Redblade #01 - O Portador

Ela não possui poderes sobre mortos, trovões ou sobre o fogo. Não controla pessoas, nem teleporta ninguém. Não abre portais multi-dimensionais e também não é capaz de disparar qualquer tipo de projétil, tampouco envolve quem a empunha com uma aura mística que o proteja de todos os golpes. Apesar disso, trata-se simplesmente do artefato mais poderoso conhecido. Seu poder não precisa de muitas linhas para ser descrito: seu portador nunca erra um golpe. Simples assim.

 

Existem mais coisas entre o céu e a Terra do que sonha a vã filosofia de quem disse isso pela primeira vez.

Em sua fúria incontível o vi, sim, sei que vi: derrubar todos que pensavam contra ele, com sua espada dançando entre corpos que iam ao chão.

É ele. Tamanho poder que nenhuma profecia ousou mencioná-lo.

Dentre o silêncio dos mortos que vêm do além incomodar os pobres vivos para que lhes façam companhia, um som de metal. Metal rubro deixando sua bainha.

Pouco a pouco os mortos vão voltando a se comportar como deviam. Como mortos, inertes no chão. Pouco a pouco as cabeças caem, braços se desprendem e corpos decompostos se abrem ao meio.

O que eram milhares... Centenas... Dezenas... Acabou. Abaixando-se sobre o joelho direito em ar nobre e altivo, reembainha sua espada enquanto cumprimenta possivelmente os espíritos que devem ter sido libertados dos corpos-cárceres.

E os poucos vivos de antes permanecem vivos. Não mais que quinze, nem menos que vinte. Alguns feridos, outros nem tanto. Todos saem aos poucos, ainda em estado de choque, enquanto ele faz daquele palco de mortos um templo.

O mundo hoje é um caos e não é preciso ser um gênio para perceber. Em todos os lugares, guerra. Há caos, há sangue. Principalmente aqui na velha Europa. Quantos países ainda estão de pé, não sei ao certo. Melhor seria contar essa história como uma viagem alegre pelos pontos turísticos de terras que tanto têm a ensinar, mas algo aconteceu nos últimos meses e o mundo não é mais o que conhecíamos.

Mortos voltaram por todos os lados e é difícil encontrar um lugar que se possa chamar de seguro...

Em meio a tantos perigos, heróis também surgem. Sim, heróis! Ainda me demorarei mais falando do pouco que sei sobre eles! Há grupos, há guerreiros solitários... Mas os ventos do norte devem trazer um novo sabor para os dias vindouros...

P. S.: Publicado inicialmente na Revista BrOffice.org #10

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