software livre

Ohloh, Métricas de Projetos Livres

Ohloh é um sistema que mapeia softwares livres e mantém métricas interessantes a respeito.

Coisas como número de desenvolvedores ativos, valor do software e alguns gráficos de contribuição. Também permite comparar projetos.

Muito boa a idéia!

Sei que vai ter gente achando que é invenção minha ou que é plágio, mas eu tava pensando em fazer um Freshmeat brasileiro há um bom tempo, que se chamaria Ahó-Ahó. Coincidência interessante...

De acordo com The Cauldron Brasil, Ahó Ahó - Era um grande animal de pêlo farto e veludoso. Algumas vezes como uma ovelha, outras como um urso. Persegue e devora indivíduos que se perdiam nas florestas. Escapavam apenas os que subiam a uma palmeira, por ser esta a árvore sagrada do Calvário. Se, entretanto, subisse em qualquer outra árvore o Ahó Ahó cavava junto às raízes até derrubar o vegetal; quando esta batia ao chão ele devorava a vítima. E é um nome divertido! :-D

Apesar da semelhança nos nomes, as idéias são bem distintas. O Ahó-Ahó seria um catálogo de projetos de software, grupos de usuários, blogs, etc, relacionados a Software Livre, feito sob o guarda-sol da Web 2.0. Com algumas idéias interessantes também. Mas está cada vez mais difícil que a idéia vingue... :-(

Special: 

Boizada à Solta

Depois do Júlio Neves falar " tem muito boi querendo se passar por gnu", depois de o Stallman falar sobre traidores ameaçando o Software Livre no Brasil, depois do mau explicado caso do Dual Boot no Computador para Todos, o mais novo indício de possíveis forças estranhas conspiratórias envolve o conceituado BR-Linux.

Em seu Editorial Micareta: cuidado com os lobos em pele de cordeiro querendo dividir para conquistar, brain relata como recebeu uma notícia convocando a comunidade para um boicote e como o e-mail utilizado para isso era um e-mail falso. Curiosamente, ele soube por um amigo de Brasília de rumores envolvendo uma tentativa de boicote ao BR-Linux.

Parabenizo brain pela transparência com que trata de certos assuntos espinhosos - como este. Precisamos ficar atentos! O Movimento pelo Software Livre não é uma massa desgovernada (os atritos que por vezes ocorrem confrontando distribuições ou ideais de mercado X da sociedade são exemplos disso). Acho difícil tentativas desse tipo surtirem efeito. De qualquer forma, fica o aviso: muito cuidado que os bois estão à solta!

Estão Sabotando o Computador para Todos

O projeto Computador para Todos foi lançado pelo Governo Federal como um projeto de Inclusão Digital que tenta facilitar a aquisição de computadores por famílias de baixa renda.

O projeto inicial exige - por méritos - uso de GNU/Linux, ainda assim seguindo alguns critérios. Agora, a proposta de dual boot pode levar tudo a perder.

Computador para Todos

O projeto foi pensado de modo a definir hardware, software e serviços mínimos para o fabricante que desejar fazer parte do projeto.

Assim, há toda uma definição de hardware mínimo e de conjuntos de software não por marca, mas por categorias (ver adiante). Também é necessário que a empresa ofereça suporte em português para o software em questão.

A vantagem do Computador para Todos envolve redução de impostos e concessão de financiamento. Uma outra restrição para o projeto é que o computador deve ser vendido a até R$ 1.400,00.

Por que GNU/Linux

Ficou definido pelo ITI que o Computador para Todos deveria apresentar software das seguintes categorias:

  • Sistema Operacional;
  • Editor de texto;
  • Planilha eletrônica;
  • Ferramenta de presentação;
  • Navegador Web;
  • Anti-vírus;
  • Firewall pessoal;
  • Cliente e-mail;
  • Compactador/descompactador;
  • Gerenciador de download;
  • Gerenciador de FTP;
  • Atualização automática;
  • Assinador de certificados;
  • Discador;
  • Visualizador de imagens;
  • Leitor de arquivos PDF;
  • Calculadora;
  • Cliente-chat;
  • Mensageiro instantâneo;
  • Video-conferência;
  • Reprodutor multimídia;
  • Jogos;
  • Editor de áudio;
  • Editor de imagem;
  • Editor de desenho;
  • Editor de HTML;
  • Gravador de CD.

Não é difícil ver que tal conjunto de programas sendo obtido como software proprietário encareceria demais o produto (só o conjunto de software ultrapassaria - e muito - o teto de R$ 1.400,00).

Foi por isso que distribuições GNU/Linux entraram no projeto e a Microsoft não. Porque conseguiram atender perfeitamente aos requisitos a um custo acessível para os fabricantes de computadores (que contratam distribuições GNU/Linux em estilo OEM). Mesmo incluindo suporte, foi possível entrarn no projeto. E as ferramentas têm sim qualidade. O OpenOffice/BrOffice é um dos exemplos de ótimas ferramentas distribuídas como Software Livre.

Além desse aspecto técnico, temos um outro ponto. Considere que:

  • a Microsoft detém alguns monopólios de mercado (é até ilegal isso, mas detém): Sistema Operacional, Suíte de Escritório...
  • o lucro do Windows para a Microsoft é de cerca de 85%, um valor absurdo fruto do monopólio;
  • todos esses benefícios do Governo Federal não vêm de graça. Têm um custo para nós: é nosso dinheiro.

Então, vale a pena tirar impostos de uma empresa que detém monopólio do mercado e 85% do valor obtido vai para realimentar esse ciclo de dependência?

Com GNU/Linux, várias empresas podem oferecer o conjunto de aplicativos e o suporte a um preço justo. Além disso, não nos tornamos dependentes de tais empresas. Se por acaso a empresa que faz a distribuição que você usa chegar a falir, qualquer empresa do ramo terá condições técnicas e legais para prestar serviço equivalente.

Diga-se de passagem: o fato de o computador vir com GNU/Linux não impede o comprador de pagar por uma licença de Windows e instalá-la, caso seja sua vontade.

E assim, o Computador para todos se tornou realidade.

Pirataria

Segundo pesquisa divulgada pela Positivo, 75% dos compradores de computador pelo projeto Computador para todos instalam Windows em até 3 meses.

Essa pesquisa curiosamente confirma o que o mercado achava que iria acontecer e não traz muita informação a respeito (pelo menos, eu não vi).

Mas deixemos isso de lado e perguntemos: "Ah, tá, computador com GNU/Linux o pessoal instala software pirata por cima, mas até que ponto isso não acontece com Windows?"

Pergunto isso por uma razão simples: muitos computadores têm vindo com uma versão altamente limitada do Windows, que permite apenas 3 janelas abertas de um mesmo programa e apenas 3 programas abertos ao mesmo tempo, dentre outras limitações. Quantos compradores instalam um Windows sem limitação, mas ilegal, no lugar desse? E quantos instalam um MS Office irregular? De quem é a culpa nesse caso? De os computadores não já virem todos com Windows completo e Office?

O problema da cópia ilegal é a cultura que impera hoje. As pessoas não acham suficientemente errado copiar um software a ponto de se privarem de seu uso. Mas claro! Uma mudança de GNU/Linux para Windows é bem mais explícita que uma de Windows Starter para Professional! Então, que se apontem os indicadores para o pinguím!

No caso do Computador para todos, faltou treinamento dos vendedores. Em uma loja aqui em Maceió, o vendedor sequer sabia o que era "o Linux" que vinha, o que oferecia exatamente e que havia suporte incluído. Isso somado à cultura da ilegalidade termina gerando frases de vendedor do tipo "Você compra e depois instala o Windows por cima, de graça".

Esses pontos os fabricantes não querem perceber, pois não lhes trazem vantagens...

O Golpe do Dual Boot

Veja bem: o Computador para Todos é um aparelho informático completo com tudo o que é necessário para usos comuns de um computador: ferramentas de escritório, suporte a impressora, navegador web... Tudo perfeitamente configurado para funcionar naquela máquina, atendendo ao requisito de aplicativos que é estabelecido.

Agora os fabricantes estão querendo fornecer computadores do projeto com Windows instalado adicionalmente, um golpe trapaceiro sem limites. Por quê?

  1. Um sistema desnecessário para o funcionamento do computador, já que viria como uma alternativa pré-instalada ao GNU/Linux. Mais, com um custo adicional para isso;
  2. Não precisariam se preocupar em atender aos requisitos técnicos quanto a softwares necessários para Windows, pois aqueles softwares já estão no GNU/Linux. Ou seja, uma trapaça pra colocar o Windows irregular (sem os softwares necessários) pegando carona no Linux.
  3. O Computador para Todos não é um projeto visando os fabricantes, mas um projeto de Inclusão Digital. E Inclusão Digital não se faz com Software Proprietário por uma série de razões (procurem a respeito, se não acharem textos digam que eu escrevo um outro artigo tratando disso).

O Serpro já se posicionou sobre a irregularidade que é o dual boot no Computador para Todos, mas infelizmente o Ministério da Ciência e Tecnologia disse que é regular porque a portaria não fala explicitamente de dual boot.

Mas eles estão infringindo explicitamente a Portaria ao colocar dual boot sim! Conforme apontado por Alexandre Oliva na lista PSL-Brasil, a Portaria restringe sim a Software Livre:

a) REQUISITOS MÍNIMOS PARA TODOS OS PROGRAMAS DE COMPUTADOR:
[...]
a.8) Software livre de código aberto com permissão de uso, estudo, alteração, e execução e distribuição;
a.9) Os aplicativos não poderão ser versões de demonstração e nem possuir restrições de funcionalidades, artificialmente implantadas.

Mais a respeito

eyeOS - Seu Sistema Operacional na Web

Quem nunca ouviu falar que um dia as aplicações todas de que precisamos estariam na Web? As coisas foram acontecendo e hoje temos webmail pra todo lado. E começam a ganhar força, formando a Web 2.0, aplicações mais e mais interativas. São editores de texto online, planilhas eletrônicas... E agora o próprio Sistema Operacional.

A bem da verdade, não seria exatamente o Sistema Operacional, mas sim o Ambiente de Trabalho, ou Desktop. Ainda assim, a idéia é muito interessante. Falo do EyeOS, que chegou à sua versão 0.9.

O site do serviço do eyeOS nos permite conhecer o sistema bem. Recomendo testes. É bem interessante e já tem algumas aplicações prontas.

Editor de textos ricos, com suporte a formatação e tabelas:

Navegador web (estranho isso de um navegador dentro do outro, mas tudo bem):

Até um leitor de notícias RSS já tem. Note que o eyeOS suport temas:

E há bem mais aplicativos além destes. Jogos, agenda, lista telefônica... E cada usuário pode escolher quais aplicativos quer ver na barra de ícones de forma bem simples:

Qual a utilidade de um sistema desses? Imagine uma empresa com 100 máquinas que trabalha basicamente com edição de texto e navegação web. Você instala o sistema em um servidor possante, cadastra todo mundo e libera acesso:

  • os arquivos ficam centralizados, e cada funcionário pode acessar seus arquivos de qualquer máquina;
  • os sistemas ficam centralizados e quando houver atualização, basta aplicá-la em um local;
  • novos sistemas podem ser criados e disponibilizados automaticamente em toda a empresa;
  • cada máquina precisa apenas de uma instalação GNU/Linux (pode ser Windows, mas se tudo que é importante estará na Web, pra que usar um sistema menos confiável?) com apenas modo gráfico e o firefox abrindo automaticamente (é, não precisa nem de gerenciador de janelas).

Realmente gostei da idéia. O projeto apresenta algumas pequenas imperfeições, mas já parece muito bom. Aguardemos os próximos capítulos.

Opiniões de um Gnú Chato sobre o Xiitismo Linuxista

O tempo passou e o GNU/Linux continua sendo chamado só de Linux... Mas evoluiu bastante! E está brigando pelo Desktop também. O problema é que para essa briga há um número muito grande de pessoas que ouvem falar do negócio. E o efeito telefone sem fio termina por distorcer, truncar ou anexar informações a respeito dos conceitos de Software Livre, GNU/Linux e etc.

Vi ontem um post do Monthiel sobre uma análise do Ubuntu pelo 1/2 Bit. O problema? O título: Não! a divulgação negativa. Isso não seria censura?

Hoje vejo no Contraditorium, do Cardoso, um post em defesa da Bia, Garota Sem Fio. Uma defesa mais do que justa, pelo que consta, mas um tanto generalizada.

Tá bem, pára tudo! Vamos por partes! Tem muita coisa mal compreendida nessa história toda.

Conceitos e Definições

Primeiro, os termos.

Linux é um Núcleo de um Sistema Operacional tipo Unix. É quem se comunica com os dispositivos internamentes. Não é o Sistema Operacional. É um Software Livre.

GNU é um Sistema Operacional mínimo Unix, sem núcleo. Combina-se com o Linux quase sempre, gerando o Sistema Operacional GNU/Linux, mas pode se combinar com um núcleo chamado Hurd ou mesmo o núcleo do BSD (gerando o GNU/Hurd e o GNU/kBSD, respectivamente). Note que não se incluem interface gráfica e outros softwares na definição do Projeto GNU, mas eles podem ser utilizados e distribuídos junto com o GNU/Linux (ou GNU/outro-núcleo).

Software Livre é um pouco mais complexo. Vamos lá... Pode se referir ao programa de computador que dá certos direitos a todos os usuários. Ou pode se referir ao Movimento pelo Software Livre, do qual tratarei mais adiante.

Open Source pode ser um semi-sinônimo de Software Livre ao se referir ao programa de computador, mas pode ser também o Movimento direcionado a empresas, que foi criado a partir do Movimento pelo Software Livre, ignorando sua carga ideológica e ressaltando seus valores práticos na tentativa de despertar interesse no Mercado.

Devido à grande semelhança entre Software Livre e Open source quando software e diferença quando ideologias, é preferível hoje - embora ainda pouco praticado - o uso de termos como FLOSS (Free/Libre/Open-Source Software) ou FOSS para se referir ao programa de computador que, coitado, pouco tem a ver com as disputas entre os dois movimentos. Se todos fizermos isso, os termos "Software Livre" e "Open Source" sobrarão para os Movimentos propriamente, evitando-se confusões.

Conhecimento Livre

Os ideais do Software Livre têm a ver com Liberdade do Conhecimento, não "liberdade individual completa". Isso é um tanto confuso, é verdade. Por isso, pararei um pouco para um exemplo simples:

João é livre. José é livre. Juliana é livre. José vê os dois e mata ambos por ciúmes de Juliana. Ele é livre para fazer isso?

Não, não é. Por quê? Em um ambiente 100% livre ele poderia fazer isso, oras! Mas ninguém em sã consciência prega um ambiente 100% livre. A nossa liberdade individual deve ser limitada em função do "Bem Social", em favorecimento da "Humanidade" como um todo. É como aquele velho ditado popular: "Nossa liberdade termina onde começa a do próximo".

"Legal, mas o que isso tem a ver com Software Livre?" Software Livre é um Movimento que tem "sã consciência" e, assim sendo, não prega nossa liberdade completa no âmbito de que trata, restringindo-a em nome da nossa Liberdade Coletiva.

"Como?!" Software Livre é liberdade para o Conhecimento. Liberdade nossa total é Domínio Público. Por que a diferença? Bem, as duas liberdades se chocam em um momento: quando alguém tenta exercer sua liberdade individual para privar os outros de direitos sobre aquele conhecimento.

Para o Movimento pelo Software Livre, software é conhecimento e, como o tal, deve estar disponível para toda a Humanidade, para que todos possamos nos beneficiar dele. Mais que uma opção interessante, o Software Livre é o software ético. E isso não é uma decisão arbitrária. Nós o consideramos assim porque ele zela pela disponibilidade do conhecimento para que assim a Humanidade possa evoluir.

Estas são as bases do Software Livre. E não me falem de comercial... Software Livre pode muito bem ser utilizado para gerar receita, só muda a fórmula. Mas isso é outra história. O importante é que Software Livre se refere à acessibilidade do Conhecimento por qualquer de seus usuários, não nossa liberdade irrestrita.

Comunidade

A Comunidade do Software Livre é heterogênea, como é comum em comunidades extensas. Aqui nós temos diversas categorias de indivíduos, desde usuários até desenvolvedores de Softwares Livres.

Uma categoria que tem se destacado - mais pelo tipo de seus atos que pela quantidade - são os chamados "radicais livres". Porém, radicais não no sentido de "seguir o movimento muito à linha" e sim no sentido de "querer impor seu ponto de vista a todos, de forma intransigente e mal-educada em muitas ocasiões". Estes em geral são levados por entusiasmos e não são raras as vezes em que seus argumentos "não batem".

Muitos me considerariam radical, mas creio que não neste sentido e sim por seguir à risca nossa Ideologia. Aproveito a ocasião para, em nome de minha casta, me separar dos ditos xiitas. Chamem-nos - esse tido de radical que é idealista e educado - de Gnús Chatos! Que tal?

Já escrevi muito até aqui, mas meu objetivo era deixar claras as motivações ideológicas dos Gnús Chatos e mostrar que, algumas vezes apenas, os xiitas têm razão em seus argumentos (e na maioria delas estão equivocados).

Ainda que tenham razão em seus argumentos, como Gnú Chato considero importante:

  • explicar educadamente aquilo em que acreditamos, os conceitos, sempre que notarmos má compreenção;
  • tratar bem os usuários novatos, tirando suas dúvidas quando não-triviais e possíveis, e indicando documentação adequada e dicas de como conseguir informações de que precisa sem depender de ninguém. Claro, sempre de maneira educada. Nada de RTFM ou coisas do tipo. Listas de discussão e fóruns não fazem parte do dia-a-dia dos leigos e a Netiqueta infelizmente não é conhecida. Puní-los por isso soa muito mal.

Em suma é isso. Posso falar por mim e por alguns poucos que conheço, mas creio que este quadro retrate com certa aproximação o perfil Gnú Chato, que seriam os verdadeiros idealistas, não os xiitas que se revoltam quando um Software Livre não é gratuito ou com uma crítica negativa qualquer.

Parabéns ao 1/2 Bit e à Bia por suas análises, mesmo apontando erros. Não temam xiitas. Qualquer participante de projeto livre sabe muito bem que não dá pra corrigir um erro quando ele não é conhecido.

Cordel do Software Livre

Cordel do Software Livre

Caro amigo que acompanha
Essas linhas que ora escrevo
Sobre um assunto importante
Que até pode causar medo
Mas não é tão complicado
Você vai ficar espantado
Não ter entendido mais cedo

Aqui falo de uma luta
Da mais justa que se viu
Por democratização
Nesse espaço tão hostil
Que é dos computadores
Falo dos novos valores
Que estão tomando o Brasil

Apresento um movimento
De uma luta deste instante
Que mexe com muita gente
Por isso não se espante
Se noutro canto encontrar
Alguém a disso falar
Mal e de modo alarmante

Faço apelo à Inteligência
Se encontrar quem diga: "é não!"
Não tome nem um, nem outro
Por verdadeira versão
Leia os dois, mas com cautela
Que a verdade pura e bela
Surgirá à sua visão

Pois eu trago nesses versos
Quem buscar pode encontrar
A verdade, puros fatos
Que podem se sustentar
Já é dito em muitos cantos
Mas como já falei tanto
Vamos logo começar

Computador e internet
Vivem no nosso Presente
Mesmo sendo tão ligados
Cada um é diferente
Mas toda coisa criada
Não serviria pra nada
Se não fosse para gente

Como uma calculadora
Um bocado mais sabida
Nasceu o computador
Pra fazer conta e medida
Mas foi se modernizando
Seu poder acrescentando
E o "programa" ganhou vida

O computador não pensa
Precisa alguém dizer
O "programa" é o passo-a-passo
Diz como é pra fazer
Cada passo do roteiro
O computador, ligeiro
Faz logo acontecer

Cada programa é escrito
Por um sábio escritor
Que escreve o passo-a-passo
Como quem está a compor
E escreve totalmente
Como só ele entende
Esse é o programador

O programa assim escrito
Nessa forma diferente
Não é logo percebido
Pela máquina da gente
Um tal de "compilador"
Traduz pro computador
Numa versão que ele entende

E é assim que um programa
Tem duas formas sagradas
Uma pro programador
Outra que à máquina agrada
Sempre que alguém solicita
É a primeira que se edita
E a segunda é recriada

Isso parece confuso
Mas não é confuso não!
É como ter um projeto
Pra ter a realização
É como a gente precisa
Tela pra pintar camisa
Como planta e construção

A primeira forma tida
"Código-fonte" se chama
E o programador entende
Essa forma do programa
Mas só é aproveitável
Só no modo "executável"
Computador não reclama

Para o programador
O código é usado
Para o computador
O programa é transformado
O "executável" é feito
Traduzindo, e desse jeito
Temos o segundo estado

E por muito tempo foi
Que todo programador
Toda vez que precisava
De algo que outro já criou
Esse outro prontamente
Passava logo pra frente
O programa salvador

O código aproveitado
Poupava trabalho e tempo
O amigo aproveitava
E se estava falho e lento
O programa original
Era mudado, e afinal
Funcionava como o vento

E o programador primeiro
Como forma de "Obrigado!"
Recebia essa versão
Corrigida do outro lado
Graças ao que foi cedido
Com a mudança de um amigo
Dois programas, melhorados

Veja, amigo leitor
Como tudo funcionava
Por que ter que criar de novo
Se isso feito já estava?
Em uma grande amizade
Viveu tal comunidade
Enquanto a Vida deixava

O mundo programador
Nessa vida se seguia
Mas tudo se complicou
Quando em um certo dia
Um programador brigão
Quis arrumar confusão
"Copiar não mais podia"

Esse tal programador
Uma empresa havia criado
Queria vender caixinhas
Com um programa lacrado
Cada caixa adorável
Apenas o executável
Trazia ali guardado

E o pior é que a caixinha
Não dava nem permissão
De instalar em outro canto
O programa em questão
Mesmo pagando a quantia
A caixinha só servia
Para uma instalação

Assim veja, meu amigo
Cada programa comprado
Não traz código consigo
Só o que será executado
Não dá mais para alterar
Nem mexer, nem estudar
Esse programa comprado

Veja bem que, além disso
Apresenta restrição
O programa não permite
Uma outra instalação
"Se há outro computador,
Outra caixa, por favor"
É o que eles lhe dirão

Desse jeito que tem sido
Nesse mundo digital
Os programas mais famosos
Funcionam tal e qual
Agora lhe foi mostrado
São os "programas fechados"
Como Windows, Word ou Draw

Outra coisa que acontece
Com os programas fechados
É que quem for fazer outro
Terá todo o retrabalho
Haja quinhentos já feitos
Fará de novo, que jeito?
Pois o código é negado

E quem já tem algo pronto
Mais e mais se fortalece
Quem começa hoje sem nada
Não tem chance e já padece
Com poucos fortes então
Há bem pouca inovação
Só o monopólio cresce

Foi desse jeito que um mundo
Tão saudável e integrado
Foi trocado por um outro
Egoísta e isolado
Que lucra um absurdo
E esmaga quase tudo
Que se oponha a seu reinado

Todos estávamos tristes
Com nosso triste Presente
Um mundo de egoísmo
Era esperado, somente
Um mundo de ferro e açoite
Mas depois da fria noite
O Sol nasceu novamente

Contra esse mundo cruel
Que tudo quer acabar
Pra dinheiro a qualquer preço
Fazer tudo pra ganhar
Apareceu boa alma
Era o Richard Stallman
Que vinha tudo mudar

Aos poucos foi se formando
Uma grande multidão
De grandes programadores
Para ao mundo dar lição
E aos mais céticos mostrar
Que vale mais cooperar
Que a dura competição

Começaram a escrever
Programas de um novo jeito
E aquele código-fonte
De novo é nosso direito
Permitindo qualquer uso
E toda forma de estudo
Tudo que queira ser feito

Mais e mais programadores
Essa idéia apoiaram
E o resultado disso
É maior do que esperavam
Tantos programas perfeitos
São por tanta gente feitos
De todo canto ajudaram

Programas feitos assim
Que nos deixam os mudar
Se chamam Softwares Livres
Mas há algo a acrescentar
Eles deixam ter mudança
Mas exigem por herança
Tais direitos repassar

Assim se eu uso um programa
Que me é interessante
Posso copiar pra você
Eles deixam, não se espante!
Eu posso modificar
E você, se desejar.
Podemos passar adiante

Pra nossa felicidade,
Há tanto programa assim
Que nem dá pra ver direito
Onde é o começo e o fim
Da lista de Softwares Livres
E há muita gente que vive
Com Software Livre sim

É Firefox, é Linux
É OpenOffice, é Apache
Pra programação, pra rede
Pra o que se procure, ache
Pra desenho, escritório
Para jogos, relatório
Pro que for, há um que se encaixe

E você, se não conhece
Não sabe o que tá perdendo
A chance de viver livre
Ouça o que estou lhe dizendo
Software Livre é forte
No Brasil, já é um Norte
Basta olhar, já estamos vendo

Maior evento do mundo
Desse tema é no Brasil
NASA, MEC, Banrisul
Caixa, Banco do Brasil
Em Sergipe, em João Pessoa
Em Arapiraca e POA
Software Livre roda a mil

E se a imprensa não fala
É porque tem propaganda
De quem não quer ver o mundo
Ir para onde livre anda
E nada contra a corrente
No Brasil, infelizmente
Na mídia o dinheiro manda

Se você quer saber mais
Disso tudo que hoje eu teço
Procure na Internet
Veja agora uns endereços
softwarelivre.org
br-linux.org
E a atenção agradeço

Impressões sobre o I ENSOL

Durante o evento estive desconectado da rede. Após voltar, mais problema com conexão... Finalmente apresento aqui minhas impressões sobre o I Encontro de Software Livre da Paraíba.

Primeiro, foi muito bom ver tanta gente interessada em Software Livre por lá. João Pessoa é uma cidade bastante aconchegante, de clima agradável, apesar de um pouco quente (certo, é minha opinião apenas. Se você vive abaixo do Nordeste ou um bocado acima do nível do mar, favor desconsiderá-la...).

Não foi possível ver muitas palestras, até porque como o evento usou três salas, o meu limite humano para "palestras completas" era de apenas 1/3 do total, sem contar os encontros paralelos. No final, o número de palestras que vi ficou bem baixo.

Especial destaque para a do Júlio Neves sobre comandos shell de apenas uma linha; do Hugo Cisneiros sobre compartilhamento do conhecimento; e do Sérgio Amadeu, que só pude ver o final, mas o pouco que vi já valeu a pena.

Sexta-feira, Salão Azul: encontro de Prefeituras. Lá tivemos representantes de prefeituras discutindo sobre uma forma de integração de esforços. Nisso, dois nomes se tornaram fortes:

  • Via Digital: projeto com verba do FINEP para criar um repositório de aplicações livres inter-operáveis para uso em prefeituras;
  • Console: este, que eu não conhecia, é um consórcio de municípios. Foi ameaçado pela saída do Marcos Vinícius de Rio das Ostras, mas está prestes a ser reativado sob a liderança de Luis Felipe, de Recreio-MG.

Corinto, que também participou da reunião, deixou claro que a aproximação entre as prefeituras deve vir das próprias prefeituras. Ou seja, tudo isso são estruturas para permitir uma comunicação mais integrada, mas não garante essa comunicação: vai depender de as prefeituras terem ou não interesse em usar esses meios.

Sobre adoção de Software Livre, o que parecia consenso é a necessidade de se institucionalizar cada passo dado no setor público na forma de decreto. Isso não garante que, em uma mudança de gestão, os projetos sejam desfeitos. Mas ao menos dificulta um pouco que isso aconteça.

Sábado à noite teve confraternização no Posto 6 (ou era "Ponto 6"?), ali na praia. Houve uma pequena confusão com as orientações dadas pelo Paulino, mas ao final estávamos lá, na praia. O pessoal foi chegando aos poucos e tudo foi bem. Conversas interessantes. Foi onde a maioria de nós ficou sabendo daquele artigo ofensivo e covarde daquele panfleto de opinião disfarçado de revista. Boa parte dos palestrantes e da organização do evento estava lá. Amadeu apareceu e foi embora um tempo depois. Ah, foram também testadas algumas arquiteturas diferentes de arrumação das mesas...

Domingo, Salão Azul: Primeiro Encontro Nordestino de Software Livre. Este encontro é uma reunião entre representações de grupos de fomento ao Software Livre em cada estado nordestino. Na reunião - onde apenas dois estados nordestinos faltaram - ficou decidido que o ENSL do próximo ano será em Aracaju-SE. Além disso, tratou-se de um site para o ENSL/CNSL, que servirá a princípio para divulgar os eventos de Software Livre no Nordeste e manter o histórico do que foi discutido nos encontros anteriores.

Para concluir, o evento foi muito bom! Foi bom conhecer o figura Anahuac, o Hugo - e saber que The Linux Manual está de volta -, conversar um pouco com Aurium. E é isso aí! Quem perdeu... Tem mais três eventos nordestinos esse ano ainda! Mas ENSOL e ENSL de novo só ano que vem... (ENSOL em João Pessoa e ENSL dessa vez em Aracaju).

Prefeitura de Arapiraca Oficializa Software Livre

Depois de um longo projeto de migração, finalmente a Prefeitura de Arapiraca, minha terra natal, oficializa através de portaria o uso preferencial de Software Livre.

Parabéns ao Lucas Leão pela condução do projeto e ao prefeito Luciano Barbosa pela visão e entendimento da importância social da opção pelo Software Livre na área de gestão pública.

Segue abaixo transcrição da Portaria correspondente, conforme publicada no BR-Linux:

 

PORTARIA N° 313 De 03 de maio de 2006

O PREFEITO DO MUNICIPIO DE ARAPIRACA, no uso das atribuições que lhes são conferidas por Lei,

Considerando a economia gerada pela não aquisição de licenças proprietárias e a livre ampliação do parque computacional.

RESOLVE:

I.Determinar a utilização do Sistema Operacional Linux e da suíte de aplicativos de escritório OpenOffice.org 2 ambos de licença gratuita, abertos e livres de restrições proprietárias quanto à sua cessão, alteração e distribuição.

II.Determinar a utilização preferencial de sistemas de informática cujas licenças sejam gratuitas, abertas e livres de restrições proprietárias quanto à sua cessão, alteração e distribuição.

III.Permitir apenas a contratação e utilização de programas de computador com restrições proprietárias ou cujas licenças não estejam de acordo com esta Portaria, nos seguintes casos:

a)Quando analisado, atender a contendo o objetivo licitado ou contratado, com reconhecidas vantagens sobre os demais softwares concorrentes, caracterizando um melhor investimento para o setor público;

b)Quando da Impossibilidade de utilização de programa livre e/ou com código fonte aberto, impossibilidade esta que deverá ser constatada mediante parecer da coordenação de informática.

4 . Determinar que os aplicativos instalados cujas licenças não sejam devidamente apresentadas deverão imediatamente ser desinstalados, exceto aqueles que comprovadamente sejam essenciais ao funcionamento do setor. Somente estes terão suas licenças regularizadas pela administração municipal.

5 . Visando coibir a pratica de pirataria, aqueles que, arbitrariamente, fizerem instalação e uso de aplicativos sem licença incidirão em falta funcional. Dê-se Ciência e Cumpra-se.

José Luciano Barbosa da Silva Prefeito

Maria Cícera Pinheiro Secretária Municipal de Administração e Recursos Humanos

A presente Portaria foi publicada na forma como estabelece o art 9° do Ato das Disposições Transitórias da Lei Orgânica Municipal e registrada no Departamento Administrativo da Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos, aos 03 dias do mês de maio do ano de 2006.

MARIA ROSÂNGELA BRITO SILVA Diretora do Departamento Administrativo

Concluindo...

A imagem aqui mostrada (disponível mais abaixo em 1024×768) mostra a Concatedral Nossa Senhora do Bom Conselho, cartão-postal da cidade. Claro, com alguns efeitos e mesclada à bandeira do município (que é composta por três faixas - verde, branca e amarela - e um brasão central).

Na faixa esquerda está o começo do texto da Portaria e à direita vemos os Tux e o Gnú em versão super-heróis (é claro, ou alguém achou que os dois faziam parte da bandeira?).

Mais uma vez parabéns ao Lucas! E aguardemos pois teremos ainda mais boas notícias sobre Software Livre e Arapiraca...

Empresas e a Comunidade Software Livre

O brain do BR-Linux nos trouxe no dia primeiro uma análise do artigo da O'Reilly Network sobre a importância da Comunidade Software Livre no negócio das empresas que querem participar desse mercado, e como isso é negligenciado pela maioria das empresas, que simplesmente ignoram a Comunidade e agem como se "o Linux" fosse só mais um ambiente à disposição.

É importante que empresas percebam a Comunidade. E acredito que isso diga respeito diretamente às responsabilidades que uma empresa tem. O buraco é ainda mais embaixo...

Uma empresa responsável tem que se relacionar conscientemente com várias entidades. O "conscientemente" servirá para que atenda às espectativas da maioria das entidades relacionadas. E quem são essas entidades? Freqüentemente, em uma empresa genérica, alguns deles são:

  • Consumidores diretos - a empresa tem que fazer bons produtos ou prestar bons serviços, para assegurar a fidelidade dos clientes;
  • Fornecedores - honrar compromissos e buscar parcerias, dentre outras formas de se manter bem-relacionada com quem fornece à empresa os produtos necessários ao negócio;
  • Governo - em alguns níveis. Manter-se em dia com impostos e evitar confusões em geral é basicamente simples, se a empresa é bem administrada. Em caso de empresas grandes, pode-se buscar parcerias com o setor público, sempre na idéia de ganha-ganha;
  • Meio-Ambiente - evitar poluição e tomar medidas claras e quase sempre simples para evitar que ainda mais danos sejam feito ao Planeta.

Ainda há concorrentes, empresas parceiras, área acadêmica, dentre muitos outros prováveis. ...e a Sociedade. As empresas que visam apenas lucro a qualquer preço tendem a ser altamente danosas e antipáticas. Ser responsável significa, então, buscar lucro respeitando as regras de relacionamento. Uma empresa construída assim deve levar mais tempo para atingir um nível bom de sucesso, mas chegue onde chegar, estará sólida.

O relacionamento da empresa com tais entidades deve levar em conta que cada uma dessas entidades tem uma expectativa de comportamento. Uma empresa responsável deve atender a essas expectativas, não decepcionando seus relacionados. Uma empresa pró-ativa, além de responsável, procurará ainda surpreender, indo além do que seus relacionados esperam dela.

Quando se trata de empresas de Tecnologia que querem investir em Software Livre, uma nova entidade ganha força: a Comunidade FLOSS (Free/Libre/Open-Source Software). O relacionamento com esta, em especial, se torna fundamental para a empresa. Sim, pois esta entidade simples desempenha papel de fornecedor e sociedade. Se bem trabalhado pela empresa, o relacionamento pode elevar a Comunidade ao grau de parceira no modelo de negócios. Como? Ganha-ganha, lembra? De uma forma em que a empresa possa melhorar seus resultados financeiros e que a Comunidade se beneficie também com isso.

Os Ideais do Software Livre

Esta sessão é em resposta ao texto do Sérgio sobre o assunto, tratando de alguns pontos específicos.

"Como citado no texto de Jono Bacon empresas como Canonical, Novell, Red Hat, Linspire e eu acrescentaria a SUN nesta lista"

A Sun é polêmica. Principalmente, porque podem pensar que você se refere ao Java e não, o Java não é Software Livre. Se você quer citar a Sun como exemplo de quem trabalha bem com uma Comunidade, sim, é válido. Mas não com a Comunidade do Software Livre.

Não penso, porém, que a idéia do Software Livre seja "faça isso sem querer nada em troca, apenas ajude", mas sim algo como "conhecimento tem que ser compartilhado. Se você não faz isso, você é um cara mau".

Por que a distinção? Bom, fazer por fazer sem querer nada em troca pode abrir espaço pra que se apoderem do que fazemos. E sim, claro que queremos algo em troca: queremos pelo menos ter acesso ao nosso próprio programa no futuro, ou ao programa com o qual contribuímos. Isso é o Copyleft. ;-)

Na verdade, sempre vai além disso. Alguns de nós estão no Software Livre querendo melhorar talentos, a imagem, ajudar a mudar o mundo, enfim, por vaidade, idealismo, planos de entrar no mercado no futuro ou qualquer outra razão, a Comunidade quer sim algo em troca. Se não houver esse algo em troca, não é mutualismo e sim parasitismo. Mas esse algo em troca que a Comunidade deseja pode ser simples como um patch...

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