quadras

Que te pode libertar?

Dama desse frio lugar
Da gaiola: dura lei
Que te pode libertar?
Diga logo: eu buscarei!

São versos e rimas?
São beijos e rosas?
São foices e tochas?
São armas de fogo?

Todo o choro tem sentido
É uma dor tão deprimente
Mas seu choro e seu gemido
Dão mais forças à corrente

O que te liberta?
São gestos do povo?
São textos comuns?
São fadas e gnomos?

Nada disso tornará
Seu sonho em mundo perfeito
Pois a única chave está
Dentro do teu próprio peito

Se deixares, dama triste
Te resgatarei praqui
Do abismo que construíste
No mais profundo de ti

Ilusão

Quando vejo os teus olhos no espaço
Parte um pedaço do meu coração
Não me importa se me ligas
Me banhas com tua voz, canção

Quando vejo os teus olhos numa nuvem
Flores se curvem à tua visão
Não quero vê-las se vens
Tão doce me ver. Não, não, não, não

Quando vejo os teus olhos, teus beijos
Nos azulejos azuis do salão
Não desejo mais que ter-te
Comigo por toda a estação

Quando vejo os teus olhos e sinto
Sem querer minto ao meu coração
Não quero mais pensar nisso
Nem se vens, se tens, se és ou não

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Coelho Alado

Desde aquele dia das asas fugiaAs Asas da Águia
Como se fosse um coelho assustado
Desde aquele dia esse alguém sabia
Se se entregasse seria derrotado

Desde aquele dia esse alguém fugia
As asas esse alguém já tinha encontrado
Seus lados obscuros, já os conhecia
Por isso temia algo tão adorado

Desde aquele dia achou que podia
Sair qual se nada houvesse se passado
Não basta prever' que aconteceria
Para escapar desse sonho alado

Então sucedia que num certo dia
À força, sem fuga, tomou-a obrigado
E então tudo aquilo que ele previa
Atingiu-o sete vezes ampliado

Sentindo-se livre, voando seguia
Mesmo sabendo que havia algo errado
E o erro estava no mundo que o via
Que o matou como a um coelho assustado

-- Cárlisson Galdino

Engenho: 

Fótons Fatais

Mendigos humanos eram minhas presas
Com minhas presas sugava seu sangue
Alma sedenta pela noite sombria
Alma negra que as noites cobria

Sem aliados, sozinho vagava
Em forma alada, sozinho nas trevas
Até que guerreiros surgiram um dia
Vencer os humanos, achei que podia

Fótons fatais rasgam todo o meu corpo
Fótons solares ferem meus olhos
Fótons malditos vêm do Sol a mim
Feixes de fótons decretam meu fim

Imobilizado no alto de um prédio
Impossibilitado de qualquer ato
Desde que morri tenho sido tão ruim
Vai ver talvez seja melhor assim

Engenho: 

Jamais Vencido

Uma espada gira no ar
Refletindo o brilho lunar
De um metal que jamais foi vencido
De veloz, pelo ar dissolvido

Uma espada gira no ar
Outro golpe à beira do mar
Herói que jamais fôra vencido
E o dragão permanece erguido

Uma espada gira no ar
Pelo ar pra outro lugar
Herói que jamais fôra vencido
Agora no chão desfalecido

Uma espada deita no mar
E o que se podia esperar
Se o herói nunca fôra vencido
Ainda menos o seu inimigo

Dragão de reinado antigo
A quem se quis: fosse abatido
Somente por ter sobrevivido
E feito frente ao mar seu abrigo

A Última Bala

Não importa se é a última bala
Se às vezes uma bomba nuclear não é o bastante
Respire fundo, e por que não
Tentar matar a sopro o dragão?

Não importa se é a última bala
E você tem que enfrentar um exército inteiro
Não vale a pena calcular as chances
Vale a pena tentar um tiro certeiro

Não importa se é a última bala
Se eles estão armados com fuzis
Se você quebrou a sua espada
Vale a pena o tudo ou nada

Não importa se é a última bala
Se você teve coragem pra viver
Encare sua quimera
Pois ela ainda o espera

Não importa se é a última bala
Tenha coragem e corra pra lutar
Quem sabe, quando tudo acabar
Ainda sairá com a última bala

Engenho: 

Buscadores da Verdade

Você nem suspeita o que hei de dizer
Não sei de onde vem, o que deve ler
Mas sei: traz o Cosmo a proximidade
Às almas que buscam igual verdade

E o fato é do jeito como se diz:
"Surge o mestre quando pronto o aprendiz"
Ou já que o costume esconde a bel gosto
Não me espantaria se fosse o oposto

Mas é irrelevante, logo percebi
Pois eis que do nada você está aqui
Como por magia, de um mundo afastado
Buscando a verdade, ou sendo buscado

A verdade vive, e sonha ser dita
Nós dois a veremos, caso permita
Mas como chegou, nunca irá saber
Quem te trouxe aqui? fui eu ou você?

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