral
Pois se a cidade não tem valor
Imitar o de fora é que é "mais moral"

Vivemos numa cidade pequena
E o espaço parece encolher
O egoísmo faz sumir ajuda
Mas sempre há alguém pra dizer
 
"Eu faria melhor!
Eu faria melhor que você!
Porque nessa cidade nada mais tem valor!"

Gênero: 
Special: 

Mina do iPod

Eu me esforçava pra lembrar qual era a canção
E aqueles olhos de menina me diziam:

    Hei, me deixa em paz!
    Não é que não queira mais
    Mas dá um tempo também!

E o seu boné vermelho ainda está aqui
Na estante ao lado do Dan Brown que nunca li

    Hei, menina, nem sempre as coisas são normais
    Nem sempre há o que correr atrás
    Nem sempre há paz
    Nem sempre há um final de história depois dos comerciais

Havia torta de limão na padaria
Naquele dia que a gente se encontrou
    Depois um show, "cê vai? eu vou!"
    Então não demora!
    E aí? Como estou?

E até hoje ainda perguntam pela mina do iPod
Eu digo: é, sei lá, passou, tudo bem
Não vou falar daquele dia lá na estação
Nem lembro mais o que te prometi em abril

Você insiste com essa história daquela canção
E eu sei que esse romance era exclusivo seu
Ontem lembrei - e faz um ano que já nem sei mais
Por onde anda, se ainda está viva, sei lá...

    Hei, menina, nem sempre as coisas são normais
    Nem sempre há o que correr atrás
    Nem sempre há paz
    Nem sempre há um final de história depois dos comerciais

Nosso amor era um quiz? Eu perdi um milhão
Mas você trapaceia, contadora de poker!
Não se bota a culpa em uma canção
Que eu nunca ouvi...

Gênero: 
Special: 

Ninho de Cobras

Se o perigo está solto, nada vai nos salvar
Já é velho o que foi novo, o que é novo não há
Pra que pedir socorro? Ninguém vai te ajudar
Se o perigo está solto, anda em todo lugar

Viver num ninho de cobras
Viver num ninho de cobras
Viver num ninho de cobras
Viver num ninho

Se o sentido está torto, foi alguém que entortou
Quem tem coragem é porco, covardes não têm valor
Se o mundo é só dos loucos, louco é quem não endoidou
Se Deus é a voz do povo, Deus já nos condenou

Viver num ninho de cobras
Viver num ninho de cobras
Viver num ninho de cobras
Viver num ninho

Gênero: 
Special: 

Penhasco

Não tenha medo, amor
É cedo pra desistir
Tudo o que já passou, passou...
Não tenha medo, amor
Nada mais importa
Nessa vida além da nossa
Vida de felicidade

Eu sei que esse amor
É um penhasco, é vertical
Não olhe para baixo, amor
Não tenha medo, amor
Não olhe, pois se olha
A gente nota que a nossa
Queda lá já começou!

Quando é que começou?
Quem vai saber, não lembro mais
Dois abraçados em queda
Não adianta olhar pra trás
De que serve o pavor de ver
Que a gente despencou
Sem ter controle
E que o destino nos juntou
E não dá pra voltar atrás?

Só nós dois sabemos
A falta que esse amor já faz

Gênero: 
Special: 

Páginas

Subscribe to RSS - audio

Warning: PHP Startup: Unable to load dynamic library '/opt/php56/lib/php/extensions/no-debug-non-zts-20131226/pdo.so' - /opt/php56/lib/php/extensions/no-debug-non-zts-20131226/pdo.so: cannot open shared object file: No such file or directory in Unknown on line 0

Warning: PHP Startup: Unable to load dynamic library '/opt/php56/lib/php/extensions/no-debug-non-zts-20131226/pdo_mysql.so' - /opt/php56/lib/php/extensions/no-debug-non-zts-20131226/pdo_mysql.so: cannot open shared object file: No such file or directory in Unknown on line 0

Warning: PHP Startup: Unable to load dynamic library '/opt/php56/lib/php/extensions/no-debug-non-zts-20131226/php_pdo_odbc.dll' - /opt/php56/lib/php/extensions/no-debug-non-zts-20131226/php_pdo_odbc.dll: cannot open shared object file: No such file or directory in Unknown on line 0