Redblade #02 - O Arqueiro

Não importa o quanto corra ou onde se esconda. Se ele não alcança, mas suas flechas sim. Se isso fará diferença ou não, não lhe cabe julgar, só disparar. O papel das ondas é se jogarem contra os rochedos. O quebrar das pedras já não lhe cabe...

 

Dizem que ele chegou a participar das olimpíadas defendendo seu país. Jörg Koppar é seu nome. Um alemão brincalhão que aprendeu a controlar seu nervosismo no esporte.

Tem todo jeito de quem pratica arco e flecha desde criança. Confiante e eficiente no que faz. Vem da Turíngia, um dos estados da Alemanha e, diferente do Richard, este sim gosta de conversar. Se deixar passa o dia todo falando de sua terra, da sua noiva Barbara e de tudo o que deixou para trás...

Estranhas são as voltas que o mundo dá. Enquanto o portador da Redblade detruia todos aqueles mortos-vivos na praça central, era de uma das janelas do terceiro andar do Hôtel de Lisa que algumas flechas voavam e acertavam corpos mortos andantes. Não parecia machucá-los, mas o que espantava era a precisão dos golpes. A precisão com que as flechas voavam da janela em direção aos alvos.

Ainda não sei que força nos uniu nessa estranha e distante cidade. Menos ainda o que se espera de nós.

Quando os últimos corpos iam ao chão pelos movimentos da Redblade, Jörg aparece na praça.

“Gute arbeit!”, gritava Jörg, ou qualquer coisa parecida com isso. Não sou exatamente o que se pode chamar de “perito em alemão”.

Richard, ao final do silêncio, reembainhou a espada olhando aquele estranho se aproximar.

“Vou kommst du her?” ou qualquer coisa parecida... Não fazia muita diferença, Richard parecia não entender, de qualquer forma.

“Do you speak English?”, solta então a pergunta clássica dos donos do mundo. Sempre o “English”... Não importa se o outro é alemão, se estão na França... Todo mundo tem que falar o tal do “English”. De qualquer forma, hei de admitir que o inglês me é bem menos difícil de compreender do que o alemão.

Os dois conversaram um bocado com um “English” moderado, mas Richard não parecia lhe dar tanto valor. Falaram sobre o que vinham fazer nessa terra estranha, sobre o que já souberam de mortes, acidentes e situações parecidas com a que havíamos presenciado há poucos minutos... Como se não bastasse surgirem mortos-vivos ali, eles vêm surgindo também em outros cantos mundo afora. O mundo é mesmo louco.

Antes de virmos aqui, as notícias eram constantes. Fantasmas, mortes e as coisas mais estranhas. Tão estranhas que sempre pareceram distanhe smbtatools represent the end user tools for the SMB Traffic Analyzer project. With SMB Traffic Analyzer, the network traffic caused on a Samba network can be statistically analyztes de nós. Mas estávamos mais pertos disso tudo do que pensávamos. Hoje estamos aqui.

Aquela limpeza que Richard fez na praça foi mesmo incrível, mas há poucos vivos depois de tudo. E quando falo poucos, pretendo evocar toda a completude do significado da palavra, quanto à sua pequenês.

Jörg é gente boa, no fim das contas. Vem passando por uma situação difícil, como todos nós. Por um lado, longe de casa como tantas vezes já estivemos. Desta vez é diferente: não há um jeito fácil de voltar e nem ao menos de sabermos se ainda temos uma casa para onde voltar. Já faz dias que aqui não se encontra luz... Em nenhum sentido.

P. S.: Publicado inicialmente na Revista BrOffice.org #11

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Comentários

imagem de Carlos
Enviado por Carlos (não verificado) em 27. Abril 2013 - 2:24

Linda frase: "Não importa o quanto corra ou onde se esconda. Se ele não alcança, mas suas flechas sim. Se isso fará diferença ou não, não lhe cabe julgar, só disparar. O papel das ondas é se jogarem contra os rochedos. O quebrar das pedras já não lhe cabe..."

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