cultura livre

Dois Cordeis na Biblioteca

Dois cordéis adicionados à Biblioteca Cordéis. São cordéis que já estavamm por aqui pelo site. Então qual a novidade? Bem, primeiro que futuramente vou remover todos os cordéis daqui, que vai ter mais cara de blog mesmo. Segundo, que na Biblioteca Cordéis estou colocando os livros m ePub e em PDF dimensionado para ler em celular.

Primeiro cordel que escrevi como um cordel e publiquei em livreto. Explica o conceito de Software Livre e sua importância social.

Parecido com o Cordel do Software Livre, o Cordel da Pirataria conta a história do Direito Autoral e do Domínio Público. E onde a pirataria entra nessa história. Detalhe para a ilustração, que foi feita pelo meu xará Karlisson Bezerra.

Se ainda não conhece os dois, dá uma olhada lá!

Novidades da Biblioteca do Bardo #2

Desde a última postagem a este respeito, entrou um material novo na Biblioteca do Bardo.

DWD12F é o segundo conjunto de tomos do Diceware D12, a série Fast. Todo esse material está lá disponível em ePub e PDF. Lembrando que você pode adicionar esta biblioteca, que já conta com 25 livros digitais, no seu leitor de livros digitais com este feed OPDS.

Novidades da Biblioteca do Bardo

Não sei se você está sabendo, mas ano passado configurei uma biblioteca de livros digitais em livros.cordeis.com. O mais bacana é que ela oferece um catálogo OPDS, que pode ser inserido em leitores de livros digitais para você ter acesso automático ao conteúdo de lá. O endereço do OPDS é http://livros.cordeis.com/feed.php.

Quando anunciei aqui, só tinha 2 livros. Hoje já tem 18, sendo que 5 não são exatamente livros e 3 livros são de outra autoria, de Domínio Público. Os livros estão disponíveis em PDF e EPUB.

Estou, aos poucos, publicando esse conteúdo nesta biblioteca, no Wattpad, no Issuu e no Archive. Futuramente retirarei este conteúdo do blog, deixando-o só nesses lugares.

Biblioteca OPDS

Livros OPDS

OPDS vem de Open Publication Distribution System. Trata-se de um catálogo de livros (ou publicações em geral). O bacana é que não é um catálogo para usuários, diretamente, mas sim para programas.

Muitos leitores de livros digitais (ebook readers, principalmente para smartphones) permitem adicionar catálogos e, uma vez com eles adicionados, permitem navegação, buscas, leituras de sinopse e download dos livros lá constantes. Isso é legal!

Já faz um tempo que pretendo botar no ar um catálogo desses, mas ainda não tinha encontrado uma forma legal e prática. Até agora.

Já está no ar a Biblioteca Cordéis.com. Por enquanto tem quase nada lá, mas aos poucos eu pretendo colocar os livros que tenho aqui no site para lá (aproveitando e disponibilizando tanto em PDF como em ePub). Para entrar nessa biblioteca basta adicionar o endereço livros.cordeis.com/feed.php no seu leitor de livros digitais. Se você entrar diretamente em livros.cordeis.com pelo navegador, poderá navegar e baixar livros por lá também, de forma direta.

É isso aí! Para quem gostou dessa ideia e pretende fazer uma também, segue a dica: estou usando LibreOffice, Calibre e COPS.

Bardo no OpenClipart

Se você não conhece, o projeto OpenClipart reune uma infinidade de desenhos prontos para serem reutilizados em trabalhos escolares, cartazes, etc. Tudo distribuído sob licença aberta.

O projeto é antigo e já faz anos que está nos repositórios Debian e Ubuntu, inclusive em versão integrada com o LibreOffice (a Galeria interna do LibreOffice podendo ficar bem cheia de opções do OpenClipart).

Pois bem, há pouco mais de um ano comecei a publicar coisas por lá também, sejam trabalhos inteiramente meus, seja derivações de trabalhos de outros. Hoje conto com 37 uploads, sendo que 2 deles já tem mais de 1.000 downloads.

Se você quiser ver o que botei por lá é só ir por este link. Lembrando também: tudo o que está no OpenClipart está em formato SVG, facilmente adaptável com o Inkscape!

Paulo Coelho e Pirataria

Estou concluindo o Cordel da Pirataria para ser lançado em maio no ENSL/Festival lá em Salvador.

Hoje saiu a notícia que o Paulo Coelho apoia o Pirate Bay. Ainda este mês veio a de que Hermeto Pascoal, grande compositor alagoano, pretende liberar toda a sua produção musical. Santos Dumont não registrou patente alguma para suas invenções, por escolha pessoal. Por que é tão difícil compartilhar? Por que tem tanta gente que pensa pequeno olhando pro seu próprio umbigo apenas? Quem pensa pequeno não cresce!

Ainda não publiquei aqui os cordéis novos que já estão por aí pelo mundo. É que a sessão de livros aqui do Bardo está ficando muito grande e vou criar uma pra cordéis e não consigo tempo.

Às vezes queria que tudo parasse um pouquinho pra gente tomar fôlego, estar perto de quem a gente gosta, descansar fazendo nada, só por descansar. Mas isso não acontece. Como dizia meu bisavô (não a mim, já que não tive oportunidade de conhecê-lo, ilustre e culto igreja-novense), "Cochilou, o cachimbo cai". Se a gente para, o mundo continua. E no dia seguinte o que não fizemos hoje estará lá nos esperando, junto com o que já teríamos de fazer amanhã. Um dia ainda deixo tudo pra trás e vou viver uma vida nova em qualquer canto, com menos stress ou algo do tipo.

Estou devendo tanto... Ainda nem parei pra publicar os banners do FISL deste ano, do ENSL, etc, etc, etc... E dia 25 será lançado o Cordel do GNU/Linux...

Enfim, o Cordel da Pirataria vai ser lançado e vendido no evento, mas estará disponível sob licença livre.

Termino com uma citação interessante do Hermeto: "Quem quiser piratear os meus discos, pode ficar à vontade. Pirateiem os meus discos... Sabe o que Deus falou? ‘Crescei e multiplicai-vos’. Muita gente pensa que isso é só para transar. Devemos crescer na maneira de ser e multiplicar o que tem de bom. Sem barreiras."

O Paradoxo do Sonhador

J T Bruce é um artista, simplesmente. Ele desenha, faz animações e também música. Seu mais novo álbum é The Dreamer's Paradox, lançado em 3 de novembro de 2006. É um álbum conceitual de Metal Progressivo Instrumental. Complicado? Escutando, você entende...

O álbum está disponível no Jamendo, site que oferece diversos outros álbuns, sob a licença Creative Commons - Atribuição - Não-comercial - Não a trabalhos derivados. Vale muito a pena!

Só não captei ainda completamente a essência do álbum, ou seja, a última trilha, que é falada e justifica o título do álbum: Hypnic Jerk. Quem tiver avanços nessa parte, contribua! ;-)

O Misterioso Copyleft

A essa altura você já deve saber o que é Software Livre (se não sabe, que tal uma olhada no Cordel do Software Livre?). A idéia geral de Software Livre é bem próxima de Domínio Público: quem recebe o software tem direito de modificar, utilizar e redistribuir. Tanto que software de Domínio Público é considerado como Software Livre. Mas não o contrário.

Domínio Público

Não somente obras artísticas, mas também softwares, quando em domínio público, estão sem proteção de copyright. Segundo a Wikipedia: "Domínio público, no Direito da Propriedade Intelectual, é o conjunto de bens culturais, de tecnologia ou de informação - livros, artigos, músicas, invenções e outros - em relação aos quais não existem titulares de direitos econômicos de exclusividade. Tais bens são de livre uso de todos, eis que integrando a herança cultural da humanidade."

Somente uma ressalva é feita no caso de Domínio Público: não há copyright, mas pode haver Direitos Morais associado à obra. Ou seja, você pode fazer o que quiser com a obra, mas o autor da publicação tem que ser citado e reconhecido como tal.

Existem algumas circunstâncias para que um trabalho se torne de Domínio Público. As mais notáveis aqui são:

  1. Quando o período de Copyright expira. No Brasil, por exemplo, isso ocorre 70 anos após a morte do autor. Dificilmente algum software entrou em Domínio Público desta forma até hoje. :-P
  2. Quando o autor voluntariamente publica a obra como de Domínio Público, explicitamente anunciado na obra.

Uma obra em Domínio Público pode ser utilizada à vontade: distribuída, consumida, modificada, vendida... Qualquer um pode modificar a obra e requerer copyright sobre a sua versão. Foi o que a Disney fez com clássicos registrados pelos Irmãos Grimm, que estavam em Domínio Público.

No caso de software, para ser mais específico, uma obra em Domínio Público pode ser aprimorada e transformada em Software Proprietário por qualquer um.

O Copyleft

A Free Software Foundation queria softwares livres, como em Domínio Público, por uma razão bem simples: software é ciência e ciência não deve ser apropriada em benefício de alguns. O software tem que estar amplamente disponível para que todos os que desejem possam estudá-lo e melhorá-lo. É o ciclo da ciência correndo em benefício da Humanidade. Ou seja, em função do "bem comum". Software Livre não é só tecnologia, é melhoria social.

Se o Software Livre puder ser tornado em Software Proprietário por algum meio, então esse ciclo de benefício social é quebrado e todo esforço é em vão. Por isso, na Free Software Foundation, nasceu o conceito de Copyleft.

Copyleft não é uma licença, tampouco é sinônimo de Software Livre. Copyleft é um conceito que licenças de Software Livre podem seguir ou não. É uma regra bem simples que diz: se você passar adiante (mudando ou não), dê os mesmos direitos que você recebeu!

  1. Você não precisa distribuir uma obra sob Copyleft que você receba. Mesmo que você modifique, você não precisa passar isso pra ninguém. Se precisasse, não seria livre e sim uma corrente. :-P
  2. Se você quiser passar adiante, você tem que passar o trabalho sob a mesma licença com a qual recebeu;
  3. Se você modificar e quizer passar adiante, tem que usar a mesma licença;
  4. Se você criar um trabalho, mas integrar ao seu trabalho uma parte significativa (mais do que o que seria considerado "Uso Justo") de uma obra sob uma licença com Copyleft, você precisa licenciar sua obra sob essa licença;
  5. Se você quiser vender uma obra que é fornecida sob uma licença com Copyleft (mesmo que você modifique a obra antes), você pode. Mas também tem que passar para o comprador os mesmos direitos que você recebeu (incluindo, no caso de software, o direito de acesso ao código-fonte e todos os direitos conseqüentes que a licença garante).

Resumindo, Copyleft quer dizer Não seja egoísta ou, em alguns casos, Não seja aproveitador.

A Licença Mais Livre

Licenças de Software Livre protegidas por Copyleft têm restrição. Esta restrição por vezes é apontada como "indício de que o Software Livre não é tão livre". Quem diz isso geralmente defende licenças que se aproximam da idéia de Domínio Público, pois "dão mais liberdade para o programador".

O que tais pessoas não percebem é que a Liberdade pregada pelo Movimento do Software Livre, pela Free Software Foundation, etc, é uma Liberdade para todos, por isso existe o Copyleft. O livre do "Software Livre" não diz respeito a "liberdade individual", mas sim "liberdade coletiva". Se o software livre não tem Copyleft, mais à frente alguém pode se apropriar dele e passar a vendê-lo. Aquelas linhas de código não são mais livres.

Além disso, muito do que temos hoje existe por causa do Copyleft. Ideal seria se todos tivessem noção do prejuízo social ao se apropriar de um código-fonte, mas é difícil. O Copyleft foi muito importante historicamente como motivador para que contribuições feitas em softwares livres fossem aproveitadas em benefício de todos. É o caso do GCC, só para citar um exemplo.

Finalizando...

O conceito de Copyleft também existe para outras obras protegidas por Direitos Autorais. O exemplo mais forte é a característica "Compartilhamento pela mesma licença" (Share Alike) do Creative Commons.

No site da FSF há um artigo muito bom - traduzido - justificando o uso do Copyleft: Copyleft: Idealismo Pragmático.

A Loteria do Copyright

Como prejudicar toda a sociedade, ganhando muito dinheiro e tendo o apoio da própria sociedade. Sabe como? Aplicando os conceitos atuais de Copyright.

O copyright na forma como é hoje trabalhado funciona como uma loteria:

  1. A regra é que nenhum dos contribuintes ganha, só perdem;
  2. A exceção é que alguns pouquíssimos vão ser contemplados.

Como conseqüência direta:

  1. Os que ganham recebem apenas parte do prêmio. Uma parte bastante grande se comparado à participação. Um prêmio virtuoso. Mas uma parte pequena se comparado com todo o arrecadado;
  2. Os que participam continuam investindo e apoiando a idéia, prejudicando-se e adorando o modelo porque sonham um dia ganhar também;
  3. Quem realmente ganha com isso são os organizadores das loterias.

É assim que acontece na indústria da propriedade intelectual. Quantos artistas ganham realmente com produção desse tipo? Para ganhar realmente, e bem, são poucos os felizardos. Mas existem os sonhos! Ah, os sonhos... Todos os infinitos artistas que não ganham fortunas e que têm uma vida difícil e direitos limitados sonham um dia ganhar muito dinheiro com Propriedade Intelectual. E enquanto isso, os Selos estão muito felizes.

Mas há uma diferença que torna a Loteria do Copyright ainda mais agravante que a Loteria Financeira: quem aposta dinheiro perde o próprio dinheiro e pode estragar apenas a própria vida e a de pessoas bem próximas, mas quem entra na Loteria do Copyright afeta a Cultura como um todo.

Como assim? Cada artista que entra na Loteria do Copyright ajuda uma cultura de atravessadores opressora, que cada vez mais deseja tirar direitos de seus consumidores. Não? E aquele caso dos CDs com proteção que sequer podiam ser ouvidos no computador? Isso para citar apenas um caso...

Outro ponto é uma velha história, mas que aqui vai mais uma vez: a cultura não nasce espontaneamente. Cultura nasce de cultura. São processos de refinamentos, melhorias, releituras e recriações que ajudam a construir uma Identidade Cultural. Seja de um grupo, uma cidade ou uma nação. Ao fechar as portas para esse intercâmbio, cada um desses artistas empobrece um pouquinho nossa Cultura como um todo.

Sejamos cooperativos! A Sociedade agradece.

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