Warning Zone #42 - Uma Nova Visita

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No episódio anterior, Pandora e Darrell conversavam no hospital. Pandora estava internada após ter sido atingida na disputa entre o Grupo Satã e o exército.

Uma moto Apache vermelha vaga pelas ruas do pólo industrial de Stringtown. Aproxima-se do lugar onde já funcionou a SysAtom Technology e estaciona. Seus tripulantes descem: Darrell e Pandora.

Pandora: Que loucura! Tá cheio de gente!

Darrell: É, não esperava por essa.

Pandora: Jornalista que só!

Não apenas jornalistas. Há muitas pessoas curiosas também. O prédio improvisado do Grupo Satã está isolado por faixas amarelas e, lá dentro, parece haver alguns investigadores.

Alguns veículos do exército continuam na rua, destruídos. Muros foram derrubados e há marcas de explosões pelo chão.

Darrell: Foi uma guerra mesmo isso aqui.

Pandora: Foi sim. E parece que a gente perdeu eles.

Darrell: É o que eu temia. Enquanto eles tinham uma base certa, estavam a nosso alcance. Agora não sabemos mais onde eles estão.

Pandora: Será? Será que eles não voltam?

Darrell: E o prefeito? Se eles tivessem se afastado para voltar depois eles teriam deixado alguém com o prefeito. Eles não vão voltar para cá.

Pandora: Faz sentido.

Os dois se sentam na calçada pensativos, apenas observando o movimento.

Pandora: A gente podia ter vindo nas nossas motos mesmo.

Darrell: Não, assim foi melhor. Não vamos discutir. Ideal era termos vindo de carro, mas não consegui falar com o Júnior.

Pandora: É, mas a gente não tem moto?

Darrell: Você andar de moto depois do que passou já é perigoso o bastante. Tínhamos que vir numa moto normal. Você tinha que vir como passageira.

Pandora: Mas eu estou melhor, Bem!

Darrell: Que bom! Mas nada das elétricas por enquanto.

Pandora: Tá...

Darrell: É, acho que não temos muito o que fazer por aqui. Vamos naquela lanchonete de sempre?

Pandora: Ai, bora! Nunca mais que a gente foi lá!

Eles voltam para a moto e deixam a confusão para trás. São poucas ruas até que encontrem aquela pequena lanchonete de parede azul. Está aberta. Eles estacionam e entram.

Atendente: Ora, ora! Quem chegou! Por onde vocês tem andado hein?

Pandora: Ah, por aí...

Atendente: Nunca mais vi ninguém lá da empresa de vocês. Pensei que todo mundo tivesse morrido. O que houve com a sua voz?

Pandora: Hã? Ah, nada não.

Atendente: Sei... Tenha vergonha não, filha. Hoje em dia a gente às vezes precisa mesmo fazer uma cirurgia ou outra. Ainda bem que a medicina tem implantes, pior era antigamente, não acha? Bom, vão querer o quê?

Pandora: Só uma pizza brotinho de frango.

Darrell: Faz um americano.

Atendente: Certo... Me diz uma coisa: o que foi que houve por lá hein? Teve o exército aqui e tudo! Seus colegas estão bem?

Darrell: Não sei o que dizer. Estão vivos.

Atendente: Que bom! Ainda bem que não foram sequestrados?

Darrell: Sequestrados?

Atendente: É, pelos ETs! Você não viu na TV ontem?

Darrell: Sim, claro, os ETs...

Atendente: Ei, esse seu implante na garganta não foi coisa de ET não, né?

Pandora: Hã? Não!

Atendente: Tem certeza? Morro de medo dessas coisas...

Pandora: Haha! Foi não.

Atendente: Que bom. Não sei o que esse povo de Marte vem fazer aqui em Stringtown. Já faz um tempão que não abro a lanchonete mais. Também o povo todo daqui do pólo industrial fugiu dos ETs! O bom dessa confusão de agora é que de vez em quando vem alguém aqui. Algum jornalista ou estudante... Pelo menos dá pra vender alguma coisa. E pra beber?

Pandora: Café com leite.

Atendente: E você? Suco, né?

Darrell: Tem de tangerina?

Atendente: Tem.

Darrell: Onde a gente pode encontrar o Oliver?

Pandora: Podíamos ir na casa dele!

Darrell: Verdade... Talvez haja alguma pista. Sabe onde ele mora?

Pandora: Não... É aqui em Stringtown mesmo. Se não me engano é num condomínio fechado. Não sei se o Mar Egeu ou o Jardin Ensoleillé.

Darrell: Quem poderá saber?

Pandora: O Arsen deve saber.

Darrell: Isso não ajuda muito.

Pandora: É, nem ajuda.

O casal lancha e deixa o lugar. Do orelhão a algumas ruas dali...

Darrell: Isso, é esse mesmo o nome dele. Somos amigos dele e estamos preocupados. Nunca mais tivemos notícias suas. Sabe dizer se ele tem aparecido? … Tudo bem. E está tudo em paz por aí? … É, com essas coisas de sequestro do prefeito... … Ok, então. Muito obrigado.

Pandora: É no Jardin, né bem? Ele está lá?

Darrell: Ele não está lá, não aparece há semanas. E o atendente disse que está tudo em paz. É, acho que voltamos mesmo à estaca zero.

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