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Michael Jackson - A magia e a Loucura

Michael Jackson - capa do livro

Pessoas famosas e de personalidade marcante ou, no mínimo, curiosa existem sempre. Personalidades que são praticamente personagens, originais, autocaricatos e polêmicos, entretanto, não são tão comuns assim. Nesse naipe não lembro de um que se iguale ao polêmico Rei do Pop Michael Jackson.

Todo mundo sabe quanto ele lamentava ter perdido sua infância, já que impedido de brincar tinha que ensaiar e fazer shows no Jackson Five. Todos sabem que ele não se dava muito bem com seu pai. Todos sabem das mudanças que seu visual sofreu, com cirurgias plásticas no nariz e clareamento da pele. Todos sabem da sua enorme afeição por crianças, fruto de processos por pedofilia e piadas recorrentes, que prejudicaram sua imagem de maneira irreversível. Todos sabem do gênio que ele foi, como coreógrafo, dançarino, cantor e, em suma, artista.

Acontece que nas entrelinhas de toda essa história existem muitos detalhes que nem todo mundo sabe. Sejam os detalhes de como lidava com a família, os passos que o levaram ao estrelato; como vieram os clipes; as cirurgias e mudanças no corpo; seus amores e frustrações... Era mesmo pedófilo? E como – até que grau de profundidade e com que consequências – o sucesso mexeu com sua cabeça?

Michael Jackson – A Magia e a Loucura, de J. Randy Taraborrelli, mostra a vida do astro em mais de seiscentas páginas. Uma leitura interessante. Biografias de personalidades desse tipo são sempre interessantes. Terminamos por aprender mais sobre a Humanidade e sobre vidas que não temos (quem de nós vive algo que seja ao menos perto da vida conturbada sob holofotes que ele vivia?). E o melhor: aprendemos não por especulações e ficção, mas vendo um caso concreto de personagem vivo.

A despeito de toda a polêmica, penso que ele deva ser lembrado pelo grande astro que foi. Como esquecer clipes que marcaram época, como o Thriller, Earth Song, Black and White, Remember the Time e tantas outras? Eu lembro bem quando Black and White estreou no Fantástico.

Aqui, o video comemorativo de 25 anos da Motown, em 1983. Esse video é muito importante na história por algumas razões: foi a primeira vez que o Michael executou o moonwalk em público. Também foi nesse dia que ficou claro para todo mundo que o The Jacksons não existiria mais e dali pra frente tudo ia mudar.

Mortal Kombat: 20 anos de sangue

Mortal Kombat

Lançado em agosto de 1992, Mortal Kombat trouxe algumas revoluções ao mundo dos games. Primeiro, o grau de violência. Jogos de luta já existiam, mas nenhum derramava tanto sangue na tela. Segundo, o estilo de animação. Enquanto os outros jogos eram desenhados, Mortal Kombat foi construido a partir de fotos de atores.

A violência estava presente não apenas no sangue que jorrava a cada golpe, mas também - e principalmente - nos fatalities, que eram acionados com sequências insanas de comandos, que deveriam ser aplicadas no curto espaço de tempo no final das lutas (antes que o oponente, já grogue da derrota, caísse no chão).

A Nintendo não gostava dessa violência toda e, quando o jogo foi lançado para Super Nintendo, exigiu que se fizesse algo a respeito. Resultado: apenas no Super Nintendo o sangue que jorrava era cinza ao invés de vermelho.

O tempo passou e a franquia continuou. A Midway faliu, mas Mortal Kombat ficou com a Warner Bros. E prosseguiu, sempre com jogos para os mais variados consoles. Além dos jogos, já ganhou quadrinhos, desenho animado, filmes e até séries, como é o caso da Mortal Kombaty Legacy, de 2011.

Quanto aos jogos, mais recentemente houve uma fusão de universos. O universo Mortal Kombat encontrou o Universo DC, rendendo mais um jogo de luta onde podemos jogar com super-heróis conhecidos. Depois de Mortal Kombat II, Mortal Kombat: Deadly Alliance, Mortal Kombat vs. DC Universe e tantos e tantos outros, a franquia voltou ao nome simples lançando um novo jogo chamado simplesmente Mortal Kombat. Este para Playstation 3, Xbox 360 e Playstation Vita.

É, são 20 anos de franquia! E sabe o que é melhor? Já circula um trailer de um filme que será lançado ano que vem. Saca só:

Aproveite e veja também essa homenagem musical: Funk do Mortal Kombat.

Special: 

O Cordel de Antônio Francisco

Antônio Francisco

Não conheço tantos cordelistas assim, mas dentre os que conheço o que mais admiro é o mossoroense Antônio Francisco.

Tive o prazer de conhecê-lo em um encontro de cordelistas no Ceará há alguns anos (o único encontro de cordelistas que fui) e, em outra ocasião, o visitei lá em sua terra. Além de artista genial, Antônio Francisco é uma excelente pessoa, daquelas que não tem como não admirar.

Olha o que a Wikipedia tem a dizer sobre ele:

É filho de Francisco Petronilo de Melo e Pêdra Teixeira de Melo.

Graduado em História pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Poeta popular, cordelista, xilógrafo e compositor, ainda confecciona placas.

Aos 46 anos, muito tardiamente, começou sua carreira literária, já que era dedicado ao esporte, fazia muitas viagens de bicicleta pelo Nordeste e não tinha tempo para outras atividades. Muitos de seus poemas já são alvo de estudo de vários compositores do Rio Grande do Norte e de outros estados brasileiros, interessados na grande musicalidade que possuem.

Em 15 de Maio de 2006, tomou posse na Academia Brasileira de Literatura de Cordel, na cadeira de número 15, cujo patrono é o saudoso poeta cearense Patativa do Assaré. A partir daí, já vem sendo chamado de o “novo Patativa do Assaré”, devido à cadeira que ocupa e à qualidade de seus versos.

Seus cordéis são geniais em todos os aspectos. Sua escrita é fluida e rítmica, em forma perfeita; os temas são muito bem trabalhados; e os seus cordéis têm alma, são aqueles que dão gosto de ler, que conseguem nos emocionar. Como se não bastasse, ele também adora causas sociais. Ecologia e humanidade são os temas mais fortes em sua produção.

Pode-se ver alguns cordéis dele pela Internet. Eu localizei uns que adoro:

Veja aqui A Casa que a Fome Mora e diga se não é genial:

Eu de tanto ouvir falar
Dos danos que a fome faz,
Um dia eu sai atrás
Da casa que ela mora.
Passei mais de uma hora
Rodando numa favela
Por gueto, beco e viela,
Mas voltei desanimado,
Aborrecido e cansado.
Sem ter visto o rosto dela.

Vi a cara da miséria
Zombando da humildade,
Vi a mão da caridade
Num gesto de um mendigo
Que dividiu o abrigo,
A cama e o travesseiro,
Com um velho companheiro
Que estava desempregado,
Vi da fome o resultado,
Mas dela nem o roteiro.

Vi o orgulho ferido
Nos braços da ilusão
Vi pedaços de perdão
Pelos iníquos quebrados,
Vi sonhos despedaçados
Partidos antes da hora,
Vi o amor indo embora,
Vi o tridente da dor,
Mas nem de longe via a cor
Da casa que a fome mora.

Vi num barraco de lona
Um fio de esperança,
Nos olhos de uma criança,
De um pai abandonado,
Primo carnal do pecado,
Irmão dos raios da lua,
Com as costas seminuas
Tatuadas de caliça,
Pedindo um pão de justiça
Do outro lado da rua.

Vi a gula pendurada
No peito da precisão,
Vi a preguiça no chão
Sem ter força de vontade,
Vi o caldo da verdade
Fervendo numa panela
Dizendo: aqui ninguém come!
Ouvi os gritos da fome,
Mas não vi a boca dela.

Passei a noite acordado
Sem saber o que fazer,
Louco, louco pra saber
Onde a fome residia
E por que naquele dia
Ela não foi na favela
E qual o segredo dela,
Quando queria pisava,
Amolecia e Matava
E ninguém matava ela?

No outro dia eu saio
De novo a procura dela,
Mas não naquela favela,
Fui procurar num sobrado
Que tinha do outro lado
Onde morava um sultão.
Quando eu pulei o portão
Eu vi a fome deitada
Em uma rede estirada
No alpendre da mansão.

Eu pensava que a fome
Fosse magricela e feia,
Mas era uma sereia
De corpo espetacular
E quem iria culpar
Aquela linda princesa
De tirar o pão da mesa
Dos subúrbios da cidade
Ou pisar sem piedade
Numa criança indefesa?

Engoli três vezes nada
E perguntei o seu nome
Respondeu-me: sou a fome
Que assola a humanidade,
Ataco vila e cidade,
Deixo o campo moribundo,
Eu não descanso um segundo
Atrofiando e matando,
Me escondendo e zombando
Dos governantes do mundo.

Me alimento das obras
Que são superfaturadas,
Das verbas que são guiadas
Pro bolsos dos marajás
E me escondo por trás
Da fumaça do canhão,
Dos supérfluos da mansão,
Da soma dos desperdícios,
Da queima dos artifícios
Que cega a população

Tenho pavor da justiça
E medo da igualdade,
Me banho na vaidade
Da modelo desnutrida
Da renda mal dividida
Na mão do cheque sem fundo,
Sou pesadelo profundo
Do sonho do bóia fria
E almoço todo dia
Nos cinco estrelas do mundo.

Se vocês continuarem
Me caçando nas favelas,
Nos lamaçais das vielas,
Nunca vão me encontar,
Eu vou continuar
Usando o terno Xadrez,
Metendo a bola da vez,
Atrofiando e matando,
Me escondendo e zombando
Da Burrice de vocês.

Special: 

As Regras de Nome da Nintendo

Caixa do jogo fictício Escarlate 3D

Entre as características próprias da Nintendo – que não costumo ver em outras empresas do mundo dos games – estão os nomes de seus consoles. Desde o Super Nintendo até o ainda não lançado Wii U, a Nintendo oferece um padrão de nomes a quem quiser lançar jogos para os seus consoles.

Por exemplo, se Escarlate fosse uma franquia de games para consoles Nintendo, poderíamos ter:

JogoConsoleComentário
EscarlateNES e GameboyTínhamos que começar em algum momento.
Super EscarlateSNES 
Escarlate 64Nintendo 64 
Escarlate...?Game CubeToda regra tem exceção. Qual o padrão de nome do GameCube?
Escarlate WiiWii 
Escarlate DSNintendo DS 
Escarlate 3DNintendo 3DS 
Escarlate UWii U 

Claro que os fabricantes dos jogos decidem. Nem sempre é bom fazer referência ao console, especialmente se você pretende ter jogos multiplataformas.

Alguns preferem fazer simplesmente uma contagem independente do console, como a clássica franquia Final Fantasy. Outros preferem diferenciar os jogos por um subtítulo, como a também clássica Castlevania (que não deixou de aproveitar o mote da Nintendo, lançando Super Castlevania e o Castlevania: Dawn of Sorrow – faça a sigla pra descobrir pra que console foi).

Enfim, acho que esta é uma das características que ajudam a compor o “jeito Nintendo” de ser.

Uzebox, plataforma aberta para jogos

Você já pensou em algum momento em desenvolver jogos para videogame? De videogame mesmo! Há algumas opções para isso. Geralmente os fabricantes de consoles não deixam você criar jogos a menos que tenha uma empresa sólida e esteja disposto a assinar um contrato caríssimo com eles.

A despeito disso, existem bibliotecas criadas pelos próprios fãs. São bibliotecas de programação que geralmente oferecem muito pouco dos recursos suportados pelas plataformas, mas que podem ser usadas para algo simples. Quer dizer, infelizmente na maioria das vezes o jogo que você venha a fazer será barrado no console por dispositivos de proteção, a menos que seu console seja "desbloqueado".

Qual seria a melhor solução então? Você pode fazer jogos para computador ou pode recorrer a uma plataforma livre!

Até o momento, a única plataforma que conheço desse tipo é a Uzebox, com especificações abertas, implementando um console retrô, de 8 bits.

Veja as especificações do brinquedo:

  • Baseado em interrupções: não precisa de contagem de ciclos, mixagem de som e geração de video são feitas em background
  • mecanismo com 4 canais de som: O subsistema de som é composto de 3 canais wavetable e 1 PCM. O som é mono de 8 bits, mixado a ~15Khz
  • 256 cores simultâneas em modo 3:3:2 (Vermelho: 3 bits; Verde: 3 bits; Azul: 2 bits)
  • Resolução: 9 modos de video, oferecendo até 360x224 pixels (apenas tiles, tiles e sprites, e modos de video bitmap)
  • Rolagem de tela cheia em certos modos de video
  • Sprites: até 32 sprites simultâneos
  • Entradas suportadas: dois joysticks compatíveis com Super Nintendo (o que inclui o mouse de Super Nintendo)
  • MINI: Com um sequenciador de música, permite a criação de músicas diretamente no console
  • API para SD/MicroSD e FAT16
  • GameLoader: Leitor de boot de 4K permite iniciar jogos a partir de cartões SD formatados em FAT16
  • Emulador perfeito multi-plataforma com suporte GDB para fácil desenvolvimento
  • Múltiplas ferramentas para converter MIDI, arquivos de som e gráfico para incluir arquivos.

Assim, você pode criar jogos para Uzebox e colocá-lo para funcionar no aparelho. Bom, o aparelho é um problema. Não é tão fácil conseguir um Uzebox quanto um Playstation 2 ou mesmo um console compatível com o Nintendinho.

Até o momento, o Uzebox é um projeto do tipo faça-você-mesmo. Você compra a placa mãe e se vira para montar seu próprio console, com base em tutorial disponível na Internet.

No fim, você terá um videogame de 8 bits, com suporte a cartão SD (de onde lê o jogo) e joystick de Super Nintendo. Claro, a menos que você bole alguma coisa criativa e funcional, você terá tudo isso sem carcaça, só as placas e circuitos soltos.

É uma pena que não haja projetos desse tipo para consoles de maior poder gráfico. Se bem que eu não sei até que ponto isso seria necessário hoje em dia. Talvez valesse mais a pena preparar um computador com GNU/Linux e joysticks se quiséssemos algo melhor.

De qualquer forma, deixo a dica.

Special: 

Paraguai: mais um Golpe de Estado na América do Sul

Era uma vez um bispo que queria ser presidente, mas seu país não aceitava um sacerdote de qualquer religião assumindo um cargo desses (se todo mundo tivesse leis assim não teríamos políticos propondo leis ridículas, que privilegiam suas próprias crenças obrigando todos a seguirem-nas). Enão ele pediu ao Papa para deixar de ser bispo e se candidatou. Venceu e só depois o Papa finalmente aceitou seu pedido.

Foi o primeiro bispo na história da Igreja Católica a pedir (e conseguir) o estado laico para entrar na política.

Com campanhas versando sobre reforma agrária e redução da desigualdade social, esse ex-bispo seguiu. Mas ele tinha um vice de outro partido, que não gostava mais do caminho que sua política estava tomando. E tinha um rival que pensava nas próximas eleições e tinha medo. Um que desejava a presidência e temia o carismático "Bispo dos Pobres".

Assim foi que, num certo dia, o bispo recebeu um processo de Impeachment. A razão foi um incidente entre manifestantes e policiais, nos campos, que levou a quase vinte mortes. Um incidente atribuído ao bispo. E assim, cerca de um dia depois, sem ter tempo para uma defesa, ele é deposto do poder e substituído pelo seu vice.

Essa historinha não é uma fábula. Está acontecendo agora. O bispo se chama Fernando Lugo, o vice é Federico Franco. O país, o Paraguai.

É triste ver como a América Latina se torna cada vez mais um ambiente podre politicamente. Em 2009 houve um golpe militar em Honduras, que até hoje não está solucionado. Agora, temos esse novo golpe de estado bem aqui entre nossos vizinhos.

Sobre o Paraguai ainda é muito cedo mas, assim como houve em Honduras, a posição que se está desenhando é de não reconhecimento pela comunidade internacional ao novo poder estabelecido mediante tal atentado à democracia. Só os EUA, "defensores da democracia" (devidamente entre aspas), é que pediram calma aos milhares de manifestantes paraguais que estão nas ruas pedindo que se desfaça essa lambança.

Aqui no Brasil, por outro lado, essa corja aumenta seus próprios salários sucessivas vezes (e em altos montantes a cada vez) ao passo em que corta direito dos funcionários de serviços públicos (estamos com mais de 50 universidades federais em greve). Onde é que isso tudo vai parar?

Está por fora desse Impeachment? Que tal dar uma olhada nessa matéria da Band?

The Legend of Zelda - Skyward Sword

A série The Legend of Zelda havia aparecido no Nintendo Wii no título Twilight Princess. O jogo era uma adaptação de um título anterior para Game Cube (com o mesmo nome). Fora este e os jogos acessíveis via Virtual Console, não havia ainda um Zelda para Wii e o console não poderia terminar sua vida sem um. Assim, no final de 2011, foi lançado um novo Zelda. Este exclusivamente para Wii. O Skyward Sword.

Antes de mais nada é preciso ser dito que Zelda é uma franquia incrível e que sempre influencia muita gente. Muito da mecânica dos jogos de ação atuais, por exemplo, devem ao Ocarina of Time, o primeiro jogo de Zelda para Nintendo 64.

Outra característica interessante é que os jogos da série tendem a se moldar ao console para o qual são lançados, tentdando explorá-lo da melhor forma. Foi assim com o Nintendo 64 e seu 3D e Z-Button; foi assim com os títulos para DS e a interação via tela sensível a toque; e é assim no Wii.

Se o Wii também roda jogos para Game Cube - pode-se questionar - por que relançaram Twilight Princess? A resposta é: o controle. A versão para Wii utiliza o wii motion, o controle sensível a movimentos. A proposta é que o Link reprodusiria os movimentos que fizéssemos jogando. A ideia era boa, mas não foi tão perfeita quanto os fãs gostariam. Nem poderia ter sido, já que ainda não havia o motion plus!

O motion plus corrigiu algumas coisinhas do motion original, aprimorando e muito a fidelidade do sensor.. Com ele é possível ao Wii perceber com mais clareza o movimento que o jogador fez, em que direção. E nisto está uma das grandes diferenças entre esses dois Zeldas: o Skyward Sword usa o motion plus com perfeição.

Eu já havia jogado outros Zeldas antes, mas muito antigamente. E não havia explorado um tão a fundo quanto este mais recente. Por isso, boa parte das minhas impressões sobre o jogo pode nem ser tão relevante assim; podem ser impressões inerentes à série como um todo, mas vamos lá.

A história se passa em uma época antiga, antes mesmo dos outros Zeldas, e por isso traz várias revelações importantes (revelações que, certamente, não farei aqui para não estragar a surpresa). Link mora em Skyloft, uma cidade flutuante. Nesse mundo a superfície é um lugar maldito e perigoso, por isso a Deusa separou seu povo do mundo do chão, criando essa ilha.

Tudo no jogo é incrível e perfeito. O gráfico do jogo não é realista, mas é artístico. É como se você jogasse em um quadro vivo. A trilha sonora prende. Os personagens são carismáticos, com seus problemas (sim, há várias pequenas side-quests que o Link tem que cumprir no decorrer do jogo). E a jogabilidade é muito boa. Em certos momentos é bastante difícil, mas não por ter uma jogabilidade complicada: temos a dificuldade e as ferramentas para superá-las. Como é comum em Zelda, os inimigos têm pontos fracos. Temos que ter estratégia para vencer. Diferente do que é comum no universo Playstation e que acho ridículo: apertar botões para reproduzir a sequência que aparece na tela. Quem já jogou God of War sabe do que estou falando. Como se não bastasse esse tipo de desafio besta, os botões do Playstation são formas geométricas. Não parece teste de Q. I. de macaco? Aqueles de encaixar a pecinha quadrada no buraquinho quadrado? Mas deixa quieto, vamos voltar pro Zelda. A questão é que em Zelda as batalhas são dinâmicas: você é que está no controle.

Ainda sobre jogabilidade, é incrível a variação que temos. Há o modo de movimentação normal, mas logo precisa voar montando um enorme pássaro vermelho: a jogabilidade muda. De repente você consegue um estilingue. E aí o utiliza apontando para a tela para mirar. E por aí vai. É um jogo rico em termos de experiência de jogador.  Mesmo depois de jogar metade do jogo, ele ainda consegue nos surpreender trazendo um novo tipo de missão ou uma jogabilidade nova.

Também é comum nos jogos da série haver um instrumento musical chave na história. É, meus amigos, o Link não é um guerreiro apenas: ele tem uns bons níveis de bardo. Por falar em níveis, aqui temos outra diferença dos jogos da série Zelda para os RPGs conhecidos: o Link não evolui com as lutas, quem evolui é o jogador. Você vai descobrindo jeitos mais eficientes de vencer os desafios. A evolução que ocorre no Link vem com a história, com pontos-chave. Assim, não existe aquilo de ficar buscando combates aleatórios para ganhar XP e passar de nível antes de enfrentar um chefe. Na verdade, esse jogo em particular até acrescenta um motivo para lutar com os monstrinhos que aparecem. Eles às vezes deixam pequenos objetos, que podem ser utilizados no aprimoramento de itens.

Mas eu estava falando do fato de o Link ser bardo. Em Skyward Sword, o instrumento é uma lira que eles chamam de harpa. Muitos fãs criticaram que ela foi subutilizada. Eu sei, historicamente podemos parar em qualquer momento e tocar uma das músicas-magias que aprendemos; e isso não há neste jogo. Neste, a música tocada depende do contexto. E onde nenhuma música é esperada, o Link não toca uma música, só "desliza os dedos na harpa para praticar". Eu em particular não achei isso tão ruim assim. Lembra? Já falei aqui no Bardo WS da música tema deste jogo, numa versão tocada por duas gêmeas harpistas.

Outra grande mudança é a companheira de Link em sua busca pela Zelda. Desta vez, ao invés da fada Navi, quem o acompanha é Fi, um espírito da espada que ele carrega, criado pela própria Deusa para guiá-lo.

The Legend of Zelda - Skyward SwordFalei que o Link mora em Skyloft, não? Mas ele precisa ir à superfície à procura de Zelda. Como há poucos lugares lá aonde o Link vai, o roteiro nos faz visitar mais de uma vez esses cantos. A revisita não é cansativa, como se pode pensar. Pelo contrário. Nas revisitas podemos apreciar mudanças no mundo que achávamos já conhecer. Sejam locais que eram inacessíveis, seja por mudanças de fato acontecendo onde já passamos anteriormente.

Enfim, quando The Legend of Zelda - Skyward Sword foi colocado em pré-venda eu comprei. Antes mesmo de ter o Wii. Posso dizer, com certeza, que comprei o Wii por causa desse jogo. E posso dizer também que é o melhor jogo que já joguei na vida. Talvez minha experiência com jogos não seja tão grande assim e talvez hava algum jogo por aí que desbancaria este no meu gosto pessoal, mas independente de qualquer coisa é um jogo que com certeza recomendo. Especialmente se você, como eu, tem se desanimado com o rumo para onde o mercado de jogos, em geral, tem ido, focando cada vez mais o fotorrealismo e cada vez menos a diversão.

A edição 27 da Revista Nintendo Blast trouxe este jogo como matéria de capa.

Special: 

Técnicas de Acessibilidade, de Jalves Nicácio

Jalves foi um colega de faculdade quando cursei Computação na UFAL. Um amigo de debates mais variados em torno de assuntos ligados a tecnologia (ou não). Lembro bem quando ele trabalhava na biblioteca do SENAI, já depois da UFAL, e que eu muitas vezes visitava para podermos trocar ideias.

Há alguns anos ele fechou uma parceria com a Edufal que resultou em algumas coisas interessantes. Todas girando em torno da Acessibilidade:

  1. A mudança do site da editora, para que se tornasse acessível;
  2. Um livro ensinando a navegar com leitores de tela. Um livro em Braille;
  3. Um manual ensinando como ajudar a criar uma web acessível.

Percebem a grandeza da coisa? Primeiro, preparar o site para ser acessado por deficientes visuais. Depois, um manual voltado para os deficientes visuais ensinando-os a navegar, não apenas no site da editora, obvio. E, para fechar, um manual para desenvolvedores web, de modo a incentivar que se crie uma rede para todos.

Ele cumpriu com a missão e fez os três. Só este ano, porém, eu pude ler o seu livro técnico, que consistia no terceiro estágio desse processo: Técnicas de Acessibilidade - Criando uma web para todos.

O livro traz o básico sobre HTML e acessibilidade e então vai apresentando - com alguns exemplos - conceitos de semântica e pequenas, mas eficientes, ações práticas.

Também deve ser ressaltado que o livro traz uma leitura leve, objetiva e de linguagem simples. Apesar de não se aprofundar muito (nem é o objetivo da obra), é um excelente começo para quem quer entender por que os sites precisam mudar; e quer um guia, um norte com dicas de como começar.

Se quiser lê-lo, mais um ponto bacana: além da versão impressa lançada pela Edufal, o Jalves publicou em seu blog o PDF do livro para download!

Espero que sua carreira como autor de obras técnicas não pare por aqui e que vejamos breve novos manuais do grande Jalves.

TítuloTécnicas de Acessibilidade - Criando uma web para todos
AutorJalves Mendonça Nicácio
EditoraEdufal
GêneroTécnico
Special: 

Lista de Pacotes Indie

Este post é uma tradução livre autorizada do artigo List of Indie Bundle, artigo publicado em fevereiro de 2012 no blog Swift World.


Recentemente encontrei outro tipo de site de pacote indie, então resolvi fazer uma lista curta de alguns dos sites de pacotes melhor estabelecidos. Aqui você encontra uma lista de sites que eu compilei rapidamente para servir de referência (não é uma lista realmente exaustiva e nem se propõe a conter todos os pacotes indie existentes na Internet). Se você souber de mais algum site que ofereça grandes pacotes, sinta-se livre para deixar um comentário ou me contactar que eu atualizarei a lista.

Introdução

Antes de começar com a lista, creio que uma introdução sobre sites de pacotes de jogos seja bastante importante. Tornados populares graças ao Humble Indie Bundle, sites de pacotes indie oferecem conteúdo a preços que são decididos por você, consumidor. Conteudo usualmente inclui uma variedade de jogos para computador independentes, amavelmente ofertados diretamente pelos desenvolvedores. Recentemente, o primeiro pacote para Android OS foi apresentado e logo em seguida vieram músicas independentes e trilhas sonoras oficiais de jogos. Há também vários tipos de conteúdo tais como versões alfa, previews e código-fonte que podem ser comprados. Esses sites usualmente funcionam de modo que você decide o preço que você quer pagar por um pacote qualquer que eles ofereçam. Dependendo de quanto você paga, você pode ou não estar apto a decidir de que forma o valor pago será dividido e dado a várias partes (desenvolvedores, organizações de caridade, dentre outros). Depois de pagar, você recebe um código ou link para download dependendo do conteúdo que estiver sendo ofertado. Usualmente os jogos, se forem baixados diretamente, vem livres de DRM (controles de cópia) e se não um código (de algum portal de jogos como o Steam) servirá para você resgatar os jogos. Feita a explanação, vamos dar uma olhada em alguns sites que você pode frequentar à procura de algunspacotes de jogos indie.

Humble Bundle

Humble Bundle

Um dos sites de pacotes mais antigos e populares, que tornou os pacotes de jogos famosos, o Humble Bundle (Pacote Humilde) oferece conteúdo indie incrível.e na maioria das vezes ainda vem com material bônus. O Humble Bundle permite ao consumidor definir de que maneira o dinheiro é dividido. Há um mínimo que você tem que pagar para propósitos administrativos. Conteúdo bônus é dado usualmente se você cobrir o preço médio pago até aquele momento quando você fez sua compra. A trilha sonora original para os jogos também está disponível para download. O Humble Bundle é um site fantástico para frequentar (ou simplesmente assinar o boletim de novidades por email) se você estiver interessado em algus dos títulos independentes mais interessantes e de maior qualidade.

http://www.humblebundle.com/

Groupees

Groupees é um site que começou cerca de 14 meses atrás, oferecendo tanto músicas quanto jogos em seus pacotes. Só agora, porém (na época em que o artigo original foi publicado), o pacote "Be Mine Indie Game Bundle" se colocou no radar do público mainstream, e no meu. Não é surpresa que este pacote ofereça alguns dos jogos indie mais espetaculares como o Xotic e Sideway New York. O site lhe permite pagar qualquer quantia (com o mínimo de um dólar) e porcentagens diferentes (varia de acordo com o pacote) vão para diferentes organizações de caridade. Por exemplo, o pacote "Be Mine" doará 25% à instituição Child's Play. O site também dá a oportunidade de os doadores mais generosos receberem coisas únicas, como uma arte conceitual original assinada e emoldurada, direito de nomear personagens no jogo que está sendo desenvolvido atualmente, bem como CDs autografados e camisetas. Se mais de um pacote estiver sendo planejado, Groupees é definitivamente o site que você desejará incluir em suas visitas diárias. Também, se você estiver interessado em outro conteúdo, tais como músicas, livros digitais e todos os outros tipos de conteúdo digital, Groupees também lhe oferece isso.

http://groupees.com/

Indie Royale

Indie Royale é outro bom site de pacotes de jogos, oferecendo jogos independentes relativamente bons. Seus pacotes (em minha honesta opinião) usualmente consistem de 2 a 3 títulos indie medianos, sendo o quarto de um nível mais alto. Todos os pacotes também começam com um mínimo que você deve cobrir para comprá-los. Esse mínimo se ajustará dependendo da quantia média que as pessoas escolheram pagar. Dependendo do pacote, o dinheiro coletado usualmente vai para apoiar os desenvolvedores participantes. Novos pacotes são lançados com frequência média mensal (apesar de o FAQ no site dizer que eles são lançados uma vez a cada quinzena). É um grande site pra se ficar de olho, que traz algumas surpresas de vez em quando.

http://www.indieroyale.com/

Indie Gala

Indie Gala, o mais novo site desta lista, apresentou seu primeiro pacote em dezembro do ano passado. Seu pacote de estréia incluiu vários títulos-chave indie for qualquer preço que você queira pagar. Para o primeiro pacote, pagando acima da média lhe garante um conteúdo de bônus. Atualmente, estão usando o esquema de pagamento de camadas, variando o conteúdo de bônus que você recebe de acordo com a faixa onde o seu pagamento se encaixa. Você pode escolher de que forma seu pagamento será dividido entre os desenvolvedores, instituições de caridade e o site propriamente. Os pacotes usualmente incluem músicas que podem ou não estar relacionadas aos jogos, fazendo deste um dos pacotes que melhor atenderão a quem tenha interesse tanto em música como em jogos. Com a quantidade de conteúdo provida a cada pacote até o momento, este é definitivamente um site de pacotes de jogos que você desejará ter em seus favoritos.

http://www.indiegala.com/

Outros

Podem haver outros lá fora e certamente haverá muitos mais no futuro. Se você achar algum site que ofereça pacotes decentes de jogos, sinta-se à vontade para deixar um comentário e me contactar. Eu me assegurarei de escrever alguma coisa para dar uma checada em qualquer novo pacote que seja lançado. Por ora, estes são os mais populares e bem estabelecidos, e definitivamente devem ser suficientes para satisfazer suas necessidades por jogos.

Special: 

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