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O Castelo de Zumbis

Lá no meio de Alagoas
Num povoado distante
Morava um certo sujeito
Conhecido como Rand
Era o nome mais ligeiro
Pois seu nome verdadeiro
Era Ronaldo Alexandre

Rand vivia tranqüilo
Longe de qualquer estrada
Fazia tudo na terra
Mexia com boi e enxada
Mas a sua vaidade
Tava na realidade
De não ter medo de nada

Rand ainda costumava
Quando já no fim da tarde
De ler um livro qualquer
Quando ia pra cidade
Debatia com o irmão
Tinha sempre opinião
Essa era outra vaidade

Acontece que o Rand
Gostava de caminhar
De noite pra todo lado
Para a mente descansar
Já que ele não tem medo
Nem precisa voltar cedo
Tenha Lua ou sem luar

Numa dessas caminhadas
Foi que teve um caso estranho
Ele andava lá no sítio
Onde dormia o rebanho
E andando nessa terra
Foi que viu formar na serra
Um castelo bem tamanho

Um castelo tão gigante
Apareceu de repente
Que coisa mais sem sentido!
Que coisa mais diferente!
Sendo Rand curioso
Logo partiu ansiovo
Pro castelo à sua frente

Cada pedra do castelo
Era cinza e rocha nua
Havia um clima estranho
Nuvens tapando a Lua
Sem ter vento e a noite fria
E aos poucos se sentia
Um cheiro de carne crua

Rand achou curioso
Quando chegou no portão
Um barulho que se ouvia
Parecia assombração
E ele quis ver de perto
O portão estava aberto
E ele empurrou com a mão

Nem dava para ver nada
Naquele escuro de fossa
O salão era enorme
Tão escuro, minha nossa!
Ele triste "Pois danou-se
Que nem lanterna eu trouxe
Pra poder ver qualquer jossa"

Foi então que se lembrou
Do que estava bem ali
Bem no bolso da camisa
O que teima em possuir
Um isqueiro bem bonito
Aquele vício maldito
Pruma coisa ia servir...

Feliz por ter encontrado
Algo bom pra clarear
Acionou o tal isqueiro
Pra poder se orientar
E um barulho sem sentido
Lhe chegou no pé do ouvido
Como a morte a sussurrar

"Mas que barulho sinistro
Tou ouvindo lá de dentro
Se não for a Cinderela
Sorrindo e se escondendo
Coçando a unha do pé
Tenho certeza que é
Assombração se movendo"

Eram pés desengonçados
E uma barulheira brava
Enquanto gemia estranho
Alguém os pés arrastava
Ao invés de se mandar
Rand foi é investigar
Que coragem não faltava

Isqueiro pouco ilumina
Nesse escuro tão danado
Rand foi se aproximando
Curioso e sossegado
Quando viu uns dedos sujos
Esticados, de rabujos
Apontando pro seu lado

Era qualquer coisa estranha
Parecida com humano
Que queria lhe alcançar
E estava se esticando
Rand esticou o isqueiro
E assim pôde ver ligeiro
Quem estava ali chegando

Era uma criatura
Conhecida por zumbi
Mas não era um guerreiro
Qual no passado daqui
Que na Serra da Barriga
Conduzia uma briga
Não era ele aquele ali

Era um bicho que de morto
Já nem tinha mais assunto
E que mesmo sem ser vivo
Não queria ser defunto
Ao ouvir barulho ou fala
Se arrastava pela sala
Querendo lhe chegar junto

Com a cara deformada
Babando muita nojeira
Com as roupas aos pedaços
Fazendo uma barulheira
Vinha se aproximando
Rand encarou e foi quando
Reagiu dessa maneira

Deu um chute no zumbi
Com toda a força no pé
Que ele tombou pra trás
Como um saco de café
Gritando talvez de dor
No chão o zumbi rolou
"Vai-te embora, seu mané!"

"Onde foi que já se viu
Esse tipo de figura
Que vem querendo abraçar
Ou morder, mas que secura!
Vai-te embora com seu trapo
Que com gente assim nem trato
Pra não perder a postura"

E seguiu por essa sala
Prosseguindo na jornada
Foi então que encontrou
Uma porta escancarada
E pra ver o que é que tinha
Foi que entrou na cozinha
Tão escura e esticada

Ao entrar naquele canto
Uma alegria daquelas
Em cima de uma mesa
Tinha um monte de velas
E Rand tratou ligeiro
De usar o seu isqueiro
Para botar fogo nelas

Logo assim que terminou
Nem pôde aproveitar
Uma desordem danada
Começou a escutar
Passos e um barulho horrendo
Bando de gente gemendo
Naquele estranho lugar

Tudo estava iluminado
Quando aquele povo entrou
Na cozinha se arrastando
Na gemedeira de dor
Zumbi que n'acaba mais
E outros tantos vinh'm atrás
Foi quando Rand falou

"Acho que estou numa fria
Como vim pra esse inferno?
Que castelo tenebroso!
Me pareceu tão fraterno...
Quando cheguei pelo vento
Nem sonhei que aqui dentro
Vive esse horror eterno"

Mas enquanto ele falava
Não ficaram ali parados
Só prestando atenção
Com os seus braços cruzados
Nada! Vinha a trupe morta
Mais e mais cruzavam a porta
Com seus corpos estragados

Logo eles chegaram perto
Como o lobo e sua presa
Rand tratou bem depressa
De saltar logo pra mesa
E correu rapidamente
Pro longe de tanta gente
E no fim, uma surpresa

A cozinha nem tem porta
Para onde ele caminha
Atrás os zumbis vêm vindo
Já tomam toda a cozinha
Rand decidi ir em frente
E corre bem calmamente
Voltando por onde vinha

Correndo em cima da mesa
Mas sem tropeçar em nada
Nenhuma vela derruma
Longe da gente afobada
Todo zumbi tá lá dentro
Rand sai, num movimento
Tranca a porta de entrada

Logo Rand se encontrava
Naquela sala no escuro
Os zumbis tão na cozinha
Aqui deve estar seguro
E ele vai bem calmamente
Continua indo em frente
Sem medo de outro apuro

Parece ter outra porta
Logo mais ali na frente
E ele vai de curioso
Ver se lá é diferente
Pensando encontrar alguém
"Será que por cá só tem
Daquele tipo de gente?"

Nessa porta um corredor
De tamanho tão gigante
Que Rand quis percorrer
Para ver mais adiante
Quinze portas de um lado
Estava tudo trancado
Foi o que viu o andante

Com isqueiro pôde ver
Pois sobrava combustível
A sugeira dessa estrada
Que de imunda estava horrível
Muito grude pelo chão
Marcas de pé e de mão
Um mau cheiro indescritível

E no fim do corredor
Algo dava para ouvir
Não dava pra ver o que era
Mas Rand quis descobrir
Mesmo sabendo que o som
Não deve ser algo bom
Num lugar como esse aqui

E abriu a última porta
Que mostrou sem resistência
O interior da sala
Com toda sua presença
E o que viu à sua frente
De tudo era diferente
Foi estranha a experiência

Mas Rand soube escapar
Do Castelo dos zumbis
E tudo o que aconteceu
É assim como ele diz
Foi uma estranha viagem
Mas mesmo com sua coragem
Só escapou por um tris

Nunca mais teve notícia
Desse castelo depois
Vez ou outra some um
Nessas bandas, até dois
Ninguém sabe o que acontece
Com quem vai, desaparece
Perto do monte de bois

E o que viu naquela sala
Naquela estranha visão
Era a origem dos zumbis
E causou uma confusão
Na sua sabedoria
Era que o zumbi nascia
É de ver televisão

Por isso, caro leitor
Seja logo alguém astuto
Aprenda por conta própria
A deduzir sobre tudo
Pensamento e decisão
É o que dá distinção
Do homem pro bicho bruto

Não acredite de pronto
Em tudo o que você vê
Estude e queira pensar
Pois isso é bom pra você
E leia o que conseguir
Pra não virar um zumbi
Criado pela TV

Special: 

Cordel do GNU/Linux

Tem gente que pensa
Que computador
É calculadora
Mal lhe dá valor
Mas ele é bem mais
Que pode supor

Tem gente que pensa
E pensa saber
O que é o negócio
Chamado PC
Pensando que é só
Máquina de escrever

Mas computador
É bem mais que isso
É um equipamento
Robusto e preciso
Que é diferente
De tudo que é visto

Para funcionar
Precisa programas
E o programador
Vivia um drama
Sem poder dormir
Tranquilo na cama

O computador
E um bicho danado
Dentro tanta coisa
Fora outro bocado
Monitor de vídeo
E mouse e teclado

E aqueles lugares
De botar disquete
CD ou outra coisa
É coisa pra peste!
Memória e circuitos
Bios, chipset

Cada fabricante
Já que é seu direito
Cada componente
Fará do seu jeito
Eis o pesadelo
Que já estava feito

Pois antigamente
Cada programinha
Tinha que saber
A história todinha
E usar do PC
Tudo o que ele tinha

Um programa feito
Rodava somente
Num computador
Pra outro diferente
Teria que ser
Feito novamente

Como um instrumento
Feito por medida
Que não funcionava
Em outra guarida
E isso complicava
De todos a vida

Foi quando alguém
Teve uma sacada
Fazer uma coisa
No centro instalada
Pra cada programa
Não precisar nada

Essa coisa estranha
No canto central
Chamou-se Sistema
Operacional
Ou Operativo
Lá em Portugal

É esse programa
Que quebra a cabeça
Pra saber usar
Tudo o que apareça
No computador
Cada placa ou peça

E os outros programas
Conversam com ele
De um jeito padrão
Sem muito enfeite
E o Operacional
Faz o papel dele

Assim um programa
Pra grande espanto
Não era como antes
Pois com grande encanto
Feito só uma vez
Roda em qualquer canto

Pra ter um Sistema
Operacional
Chamado S. O.
Temos afinal
Umas opções
Como é normal

O mais conhecido
Se chama Windows
Mas diversidade
É um negócio lindo
E não tem só ele
E há outros surgindo

Inclusive um
O melhor que tive
Falaremos dele
Que ouça quem vive!
E o melhor de tudo
É software livre

Sobre soft livre
Falei outro dia
Do nosso sistema
Fala esta poesia
Para quem não sabe
Ou pouco sabia

Havia um sistema
Que se utilizava
Na Universidade
E se apreciava
Era S. O. Unix
Como se chamava

Uma confusão
Num tempo confuso
Mudou o cenário
E impediu seu uso
Pelo copyright
Ou foi seu abuso

Para resolver
Tão triste questão
Um novo projeto
Surgiu logo então
O Software Livre
Teve uma Fundação

GNU Não é Unix
Era este o projeto
Criar um S. O.
Unix aberto
Era o objetivo,
Perfeito e completo

Assim foi nascendo
Foi bem natural
Surgiu um Sistema
Operacional
Dando liberdade
Ao usuário final

Free Software Foundation
Ou FSF
Criou o GNU
Embora tivesse
Faltado uma coisa
Que ela fizesse

Ainda não disse
Pra não confundir
Se você entendeu
Tudo até aqui
Vamos com cuidado
Então prosseguir

Pois é que um Sistema
Operacional
Tem dentro de si
Pra ser funcional
Muitos programinhas
E uma parte central

A parte central
De todo S. O.
É chamada kernel
Não funciona só
Mas é necessária
Senão, tenha dó...

Claro que a FSF
Disso bem sabia
Então planejou
Uma engenharia
Bem sofisticada
Pro que ela queria

Mas esse tal kernel
Nunca ficou pronto
E longe do States
De um outro canto
No país Finlândia
Veio um novo espanto

Um kernel foi feito
Por prazer, não dor
Aberto e robusto
Como se sonhou
Chamado Linux
Devido ao autor

O kernel Linux
Cresceu bem ligeiro
Um dia encontrou
Num golpe certeiro
O S. O.  GNU
Se uniu por inteiro

Feitos um pro outro
Corpo e coração
GNU e Linux
Fizeram união
Assim se tornaram
Úteis desde então

O tempo passou
Do norte ao sul
Ele é utilizado
Sob o céu azul
Mesmo que esqueçam
O nome GNU

Pois chamam Linux
O Sistema inteiro
Esquecem GNU
Que veio primeiro
O Linux que é
Dele um parceiro

Mas o importante
É a qualidade
Que o sistema traz
E a liberade
E sem falar que
Vírus não o invade

Há muita opção
Pra quem quer usar
GNU com Linux
Pra então se livrar
Do S. O. fechado
Pra se libertar

O famoso Debian
Que uso desde antes
O Ubuntu, que é bom
Para iniciantes
Fedora, Mandriva
E muitos restantes...

Espero que tenha
Entendido o recado
Sobre esse Sistema
Que já é comentado
Mas o assunto é um pouco
Mesmo complicado

Adeus a quem leu
Com isso se importe
Se quiser tentar
Esse S. O. forte
Desejo a você
Boas vindas, boa sorte!

Special: 

Cordel do BrOffice

Há nem tanto tempo assim
Poucas décadas atrás
Quem trabalhava em banco
Escritórios e outros mais
Sempre tinha precisão
De não escrever a mão
Documentos oficiais

É por isso que usavam
Quando o trabalho pedia
Uma máquina adequada
Para a Datilografia
Sempre grande e pesada
Numa mesa, preparada
Em todo canto uma havia

Assim, quando precisavam
Um documento fazer
Iam pra ela prontamente
Pra máquina de escrever
Como foi também chamada
Era a forma consagrada
A forma de proceder

Mas apesar do seu uso
Ela não era perfeita
Exigia atenção
Pois nem tudo se endireita
Se uma carta fosse escrita
Com um erro na bendita
Teria que ser refeita

Cada letra do alfabeto
Tinha sempre o mesmo espaço
O "m" era encolhidinho
O "i" era muito largo
Nem anão, nem colossal
O tamanho é sempre igual
Letra, número ou traço

Foi por isso que o povo
Com uma grande alegria
Recebeu aquele novo
Editor que aparecia
Isso não foi tão recente
Eu nem estava presente
Mas foi feliz esse dia

O que estava se usando
Esse tal de "editor"
Era só mais um programa
Pro tal de "computador"
Pra mesma necessidade
Mas com muita novidade
Para qualquer escritor

Agora já era possível
Escrever de todo jeito
Com letra de toda forma
Num trabalho tão bem-feito!
E se errasse no alvoroço
Nem precisava um esforço
Pro texto ficar direito

Foi tanta revolução
Que até foto entrou no meio
Ficando junto com o texto
Pra ele ficar menos feio
Seja desenho ou imagem
Ou barras de porcentagem
Texto então tinha recheio

Mas havia um problema
Pra carta ficar bonita
Com figuras e desenhos
Toda coisa que foi dita
Toda a diagramação
Era feita sem perdão
Numa língua esquisita

Como isso era chato
A mudança foi em frente
Pra algum dia ser possível
Escrever exatamente
Tudo o que a gente queria
Como a gente gostaria
Tudo fácil para a gente

Veio então um editor
Que tornava isso possível
Fazer o texto na tela
De um jeito tão incrível
Que imprimindo o que se via
Como uma fotografia
Seria igual, infalível

Esse editor de texto
Dessa nova geração
Finalmente ficou pronto
Pra alegria da nação
Logo foi reproduzido
E por outros foi seguido
Em uma competição

Cada editor desse tipo
Vem com alguns aliados
Um programa de slide
De apresentação no quadro
Em tecnologia de ponta
Uma planilha de conta
Pra trabalhos tabelados

Esse conjunto completo
Ficou então conhecido
Por "pacote de escritório"
Não era um programa tido
Mas sim programas diversos
Para trabalhos impressos
Dos mais variados tipos

Acontece que, c'o tempo
O pacote que ficou
Desses para escritório
Que então se consagrou
Não foi bem o mais perfeito
Mas o que arrumou um jeito
De sem opção se impor

Foi o MS Office
O pacote de programas
Pra se usar em escritório
Que mais forte teve a fama
Logo em quase todo lado
Estava ele instalado
De Tóquio a Copacabana

Mas nem todo instalado
- E até hoje está igual -
Foi comprado direitinho
Como uma cópia legal
Já que custa mais de mil
Muita gente preferiu
Economizar Real

Mas o dilema é difícil
Sem ter nenhuma opção
O povo ou pirateia
Com o risco de prisão
Ou então tem que fazer
Mil reais aparecer
Pra pagar a aplicação

E hoje em dia esses programas
São real necessidade
Pra trabalhos de escola
Ou pra contabilidade
De programas dessa espécie
Todo mundo hoje carece
Por isso a dificuldade

Eis que o Software Livre
Que falei uma outra vez
Nos mostrou uma resposta
E o dilema se desfez
Pois tem em seu repertório
Um pacote de escritório
Para mim e pra vocês

Aberto por uma empresa
A Sun, empresa estrangeira
OpenOffice.org
É a forma mais certeira
De economizar dinheiro
E ter um pacote inteiro
De aplicações de primeira

Mas esse pacote livre
No Brasil se renomeia
Por causa de confusão
De algum cabra de peia
"Open" por "BR" troque
BrOffice.org
Desse jeito aqui se leia

Tudo aquilo que foi dito
Esse pacote nos traz
Tem um editor de texto
Contas em planilha faz
Também apresentações
Banco de dado', edições
De desenhos vetoriais

Além de essa escolha ser
De gastos a mais isenta
E de tanto oferecer
Na vantagem que experimenta
Sendo um Software Livre
Além de tudo, inclusive
Mais vantagens apresenta

A equipe brasileira
É um grupo voluntário
Que dedicado trabalha
Pelo Brasil espalhado
Traduzir já traduzia,
Hoje ainda faz melhorias
Nos programas trabalhados

Aumentam o dicionário
De verbetes conhecidos
Catalogam os modelos
De texto, os mais pedidos
Criam tanto manual!
E um corr'tor gramatical
Foi feito e oferecido

BrOffice.org
Você tem que visitar
Também tem lista de e-mail
Preparada pra tirar
Dúvidas de iniciantes
Dar dicas interessantes
O tempo todo no ar

Como se isso fosse pouco
Ainda há outra razão
Pra usar BrOffice
Como sua opção
Tem a ver com os formatos
Como arquivos são guardados
Pois seguem sim um padrão

O padrão utilizado
É aprovado no ISO
Por ser bom e aplicável
(Nenhum lobby foi preciso)
Foi feito conforme a norma
Open Document Format
É o nome concebido

Esse formato tão bom
É bastante apoiado
Governos de todo o mundo
Já o têm tido adotado
Empresas de nome e bem
Se colocaram também
Em apoio ao formato

E pra provar que ODF
É mesmo padrão de fato
Ele já está sendo usado
Bem nesse momento exato
Pelo editor do Google
E tem outros, te asseguro
Já usando este formato

Hoje eu apresentei
Um conjunto diferente
De programas excelentes
Com a liberdade em mente
E uma equipe que faz
E o melhora ainda mais
Pra ser mais útil à gente

Espero que o BrOffice
Faça a você diferença
Não é só na economia
- Embora ela seja imensa -
É bem mais, na realidade
Pelo que é, por qualidade
Que é bem maior que se pensa

E assim, mais uma vez
Tendo dado meu recado
Como em tudo que começa
O final é, pois, chegado
E a todo cidadão
Que dedicou atenção
Meu adeus e obrigado!

Gênero: 
Special: 

Cordel do Software Livre

Cordel do Software Livre

Caro amigo que acompanha
Essas linhas que ora escrevo
Sobre um assunto importante
Que até pode causar medo
Mas não é tão complicado
Você vai ficar espantado
Não ter entendido mais cedo

Aqui falo de uma luta
Da mais justa que se viu
Por democratização
Nesse espaço tão hostil
Que é dos computadores
Falo dos novos valores
Que estão tomando o Brasil

Apresento um movimento
De uma luta deste instante
Que mexe com muita gente
Por isso não se espante
Se noutro canto encontrar
Alguém a disso falar
Mal e de modo alarmante

Faço apelo à Inteligência
Se encontrar quem diga: "é não!"
Não tome nem um, nem outro
Por verdadeira versão
Leia os dois, mas com cautela
Que a verdade pura e bela
Surgirá à sua visão

Pois eu trago nesses versos
Quem buscar pode encontrar
A verdade, puros fatos
Que podem se sustentar
Já é dito em muitos cantos
Mas como já falei tanto
Vamos logo começar

Computador e internet
Vivem no nosso Presente
Mesmo sendo tão ligados
Cada um é diferente
Mas toda coisa criada
Não serviria pra nada
Se não fosse para gente

Como uma calculadora
Um bocado mais sabida
Nasceu o computador
Pra fazer conta e medida
Mas foi se modernizando
Seu poder acrescentando
E o "programa" ganhou vida

O computador não pensa
Precisa alguém dizer
O "programa" é o passo-a-passo
Diz como é pra fazer
Cada passo do roteiro
O computador, ligeiro
Faz logo acontecer

Cada programa é escrito
Por um sábio escritor
Que escreve o passo-a-passo
Como quem está a compor
E escreve totalmente
Como só ele entende
Esse é o programador

O programa assim escrito
Nessa forma diferente
Não é logo percebido
Pela máquina da gente
Um tal de "compilador"
Traduz pro computador
Numa versão que ele entende

E é assim que um programa
Tem duas formas sagradas
Uma pro programador
Outra que à máquina agrada
Sempre que alguém solicita
É a primeira que se edita
E a segunda é recriada

Isso parece confuso
Mas não é confuso não!
É como ter um projeto
Pra ter a realização
É como a gente precisa
Tela pra pintar camisa
Como planta e construção

A primeira forma tida
"Código-fonte" se chama
E o programador entende
Essa forma do programa
Mas só é aproveitável
Só no modo "executável"
Computador não reclama

Para o programador
O código é usado
Para o computador
O programa é transformado
O "executável" é feito
Traduzindo, e desse jeito
Temos o segundo estado

E por muito tempo foi
Que todo programador
Toda vez que precisava
De algo que outro já criou
Esse outro prontamente
Passava logo pra frente
O programa salvador

O código aproveitado
Poupava trabalho e tempo
O amigo aproveitava
E se estava falho e lento
O programa original
Era mudado, e afinal
Funcionava como o vento

E o programador primeiro
Como forma de "Obrigado!"
Recebia essa versão
Corrigida do outro lado
Graças ao que foi cedido
Com a mudança de um amigo
Dois programas, melhorados

Veja, amigo leitor
Como tudo funcionava
Por que ter que criar de novo
Se isso feito já estava?
Em uma grande amizade
Viveu tal comunidade
Enquanto a Vida deixava

O mundo programador
Nessa vida se seguia
Mas tudo se complicou
Quando em um certo dia
Um programador brigão
Quis arrumar confusão
"Copiar não mais podia"

Esse tal programador
Uma empresa havia criado
Queria vender caixinhas
Com um programa lacrado
Cada caixa adorável
Apenas o executável
Trazia ali guardado

E o pior é que a caixinha
Não dava nem permissão
De instalar em outro canto
O programa em questão
Mesmo pagando a quantia
A caixinha só servia
Para uma instalação

Assim veja, meu amigo
Cada programa comprado
Não traz código consigo
Só o que será executado
Não dá mais para alterar
Nem mexer, nem estudar
Esse programa comprado

Veja bem que, além disso
Apresenta restrição
O programa não permite
Uma outra instalação
"Se há outro computador,
Outra caixa, por favor"
É o que eles lhe dirão

Desse jeito que tem sido
Nesse mundo digital
Os programas mais famosos
Funcionam tal e qual
Agora lhe foi mostrado
São os "programas fechados"
Como Windows, Word ou Draw

Outra coisa que acontece
Com os programas fechados
É que quem for fazer outro
Terá todo o retrabalho
Haja quinhentos já feitos
Fará de novo, que jeito?
Pois o código é negado

E quem já tem algo pronto
Mais e mais se fortalece
Quem começa hoje sem nada
Não tem chance e já padece
Com poucos fortes então
Há bem pouca inovação
Só o monopólio cresce

Foi desse jeito que um mundo
Tão saudável e integrado
Foi trocado por um outro
Egoísta e isolado
Que lucra um absurdo
E esmaga quase tudo
Que se oponha a seu reinado

Todos estávamos tristes
Com nosso triste Presente
Um mundo de egoísmo
Era esperado, somente
Um mundo de ferro e açoite
Mas depois da fria noite
O Sol nasceu novamente

Contra esse mundo cruel
Que tudo quer acabar
Pra dinheiro a qualquer preço
Fazer tudo pra ganhar
Apareceu boa alma
Era o Richard Stallman
Que vinha tudo mudar

Aos poucos foi se formando
Uma grande multidão
De grandes programadores
Para ao mundo dar lição
E aos mais céticos mostrar
Que vale mais cooperar
Que a dura competição

Começaram a escrever
Programas de um novo jeito
E aquele código-fonte
De novo é nosso direito
Permitindo qualquer uso
E toda forma de estudo
Tudo que queira ser feito

Mais e mais programadores
Essa idéia apoiaram
E o resultado disso
É maior do que esperavam
Tantos programas perfeitos
São por tanta gente feitos
De todo canto ajudaram

Programas feitos assim
Que nos deixam os mudar
Se chamam Softwares Livres
Mas há algo a acrescentar
Eles deixam ter mudança
Mas exigem por herança
Tais direitos repassar

Assim se eu uso um programa
Que me é interessante
Posso copiar pra você
Eles deixam, não se espante!
Eu posso modificar
E você, se desejar.
Podemos passar adiante

Pra nossa felicidade,
Há tanto programa assim
Que nem dá pra ver direito
Onde é o começo e o fim
Da lista de Softwares Livres
E há muita gente que vive
Com Software Livre sim

É Firefox, é Linux
É OpenOffice, é Apache
Pra programação, pra rede
Pra o que se procure, ache
Pra desenho, escritório
Para jogos, relatório
Pro que for, há um que se encaixe

E você, se não conhece
Não sabe o que tá perdendo
A chance de viver livre
Ouça o que estou lhe dizendo
Software Livre é forte
No Brasil, já é um Norte
Basta olhar, já estamos vendo

Maior evento do mundo
Desse tema é no Brasil
NASA, MEC, Banrisul
Caixa, Banco do Brasil
Em Sergipe, em João Pessoa
Em Arapiraca e POA
Software Livre roda a mil

E se a imprensa não fala
É porque tem propaganda
De quem não quer ver o mundo
Ir para onde livre anda
E nada contra a corrente
No Brasil, infelizmente
Na mídia o dinheiro manda

Se você quer saber mais
Disso tudo que hoje eu teço
Procure na Internet
Veja agora uns endereços
softwarelivre.org
br-linux.org
E a atenção agradeço

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