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As Asas da Evolução

Um ser um dia qualquer
Encontrou perdido um sonho
E como um sonho requer
Entregou-se todo ao sonho

E esse ser descobriu
As asas de suas mãos
Mudou, assim, quando viu
Estava em evolução

E viu as asas da guerra
E as usou como quis
Mas um certo dia encerra
Sua sede de fuzis

E ganhou asas do vento
E pelas asas do tempo
Voou num tão calmo e lento
Voo tecno-virtual

E os homens vão em manadas
Pelas estradas seguidas
Enquanto mudam de asas
Como se muda da vida

-- Cárlisson Galdino

Dias Depois do Dia

Percorro toda a sua face
Co'a perícia do mais hábil escultor
Meus olhos tocam seus ângulos
Co'a precisão de um raio de Sol

A melodia que deixa seus lábios
Transforma em festa um dia ruim e frio
O brilho incerto e belo dos teus olhos
Me faz ter pena de quem nunca te viu

Não era bem a intenção
Mas mesmo assim previ sua chegada
Não é tão estranho, afinal
Sentir no vento a pessoa amada

-- Cárlisson Galdino

Engenho: 

O Vulto da Morte Brutal

Uma branca luz
Não sei de onde vem
Uma branca luz
Parece vir de alguém

Ainda posso vê-lo
Seus traços claros
Seus trajes caros
Seus cabelos

Ainda posso vê-lo
Bem na minha frente
Transparente
Como um pesadelo


Na outra calçada
Seus cabelos longos
Seus trajes brancos
Figura apagada

Na outra calçada
Quase a flutuar
À luz do luar
Uma alma penada


Parava quem via
Não tinha sentido
Tomava os ouvidos
Fria sinfonia

Parava, quem via
Estava perdido
A um simples gemido
Da estranha cria


E prega a crença
Que morrido havia
E os vivos trazia
Qual por penitência

E prega a crença
Depois desse dia
Que quem não morrria
Vivia em demência

-- Cárlisson Galdino

A Comunidade

Quem vem do fundo não precisa de tanto requinte
Queremos só o que nos leve onde queremos ir
Queremos o de bom trazido do século vinte
Que melhore, se torne rápido e nos faça rir

Você luta por ter objetos ao seu redor
Mas o poder não vem daquilo que temos na mão
Os milhares de livros que você sabe de cor
Jamais valerão nossa pequena compreensão

Nós não queremos os atalhos que você procura
Se é o caminho mais difícil o que nos engrandece
Se quão mais perto do estado da matéria pura
Mais caminhos que não vês o chão nos oferece

Nós não queremos nos vestir com o que está na moda
Em nós diversos, somos contra a massificação
E só pretendemos tentar reinventar a roda
Naqueles casos que você achará melhor não

(Clássico e simples: nossa única necessidade)

-- Cárlisson Galdino

Uma Mesa

Ela vem, me olha com olhar de quem
Não tem nada a ver comigo ou com ninguém
Devagar caminha levando sua taça
Senta do outro lado a me olhar com graça

Sob as velas ela sempre me seduz
Como fosse seu desejo fazer jus
À tal fama de que mesmo sendo bela
Não se entrega nunca, nega tudo nela

Quem me dera possuir seu corpo um dia
Ela me sorri e sempre diz que não
E lembrar o tanto que se aborrecia
Pelo atrevimento de tocar sua mão

Que será que passa na sua cabeça
Por que nunca aceita se entregar a mim
Entre nós dois sempre se estende uma mesa
Mas que mais parece um muro de Berlim

-- Cárlisson Galdino

À Nova Vampira

Vermelho é o sangue que corre
Nos olhos, espelhos d'alma
No braço, o pulso, tua palma
A Vida vem do que morre

E a nova vida começa
Após o último suspiro
Após a dor, o delírio
Após o golpe, a promessa

Perceberá que tem sorte
De ter sido a escolhida
Para viver nova vida
É doce enganar a morte

Se a noite é uma criança
Somos eternas babás
O dia não mais verás
Nem onde sua luz alcança

E os dons que agora te dou
De ver além do aparente
Dominar corpos e mentes
São o que você virou

E nesta noite, menina
À luz de um belo luar
Roubo tua vida vulgar
Te dou uma que não termina

"Monstros" muitos chamarão
Mantenha o charme e a leveza
Talvez no fundo até seja
Mas não lhes dê atenção

E desde o teu despertar
Sou teu senhor e soldado
Me terá sempre ao teu lado
O tempo que precisar

É meu o sangue que levas
Sai pra primeira caçada
Que um novo mundo te aguarda
Minha menina das trevas

-- Cárlisson Galdino

Mito Sombrio

Eliminando cada grupo vivo
Trucidava até suas pobres almas
Aquele ser que uma alma não tinha
Exceto aquela em seu cativeiro

Em cada canto, pranto e desespero
Mas com passos tão disformes caminha
Será o dos pobres ou das terras auras
O próximo canto a ser atingido?

Qualquer mortal que sonhou ter ouvido
Qualquer mortal que diga ter visão
Conhece de pequenino esse mito

Enquanto creem que isso é só um mito,
Avança e tarde demais saberão:
Nem todo mito é confinado a um livro

-- Cárlisson Galdino

Engenho: 

Frushige

Frushige era um cara bem legal
Gostava de estourar com seu mangual
Cabeças de goblins e bichos feios
Um dia acertou o seu joelho

Foi ao doutor, que disse com tristeza
Que há muito tempo não sentava à mesa
Ia curar o mal da sua perna
Fazendo dela um prato à calabresa

Frushige saiu com uma só perna
Mangaram quando entrou na taberna
Mas ele retribuiu a gozação
Rodando o mangual e caindo ao chão

Foi quando um monstro chegou à cidade
Todo mundo fugiu como covarde
E só restou Frushige e o gigantão
Mas ele não se foi com a multidão

O monstro era uma cobra horrorosa
Com noventa presas venenosas
E mais de trezentas que eram quase
Frushige quase que tremeu na base

Frushige levantou o seu mangual
E a cobra sacou o seu fio dental
Num golpe de monstro endiabrado
Deixou o Frushige todo enrolado

Frushige não podia mais lutar
Foi então que começou a pensar
Chamou de covarde o agressor
"Só tenho uma perna, meu senhor"

A cobra então parou com a briga
E caiu de rir com a mão na barriga
Foi só então que ele percebeu
"Ela tem menos pernas do que eu"

E a cobra a tanto a gargalhar
Deu tempo de ele se desenrolar
Seu mangual não estava por perto
Felizmente Frushige era esperto

Pegou um palito de sua boca
E acertou em cheio a cobra louca
Ela arregalou seus treze olhos
O palito estava sujo de óleo

O óleo reagiu com o veneno
E fez o monstro ficar bem pequeno
Bastou a Frushige sapatear
Para o monstro ir pra outro lugar

"E nunca mais volte, seu monstro imundo"
A cobra era a maior cobra do mundo
Agora do tamanho de uma lesma
A vida do povo não seria a mesma

Todos comemoraram com alegria
Foi Frushige quem salvou o dia
E prometeram uma trégua eterna
Nunca mais ririam da sua perna

-- Cárlisson Galdino

Soarez

Ei, mano! Que houve contigo?
Uns amigos disseram: tu tá na pior
E aquele tempo antigo?
Quem mandava por aqui era só nós

Sei, mano, é problema c'os caras
É problema de grana, é problema de laço
Mas, sabe? Essa turma não pára
Até você pagar ou tu ir pro espaço

E, pena não poder te ajudar
Tô quase caindo também, não te digo!
Pra casa cair basta alguém entregar
Pra eles que eu vim pra falar contigo

Mano, soube que teve uma idéia
Como é que foi? Não ajudou muito, não?
É, pelo jeito a coisa tá feia
Como se ajeita essa situação?

Disseram que tá na biriba
Que tá detonando aqui presse lado
Já eu, talvez nem consiga
Ganhar do pior. Tô muito azarado

Eu sei, isso não te ampara
Não paga suas contas, nem te motiva
O jeito é nós gritar para
O homem de capa da locomotiva

Bem, tô indo, vô lá
Espero que em breve volte ao normal
Pra gente poder se encontrar
Já tô com saldade do velho rival

-- Cárlisson Galdino

Engenho: 

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