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A Plataforma Nintendo DS

Sempre admirei muito a Nintendo, mas fiquei longe dela por anos. Há um tempo tive contato com o líder no mercado de videogames portáteis da atualidade e realmente o que a Nintendo fez foi algo muito bom.

O Nintendo DS é a plataforma de videogame portátil que sucedeu a plataforma Game Boy Advance. Falo de plataformas porque essas duas plataformas começaram com um modelo só e terminaram recebendo companhia de outros modelos, mas ainda para o "mesmo mundo".

Para quem esteve viajando nos últimos anos e não conhece o Nintendo DS, aqui vão alguns conceitos que o tornam especial:

  1. Já nasceu com uma infinidade de jogos à disposição, já que roda também jogos do Game Boy Advance (o mesmo que acontece com o Nintendo Wii, que roda jogos do Game Cube além dos seus próprios)
  2. Controles estilo Super Nintendo. Com isso quero dizer exatamente: um direcional em cruz, mais quatro botões distribuídos em losango - Y, X, B, A -, mais dois botões a serem usados com os indicadores: os famosos L e R;
  3. Duas telas: isso pode parecer confuso e tal, mas é fantástico você poder andar por um labirinto numa tela vendo o mapa em tempo real na outra, ou ver outras informações igualmente úteis.
  4. A tela inferior é sensível ao toque. Aqui está o toque de mestre da Nintendo neste console. Hoje pode parecer trivial esse conceito, mas o Nintendo DS original foi lançado em 2004.
  5. Também tem um microfone no aparelho.
  6. Aparelhinhos próximos podem se comunicar para que jogadores joguem em rede, bastando estarem próximos fisicamente.
  7. Acesso à rede da Nintendo através de Internet sem fio, permitindo que se jogue online com amigos (através da troca de um código gigantesco) ou com desconhecidos.
  8. A sua estrutura faz com que ele se feche em si mesmo para ser guardado, protegendo as telas e os botões de controle. Isso é algo simples a princípio, mas é fantástico pela proteção que se dá ao equipamento e por funcionar como um "stand-by" instantâneo. Basta fechar o aparelhinho que o jogo é pausado, tudo é suspenso e ele entra em modo de economia da bateria. Reabrindo-o, ele volta instantaneamente ao ponto do jogo onde tinha parado.

O uso da tela sensível varia de jogo para jogo. Em parte deles é apenas uma forma alternativa de interação (além dos botões), em outras é a única forma de interação.

Há um jogo com o Yoshi que começa com o bebê Mário despencando pendurado em balões de ar. A caneta é usada para criar nuvens que desviem o Mário dos obstáculos até que ele chegue ao chão em segurança e o Yoshi possa pegá-lo.

Feel the Magic, da Sega, tem uma mecânica simples, mas usa e abusa da tela sensível. O personagem principal tem que enfrentar os mais diversos desafios em várias fases para conquistar uma garota.

Em Zelda: Spirit Tracks, o controle do Link (personagem principal da franquia Zelda, para quem incrivelmente não conhece) é feito com cliques na tela. Golpes de espada são feitos deslizando a canetinha na tela no sentido que o jogador quer que Link desfira golpes. E o mais legal é a flauta sendo tocada: o usuário sopra no microfone e desliza a flauta para os lados usando a canetinha. É um conceito muito simples e muito divertido.

Sem contar o sucesso Nintendogs, jogos de Pokémon, de outras produtoras tempos Sonic, Castlevania, Final Fantasy... Acho que já deu pra dar uma ideia de como é o mundo do Nintendo DS, ao menos em conceito. Agora, os consoles...

Depois do Nintendo DS, a Nintendo lançou o DS Lite, uma versão otimizada, reduzida, com bateria melhor. Depois veio o DSi, acrescentando câmera, recursos melhores para conectividade e compra de jogos na forma online pelo DSiWare. Até aí trata-se basicamente da mesma plataforma (apesar de DSi permitir algumas gracinhas que o DS não permite, não se vê jogos por aí feitos para DSi). A coisa mudou este ano com o 3DS, que cria uma nova plataforma.

Em tamanho, pelo que li a respeito, o 3DS é bem aproximado do DS Lite. As diferenças principais são os acréscimos para jogos 3D. Além de uma capacidade de processamento e renderização muito superiores à do DS, o 3DS acrescenta um direcional analógico e é o primeiro dispositivo vendido capaz de gerar efeito de 3 dimensões sem necessidade de óculos especiais. Vê só... Como se não bastasse, ainda acrescenta acelerômetro e giroscópio.

Ainda traz três câmeras (duas frontais, que permitem captura de imagens em três dimensões) e vem com um pacote de softwares.

Algo que achei curioso é que o Nintendo DS parece fazer homenagem ao primeiro videogame da Nintendo, o Game & Watch (assim como o controle do Wii lembra um controle de um videogame pré-histórico que não recordo no momento). Se foi intencional, é muito bacana esse resgate em forma de homenagem, ao mesmo tempo em que traz novidades reais ao mundo dos jogos, que vão além da busca frenética por mais poder de processamento.

O que sempre gostei da Nintendo foi que ela costuma focar a diversão. Jogos de Nintendo 8 bits continuam divertidos até hoje, o que é bem diferente dos jogos atuais dos outros fabricantes. Parece que a regra é fazer jogos o mais realistas possível e torcer pra que isso os torne divertidos. Alguns conseguem ser divertidos, mas a maioria não.

Continua admirando essa empresa, mesmo que seja um ícone do mundo privativo. Fazer o quê? O mercado dos jogos é um mercado caro de se entrar... Seria muito bom se aparecesse uma arquitetura aberta de console de última geração, com APIs e toolkits amplamente disponibilizados. Creio que muitos jogos incríveis apareceriam, grande parte feitos pela própria comunidade. Enquanto isso não acontece, fico aqui torcendo para ter oportunidade num futuro próximo de me atualizar no mundo dos games de forma mais prática e de ter meu Wii e meu 3DS (se eu pudesse escolher de graça entre Playstation 3, Xbox 360 e Wii, eu ficaria com o Wii).

A História dos Games: Nintendo

A Nintendo já dominou dividiu os domínios do mundo dos jogos eletrônicos com a SEGA em eras passadas. Depois "sumiu" do mapa e hoje tem foco novamente, apesar de não estar tão bem assim nas rodadas mais recentes...

Segundo a Wikipedia, Nintendo é um provérbio japonês que significa "Deixe o destino para o céu". Apesar de a era dos videogames ser bastante recente, a empresa já tem mais de 100 anos. Claro, atuava em outras áreas antes dos eletrônicos chegarem. Criava baralhos especiais, pode-se dizer assim. Ao ver seus negócios ameaçados pelos jogos eletrônicos da Atari e Bandai foi que, na melhor filosofia "se não pode vencê-los, junte-se a eles", ela mergulhou nesse mercado que crescia.

O primeiro produto dela nessa área foi um tal de Game & Watch, que era como um minigame de um jogo só. O formato é curioso, pois inspirou o atual Nintendo DS. Mas vamos por partes.

O sucesso da Nintendo creio que começou com o Donkey Kong. A partir daí, alguns arcades e anos passaram até surgir o Nintendo Entertainment System (NES, 8 bits), o Game Boy (portátil), o Super Nintendo Entertainment System (SNES, 16 bits). Depois disso, a Nintendo perdeu sua força. Veio o Nintendo 64 contra o PlayStation, mas era o início da Era Sony. Depois, a Nintendo ainda tentou com o Game Cube.

A Nintendo voltou a chamar a atenção do mundo dos consoles em 2006, com o Nintendo Wii, um console com uma nova forma de interação. O jogador teria movimentos captados com o Wii-Mote, e os movimentos seriam reproduzidos no jogo. Em jogos de tiro é possível empunhar o joystick, ou girá-lo em cenas de espadas ou jogos de tênis. Assim, enquanto os outros fabricantes de jogos investem no realismo e no poder de processamento e renderização, a Nintendo vinha trazendo novos conceitos. Devido, além dessas características bem particulares, ao menor custo, o Nintendo Wii ganhou algum mercado e encarou os concorrentes da Sony e da Microsoft.

Claro, não foram só os conceitos que mantiveram a Nintendo no topo no século passado e hoje a mantêm competitiva, foram os jogos. A Nintendo tem costume de fazer jogos focando a diversão pelo jogo, pelo que ele traz e não necessariamente pelo realismo, como parece ser a regra das outras hoje em dia. Personagens consagrados como Super Mário, Link (de Zelda) e Samus Aran (de Metroid), com reforço da turma do Pokémon anos depois. Pessoalmente, eu prefiro jogos dos consoles da Nintendo. A impressão que tenho é exatamente a que falei neste parágrafo: os outros estão focando muito o realismo e às vezes os jogos se tornam divertidos além de realistas. A maioria é apenas realista.

No mundo dos portáteis, parece-me que a Nintendo sempre reinou (ou pelo menos nunca perdeu de goleada, digamos assim). O cinzento GameBoy se manteve na sua época, mesmo com concorrentes coloridos como o Game Gear... E em 2004 veio o Nintendo DS que, assim como o Wii, trazia sua própria inovação: uso de duas telas, uma superior e outra inferior, sendo a inferior sensível também a toque. Este ano saiu o 3DS, que acrescenta, além do direcional em cruz, um manche (comum nos joysticks de uns anos pra cá, para jogos 3D) e a capacidade de enviar imagens diferenciadas para cada um dos olhos do jogador, criando assim imagens tridimensionais. Seu principal concorrente é o PSP, da Sony. Recentemente, anunciaram uma significativa redução de preços no Nintendo 3DS, visando a não perder mercado.

Nos consoles está previsto, no próximo ano, o Wii U, que trará joysticks com telas de 6 polegadas, sensíveis a toque e com acelerômetro e giroscópio. Será o suficiente para se manter no páreo? O tempo dirá.

Special: 

Quem tem Twitter não precisa de Caminhão

Minha mãe fala que meu bisavô adorava frases de parachoque de caminhão. Ele anotava num caderninho. Tem algumas que ela fala que são bem interessantes, especialmente as acompanhadas de historinhas.

Tinha um sujeito que era apaixonado por uma menina chamada Glória, e colocou no caminhão "Boa era a Glorinha". O problema é que a mulher casou com o delegado que, ao saber que o caminhão tinha voltado à cidade com aquela frase, chamou o sujeito e o obrigou a tirar aquilo. No ano seguinte, ele chega à cidade com o caminhão trazendo uma nova frase: "Continuo com a mesma opinião".

Outra que acho legal é a do "Soldado e mulher feia comigo não passeia". O pessoal pegou o caminhoneiro e raspou a frase. Depois ele voltou com "Rasparam, mas não passeiam".

A necessidade de colocar frases para o mundo é tão grande que tem gente que nem tem caminhão mas tem "frase de parachoque" adesivada no carro. "O que eu tenho foi Deus que me deu" ou "É velho, mas está pago"... O legal é que, nos dias de hoje, todo mundo pode ter esse tipo de coisa. Quem tem twitter não precisa de caminhão!

Então, aproveito para listar alguns felizes proprietários deste e-caminhão, legais de se seguir, que têm um estilo bem parachoque mesmo:

O Criador (@ocriador)

  • O Cristianismo não é opensource. Portanto parem de pegar Minha palavra, modificar e sair vendendo como se fosse sua.
  • Meus filhos, cumprir 7 dos 10 mandamentos não os fazem passar por média.
  • Não, filho, "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” não é o slogan do Wikileaks.
  • Na Minha "Computação em nuvem", dá para baixar espírito via torrent.
  • O inferno hoje está um alvoroço: música alta, bebidas e fogos de artifício. Feliz dia do advogado!

Não é Amor (@naoehamor)

  • Ironia é passar trote pra uma garota de programa e ela ficar puta.
  • O amor não é aquilo que te ajuda a segurar a barra. O nome disso é instrutor de academia. O amor é outra coisa.
  • O amor não é aquilo que não sai da tua cabeça. O nome disso é "Pôneis Malditos". O amor é outra coisa.
  • O amor não é aquilo que te faz perder o equilíbrio. O nome disso é labirintite. O amor é outra coisa.
  • Kiwi é uma fruta tão ruim que se fizesse parte da brincadeira 'salada mista' seria equivalente a uma dedada.

Piadas Nerds (@piadasnerds)

  • Soldados-robôs movidos a bateria sobem o morro. Qual o nome do filme? R: Tropa de E-Lítio. #DiaDoSoldado
  • O amor não é fogo que arde sem se ver. O nome disso é Metanol. O amor é outra coisa.
  • Como uma mula-sem-cabeça zumbi come seu cérebro? // Não come, mas cozinha pros outros zumbis comerem.
  • Estagiários são como Magikarps. Ninguém dá a mínima, mas quando evoluem (depois de muito tempo), todo mundo paga pau.
  • Qual é a especialidade de um técnico em informática evangélico? R: Converter arquivos.

Frases Ditas (@FrasesDitas)

  • "Fuja das tentações... Mas devagar, para que elas possam te alcançar"
  • "A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda."[M.Quintana]
  • "Um grama de exemplos vale mais do que uma tonelada de conselhos"
  • "É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que vc é um idiota do que falar e acabar com a dúvida"[A.Lincoln]
  • "Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer."[C.D.Andrade]

Sábio Brasileiro (@SabioBrasileiro)

  • Todo furacão tem nome de mulher: Katrina, Irene, Rita... acho que os cientistas já comprovaram que uma mulher faz tanto estrago quanto eles.
  • Steve Jobs não é mais presidente da Apple e vai mudar o nome para Steve Vacations.
  • "Rir é o melhor remédio". Chega na farmácia e pede 20mg de HAHAUHAUAHUAHUA pra dor de cabeça então.
  • No Mister Pizza você come pizza. No Burguer King você come um hamburguer. Pela lógica, no Subway voce devia comer um metrô.
  • Como responder algo no Yahoo Respostas: fale algo idiota e no final, escreva "MAS PROCURE UM MÉDICO E ELE TE AJUDARÁ MELHOR"

E claro, não deixem de me seguir (@carlisson), o GUSLA (@guslabot) e a banda Infinnita (@infinnita)

Special: 

Google, não seja malvado!

O Google foi criado em 1998 por Larry Page e Sergey Brin, mas só neste século se tornou uma corporação forte como é hoje, deixando de ser oferecer apenas um serviço de busca para entrar nas mais diversas áreas.

O lema declarado desde o início pelo Google é "Don't be evil". Mas e quando o lema conflita com a missão de "catalogar tudo", quem ganha? O voto de Minerva parece que é da rentabilidade, como é até esperado, infelizmente, pelas empresas privadas (e parece que até nas públicas, né dona Dilma?).

O Google sempre foi favorável ao Software Livre. O próprio sistema de busca que deu início ao império foi escrito em Python, uma linguagem de programação filha do Software Livre e sem uma grande corporação por trás. Com o tempo, foram diversas contribuições de fato. O Google Code, que oferece recursos para quem quer desenvolver software colaborativamente (um serviço na mesma categoria do SourceForge e do brasileiro Código Livre).

O Google também apoiou bastante o Firefox, recomendando-o em suas páginas. Claro, eles criaram extensões para o Firefox e a versão que se baixava no site deles trazia as extensões já instaladas na raposa. O Google, de todo modo, sempre ajudou o Firefox, até que resolveu criar seu próprio navegador web Chrome. A partir de então, claro que passou a oferecer seu software.

O Google até mesmo criou o Chromium, que é o Google Chrome aberto. Assim, o Google Chrome pode ter suas modificações que atendam ao Google e ficar fechado. O mesmo aconteceu com o Chrome Os. Pouca gente sabe disso (e eu não o conheço verdadeiramente, só sei que existe), mas há o Chromium OS também.

Apesar de todas essas contribuições, a maior talvez seja o Google Summer of Code. Um grande torneio anual onde estudantes universitários encaram desafios de implementação de recursos em softwares livres já existentes. Como uma arena, um torneio, porém não é competitivo. Cada estudante participante tem um prazo para implementar um determinado recurso e ao fim, se conseguir, o Google dá o prêmio. Cada um só compete mesmo com o relógio.

O Google Summer of Code terminou ajudando a alavancar muitos projetos. Muitos features vieram desta iniciativa em grandes projetos como GNOME, VLC, Drupal...

É, meus amigos, o Google sempre foi um forte aliado ao Software Livre, mas nem tudo são flores, porém. Se por um lado ele ajuda, por outro... Bem, vejamos.

Desde que foi lançado, o Gmail é polêmico. Ou melhor, a polêmica parece que só se mostrou mesmo naqueles tempos. A razão é simples: se eu mandar uma correspondência a você, você não é pré-autorizado a divulgá-la, certo? A licença do Gmail fazia o usuário concordar que o Google teria acesso a todos os emails que você recebesse. A coisa chega a tal ponto que, se você apagar uma mensagem, o que você consegue é ter direito a espaço de armazenamento correspondente àquela mensagem, mas a mensagem continuaria existindo para consulta pelo pessoal do Google. Onde está a privacidade? Que uso desse material eles podem fazer hoje e poderão fazer no futuro?

Outra coisa que descobri apenas este ano: se você ativa o Gmail numa conta Google, ele se torna o email padrão de todos os serviços que você utilizava, sem te dar direito de optar por outro.

Ativei o Gmail no começo deste ano apenas para poder falar com contatos que só existem em Gtalk (tem gente assim). Resultado: fiquei por semanas sem acompanhar as listas de email que costumava acompanhar e que estavam sob o Google Groups. Simplesmente porque o Google achou que deveria tornar aquele gmail que eu criava, o padrão para todas elas. Já desfiz a situação excluindo a conta, mas vejam que contratempo.

Tá, isso nem parece tão sério, então vamos ao Android. O Google tem agido de forma um tanto tirânica a seu respeito.

Primeiro, o Android não é Software Livre como o Google prega. Não existe isso de "é software livre, mas não vamos dar o código-fonte desta versão, quem sabe na próxima". Se eles querem agira assim, por que não lançaram um Androidium? A resposta é simples: o controle.

O Google usa o App Market para controlar os fabricantes de celulares. Se o fabricante tomar uma decisão da qual o Google não goste, os usuários daquele aparelho serão barrados ao tentar instalar um software a partir do App Market. Isso é justo? Estamos falando de um software que já domina mais de 50% dos mercados mundiais. E agora o Google comprou a Motorola e não sei até que ponto isso será positivo ou não.

Todos os celulares com Android estão autenticados no App Market. O Google retém informações sobre geolocalização com seu Sistema Operacional sem o usuário ser informado. Isso significa que eles, além de saberem que site você frequenta a partir das buscas, que contatos você tem a partir de emails e Orkuts, que anúncios você clica, o que seus amigos mandam para você por email... Podem saber onde você está em cada momento, seus hábitos também no mundo real, fora da "Matrix".

Você pode dizer "Besteira, é só desativar o App Market?" Claro, e ficar longe da quantidade absurda de softwares disponíveis lá (muitos só se encontram lá, não estando disponíveis para download nem mesmo no site de seus fabricantes), que são um dos maiores argumentos pró-Android.

Digamos que você decida ainda assim desativar o App Market. Ótimo, então não acione o bloqueio de tela por senha ou padrão. Se você fizer isso, vai funcionar muito bem até o dia em que alguém erre a senha ou padrão algumas vezes em sequência. Quando isso acontecer, seu aparelho vai ser bloqueado e só será desbloqueado com a senha da sua conta App Market que está configurada nele (qual?). E nem Hard Reset vai dar jeito.

E aí pergunto: o que eles querem afinal? Estamos confiando demais e botando informação demais nas mãos deles. Eles ajudaram a comunidade (e continuam ajudando), mas já faz um tempo que dão indícios de não levar seu lema tão a sério quando gostaríamos...

Special: 

Um Manifesto Pirata

Eles querem que acreditemos que não temos direitos, simplesmente porque não termos direitos é economicamente mais vantajoso para eles

Eles nos chamam de ladrões antes dos filmes, mas são eles que constroem seus impérios às custas do Domínio Público e esperneiam e compram deputados para evitar que o que eles criaram há décadas, em cima do Domínio Público, se torne também Domínio Público.

Eles investem fortunas em propaganda. Propaganda criada para que nos sintamos mal com o que somos hoje, com o que temos hoje. Feita para que tenhamos a ambição de ter o produto deles para assim nos satisfazermos e nos sentirmos plenos. Eles cobram valores muito altos, praticando lucros astronômicos, sobre seus produtos e chamam de ladrões aqueles de nós que são fracos e, por acreditarem nos comerciais que eles nos impõem e não terem poder econômico bastante, copiam seus produtos no desejo de se tornarem alguém.

Eles corrompem a Lei para que direitos que sempre tivemos deixem de existir, porque lhes dá lucro.

Eles mataram o direito à terra. Mataram o direito à água. Atacam desesperadamente os direitos de aprender e de conhecer. Pregam a censura, a censura ao que não lhes dá lucro. Estão matando o “uso justo” com seu “Copyright marombado”.

Eles querem um mundo de consumidores, mas eles criam a exclusão. Eles separam e depois atacam os mais fracos, mais economicamente fracos. Como um dragão de vários braços e pernas, desesperado para proteger seu precioso tesouro. O tesouro que sempre foi nosso, mas hoje ele chama de seu.

Eles precisam entender que oferendas em ouro a empresas de publicidade não criam verdades.

Precisam entender que mitos caem. Um dia disseram que a Terra era plana. Um dia disseram que a Terra é o centro do Universo. Hoje dizem que ideias são objetos. Mitos caem.

Eles precisam entender que não somos dois ou três. Precisam entender que eles, que são dois ou três, estão lutando contra bilhões. Enquanto existir bom senso e enquanto existirem pessoas que não estão massificadas o suficiente para acreditarem que esse mundo que eles tentam impor é uma evoluçáo ou, ao menos, algo aceitável. Enquanto existirem pessoas de bem e conscientes, não deixaremos as coisas irem por esse caminho.

Porque nós somos capazes de ver claramente os barbantes acima dos governos. E sabemos quem são os bonequeiros e porque eles estão ali.

Mitos caem. O mundo muda. E não são canudos, panfletos e charlatões boiando que vão parar o verdadeiro transatlântico da evolução.

-- Cárlisson Galdino

Special: 

A História dos Games

Eu acompanhei a guerra dos games de 8 bits. Naquele tempo eu comprava revistas de videogame e tudo o mais. Foi naquele tempo que passei a admirar muito a Nintendo. Os jogos dela sempre eram mais divertidos. Era interessante a luta contra a SEGA. Nos 8 bits, a Nintendo saiu na frente e, quando a SEGA chegou com seu Master System, o mercado já estava tomado. Sem saída, a SEGA acelerou o mundo dos consoles de 16 bits, lançando seu revolucionário Mega Drive (ou Genesis). A Nintendo aproveitou o tempo extra e acabou com a alegria da concorrente, lançando seu Super Nintendo Enterteinment System.

Quem está chegando agora pode estranhar. "SEGA? Como assim? Como é isso?" Havia apenas esses dois grandes fabricantes de videogames naquele tempo pós-Atari: SEGA e Nintendo. As duas brigaram nos consoles de 8 e 16 bits... E nos portáteis também. A SEGA tinha o seu Game Gear, colorido, para combater com o Gambe Boy, que era preto e branco. O Game Boy também ganhava. O mercado de games mudou mais, aproximando-se do que temos hoje, depois do SEGA-CD.

Sem ter como derrubar o Super Nintendo, a SEGA resolveu dar um plus ao seu Mega Drive. Elaborou e lançou o SEGA-CD, um equipamento que seria acoplado ao Mega Drive, aumentando seu poder de fogo e aceitando, além disso, jogos em formato de CD-ROM ao invés de cartucho. Uma jogada ousada, mas que aparentemente não deu tão certo assim. Talvez por ter ficado muito caro e tudo isso ser muito novo naquele tempo. Fato é que a Nintendo se preocupou e planejou criar um acessório similar para o seu Super Nintendo. Não quis fazer sozinha, desta vez. Ela foi atrás de quem mais entendia de tecnologia de CD na época. Ela procurou a Sony.

Quando o acessório estava pronto, por não entrar em acordo com a divisão de lucros proposta, a Nintendo simplesmente desistiu e procurou a Philips. Também não deu certo e com o tempo a Nintendo parece ter chegado à conclusão de que CDs não eram divertidos, pois acrescentavam um irritante tempo de leitura. Cartuchos não tinham aquele "Loading...". Tanto é que o próximo console da Nintendo - o Nintendo 64 - funcionaria a base de cartuchos.

A Sony não quis jogar todo o esforço fora. Já tinham trabalhado muito naquilo e sabiam que o que tinham nas mãos era muito bom. Então o modificaram para que funcionasse de maneira independente, como um console. Assim nasceu o Playstation.

A Sony veio e foi tomando aos poucos todo o mercado de games, até o Playstation 2. A SEGA continuou tentando mais umas rodadas, até que praticamente sumiu do mundo dos consoles (embora ainda crie jogos), enquanto a Nintendo reduziu sua influência a números bastante discretos, por vários anos. Até voltar de Wii e Nintendo DS, mas este é assunto para um post futuro... :-)

Atualização: incorporando observações de Elio Gavlinski.

Special: 

Os Elfos de Golden T-Rex

Eu já fui um criador de mundos. Mundos para jogar RPG, para escrever histórias... Estava vasculhando aqui anotações sobre um deles: Den-Rex. É um mundo dividido em dois continentes que não se conhecem mutuamente: Galdenturex e Golden T-Rex. Cada um totalmente diferente do outro, até mesmo as formas de vida são distintas.

Galdenturex é um mundo desértico completo. Não há humanos, só duas espécies exóticas que jogadores poderiam escolher, sendo uma de hábitos noturnos e outra de hábitos diurnos. Um mundo de dragões marrons, dragões sem asa, que não são capazes de voar, mas que se movimentam sorrateiramente entre as dunas do lugar.

Golden T-Rex é um lugar mais convencional, que tem esse nome devido à estátua de um dragão marrom no centro do continente. Há três espécies disponíveis para personagens de jogador: humanos, elfos e kiftols, sendo esses últimos um tipo de morcego humanoide, cego, que "enxerga" através de sonar.

Bom, eu vasculhei esse cenário porque queria contar pra vocês a história dos deuses de Den-Rex. É um panteão bem grande e interessante. Cada deus tem um nome em Esperanto.

No fim, terminei mudando de ideia ao me deparar com os elfos de Golden T-Rex e me lembrar de como eles são. Da explicação para eles enxergarem no escuro.

Sabemos que o olho humano tem três tipos de sensores para nos permitirem enxergar, um para cada cor básica: vermelho, verde e azul. Tanto é que o dautonismo nada mais é do que a ausência de um ou mais desses tipos de sensores. O elfo de Golden T-Rex é incapaz de diferenciar tons de azul, por si. Seus fotossensores são para Infravermelho, vermelho e verde. Desta forma, enquanto os humanos diferenciam muito bem tons de verde (melhor do que das outras duas cores), elfos diferenciam muito bem tons de vermelho. Agora vem a diferença principal: por conta desta estrutura em seus olhos, eles enxergam um mundo completamente diferente do que os humanos enxergam.

As cores são outras, eles dão outros nomes. Inclusive a cor varia com a temperatura. A beleza dos olhos dos elfos não está apenas em enxergar no escuro, mas em ver mais cores e no fato de essas cores serem dinâmicas. Objetos não têm cor definida, têm faixa de cor, variando dentro dessa faixa conforme a temperatura. Eles veem a calçada mudar de cor no decorrer do dia. Já imaginou o que é isso? O que seria ver um por de sol, a beleza das cores mudando servindo apenas para reforçar ao elfo o quanto o mundo ao seu redor é perecível, mutável, enquanto só ele próprio é que não muda. Afinal, elfos podem viver através de séculos. Desnecessariamente, para o cenário, eu terminei limitando o alcance de sua visão a seis metros. Muito pouco e, como disse, desnecessário ser assim.

De qualquer forma, os elfos de Golden T-Rex estão entre as minhas criações que dão saudades às vezes (e não tenho ainda nenhum conto ambientado nesse continente)...

Special: 

Carta aberta a mães e pais

O incidente em Realengo leva a sociedade a pensar a respeito sobre a violência, sobre um novo desarmamento, dentre outros assuntos.

Esta carta aberta eu vi no Trezentos e resolvi compartilhar com vocês por tratar de um tema tão importante (e sobre o qual tenho alguns cordéis inéditos a publicar, fruto de uma oficina para cordelistas promovida ano passado pela ONU). Vamos à carta:

Que futuro terão nossos filhos?

Aproveitamos o sentimento de indignação e tristeza que nos abalou nos últimos dias para convoca-los para uma mobilização pelo futuro das nossas crianças. A tragédia absurda ocorrida na escola em Realengo (Rio de Janeiro) é resultado de uma estrutura complexa que tem regido nossa vida em sociedade. O problema vai muito além de um sujeito qualquer decidir invadir uma escola e atirar em crianças. Armas não nascem em árvores.

A coisa está feia: choramos por essas crianças, mas não podemos nos deixar abater pelo medo, nem nos submeter aos valores deturpados que têm regido nossa sociedade propiciando esse tipo de crime. Não vamos apenas chorar e reclamar: vamos assumir nossa responsabilidade, refletir, trocar ideias e compartilhar planos de ação por um futuro melhor. Então, mães e pais, como realizar uma revolução que seja capaz de mudar esses valores sociais inadequados?

Vamos agir, fazer barulho, promover mudanças! Acreditamos na mudança a longo prazo. Precisamos começar a investir nas novas gerações: a esperança está na infância. Vamos fazer nossa parte: ensinar nossos filhos pra que façam a deles.

Se desejamos alcançar uma paz real no mundo,

temos de começar pelas crianças. Gandhi

O que estamos fazendo com a infância de nossas crianças?

Com frequência pais e mães passam o dia longe dos filhos porque precisam trabalhar para manter a dinâmica do consumo desenfreado. Terceirizam os cuidados e a educação deles a pessoas cujos valores pessoais pensam conhecer e que não são os valores familiares. Acabamos dedicando pouco tempo de qualidade, quando eles mais precisam da convivência familiar. Assim, como é possível orientar, entender, detectar e reverter tanta influência externa a que estão expostos na nossa longa ausência? Estamos educando ou estamos nos enganando?

O que vemos hoje são crianças massacradas e hiperestimuladas a serem adultos competitivos desde a pré-escola. Estão constantemente expostos à padronização, competição, preconceito, discriminação, humilhação, bullying, violência, erotização precoce, consumo desenfreado, culto ao corpo, etc.

O estímulo ao consumo desenfreado é uma das maiores causas da insatisfação compulsiva de nossa sociedade e de tantos casos de depressão e episódios de violência. Daí o desejo de consumo ser a maior causa de crime entre jovens. O ter superou o ser. Isso porque a aparência é mais importante do que o caráter. Precisamos ensinar nossos filhos que a felicidade não está no que possuímos, mas no que somos. Afinal, somos o exemplo e eles repetem tudo o que fazemos e o modo como nos comportamos. E o que ensinamos a nossos filhos sobre o consumo? Como nos comportamos como consumidores? Onde levamos nossos filhos para passear com mais frequência? Em shoppings?

Quanto tempo nossos filhos passam na frente da TV? 10 desenhos por dia são 5 horas em frente à TV sentados, sem se movimentar, sem se exercitar, sendo bombardeados por mensagens nem sempre educativas e por publicidade mentirosa que incentiva o consumo desde cedo, inclusive de alimentos nada saudáveis. Mais tempo do que passam na escola ou mesmo conosco que somos seus pais!

Porque os brinquedos voltados para os meninos são geralmente incentivadores do comportamento violento como armas, guerras, monstros, luta? A masculinidade devia ser representada pela violência? Será que isso não contribui para a banalização da violência desde a infância? Quando o atirador entrou na escola com armas em punho, as crianças acharam que ele estava brincando.

Nós cidadãos precisamos apoiar ações em que acreditamos e cobrar do Estado sua implementação, como o controle de armas, segurança nas escolas, mudança na legislação penal, etc. Mas acima de qualquer coisa precisamos de pessoas melhores. Isso inclui educação formal e apoio emocional desde a infância. É hora de pensar nos filhos que queremos deixar para o mundo, para que eles possam começar a vida fazendo seu melhor. Criança precisa brincar para se desenvolver de forma sadia. É na brincadeira que elas se descobrem como indivíduos e aprendem a se relacionar com o mundo.

Nós pais precisamos dedicar mais tempo de convivência com nossos filhos e estar atentos aos sinais que mostram se estão indo bem ou não. Colocamos os filhos no mundo e somos responsáveis por eles! Eles precisam se sentir amados e amparados. Vamos orientá-los para que eles sejam médicos por amor não por status, que sejam políticos para melhorar a sociedade não por poder, funcionários públicos por competência e não pela estabilidade, juízes justos, advogados e jornalistas comprometidos com a verdade e a ética, enfim!

Precisamos cobrar mais responsabilidade das escolas que precisam se preocupar mais em educar de verdade e para um futuro de paz. Chega de escolas que tratam alunos como clientes.

Não temos mais tempo a perder. Ou todos nós, cedo ou tarde, faremos parte da estatística da violência. Convidamos todos a começar hoje. Sabemos que não é fácil. E alguma coisa nessa vida é? Vamos olhar com mais atenção para nossos filhos, vamos ser pais mais presentes, vamos cobrar mais da sociedade que nos ajude a preparar crianças melhores para um mundo melhor!

Nossa proposta aqui é de união e ação para promover uma verdadeira mudança social. A mudança do medo para o AMOR, do individualismo para a FRATERNIDADE e para a EMPATIA, da violência para a GENTILEZA e a PAZ.

Ana Cláudia Bessa www.futurodopresente.com.br

Cristiane Iannacconi www.ciclicca.blogspot.com

Letícia Dawahri http://sorrisosdaalma.blogspot.com

Monique Futscher www.mimirabolantes.blogspot.com

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Um turbulento abril para o Software Livre em Desktops

Apesar de ser natural e desejável que se evolua, às vezes a evolução é drástica demais e às vezes certos grupos só a pioram ao invés de ajudarem a suavizar as mudanças. Sim, estou falando do turbulento mês de abril para o Software Livre em desktops.

Este é o período em que sai o revolucionário GNOME 3 (já saiu último dia 6) e sairá o Ubuntu 11.04, primeira versão após a polêmica decisão de substituir o GNOME pelo Unity em sua edição desktop.

Primeiro, que eles estão inteiramente no direito deles. A gente sabe da antiga história de diferenças conceituais na cabeça da Canonical e no HIG (Human Interface Guidelines) do GNOME. Também o GNOME deve muito do seu sucesso atual à Canonical. Foi a Canonical que apostou no GNOME 2 quando todos já tinham ido para o KDE. Então, nem se pode reclamar tanto.

Agora, quanto às mudanças. O GNOME 3 é revolucionário em muitos pontos. Todo o conceito de desktop foi remodelado. Não há mais os menus no topo e sim paineis de aplicativos no fundo da área de trabalho, como se fossem um desklet. Há uma barra de acesso rápido a aplicações no lado esquerdo, que lembra os docks da Apple. Não há mais botões de maximizar e minimizar, só fechar, e a gestão de áreas de trabalho é dinâmica. Os aplicativos estão também mais integrados ao ambiente. Isso dentre muitas outras mudanças, que trarão dificuldades de início para os usuários, mas na promessa de melhorar sua experiência com computadores, diminuindo a distração, facilitando o acesso aos recursos e aplicativos, etc, etc, etc.

Resumindo, é uma nova fase, uma fase delicada em que os usuários terão que reaprender, afinal o GNOME 3 é bem diferente de tudo. Justo nessa fase difícil, a Canonical vem com uma alternativa ao GNOME, o seu Unity, que foi criado inicialmente para netbooks e agora é o ambiente desktop oficial do Ubuntu.

O Unity é muito parecido com o GNOME 3 em alguns pontos. Tem uma barra de docks no canto esquerdo da tela, por exemplo, e também trocou os menus por menus desklets-like. Porém, tem algumas mudanças outras. Os três botões (minimizar, maximizar e fechar) continuam no canto esquerdo da tela. E uma mudança que aproxima ainda mais o Ubuntu do MacOS: a barra de menu das aplicações acaba de voar para fora da janela onde nós - os que não somos usuários da Apple - estamos acostumados a vê-la: para o topo da tela.

Não dá pra negar que o GNOME tá com um visual bem atraente, mantendo a simplicidade, mas muito bonito. O Unity mantém o estilo do Ubuntu, acrescentando o colorido dos ícones laterais. No fim, cada um tem o direito de fazer as mudanças conforme acredite ser o caminho certo, mas, sinceramente, fico pensando nas consequências disso tudo.

Como ficam os usuários, tendo que se adaptar à força? Eles se verão obrigados a mudar o conceito para continuarem no Ubuntu de que aprenderam a gostar, agora no Unity, sem terem um porto seguro para onde voltar, caso não se adaptem, já que o GNOME também não será o que eles conheceram.

E como ficamos nós, militantes e divulgadores de Software Livre, que a muito custo conseguimos mostrar a algumas pessoas que valia a pena migrar para Ubuntu? Com que cara vamos dizer a eles: “Olha, o Ubuntu agora está com um ambiente diferente! Totalmente diferente, mas está melhor! Mais parecido com o MacOS!”? (como quem imitar os outros é algo que engrandece) Ou quando nos falarem empolgados sobre o Ubuntu, diremos: “Ah, esqueça! O Ubuntu traiu o GNOME e inventou uma parada só deles. Você tem que conhecer agora é a distro GXYZ, que continua trazendo o GNOME” (...e o usuário vai lá e vê que esse GNOME é algo totalmente diferente do Ubuntu que ele conheceu).

Talvez esta seja uma grande oportunidade para os outros desktops crescerem. Temos o Enlightenment, que finalmente chegou à versão 1.0. Por seu visual refinado, com uma melhorazinha pode se tornar um desktop realmente cativante para os usuários todos. Ou o XFCE, que será para os usuários muito mais parecido com o GNOME do que o novo GNOME, além de mais leve. Seria a vez dele se firmar mais, aumentando sua fatia no mercado? Ou seria o momento de apoiar o velho rival, o sólido e firme KDE?

Sinceramente, não sei ainda que posicionamento tomar sobre essa polêmica toda. Espero, cá no meu canto, esse turbulento abril passar para enfim decidir de que lado vou ficar nessa zona toda. (e acho que tá quase todo mundo assim também)

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