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Você tem os fontes também

Você tem os Fontes Também

O mundo é um lugar que consome recursos
De um grande super-computador divino
E cada pessoa é um programador
Que constrói o seu próprio destino
Você tem os fontes também!

Cada ser na Terra foi código-fonte
E hoje executa, e um grande mistério
Quem foi que compilou cada criatura
E deu tão altos privilégios?
Você tem os fontes também!

Cada programa nasceu pequenino
Um programa o outro, é assim que acontece
Com o passar do tempo e milhares de linhas
Guardadas lá no divino CVS
Você tem os fontes também!

Formas primitivas se desenvolveram
De bactérias a plantas e animas
Bastou tempo e um contribuir com outro
Com milhares de linhas a mais
Você tem os fontes também!

As plantas e seres de grande tamanho
Consomem recursos sem ter precisão
E todo o projeto do planeta Terra
Passou por uma sensível revisão
Você tem os fontes também!

Várias rotinas removidas depois
E otimizações, refatoramentos
Levaram o primata a uma nova versão
O Homem era o release do momento
Você tem os fontes também!

Bem mais instáveis que os habituais
Homens são programas ainda em Beta
Mudando o mundo ao seu bel prazer
São programas que tomaram o planeta
Você tem os fontes também!

Bilhões de instâncias brigam por recursos
E o mundo parece não aguentar
Não sei se o Homem terá novo release
Ou outro projeto tomará o lugar
Você tem os fontes também!

Pois hoje o cenário de destruição
O que paira é o medo de o mundo travar
Você também pode lutar contra isso
Ao invés de simplesmente reclamar
Você tem os fontes também!

No canto do céu, nesse computador
Que põe pra rodar todo esse mundão
Cada um que veio sei que recebeu
Os fontes de todo o Destino na mão
Você tem os fontes também!

Gênero: 
Special: 

Um Conto no Oeste

Do cano de seu revólver
Ainda foge a fumaça
Ainda reflete no ouro
O céu e parte da praça
E o silêncio do momento
Só se quebra quando o vento
Diz: nem todo dia é da caça

E a fumaça do revólver
Como o sangue num punhal
Denuncia aquele tiro
Para bem ou para mal
Na fumaça o sangue arde
E se eleva ao fim da tarde
E avermelha o céu total

Como fosse por acaso
Jaz um corpo na calçada
Olhos negros como a noite
Como se não fosse nada
Vermelhos o chão e o céu
Sob a sombra do chapéu
Vêem a cena alcançada

Mas a noite vem chegando
No cavalo mais ligeiro
E aquelas botas de couro
Do par de olhos forasteiro
Se vão firmes ao cavalo
Sobem e partem no embalo
Pois a noite é seu terreiro

Uma Lua e as estrelas
Tímidas, da escuridão
Vão surgindo pouco a pouco
Vendo a estrela do chão
Está morto o xerife
Era um herói? Um patife?
Já foi vivo, hoje já não

Naquele cavalo branco
Galopando a noite insana
Sorri sob seu chapéu
Sob a Lua soberana
Se afastando da cidade
Sob vento e liberdade
Sorri leve Tatiana

Do alto de um penhasco
Alto como um arranhacéu
Procurando seus iguais
A fumaça busca o céu
E às nuvens se mistura
Para enfeitar a pintura
Do lugar, que é um painel

Dali de cima, Tatiana
Que já trocou sua roupa
Sentada olha pro mundo
Tomando um prato de sopa
Há tanto vivendo assim
Mas o Destino, por fim
Sua vida sempre poupa

No alto desse penhasco
Só uma árvore há
Nela um cavalo amarrado
Pra não fugir do lugar
É só um cuidado dela
Numa paisagem tão bela
Quem ia querer escapar?

E ela sorri para o mundo
Sorri pra Lua, pra Vida
Apaga a fogueira feita
Se deita ao chão estendida
Muitos dela iam ter pena
Mas, grata, ela ainda acena
À Natureza servida

Como cantigas de banjo
Raios dourados do Sol
Lhe vêm dourando o deserto
Dizendo: não estás só
E ela sorri lá por onde
Com olhos negros, responde,
Herdados de sua avó

Ainda era muito cedo
E a fogueira, no canto
Apagada, abandonada
Pra trás ela foi deixando
Some o dourado do dia
E o ouro permanecia
Em seu revólver brilhando

Corria como selvagem
O seu cavalo sem nome
Pelo deserto parece
Ser de vento a sua fome
De alma tão livre e ufana
Que se não fosse Tatiana
Não havia quem lhe dome

Ela nunca leva mapas
Nada lhe pode guiar
Sem Sol, estrelas ou setas
Livre como águia no ar
Atravessando o deserto
Sem ter um destino certo
Indo pra qualquer lugar

Por baixo do seu chapéu
Tão poucos anos de idade
Entre menina e mulher
Pára e a alegria invade
Sorri e some de vista
Tão logo ao longe ela avista
Parte pra nova cidade

A cidade é bem pequena
Como tantas por aqui
Com gente desconfiada
Com prédios por construir
E ela, uma forasteira
Vê a cidade inteira
Estranhando ela surgir

Enquanto ela entrava
Por um lado da cidade
E o povo fechava a cara
Com temor e ansiedade
Por outro, vinha ligeiro
Um bando de forasteiros
Perigosos de verdade

Cinco filhos do deserto
A poeira os pariu
Rudes, fortes e perversos
Armados, assim se viu
Que assim como Tatiana
Vagam sem rumo e sem grana
Com a vida por um fio

Ao adentrar a cidade
Pra conhecer o lugar
Como era seu costume
Tatiana vai ao bar
Como sempre nessa vida
Não é tão bem recebida
Mas só finge não notar

Mas o sorriso sincero
Que ilumina esse momento
Deixa a dúvida no ar
Será que é só fingimento?
A sua simplicidade
Parece ingenuidade
Da filha do Sol com o Vento

Lá fora o bando chegado
Para evitar problema
Está na delegacia
Rendendo todo o sistema
Pois assim, ao ir roubar
Ninguém vai atrapalhar
E a vitória será plena

Logo partem para o banco
Cinco armados forasteiros
Anunciando o assalto
Pedindo todo o dinheiro
Os funcionários com medo
Obedecem, sem segredo
Pra tudo acabar ligeiro

No bar está Tatiana
O barman e mais ninguém
Entediada com isso
Resolve sair também
O povo se escafedeu!
Ela paga o que bebeu
Com o pouco que ela tem

No caminho de saída
Daquela cidade triste
A sorte muda de rumo
E uma confusão assiste
Vêm os cinco forasteiros
Trazendo todo o dinheiro
Do assalto que ora viste

Debaixo de seu chapéu
Sorri Tatiana de novo
Pára no meio da estrada
Quando vem aquele povo
O cavalo ela pára
E os cinco ela encara
Como quem fita um estorvo

- Saia já da minha frente
Cavaleiro desgraçado
Outra opção: eu te mato
Se isso for do seu agrado
Se quiser uma disputa
Você não terá ajuda
Já prendi o delegado

O vento corta o silêncio
Com sua harpa aparente
O sorriso de Tatiana
Diz que ela não sai da frente
Encara sem medo ou pranto
E para causar espanto
Responde ela prontamente

- Ninguém mandará em mim
Eu só vim beber um vinho
Vocês que voltem por lá
Eu estou no meu caminho
E estou no meu direito
Vocês é que dêem jeito
De sumirem rapidinho

Dois do cinco prontamente
Engolem a gargalhada
Ao avistarem o líder
Com a cara enfezada
Salta do cavalo ao chão
Com o revólver na mão
E a arma carregada

- Se você foi beber vinho
Bebeu mais do que devia
Somos cinco, você uma
E com tanta valentia!
Mas temos tempo, eu sinto
Vamos ver se encara os cinco
Na cama da hospedaria

Ela levanta o chapéu
Mostrando seus olhos pretos
Trazendo o mesmo sorriso
Frente à falta de respeito
Sem temer, ela somente
Desce e dá um passo à frente
E responde desse jeito

- Não vou mais perder meu tempo
Com gente da sua laia
Eu vou contar até três
Pra que todo o grupo saia
Da minha frente num giro
Ou senão eu mesma tiro
Sei que são fogo de palha

Terminando a discussão
Os cinco se aborreceram
Botaram armas nas mãos
De seus cavalos desceram
Apertaram o gatilho
Mas suas armas sem brilho
Nunca mais obedeceram

Os cinco com ela na mira
No gatilho, dedo e urgência
Mas os tiros que ouviram
Na cidade em decadência
Vieram do outro lado
Ela fez, como um tornado
Cinco tiros em sequência

Logo após o tal barulho
Perdem a força na mão
Sem disparar um só tiro
Um a um, despenca ao chão
Tatiana vê seu feito
Uma bala em cada peito
Cada uma, um coração

Ela volta ao seu cavalo
Sem fazer qualquer esforço
Guarda a arma e olha o céu
Alongando o pescoço
Passa pelos forasteiros
Com seus sacos de dinheiro
Bota umas notas no bolso

Tatiana vai embora
Da cidade onde lutara
Com um sorriso no rosto
E a lembrança das falas
Sobrevivera por pouco
Em seu revólver de ouro
Só cabiam cinco balas

O Sol ficando mais forte
Ela cavalga igual
Recoloca cinco balar
No tambor e limpa e tal
O revólver ajustando
E sorri cantarolando
Qualquer cantiga rural

Segue livre no deserto
Como quem paga promessa
Seguindo o próprio caminho
Sem nada que a impeça
Sozinha no seu cavalo
Viaja pra todo lado
Mas que viagem é essa?

Sorri Tatiana assim
Sob esse céu sem medida
Como quem está nem aí
Brincando co'a própria vida
Nessas terras não há mais forte
E ela sempre vence a Morte
Pois da Sorte é protegida

Special: 

Ilusão

Quando vejo os teus olhos no espaço
Parte um pedaço do meu coração
Não me importa se me ligas
Me banhas com tua voz, canção

Quando vejo os teus olhos numa nuvem
Flores se curvem à tua visão
Não quero vê-las se vens
Tão doce me ver. Não, não, não, não

Quando vejo os teus olhos, teus beijos
Nos azulejos azuis do salão
Não desejo mais que ter-te
Comigo por toda a estação

Quando vejo os teus olhos e sinto
Sem querer minto ao meu coração
Não quero mais pensar nisso
Nem se vens, se tens, se és ou não

Gênero: 
Engenho: 
Special: 

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