O nosso próximo presidente?

O ex-presidente Fernando Collor fez seu discurso ontem à tarde, discurso que se prolongou até a noite. Não, eu não assisti, mas já vejo repercussão a esse respeito. Colocando-se como vítima em todo o esquema de impeachment, Collor foi claramente apoiado em peso pelo Senado.

Ora, o forte de Collor sempre foi a oratória. Seu discurso é quase hipnótico. Hoje temos duas variáveis interessantes:

  1. Nunca houve tanto espaço para quem sabe vender a própria imagem e tem dinheiro para investir. Estando no Senado, Collor pega carona na TV Senado, que transmite o que acontece por lá, aumentando o alcance de seus discursos. Com a Internet como temos hoje, não é difícil prever que breve teremos vídeos dos discursos de Collor no You Tube ou em site próprio, aumentando ainda mais seu alcance;
  2. O apoio do Senado e a "sensação de que houve injustiça no passado" podem afetar muito o brasileiro. Muitos brasileiros vão se sentir culpados por um "julgamento errado" do antigo presidente.

Bem, o Gabriel não o matou bem-matado e ele está aí. Agora, juntando-se estas duas variáveis, acho que já temos um próximo presidente. Boa sorte para a concorrência e para nós!

Special: 

Sobre Linguagens de Programação em Português

Simão Pedro, do SOS Bugs publicou em seu blog um artigo entitulado linguagen de programação em português (tsc), onde apresenta a linguagem LogicBasic.

Falando um pouco sobre a linguagens de programação em Português...

Existe também o interpretador ILA com o ambiente AMBAP (desenvolvido na UFAL), também em Português, mas com sintaxe baseada em Pascal e focando diretamente o aprendizado.

Sinceramente? Não acho linguagem em Português uma idéia tão boa assim.

O objetivo de aprender a programar é pra ser independente de lingagem, ok. Todas as linguagens sérias têm palavras em Inglês que você precisa conhecer: IF, WHILE... Começar com uma linguagem em Português não resolve, só adia o problema.

E se você não está propondo uma linguagem para uso bem específico (como o ILA, que é para educação em Programação), ainda há outros pontos:

  1. Tudo bem você ter uma lingagem de programação, mas isso não basta. Você precisa de uma API ampla, que lhe atenda as necessidades e não exija que você crie tudo do zero.
  2. Programando em uma linguagem assim, você limita muito o pessoal que pode contribuir com o projeto, no caso de Software Livre. Entenda assim: se você faz um programa realmente muito bom nela, você pode atrair atenção do mundo, mas só atenção, não ajuda. Muito dificilmente vai receber ajuda de um russo ou francês em código. Se seu software livre em (coloque-aqui-o-nome-da-sua-linguagem-em-português-favorita) for realmente um sucesso, a primeira coisa que vão dizer é: reimplemente em (C ou Java ou Python ou Ruby ou outra) e se você não o fizer, alguém o fará, e receberá ajuda.
  3. O código que você gere será inútil paa 99.999% dos softwares já existentes, mesmo que tenha potencial de melhoria para eles, a menos que você o refaça em uma linguagem mais conhecida.

E geralmente essas linguagens são interpretadas ou compiladas para alguma máquina virtual.

E no caso do LogicBasic, que eu não conhecia, há ainda uma outra desvantagem: parece ter apenas versão para Windows, além de não ter ficado claro - ao menos para mim - a licença de uso (o autor do blog diz ser uma "linguagem livre", mas mostra logo em seguida um conceito impreciso para a expressão).

Se você quer uma linguagem em programação em Português analise bem as motivações. As desvantagens são grandes demais se o problema for só preguiça dificuldade no aprendizado de Programação. Se for realmente necessário, por que não usar tecnologias já existentes como base: criar uma linguagem que use Mono ou Parrot, por exemplo...

Mulheres e Software Livre

Aproveitando ainda o mote do Dia Internacional da Mulher... Vocês conhecem a Linuxchix?

"O LinuxChix Brasil, uma regional do Projeto LinuxChix internacional é uma comunidade para mulheres que gostam de Linux, e para apoiar as mulheres na computação em geral. As participantes vão desde novatas à usuárias experientes, e incluem programadoras profissionais e amadoras, administradoras de sistemas e documentadoras técnicas."

E o Brasil tem pelo menos um grande ícone feminino em sua Comunidade pelo Software Livre, a competente e famosa (no mundo geek/gnu/linux, pelo menos) Sulamita Garcia, também conhecida na comunidade como Toskinha. (Diga-se de passagem: salvo engano, a primeira vez na vida que soube que existia o Drupal foi no site delas)

Há também no Brasil as Gnurias - que me parecem fora de atividade, mas não estou certo - e o PSL Mulheres.

Agora, a velha pergunta: por que há tão poucas mulheres na Computação e, neste caso, no mundo GNU/Linux? Se você quer entender porque, a resposta pode estar em um ótimo how-to, entitulado Como incentivar mulheres a usarem e permanecerem no Linux, escrito por Val Henson e traduzido pela Sulamita no início de 2003.

Já que estou falando de textos antigos, além do Feliz Dia Internacional da Mulher deste ano, também escrevi um no ano passado e uma carta em 2004 para os grupos femininos de SL no Brasil. Ainda acho que os textos de 2004 e de 2006 ficaram mais claros e, enfim, melhores que o de 2007, então estão aí pra quem quiser ver. :-)

Sobre Blogs e Assuntos

Tenho pensado uma coisa nos últimos dias... Tem muita gente que quer criar um blog, cria uma conta e depois fica reclamando da falta de assunto sobre o que falar. Mas isso não é problema para se manter um blog! Acredite em mim, é bem pior ter muito assunto para tratar e pouco tempo.

Isso porque falta de assunto se resolve facilmente hoje em dia. Basta você acompanhar outros blogs e entrar em memes e discussões com outros blogueiros - coisa que, diga-se de passagem, é bem produtiva para a divulgação do seu blog, se você tem tempo disponível -; pode acompanhar notícias e dar sua opinião sobre o que acontece no mundo, ou falar das novidades que lhe pareçam mais interessantes.

Só não vale buscar blogs ao acaso e entrar neles só pra comentar "Oi, gostei do seu blog! Visite o meu!", né? Mas tem ainda vídeos do YouTube que você pode publicar, fotos, resenhas de filmes, livros, CDs...

Há muitas opções para quem tem muito tempo e pouco assunto. Mas e o contrário?

Enfim, é muito fácil achar assunto para blog. O problema, meus amigos, é tempo. Eis a questão.

Martelo Alagoano

O Martelo é uma construção peculiar da poética nordestina: é composto por estrofes de dez versos decassílabos, com estrutura de rima e ritmo bem amarrada. É, lembra um pouco Os Lusíadas, mas no caso de Os Lusíadas há sextetos (seis versos) e a estrutura de rima muda um bocado. Os martelos também têm um mote, um verso que se repete ao final de cada estrofe.

O Martelo Alagoano, por sua vez, é um martelo cujo verso final de cada estrofe termina com martelo alagoas.

Acabei de publicar um martelo alagoano de minha autoria, composto por três estrofes, para apreciação dos que gostam de cultura nordestina. :-)

O exemplo mais acessível de martelo alagoano talvez seja a música cantada por Alceu Valença chamda justamente Martelo Alagoano.

Special: 

Software Livre em Alagoas

Saiu hoje no jornal de maior veiculação no Estado - Gazeta de Alagoas - uma matéria falando sobre aquele velho caso da "pesquisa" da ABES dizendo que o Computador para Todos incentiva a pirataria ao colocar GNU/Linux ao invés de Windows.

E se esquecem do valor do Windows, e também de pesquisar quantos compraram o computador com Windows Start Edition e mudaram para uma versão utilizável, porém pirata. Isso eles não questionam, pois não é de seu interesse.

Mas, enfim, a matéria de capa da Gazeta Digital trata do antigo caso, tentando mostrar o lado da ABES e o do Governo. Finaliza falando dos grupos estaduais de Software Livre. É a primeira vez, salvo engano, que temos uma divulgação dos grupos estaduais neste veículo do comunicação, o que é digno de nota.

Parabéns pro Alex e Antônio pela procura por espaço e por terem feito essa contribuição ao FLOSS (Free/Livre/OpenSource Software) em nosso Estado.

Valeu!

Burningdog!?!?

Hoje testei a distribuição gNewSense, a nova distribuição GNU/Linux derivada do Ubuntu que, com o patrocínio da Free Software Foundation, tenta ser 100% livre.

A idéia de uma distribuição 100% livre é excelente e tem meu apoio. Porém, prefiro que o Debian seja ajustado gradualmente para atender a esta que, inclusive, creio ter sido a proposta inicial.

E esses ajustes vêm acontecendo... Por exemplo, o Iceweasel veio para corrigir uma situação chata frente à Mozilla Foundation que colocava em cheque seu próprio contrato social.

Agora vem a situação estranha. O pessoal do gNewSense certamente viu o mesmo problema. E a solução deles não foi adotar o Iceweasel (o projeto Iceweasel deve ter vindo depois). Eles chamaram o Firefox de... BurningDog!?

Pior que isso só a tradução do Altavista pra Burning Dog. "Cão ardente"?

Special: 

ODF no Word

Saiu no blog Como Faço: o projeto ODF Converter chegou à versão 1.0.

O que isso quer dizer precisamente é que agora é possível abrir e fechar arquivos ODF ( Open Document Format - utilizados, entre outros, pelo OpenOffice.org e BrOffice.org) no MS Word.

O software funciona como uma extensão do MS Word e está disponível como um Software Livre sem Copyleft.

Em que isso ajuda? Bom, agora quando precisarmos recorrer a máquinas que não possuem instalado o OpenOffice.org, mas sim MS Office (possivelmente em situação ilegal); e quando não nos for permitido instalar software nessas máquinas; poderemos acessar nossos documentos ODF sem problema algum!

Não acho essa a melhor solução, claro! O OpenOffice.org tem uma forma ótima de lidar com estilos, não é só uma versão genérica do Office. Eu prefiro o OpenOffice.org/BrOffice.org, mesmo. Assim, se você tem um pen drive à mão, pode usar uma versão portável do OpenOffice.org. Pessoalmente, acho bem mais interessante...

P.S.: Alguém já viu uma foto dessa extensão (ODF Converter) funcionando? Ainda não vi a cor do bicho... (nem uso MS Office em canto nenhum)

O Paradoxo do Sonhador

J T Bruce é um artista, simplesmente. Ele desenha, faz animações e também música. Seu mais novo álbum é The Dreamer's Paradox, lançado em 3 de novembro de 2006. É um álbum conceitual de Metal Progressivo Instrumental. Complicado? Escutando, você entende...

O álbum está disponível no Jamendo, site que oferece diversos outros álbuns, sob a licença Creative Commons - Atribuição - Não-comercial - Não a trabalhos derivados. Vale muito a pena!

Só não captei ainda completamente a essência do álbum, ou seja, a última trilha, que é falada e justifica o título do álbum: Hypnic Jerk. Quem tiver avanços nessa parte, contribua! ;-)

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