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João Ribeiro Lima

Na Academia Arapiraquense de Letras e Artes, ocupo a cadeira de número 37, que tem como patrono João Ribeiro Lima. Resgatei a minibiografia do meu patrono, que aqui publico. Fonte: livro Acala - História e Vida.


João Ribeiro Lima nasceu em Arapiraca, no dia 15 de julho do ano de 1889. Filho de Manoel Jacinto da Silva e de Antônia Maria do Espírito Santo. Irmão de João Jacinto da Silva, Afrígio Jacinto da Silva e Maria Jacinta da Silva.

Casou-se com Elvira Magalhães, com quem teve cinco filhos. Com o falecimento da esposa, teve o segundo matrimônio com Tereza Umbelina da Silva, do qual nasceram mais cinco filhos.

Sendo um homem trabalhador com visão futurista, foi um dos organizadores na criação no município de Arapiraca, ajudando a criar as primeiras leis municipais. Foi escolhido para ser o primeiro tabelião do município, quando criou o primeiro Cartório do primeiro Ofício em 30 de outubro de 1924, na ocasião da Emancipação Política do Município.

Participou do cenário político municipal. Foi eleito prefeito por duas vezes, de 1928 a 1930 e de 1945 a 1947. Por seus ideais sempre voltados para o progresso de Arapiraca, acima de tudo, do bem-comum. Dotado de uma ampla visão, objetivando sempre o crescimento e desenvolvimento do município. Apesar de ter tido uma trajetória política conturbada, foi brilhante no seu desempenho.

Exercendo a função de tabelião, trabalhou no Cartório até sua aposentadoria, quando seu lugar passou a ser ocupado por sua esposa, Tereza, que também dirigiu os trabalhos até a aposentadoria. Desta vez, foi sua filha Cyra Ribeiro que assumiu a função, administrando com competência o cartório, pois desde criança acompanhava o trabalho de seus pais. Até hoje continua liderando os trabalhos do conhecido Cartório do primeiro Ofício, situado no mesmo local Rua Lúcio Roberto no centro da cidade.

Em 28 de janeiro de 1933, o Cartório passou a ser de Registro Imobiliário de Arapiraca.

Entre as obras realizadas em sua gestão, transferiu o cemitério do Centro, onde hoje está construída a Concatedral Nossa Senhora do Bom Conselho, para o atual local, o Cemitério Pio XII.; abriu as ruas Dr. Domingos Correia, Dr. Pedro Correia, Monsenhor Macedo e a Rua Estudante José de Oliveira Leite, na época Expedicionários Brasileiros, cuja mudança de nome foi solicitada após a morte de um estudante do Colégio Bom Conselho nas praias de Maceió por afogamento, por colegas e amigos, como uma homenagem. João Ribeiro aceitou trocar o nome, mesmo contrariado, pois o nome “Expedicionários Brasileiros” para a rua central lhe trazia grande satisfação. Desta maneira, ocorreu a mudança do nome Expedicionários Brasileiros para Estudante José de Oliveira Leite. Expedicionários Brasileiros passou a ser o nome da rua do Cemitério Pio XII.

Aos 70 anos, morre o João Ribeiro Lima, deixando assim seu nome gravado nas páginas da História do Município de Arapiraca.

Round Quantum

Encontrei esse artigo no meu arquivo antigo. Espero que seja útil para quem busca melhorar sua organização pessoal. É baseada em Pomodoro.


Chamamos de quantum uma unidade de tempo de cerca de 1 hora (com margem de 15 minutos para mais ou para menos). Para utilizar esta forma de organização, você precisará de um cronômetro (pode ser de relógio, um cronômetro de cozinha ou um software), além de duas listas de tarefas que precisará manter (mantenha da forma que for mais eficiente para você).

A primeira delas é a lista Hard, que tem as tarefas que realmente tem deadline e precisam ser concluídas em pouco tempo. As tarefas desta lista devem ser pontuais (cada tarefa por ser executada apenas uma vez. Ao ser executada, será removida da lista) e devem estar dispostas em ordem de prioridade: a mais urgente primeiro.

A segunda lista é a Soft, com tarefas importantes mas não urgentes, que tem flexibilidade no prazo de execução. Estas podem ser tarefas recorrentes (por exemplo “publicar artigo no blog”) ou não, e não precisam estar em ordem de prioridade. Recomendo que esta lista tenha no máximo 12 itens.

Comece o dia com 15 minutos dedicados a leitura de e-mail e notícias (ou entretenimento). Se não der para ver tudo, não se preocupe, ao fim de cada tarefa você terá mais 15 minutos.

A primeira tarefa do seu dia deverá ser uma tarefa da lista Hard. Pegue a primeira tarefa da lista, marque o cronômetro para trinta minutos e a execute. Ao término dos 30 minutos, você poderá estender o tempo para no máximo 30 minutos (e só uma vez). Após o tempo gasto na tarefa, pare. Se a tarefa foi concluída, risque da lista. Se não foi, verifique sua prioridade. Caso tenha adiantado bastante seu desenvolvimento e seja possível fazer isso, troque-a de lugar com outra da lista Hard (provavelmente você trocará de lugar com a segunda ou com a terceira).

Agora você pode empregar 15 minutos em contato com o mundo: ler notícias, ler e-mails, ver algum vídeo... De preferência, algo que seja prazeroso e que não explore as capacidades que já são exploradas pelas tarefas. Por exemplo, se você está trabalhando sempre escrevendo, gaste os 15 minutos em algo que não exija escrita de nada.

Para a próxima tarefa, verifique se há urgência na Hard List. Como você já concluiu (espera-se) alguma tarefa dessa lista, pode ser que haja margem para alguma tarefa da Soft List. Se você dispõe de muitos quantuns por dia para gastar nas tarefas, pode pensar em trabalhar de modo alternado: 1 quantum hard, um quantum soft, um quantum hard, um quantum soft... Se o próximo quantum será hard, repita o procedimento acima, como se fosse iniciar a primeira tarefa do dia.

Para o Quantum Soft, sorteie uma das tarefas da Soft List. Se você tem 12 tarefas, pode utilizar um dado de 12 lados (o mesmo para 4, 6, 8, 10, 20 ou 100 tarefas, para as quais existem dados). Para 13, você pode utilizar um baralho comum. É interessante que o último número do seu sorteio não seja uma tarefa, mas uma opção tipo “Hard List”, de modo que a Hard List tenha sempre uma chance de ser atendida novamente. Se não quiser usar dados, você pode usar softwares como o rolldice (GNU/Linux) e o Lancelot (Firefox OS) ou um site como o Random.org.

Com a tarefa sorteada, empregue 30 minutos em seu desenvolvimento. Da mesma forma que acontece com a Hard List, após esses 30 minutos você pode prolongar seu tempo (apenas uma vez) para mais 30 minutos. Se a tarefa for concluída e ela não era uma tarefa recorrente, então risque-a da Soft List. Se ela foi deixada pela metade, reavalie seu grau de importância. Pode ser interessante promovê-la à Hard List.

Por fim, mais 15 minutos a serem dedicados a outro tipo de atividade (informação ou diversão).

Reserve 15 minutos ao final do dia ou período para atividades de fechamento: registro do que foi feito em um diário de bordo, revisão das tarefas para o dia/período seguinte, etc.

Tarefas – especialmente da lista Soft – podem agrupar subtarefas. Se o número de subtarefas crescer muito, coloque-o em uma nova lista.

Para organizar as listas, você pode utilizar um arquivo de texto da sua ferramenta de escritório favorita; um caderno; arquivos de texto plano em uma pasta própria; ou um sistema de wiki pessoal. O bom deste último é que torna fácil o uso de listas adicionais, de modo a tornar as tarefas da lista Soft em meta-tarefas ou agrupamentos de tarefas.

-- Cárlisson Galdino

Imagem do Post: Clear glass with red sand grainer.

Inauguração da Ufal Arapiraca

Arrumando papéis antigos, encontrei este convite para a inauguração do Campus Arapiraca da Ufal. Achei que seria interessante compartilhar, já que se trata de um evento de certa importância na História da cidade. Foi em 2006, há mais de 10 anos já.

Principalmente neste cenário em que não sabemos o quanto vai durar como universidade pública...

Special: 

A Décima Arte

Sete é o número mágico das listagens clássicas. São os sete mares, as sete maravilhas do mundo... A arte mais famosa é por sua posição na lista de artes é o Cinema, que praticamente todos sabem ser a sétima. Mas há outras artes além dessas sete iniciais.

Preparei uns slides ano passado para apresentar na Academia Arapiraquense de Letras e Artes a Décima Arte, no intuito de informar algo que, se a turma mais nova muitas vezes desconhece, imagina um grupo que é composto majoritariamente por membros mais vividos.

A tal lista de artes apareceu no Manifesto das Sete Artes, de Ricciotto Canudo, de 1923. Com o tempo, foram acrescentadas outras artes e hoje são 11. São elas:

  1. Música (som)
  2. Artes cênicas (movimento)
  3. Pintura (cor)
  4. Escultura (volume)
  5. Arquitetura (espaço)
  6. Literatura (palavra)
  7. Cinema (fusão das anteriores)
  8. Fotografia (imagem)
  9. História em quadrinhos (fusão de cor, palavra e imagem)
  10. Vídeogames (interação)
  11. Arte Digital (artes gráficas 2D, 3D e via programação)

É isso: a décima arte são os videogamse. "Mas videogame não é arte, é comércio!" Será? Cinema não seria comércio também? E a literatura de best-sellers? Pois é, gosto desta lista e acredito que tenha sentido, mas assim como o reconhecimento de uma determinada música como arte depende de vários fatores objetivos e subjetivos, o mesmo deve valer para videogame. O fato de estar nesta lista não significa que toda produção desse tipo vai ter valor artístico e cultural. O ruim é que esse valor é muito difícil de mensurar, especialmente sobre a produção do tempo em que vivemos.

Quem classificaria Pac-Man como arte na época do seu auge? Pois é, ele hoje está lá no Museu de Arte Moderna de Nova York.

Special: 

Ataque dos Emoticons

No reino das palavras, uma angústia despertou
O chão estremecia quando longe lá se viu
Monstrengos caricatos, despertos de seu torpor
Marchando pelas terras, armados, de olhar febril

E o povo da cidade, desespero, medo e dor
O Fórum da Retórica sozinho já caiu
Toda a população busca um porto salvador
Na Casa dos Gramáticos ela se reuniu

A horda finalmente se espalhou pela cidade
Quebrando chão e muros como fossem de isopor
As palavras das ruas não tiveram piedade
Quebradas, destruídas por espadas de kendô

Olhando assim de perto para os monstros, na verdade
São formados de letras como todos ao redor
De letras e sinais de pontuação, de igualdade
Mas impronunciáveis, como monstros de terror

Na Casa dos Gramáticos, os muros por um fio
Lá fora ninguém sabe se ainda existe uma cidade
Pra ouvir o grande sábio, o povo se reuniu
Ele então fala com tristeza e solenidade

"Nós todos temos medo, nosso futuro é sombrio
Lá fora não há monstros, só crias da Liberdade
Que vêm pra mudar tudo o que até hoje existiu
Pra nos substituir, numa nova sociedade"

-- Cárlisson Galdino

Vampiro no Poder

Ai meu Deus
Um vampiro está no poder
Ele quer arrancar nosso sangue
Ele quer nos deixar na pior
E eu não posso deixar essa gangue
fazer o que quer nos pisando sem dó


Nessa conversa de crise
Já congelaram a saúde e educação
Mas sobrou muito dinheiro pra propaganda
E pros lanchinhos dessa gangue no avião

[refrão]

[O] Ministro da Lava Jato
Perto da homologação
Morreu num acidente aéreo
Que ninguém sabe direito se foi acidente ou não

[refrão]

Com uma pá de reformas
Quem vai pagar o pato é a população
Vão acabar com a Aposentadoria
E rasgar a Lei Áurea pra voltar a Escravidão

[refrão]

O vampiro não tá só
Tem uma gangue para lhe dar proteção
São empresários, políticos e os donos
De jornais, revistas e canais de televisão
 

-- Cárlisson Galdino

Special: 

Produzindo Podcast com Software Livre

Podcastelo

Se você não conhece ainda o conceito de Software Livre ou de Open Source (sendo os dois diferentes um do outro), recomendo que ouça o Politicast 51, 52 e 53 e que leia os artigos do Anahuac. Pra resumir, Software Livre é uma linha ideológica dentro da Tecnologia que prega que os programas de computador são ciência e devem ser compartilhados, que a apropriação do conhecimento em torno deles seria antiética. É um resumo bem por alto pra adiantar a discussão, mas recomendo que veja os links que passei.

Podcast espero que você já saiba o que é. É o que chamam de “um programa de rádio na Internet”, mas que é melhor definido, como diz o Leo Lopes, como “Personal on-demand”. Como eu gosto de dizer, é “um blog cujo principal conteúdo não está nas postagens, mas nos anexos, que são em arquivos de audio”.

A produção de um podcast passa por alguns estágios. Desde a concepção do programa, convite aos participantes e construção da pauta até a publicação do arquivo já pronto,, o que deve ocorrer em um blog ou, ao menos, em alguma solução web que ofereça um arquivo feed RSS com os episódios. E entre pauta e publicação temos, claro, gravação e edição. O bom é que dá pra fazer tudo isso sem necessidade de instalar softwares proprietários (como chamamos os programas não-livres, sejam gratuitos ou pagos, o que torna essa história de proprietários X livres ainda mais confusa pra resumir: veja aqueles links…).

Preparação

O planejamento do episódio é a coisa mais simples de se fazer, tecnologicamente falando. Você pode utilizar até mesmo um arquivo de texto plano no seu computador ou smartphone. As pautas do Politicast eu tenho montado como tópicos simples. Você pode preferir algo mais elaborado, como mapas mentais. Em todo caso, há soluções livres que ajudam, com vantagens e desvantagens próprias a cada uma delas.

Owncloud: esta é uma solução de nuvem pessoal (é, tipo “um Dropbox”), mas oferece editor de texto. Como se trata de uma solução e não de um serviço necessariamente, você tem duas opções para usá-lo: pode procurar um serviço existente (pago ou gratuito) ou pode instalar em um servidor seu (caso tenha essa condição tecnológica). Assim, você pode criar as pautas e compartilhar com usuários que estejam cadastrados no mesmo servidor que você, o que é especialmente útil para compartilhar pauta entre participantes fixos.

Etherpad: este é outro software livre também muito bom, mas com outra finalidade: é um gerenciador de documentos compartilhados. Você cria um “pad” (que funciona como um arquivo de texto disponível na rede e editável no navegador) e qualquer pessoa que tenha o link para esse “pad” poderá editá-lo também, inclusive ao mesmo tempo que você. Também oferece um chat entre os editores. Assim como acontece com o Owncloud, você pode tanto procurar um serviço de Etherpad gratuito quanto instalar seu próprio servidor.

FreeMind ou FreePlane: são softwares para construção de mapas conceituais. Eles podem ser bem úteis para a criação de pautas por permitirem agrupar visualmente tópicos, citações, imagens (incluindo memes) em uma tela que dá visão geral. Os dois softwares são para desktop e em Java, ou seja, seu uso envolve gerar uma imagem com a pauta-mapa final para ser compartilhada entre os participantes (a menos que você prefira controlar toda a pauta sozinho, o que podcasters fazem também).

Gravação

Este é o ponto mais sensível da produção de podcast se você pretende se ver livre de soluções proprietárias. Para isso, vamos considerar 3 forrmas de gravar um episódio, ok? Você pode gravar de forma presencial, de forma remota e assíncrona ou de forma remota e síncrona (ao mesmo tempo). Para a forma presencial é simples: você talvez tenha um notebook já com programa de gravação instalado, ou um celular com aplicativo de gravação. Se quiser uma gravação mais sofisticada, precisará de equipamento caro devidamente instalado e configurado. Uma vez feito isso, pronto, já pode gravar. Não há muito o que dizer sobre gravação presencial (ao menos para propósito deste artigo). Em último caso, você pode comprar um gravador digital e utilizá-lo.

Para gravação assíncrona, cada participante pode gravar um segmento de audio e mandar por e-mail, mas isso torna tudo muito chato, trabalhoso e difícil, de modo geral. Uma boa solução é utilizar uma ferramenta de comunicação como o Telegram. O Telegram vai organizar os arquivos de audio na sequência em que foram enviados. Cada um ouve os audios anteriores antes de gravar o seu, o que pode ser feito utilizando o próprio Telegram, sem necessidade de aplicativo adicional. Para esse tipo de gravação, é interessante que os participantes estejam em um grupo específico para essa finalidade, pra facilitar a “colheita” dos audios depois. Ah, sim, o Telegram é controverso porque o servidor não é livre. O aplicativo cliente, porém, é livre e, ao menos por enquanto, Telegram é a melhor opção que nós temos para comunicação dessa forma.

Para gravação síncrona costumam utilizar por aí o Skype com uma “gambiarra gravadora” pra poder funcionar. O mundo do Software Livre nos dá uma opção mais interessante, menos falha e muito mais elegante que esta. Trata-se do Mumble. Mumble é um software para conversação em voz baseada em sala. É um tipo de software bastante utilizado por gamers que jogam em rede. O Mumble em particular oferece excelente qualidade de audio e compressão, além da maravilhosa funcionalidade de gravar a partir do próprio software, inclusive com opção de gravar multifaixa, onde para cada participante da conversa haverá um arquivo de audio próprio separado, e todos estarão sincronizados quando importados no editor. A desvantagem é que se trata de um software cliente/servidor e você precisa de um servidor para poder utilizá-lo. Existem serviços gratuitos disponíveis e você pode contratar um servidor pagando mensalmente caso tenha dificuldade de implementar um servidor exclusivo.

Edição

Software livre para edição de audio é o quesito mais conhecido deste artigo. Mesmo que não saiba que se trata de um software livre, quase todo produtor de podcast já conhece ou pelo menos ouviu falar do Audacity. Editor multifaixa, com vários efeitos disponíveis (fades, normalização e remoção de cliques, por exemplo, são essenciais). Pode ir com Audacity, que ele é utilizado até por alguns podcasters tradicionais.

Finalização

Tudo bem, você já tem o arquivo de audio (provavelmente um mp3 ou ogg vorbis). E agora? Bom, você precisa criar a capa do episódio. Para isso recomendo o Gimp ou Inkscape. Considero o Inkscape mais bacana para esta tarefa já que se trata de um editor de imagens vetoriais, mas o Gimp é mais organizado se você não tiver muita experiência com edição de imagens.

Um truque realmente bacana e amplamente desconhecido é o uso de capítulos no episódio. É um recurso que permite dizer em que momento do audio inicia a conversa sobre cada tema. Bons aplicativos de gerenciamento de podcast suportam capítulos e facilitam nossa vida, principalmente quando precisamos encontrar uma parte de um programa que já ouvimos e queremos mostrar pra alguém. A solução que utilizo para esta finalidade (e que o @aurium me ajudou a dominar) é o ffmpeg. Anexo a esta postagem segue o arquivo que utilizei como base para definir os capítulos do Politicast #69 /News. O comando para aplicá-lo foi:

ffmpeg -i politicast-69-news.mp3 -i politicast-69-news.txt -map_metadata 1 -c:a copy -id3v2_version 3 -write_id3v1 1 politicast-69-news-c.mp3

Com isso eu criei o arquivo com capítulos (que costumo salvar com sufixo ‘-c.mp3’). Utilize o comando e o arquivo em anexo para entender como funciona, para brincar e tentar aplicar capítulos no seu podcast também! :-D

Para aplicar a imagem de capa diretamente no arquivo de audio eu uso o EasyTag.

Publicação

Publicar não é complicado, pelo menos o blog. O problema principal é a publicação dos arquivos de audio, que por serem um tanto grandes podem estourar sua banda fácil, fácil. Uma boa solução para isto é o Archive.org, que permite armazenar os arquivos por lá.

Para o blog você pode escolher a opção que mais te agrade. Dependendo da solução, você pode ter mais ou menos trabalho para adequar o feed ao iTunes, por exemplo. O Wordpress tem plugins próprios para podcast e facilita boa parte deste trabalho.

Podcastelo

Se você gostou do que leu até aqui e se já produz um podcast só com software livre - ou pretente produzir um – talvez você queira participar do grupo @podcastelo no Telegram. É um grupo criado justamente para podermos trocar ideia sobre técnicas e ferramentas para a criação de podcast desta forma, com liberdade. Apareça por lá! :-)

Parasita

- Como é isso de parasita alienígena?

Os médicos trocam um olhar como quem jogam jokenpô mental para decidir quem fala. Um deles se prontifica.

- Identificamos esse espécime em seu cérebro.

- Ai meu Deus! No meu cérebro!? Eu vou morrer!?

Após outra troca de olhares o outro médico é que responde.

- Na verdade... Acreditamos que o parasita seja você.

Alan, um dos médicos, mais precisamente o mais jovem, de cabelo quase raspado, o que falara anteriormente, se arrependeria para o resto da vida por não ter fotografado o momento. Por anos se lembraria da expressão do paciente Maciel como uma das expressões faciais mais engraçadas que já viu na vida.

- Vocês... Estão de sacanagem, né? - Maciel pega o celular rapidamente e aciona a tela. Olha pensativo e nem chega a colocar a senha de desbloqueio. - Como é que... Parasita!? Quer dizer agora que eu sou alienígena, é isso?

- É complicado... - Peres, o médico gordinho de cabelo branco deixa escapar num suspiro.

O tempo passa lentamente enquanto os três passeiam os olhos pela sala do consultório, como quem procura alguma coisa para dizer. A estante com duas prateleiras cheias de livros não ajuda muito nessa procura, talvez pela distância...

- Isso não faz nenhum sentido. - Maciel passa a mão nos cabelos angustiado. - Primeiro, eu tenho um parasita dentro de mim.

- Alienígena.

- Depois, eu que sou o parasita!?

- Alienígena.


- E eu estou parasitando o quê!? Nunca ouvi falar de parasita-pessoa.

- Pessoa não, ali...

- Tá! Caramba! Já entendi! Que porra de parasita é esse!?

- Precisamos que você se acalme.

-Tudo bem! Tudo bem. Estou calmo.

- Olha. - Peres tira uma folha da gaveta e coloca sobre o birô.

- O que é isso?

- Seu cérebro.

Maciel olha atentamente. Coça o queixo e olha mais um pouco. Ergue os olhos para ver se Peres e Alan estão rindo da cara dele. Baixa o olhar novamente para aquela imagem de um cérebro dentro de um crânio.

- Tá, e o que é que tem?

- Use isso. - Peres estende uma lupa.

Relutante, Maciel aceita o desafio e coloca a lupa para aumentar seu próprio cérebro.

- Eita!

- Consegue ver?

- Tem uma parte aqui que tem um emaranhado meio diferente. É isso!?

- Sim.

- Tá, e como sabe que isso é um alienígena? Pode ser uma mutação, uma cristalização ou...

- Você é filho de Luísa, não é? Luísa Sóira...

- Sou, você a conheceu?

- Sim, você sabe o que ela fazia?

- Trabalhava num laboratório, no Polo Sul eu acho. Olha, nem conheci minha mãe direito. O que isso tem a ver?

- Ela estudava espécimes alienígenas.

- Tá, vamos parar com essa história. O que você está chamando de alienígena exatamente?

- Formas de vida não pertencentes à Terra.

- E como porra se encontrava alienígena nos anos noventa, cacete!?

- Você faz ideia de como se encontra hoje? - Alan finalmente volta à conversa.

- Não! Como?

- Do mesmo jeito que em 80 ou 90: asteroides, meteoritos...

- OVNIs... - Peres completa.

- É, OVNIS também. Mas são poucos os relatos acompanhados de amostra. De qualquer forma, não importa. Você sabe que sua mãe morreu pouco antes de você nascer.

- Sim, ela teve câncer de... Espera um pouco! Vocês querem dizer que o que matou minha mãe...

- Suspeitamos que o parasita tenha entrado no feto e se mesclado a ele.

- Então eu guardo esse bagulho desde que nasci!?

- Desde um pouco antes, se estivermos corretos.

- E não tem como tirar isso de mim?

- Acho que você não entendeu. É possível que esse parasita alienígena tenha se mesclado de tal forma com seu cérebro que hoje viva em simbiose e, na verdade, a parte central, a que define quem você realmente é, não seja humana. Se você fosse um computador, é como se o processador fosse alienígena.

- Na verdade, seria o HD. - Alan corrige o outro médico. - O HD é onde ficam armazenados todos os dados e o Sistema Operacional.

- Sim, mas antes de ser guardado, tudo existe na memória, não?

- É, mas...

- Gente! Será que dá pra parar de discutir tecnologia!? O que é que faço agora!?

Os dois médicos se olham mais uma vez e é Alan quem responde esta:

- Tem um bar a dois quarteirões daqui...

P. S.: Publicado no Wattpad.

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