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No episódio anterior, Pandora e Darrell conversavam no hospital. Pandora estava internada após ter sido atingida na disputa entre o Grupo Satã e o exército.
Uma moto Apache vermelha vaga pelas ruas do pólo industrial de Stringtown. Aproxima-se do lugar onde já funcionou a SysAtom Technology e estaciona. Seus tripulantes descem: Darrell e Pandora.
Pandora: Que loucura! Tá cheio de gente!
Darrell: É, não esperava por essa.
Pandora: Jornalista que só!
Não apenas jornalistas. Há muitas pessoas curiosas também. O prédio improvisado do Grupo Satã está isolado por faixas amarelas e, lá dentro, parece haver alguns investigadores.
Alguns veículos do exército continuam na rua, destruídos. Muros foram derrubados e há marcas de explosões pelo chão.
Darrell: Foi uma guerra mesmo isso aqui.
Pandora: Foi sim. E parece que a gente perdeu eles.
Darrell: É o que eu temia. Enquanto eles tinham uma base certa, estavam a nosso alcance. Agora não sabemos mais onde eles estão.
Pandora: Será? Será que eles não voltam?
Darrell: E o prefeito? Se eles tivessem se afastado para voltar depois eles teriam deixado alguém com o prefeito. Eles não vão voltar para cá.
Pandora: Faz sentido.
Os dois se sentam na calçada pensativos, apenas observando o movimento.
Pandora: A gente podia ter vindo nas nossas motos mesmo.
Darrell: Não, assim foi melhor. Não vamos discutir. Ideal era termos vindo de carro, mas não consegui falar com o Júnior.
Pandora: É, mas a gente não tem moto?
Darrell: Você andar de moto depois do que passou já é perigoso o bastante. Tínhamos que vir numa moto normal. Você tinha que vir como passageira.
Pandora: Mas eu estou melhor, Bem!
Darrell: Que bom! Mas nada das elétricas por enquanto.
Pandora: Tá...
Darrell: É, acho que não temos muito o que fazer por aqui. Vamos naquela lanchonete de sempre?
Pandora: Ai, bora! Nunca mais que a gente foi lá!
Eles voltam para a moto e deixam a confusão para trás. São poucas ruas até que encontrem aquela pequena lanchonete de parede azul. Está aberta. Eles estacionam e entram.
Atendente: Ora, ora! Quem chegou! Por onde vocês tem andado hein?
Pandora: Ah, por aí...
Atendente: Nunca mais vi ninguém lá da empresa de vocês. Pensei que todo mundo tivesse morrido. O que houve com a sua voz?
Pandora: Hã? Ah, nada não.
Atendente: Sei... Tenha vergonha não, filha. Hoje em dia a gente às vezes precisa mesmo fazer uma cirurgia ou outra. Ainda bem que a medicina tem implantes, pior era antigamente, não acha? Bom, vão querer o quê?
Pandora: Só uma pizza brotinho de frango.
Darrell: Faz um americano.
Atendente: Certo... Me diz uma coisa: o que foi que houve por lá hein? Teve o exército aqui e tudo! Seus colegas estão bem?
Darrell: Não sei o que dizer. Estão vivos.
Atendente: Que bom! Ainda bem que não foram sequestrados?
Darrell: Sequestrados?
Atendente: É, pelos ETs! Você não viu na TV ontem?
Darrell: Sim, claro, os ETs...
Atendente: Ei, esse seu implante na garganta não foi coisa de ET não, né?
Pandora: Hã? Não!
Atendente: Tem certeza? Morro de medo dessas coisas...
Pandora: Haha! Foi não.
Atendente: Que bom. Não sei o que esse povo de Marte vem fazer aqui em Stringtown. Já faz um tempão que não abro a lanchonete mais. Também o povo todo daqui do pólo industrial fugiu dos ETs! O bom dessa confusão de agora é que de vez em quando vem alguém aqui. Algum jornalista ou estudante... Pelo menos dá pra vender alguma coisa. E pra beber?
Pandora: Café com leite.
Atendente: E você? Suco, né?
Darrell: Tem de tangerina?
Atendente: Tem.
Darrell: Onde a gente pode encontrar o Oliver?
Pandora: Podíamos ir na casa dele!
Darrell: Verdade... Talvez haja alguma pista. Sabe onde ele mora?
Pandora: Não... É aqui em Stringtown mesmo. Se não me engano é num condomínio fechado. Não sei se o Mar Egeu ou o Jardin Ensoleillé.
Darrell: Quem poderá saber?
Pandora: O Arsen deve saber.
Darrell: Isso não ajuda muito.
Pandora: É, nem ajuda.
O casal lancha e deixa o lugar. Do orelhão a algumas ruas dali...
Darrell: Isso, é esse mesmo o nome dele. Somos amigos dele e estamos preocupados. Nunca mais tivemos notícias suas. Sabe dizer se ele tem aparecido? … Tudo bem. E está tudo em paz por aí? … É, com essas coisas de sequestro do prefeito... … Ok, então. Muito obrigado.
Pandora: É no Jardin, né bem? Ele está lá?
Darrell: Ele não está lá, não aparece há semanas. E o atendente disse que está tudo em paz. É, acho que voltamos mesmo à estaca zero.
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