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Compartilhamento de perfis do Firefox

Algumas aplicações têm um modo próprio de encarar as coisas e contornar certos problemas. Um exemplo é o Netscape, que para levar mais conforto aos usuários que compartilhavam um mesmo computador, criou um sistema próprio de perfis.

Em Unix ou Não-Unix (GNU/Linux) o controle de usuários já é utilizado há tempos, de modo que cada usuário tem automaticamente um perfil próprio para cada programa que utilize. Isso não acontecia em todas as plataformas para as quais o Netscape foi criado, por isso a Netscape desenvolveu esse gerenciador de perfis.

Hoje quase todo computador utilizado tem controle de usuários (ou deveria ter, ou permite ter), de modo que um gerenciador de perfis não faz mais sentido, certo? Bem, não exatamente... E felizmente a idéia de gerenciar perfis permanece no SeaMonkey, no Firefox e no Thunderbird.

O que fazer com Perfis

Algumas sugestões de uso para o gerenciamento de perfis:

  • Você já deve ter notado - ou ouvido falar - que o Firefox pode se tornar muito pesado quando você instala um monte de extensões. Se você realmente precisa de muitas extensões para fins distintos, pode usar perfis para driblar o peso. Por exemplo, criar um perfil para desenvolvimento web, com suas devidas extensões, outro para uso normal;
  • Se você é cismado com sites de comércio eletrônico e bancos acessados pelo mesmo navegador que usa cotidianamente, pode criar um perfil "Confiável" que utilize só para acessar esses serviços, deixando o outro para o uso diário;
  • Você pode usar um perfil deixar o navegador em um idioma diferente. Se precisa que o navegador esteja em Português e Inglês, por exemplo, crie dois perfis e escolha qual utilizar na inicialização.
  • Se você utiliza um computador compartilhado com outros usuários e não usam vários logins para acesso, deveria passar a utilizar esse controle. Se não depende de você esta decisão, o gerenciamento de perfis pode quebrar um galho para que cada um tenha seus próprios favoritos, históricos, etc.
  • O gerenciador de perfis também é útil para permitir acessar o perfil de outra instalação do Firefox.

Acessando Firefox Portable

Antes de mais nada, você deve instalar o PortableApplications com o Firefox Portable pelo Windows. Veja como fazer isso neste passo-a-passo.

Agora, pelo GNU/Linux (ou por qualquer outra plataforma onde você tenha um Firefox instalado e da qual queira acessar seu perfil portável), execute:

$ firefox -ProfileManager

Ou iceweasel -ProfileManager se estiver no Debian.

A janela que aparece é bem enxuta e intuitiva.

Ela lista os perfis disponíveis, com as opções de criar, remover e renomear um perfil, além de permitir entrar no Firefox usando o perfil selecionado ou desistir.

Acesse o pendrive e clique em Create Profile para criar um novo perfil.

Clique em Next.

Nesta janela, digite o nome que você quer dar ao perfil. Clique no botão Choose Folder e procure a pasta PortableApps/FirefoxPortable/Data/profile dentro do seu pendrive. Basta clicar em Finish para concluir.

Feito isso, basta você acessar o pendrive e executar o Firefox selecionando este perfil e pronto! Já está acessando seu perfil móvel.

Dicas Adicionais

  • Desabilite Cache e Histórico. Isso poupa seu pendrive de uma sobrecarga de acessos. Basta ir em Editar > Preferências e desmarcar tudo que estiver na aba Privacidade.
  • Essa dica também funciona com o SeaMonkey, mas neste caso esteja muito atento ao nome do perfil: ele procurará/criará uma pasta com o nome do perfil na pasta que você selecionou na hora de criação do perfil.
  • No Debian, Firefox é Iceweasel, SeaMonkey é Iceape e Thunderbird é Icedove. Não se incomode com isso: internamente são as mesmas coisas.

P.S.: Imagens originais utilizadas na imagem deste post: Fire e FoxHead.

Special: 

Aplicações Portáveis no Pendrive

Uma memória flash removível, mais conhecida como pendrive, é um dispositivo muito útil para aquelas informações que podemos precisar acessar a qualquer momento. Arquivos de texto, planilhas, livros e outros arquivos úteis; mas você não precisa se limitar a arquivos. Por que não utilizar softwares inteiros direto a partir do pendrive sem precisar instalar? Para isso existe o projeto Portable Apps.

Só uma observação: estamos falando de Windows neste caso...

Aplicativos portáveis são possíveis se forem concebidos para funcionar assim. Mas quando se trata de Softwares Livres, eles podem ser modificados e recompilados para que funcionem de maneira portável: eis mais uma vantagem de um software ser livre!

Além de você poder utilizar seus programas principais em qualquer lugar, outra vantagem de um programa portável é que seu perfil de usuário também fica no pendrive. Ou seja, se você usa o Firefox portável e salva um favorito, a informação fica salva no pendrive e você terá acesso a isso quando for executar o seu Firefox portável a partir de outro computador.

O site PortableApps.com é mantido por John T. Haller, que criou uma forma de agrupar vários aplicativos portáveis. Assim, o site oferece o PAM (PortableApps Menu) que lista os programas portáveis instalados no pendrive e permite instalar novos programas facilmente.

Para começar, você tem que decidir o que quer. São três opções possíveis:

  • Instalando a Standard, você ocupará mais de 200M, mas terá o navegador Firefox, o cliente de e-mail Thunderbird, a agenda Sunbird, o OpenOffice.org, o programa de mensagem instantânea GAIM, o anti-vírus ClamWin e o jogo Sudoku;
  • Instalando a versão Lite, não terá OpenOffice.org e terá um bom espaço livre a mais por conta disso. Fora a troca do OpenOffice.org pelo AbiWord, esta distribuição tem os mesmos aplicativos que a full;
  • Você pode também instalar a versão Base, que só instalará o PAM, sem nenhum programa adicional. Ocupa menos de 1M.

Qualquer dessas soluções apresentadas instalará o PAM, que é o programa central do PortableApps. Se você tem pressa - ou se a lista de programas padrão satisfaz suas necessidades -, escolha uma das duas primeiras opções. Se está com tempo e quer escolher todos os programas que vai instalar, escolha a Base. Mas é permitido em qualquer das três opções tanto instalar quanto remover programas.

Aplicativos Possíveis

Aqui segue a lista dos aplicativos portáveis que considero mais interessante, daqueles disponíveis hoje no site.

  • Mozilla Firefox, Portable Edition - este é o mais interessante e não ocupa lá tanto espaço. É mais interessante porque seu perfil do Firefox também fica no pendrive. Além do mais, todas as extensões do Firefox que você instalar estarão igualmente instaladas no pendrive, ficando disponíveis em qualquer computador. Para quem não está familiarizado com o Firefox, há extensões para baixar vídeos do YouTube, acompanhar previsão do tempo, cliente IRC completo e muitas outras;
  • Mozilla Thunderbird: esta é outra boa opção se você gosta de manter controle sobre seus e-mails. Usando o Thunderbird portável, você pode acessar e-mails enviados e recebidos de qualquer canto. A desvantagem clara é que e-mails ocupam espaço, principalmente quando vêm com anexos;
  • GAIM é um programa para mensagem instantânea que suporta diversos protocolos. Você pode acessar sua conta MSN, Google Talk, Yahoo!, ICQ e até IRC, dentre outras opções mais. Pode não parecer lá essas coisas pois existem serviços de mensagem instantânea via web, como o Meebo, mas o GAIM tem uma interface simples, é um programa desktop, ou seja, tem avisos de mensagem, ícone na bandeja... E é capaz de guardar o log de todas as conversas que você fez, o que é bom em alguns casos. O GAIM mudou de nome para Pidgin e em breve a versão portável também deve mudar de nome também, mas por enquanto ainda é GAIM.
  • OpenOffice.org é um pacote de programas para escritório que provê editor de textos, planilha eletrônica, apresentação de slides, banco de dados simples e programa para desenho vetorial. Do nível dos programas de escritório mais famosos, como o MS Office e o WordPerfect Suite, lê e salva em diversos formatos. Só ocupa muito espaço para um pendrive mais modesto...
  • ClamWin - você utiliza muitos computadores de confiabilidade duvidosa? Não é uma solução perfeita, mas você pode ter seu próprio anti-vírus instalado no pendrive e passar nos computadores que for utilizar.
  • VLC - este é um tocador de multimídia excelente. Reproduz diversos formatos de audio e vídeo. MP3, Ogg Vorbis, DivX, FLV (formato utilizado pelo YouTube, por exemplo) e vários outros mais.
  • Sunbird é outra aplicação Mozilla, desta vez uma agenda.
  • Sumatra - esta aplicação foi adicionada recentemente ao PortableApps. É um leitor de PDF bem pequeno.
  • 7-Zip - aplicativo de compressão que abre RAR, ZIP, GZIP, BZIP2, ISO e até RPM e DEB, dentre outros formatos. Além de oferecer um formato próprio de compressão, mais eficiente, o 7z.

Os outros aplicativos oferecidos são:

  • Sudoku - joguinho de Sudoku, aquele com um monte de quadrados e números.
  • GIMP - GNU Image Manipulation Program - é um programa para lidar com fotos. Tem ótimos recursos de filtro e efeitos, além de suportar uma infinidade de formatos.
  • Audacity - este é o programa para editar audio, permite mixar, cortar, aplicar efeitos... Suporta Wave, Ogg e MP3.
  • Filezilla é um cliente FTP muito utilizado em outros tempos (realmente não sei se ainda é). É muito bom e completo, mas se preferir, você pode usar para este fim a extensão FireFTP para o Firefox.
  • NVU - poderoso editor de HTML WYSIWYG, baseado no Composer, que integra o SeaMonkey;
  • Putty. Se você precisa freqüentemente acessar máquinas por SSH ou Telnet, o Putty portável é uma boa opção.
  • XAMPP é uma distribuição de Apache, que creio ser o servidor web mais respeitado hoje em dia, que vem com MySQL, PHP, Sqlite e outros aplicativos, como o phpMyAdmin.
  • Achou o OpenOffice.org muito pesado mas ainda precisa de um editor de textos? O AbiWord resolve. Só esteja ciente que, embora seja um editor de textos bom, seu suporte ao formato do MS Word não é tão bom quanto o do OpenOffice.org...
  • Não gostou do GAIM? Tem também o Miranda, outro cliente de mensagem instantânea.
  • Mac-on-Stick permite executar o Mac OS Classic 7 de maneira portável. Não, nunca usei e nem sei qual a exata utilidade disso... :-P
  • KeyPass Password Safe Portable é um gerenciador de senhas, que também nunca utilizei, mas se você precisa guardar suas senhas para acessá-las de qualquer lugar, de forma segura e portável, deve ser uma boa opção.

Instalando

Uma vez feito o download do PortableApps Suite (versão Standard, Lite ou Base), você deve executá-lo com o pendrive já colocado e acessível no computador. Aparecerá uma janela perguntando onde instalar o PortableApps: escreva a letra de drive com a qual o pendrive está sendo acessado agora (E? F?) e coloque com dois pontos nesta janela. Por exemplo, "E:\".

Pronto! Já está instalado! A partir de agora, quando você plugar o pendrive em um computador com Windows se apresentará uma opção extra, além das que já apareciam: Start PortableApps.

Escolhida esta opção, o PAM será executado. Veja abaixo como vai se parecer. O icone na bandeja serve para mostrar/esconder o menu, e esse menu terá os aplicativos portáveis já instalados.

Para instalar um novo aplicativo portável no seu PortableApps, primeiro você precisará baixar o arquivo correspondente diretamente do site do PortableApps. Com o arquivo já no computador (com extensão .paf.exe), clique em Options no PAM e escolha a opção Install a new App.

Na janela de instruções, leia e clique em Install.

Nesta janela você escolhe o instalador de aplicação portável que você baixou do site e pretende instalar.

O interessante é instalar o conjunto exato de aplicações que lhe serão úteis: o mais indispensável provavelmente será o Firefox, até pelo fato de já haver muitos serviços de qualidade oferecidos via web em substituição ao uso de programas desktop. Pronto! Agora você já pode levar "a casa" nas costas como um caramujo.

Só deixo uma ressalva final no caso do Firefox (aplicável em outros casos também, provavelmente): nunca, mas nunca mesmo, retire o pendrive enquanto estiver utilizando o Firefox Portável. Sempre peça ao Windows para remover o dispositivo antes ou você corre o risco de destruir seu perfil. E aí, a casa cai...

Lembranças do Aldemir

Volta e meia, como o próprio Aldemir reconheceu, ele se lembrava do passado e publicava alguma coisa relacionada... O curioso é que, talvez por sermos exatamente da mesma geração (tínhamos a mesma idade), eu tinha muitos dos seus gostos de infância.

Em 29 de abril de 2006, publicou um post que se chamava Sessão Nostalgia e falava sobre uma série japonesa do Homem-Aranha. Sim, o Homem-Aranha no estilo de Jaspion e Flashman, com direito a robô gigante e tudo. Eu soube da existência desta série há muito tempo, só não imaginava que já havia passado no Brasil...

Na Retrospectiva Super Mario Bros, de 15 de junho, Aldemir nos fala um pouco do Mario e mostra dois vídeos: uma viagem através dos jogos que o Mario já teve e um comercial de um jogo do Mario de 1983. Comentário meu: a Nintendo sim sabia fazer jogos divertidos...

Dactar foi o tema de 24 de julho. O post Acho que estou ficando velho falava do Atari e dos jogos daqueles tempos. Bons tempos aqueles... Também tive um. (e um Dynavision 3 também)

Em 23 de agosto, mais séries japonesas em Sou fã de tokusatu. E daí?. Mais nostalgia em uma viagem por séries japonesas que passavam na TV Manchete (sim, eu também assistia sempre!). Para cada série falada, há uma breve descrição acompanhada do vídeo de abertura. Só senti falta de uma série que eu gostava bastante também: o Google Five! (Sim, “Google Five”! Será que o nome da grande corporação dos dias de hoje veio daí?) Era minha série de “grupo de cinco heróis com roupas colantes, cada uma de uma cor” favorita! Especialmente por cada um ter um conjunto de poderes e armas próprios. Eu a achava mais divertida...

Voltando aos games, nos Melhores temas musicais de jogos 16 bits (16 de outubro) nos apresentou cada jogo, acompanhado de um flash do GoEar que toca a música. Infelizmente, não aqui no meu PC. Por isso ainda não pude ouvir todas as músicas... Mas concordo com a grandeza e inesquecibilidade da série Top Gear! (conheci o 2)

Pouco antes disso, em 14 de outubro, aparecia a primeira referência ao mal que o afligia. Em Problemas de blogueiro: “Achei que nunca seria necessário comentar sobre minha doença por aqui, mas como os considero meus amigos não custa nada compartilhar o que tenho passado nas últimas semanas.”

No dia 24 de janeiro deste ano, o Aldemir anunciou uma pausa, prometendo retornar em no máximo uma semana. No dia 27 do mesmo mês ele voltava de mais uma internação hospitalar.

Aldemir Silva era querido em todo este lado da blogosfera. É triste que seus objetivos para 2007 não vão poder mais ser realizados. Os livros por ler... A Universidade para retornar (a mesma Universidade e o mesmo curso em que me formei)... A mudança de plataforma do blog... A compra de um novo computador que pudesse ser somente seu, sem dual boot, rodando apenas Ubuntu... E o transplante de fígado.

Aldemir já fôra o número 15 na fila de espera por um fígado, numa fila onde estava desde 2002. As regras mudaram e ele era o número 768. Que digam para esse pessoal que muda as regras do jogo com o jogo em andamento: se era o que queriam, Aldemir não precisa mais do fígado.

O que fazer? A vida é assim mesmo... Nos prega peças. Aldemir Silva com certeza vai deixar saudades. Mesmo sem o conhecer pessoalmente, acho que cada habitante desse lado da blogosfera se sentia amigo dele. Mas vamos esquecer todos esses momentos tristes finais. E repensar tudo aquilo que ele questionou até o último momento: até que ponto todo esse auê com tecnologia é positivo e a partir de que ponto nos fere.

Aldemir nos deixou, mas não é o fim, só uma oportunidade de novo começo para o nosso amigo.
Boa Sorte, Aldemir!

Aldemir, o Pensador

Aldemir em menos de um ano de blog nos deixou alguns questionamentos. O principal deles, sem dúvida, é a dependência que a tecnologia causa em nós e como a tecnologia afeta a sociedade.

Em seu artigo O mal da tecnofilia, publicado em 11 de agosto de 2006, mostrava-se preocupado com o nível de dependência que percebia em si próprio, que chegou a chamar de “doença”. Dependência de tecnologia. Sentia, com pesar, que a tecnologia não vem cumprindo tanto seu papel de melhorar a vida de todos.

Em primeiro de setembro falava de tecnocracia, no artigo Tecnocratas – Precisamos mesmo deles?. Sobre como a tecnologia cega aqueles que ascendem no conhecimento, criticando quem chega a um patamar elevado em domínio de tecnologias (PhDs, por exemplo) e se esquecem do importante compromisso para com a Sociedade, passando a se preocupar unicamente com dinheiro.

Sua preocupação com a própria dependência tecnológica o levou a publicar em 19 de setembro um texto, Livros e Internet, reclamando como se afastou da leitura de livros nos últimos tempos, dado o tempo em que precisa estar on-line. Em seu A tecnologia e o fetiche do consumo, de primeiro de dezembro de 2006, tratando do mesmo tema, fala “A tecnologia é fascinante, mas não deve iludir. Já disse e repito: A tecnologia deve ser meio e não fim. Deve ser sempre para algo e não o algo.”.

A insistência no tema mostra a importância que tinha em sua vida e, talvez, um dilema barroco: adorar ler blogs, escrever blog, tecnologia em geral; e ao mesmo tempo temer que aquilo tudo não passe de um mundo ilusório que nos afasta, até certo ponto, das coisas que realmente importam. É desejar mais tempo para ler e participar por saber que há milhares de mentes criativas e interessantes com quem comunicar distribuídas pela imensa blogosfera e, ao mesmo tempo, sentir que está indo longe demais no tempo empregado. Sei bem como é isso...

Também nos trouxe alguns posicionamentos e conflitos mais imediatos, como em 3 de agosto, quando publicou Chega, não trabalho mais de graça, onde reclamava a valorização do conhecimento. O velho caso em que conhecidos chamam pra “fazer um serviço” ou acham que é uma boa idéia fazer consultoria numa festa.

O caso mais curioso, entretanto, foi a Proposta indecente, de 22 de agosto, quando o Aldemir ficou na dúvida se instalava ou não Windows pirata no computador de uma amiga, a pedido dela e com pagamento pelo serviço. O computador vinha com GNU/Linux, e foi adquirido com os benefícios do projeto Computador para Todos, do Governo Federal. Em 4 de setembro, vinha a público a decisão tomada pelo Aldemir, no artigo Proposta indecente – Parte 2, decisão esta que foi estrategicamente influenciada pelos comentários feitos ao primeiro post.

Mas apesar de ter cedido e efetuado a instalação no computador de sua amiga, Aldemir era usuário de GNU/Linux. Gostava do Ubuntu e publicou em 13 de setembro Usar Linux é uma questão de escolha, onde argumenta como o “Linux” é uma opção. Com direito a um vídeo da RedHat.

Sua preocupação social ainda se mostrou em pelo menos duas outras ocasiões: em 25 de setembro, quando falou do Dia Anti-DRM; e em 8 de novembro, apresentando uma Petição pela Internet sem Identificação. Esta última é uma longa história... Mas como tenho colocado diversos links para os artigos originais neste meu artigo – e não estou fazendo isso para o texto ficar “bonitinho” e mudando de cor -, você pode – e recomendo que o faça – clicar neles e ler os textos originais.

Aldemir, o Geek

Falando-se em geeks, vamos começar pelo artigo Obrigatório para Geeks, de 15 de setembro de 2006. Nele, o Aldemir apresentava o filme Os Piratas do Vale do Silício, um filme que se propõe a contar a história da Microsoft e da Apple. Uma vez que conheço bastantes dos “truques” historicamente utilizados por aquela, estou inclinado a discordar do Aldemir e concordar com o roteiro na forma como Bill Gates é retratado. No mais, o filme é realmente muito bom e também o recomendo para todos os que ainda não o viram. Aproveito a ocasião para recomendar um outro filme muito bom – este fictício. Ameaça Virtual tem tudo a ver com Software Livre e mostra uma empresa canalha claramente inspirada na Microsoft, mas muito mais malévola que a original.

Em 28 de setembro, o assunto era a urna eletrônica. 10 anos de votação eletrônica. Nele, Aldemir disse desconfiar da segurança, mas não muito. Mais o preocupara a falta de um botão próprio para se votar Nulo (como tem o botão para voto em Branco). Quanto à segurança, há uma discussão sobre o assunto, que é muito polêmico. Confesso que ainda não me aprofundei realmente no tema (ou pelo menos não me recordo), mas já tive oportunidade de ver bem a ponta do iceberg há muito tempo: é interessante a questão.

Beleza falsa? Em 18 de outubro, foi publicado um vídeo mostrando a metamorfose – com ajuda de programas de edição – de uma mulher numa daquelas criaturas femininas artificiais de propagandas de xampu.

Em 8 de dezembro o Aldemir publicou um excelente comparativo entre as propostas de notebooks para uso na Educação. XO OLPC, Classmate PC, Mobilis e Cowboy: Alternativas para a inclusão digital nas escolas.

Para finalizar a minha seleção de artigos “geek” do Aldemir, deixo o penúltimo artigo de seu blog, que foi Como deixar o VLC com cara de Windows Media Player 11 no Ubuntu, em 3 de fevereiro de 2007. Para os que não conhecem, o VLC é um ótimo player de “tudo menos Real”. Ele toca mp3, DIV-X, DVD, OGG, .mov e até .flv. Tem versão para vários Sistemas Operacionais, o que inclui o Windows e o GNU/Linux.

Este artigo é especialmente útil por algumas razões:

  1. o VLC oferece um visual muito simplório e esquisito na forma como vem “de fábrica”;
  2. acredito que muita gente sequer saiba que o VLC oferece suporte a temas. Afinal, por que alguém distribuiria um software com visual feio que chega choca usuários leigos acostumados com requintes visuais de outros players? Quando poderia apresentar um visual mais trabalhado? Eu mesmo não sabia até ver este artigo;
  3. Ao contrário do que pode parecer pelo título, o suporte a temas no VLC funciona também em outros ambientes.

Somente uma ressalva: em alguns casos, o perfil VLC do usuário ficou inutilizável e o VLC simplesmente travava logo na inicialização após aplicar tema. Em GNU/Linux você resolve apagando a pasta “.vlc” no seu diretório pessoal (HOME) que ele volta à configuração de fábrica. Simplesmente não faço a menor idéia de como reverter este problema quando ocorre em ambiente Windows...

Aldemir, o Blogueiro

Esta é uma homenagem póstuma ao amigo Aldemir Silva, dividida em quatro partes. Selecionei alguns posts de seu blog e os apresento aqui, divididos por temática. Hoje, apresento o blogueiro Aldemir Silva.

Dia 23 de março eu publiquei um artigo questionando o mau uso de certos recursos (SEO) por alguns probloggers. O Aldemir já havia tratado do assunto em 9 de novembro. Infelizmente, por não ter uma memória de longo alcance, terminei não o citando na discussão. Não há muito o que acrescentar à discussão, as opiniões dele e minha convergiam.

Houve um polêmico caso ano passado, quando um vídeo de Daniela Cicarelli vazou no Youtube. A polêmica maior não foi esta, mas o fato de a envolvida ter tentado – e conseguido, ao menos por algum tempo – ordem judicial de bloqueio de acesso ao YouTube a partir do Brasil. Aldemir escreveu em 9 de janeiro deste ano 10 conclusões suas sobre o caso. Quem não leu ainda, leia: são conclusões interessantes.

Sobre probloggers, o Aldemir não parecia ter tanto interesse em se tornar um, mas em 15 de janeiro ele publicava que começava a colocar algumas propagandas pelo blog, do Google AdSense e do Buscapé, mais especificamente. Justificando a decisão, deixava claro seu interesse sim em deixar o Blogger e partir para uma plataforma como o Wordpress, usando um serviço de hospedagem, e para isso serviria o que fosse adquirido

Ele se preocupava muito com comunicação entre blogs, preocupação melhor detalhada em seu post Comunicação é a Alma do Blog, de 29 de janeiro. E em seu post de despedida, que ninguém sabia – nem mesmo ele - que seria seu último post: Como é sua comunicação com os leitores.

Aldemir também empregou alguns posts passando dicas interessantes de serviços que encontrava. Alguns que, em especial, achei interessantes, foram:

  • uma forma de criar favicons, dica muito útil para quem tem um blog ou site e quer um “ícone personalizado”;
  • um gerador de imagem de fita k-7, onde você digita um nome para o artista, o album e um subtítulo e o serviço gera uma espécie de montagem de fita k-7. Não é exatamente um serviço útil, mas é interessante;
  • um conversor de arquivos online chamado Media Convert. Este, em especial, já me foi útil diversas vezes. Precisa converter um vídeo de um formato estranho para MPG? Ele faz. De mp3 para OGG Vorbis? Ou o contrário? Faz. Converter aquele arquivo importante que você recebeu pelo e-mail acessado da lan-house e veio no formato do OpenOffice.org? Precisa converter para MS Word? Ele faz! É realmente um canivete suíço!
  • um “youtube das apresentações de slides”. Devo confessar que não dei muita importância para este serviço quando o Aldemir o indicou, em 22 de novembro do ano passado. Hoje, relendo, ele realmente me parece interessante e vou estudá-lo mais.
  • contador de links recebidos através do Technorati. Funciona como um trackback automático, mas restrito a blogs cadastrados no serviço internacional.

Aldemir era um cara muito ligado à blogosfera, acessava diversos blogs e sempre participava de discussões, ao contrário de mim, que sequer agüentei o tráfego da lista criada para a Blogosfera e saí com um mês de inscrito.

Se quiser conhecer os blogs que o Aldemir acessava, a lista está na nota de falecimento publicada pelo Doufer.

Qual o Limite do Problogging

  • Atualizado 24/03/2007 09:20: corrigindo equívoco sobre SEO

A idéia não era tão estranha. Muita gente já havia tentado manter uma homepage pessoal antes que alguém viesse falar de blogs. A diferença é que essas páginas pessoais de antigamente eram escritas diretamente em HTML. Mas não é de hoje que páginas de conteúdo são mantidas por esforços individuais, assim como não é de hoje que elas apresentam temática própria.

Mas então vieram os blogs, tão revolucionários! A idéia era manter sites de notícias, como jornais, diários de bordo ou qualquer outra publicação onde os últimos textos publicados são colocados sempre antes dos pré-existentes. Eis então o blog.

No início era apenas passatempo, como eram na época das homepages pessoais. Até que um dia o blogueiro encontrou a remuneração.

Primeiro vieram os banners. Tudo bem, banners são comuns em qualquer portal de notícias. Alguns não aceitavam, mas os banners ficaram.

Depois veio o Google com seu AdSense. Começaram a colocá-lo no lugar dos banners, ou junto a eles. Sendo como banners, só que apresentando texto ao invés de imagens. Até então, tudo bem.

Veio então a idéia de otimizar blogs para faturamento, o que consiste em colocar propagandas misturadas com o texto. Por quê? Pra que cliquem sem querer e pra que mais pessoas vejam as propagandas e leiam. A essa altura, as cores de link já eram as mesmas dos links normais do blog, o mesmo com o texto. E a borda já havia sumido. É estranho ter que ler textos em áreas poluídas visualmente, desviando a vista de propagandas que se apresentam misturadas às notícias, mas os probloggers nos disseram que isso era bom e necessário, pois eles precisam ser pagos.

Eis que surgem então alguns sistemas de propaganda baseados em link. Então, as propagandas deixaram de apenas se misturar ao conteúdo dos blogs para se camuflarem de links dentro do conteúdo. Poderíamos dizer que links servem para auxiliar o internauta, ajudando o internauta a buscar mais informação sobre o que procura, mas não a turma problogger. Para eles, link nada mais é do que um caminho para alterar o índice de renda.

Então começam a alterar a linha editorial dos textos, tentando usar o máximo de palavras mágicas que o Google capte e use para dar prioridade a seus blogs nos resultados das buscas. Começam a escrever por encomenda. Começam a usar links como propaganda e pensando apenas no Technorati. E dizem que é preciso.

E agora o Bruno Alves lança o SEO-Brasil, um blog tratando de como tornar seu blog ou site mais "atrativo" para sistemas de busca. É do tipo de técnica neutra, mas que pelo andar da carruagem vai mexer com a cabeça de muitos pretensos probloggers, gerando toneladas de posts irrelevantes, mas bem posicionados. E isso já vem acontecendo, de certa forma.

Sempre que entro em blogs cheios de anúncios e com práticas como as que já citei tenho a impressão de que estou no canto errado, de que o blog não está sendo feito para mim (enquanto leitor interessado no texto), mas para os visitantes que vêm acidentalmente através do Google. Por isso tem sido tão interessante RSS, mas alguns já querem colocar propagandas ali também...

Parece que não é só impressão. Todo o papo de "é necessário" é só para acalmar os leitores e fazer com que se acostumem com isso. E o auê todo multiplica a prática e faz com que leitores aceitem por bem ou por mal. Como as músicas que passam nas rádios brasileiras, que são repetidas até a exaustão. Me entristece ver o espírito capitalista atingindo os blogs desse jeito.

Sei que é difícil, renda com AdSense é ridícula sem tomar essas posturas, mas será esse realmente o único caminho possível?

Blogueiros têm que se manter se quiserem viver só disso, mas blogs estão se tornando o novo Eldorado. Não duvido que alguns consigam aumentar e garantir uma renda com tais práticas, não é esta a questão. A questão é o preço. Aliás, nessas fórmulas mágicas de enriquecimento, geralmente quem vende as fórmulas é que se dá muito bem, enquanto a maioria que tenta naufraga. É sempre assim, com livros que tratam de "como ganhar dinheiro com (escreva aqui a forma da moda na época)", Herbalife ou qualquer outra solução milagrosa para enriquecimento.

Eu sei que a maioria vai correr para esse lado, mas tudo bem, já estou acostumado a nadar contra a corrente. Sou usuário de Software Livre há anos e por causa das idéias originais, não por causa de mercado; nego-me a ouvir certas músicas... Vai ser só mais uma postura para a lista. O Bardo continua com o AdSense desse jeito de sempre, no canto dele, sem atrapalhar a leitura (e desde o tema novo, sem atrapalhar também o carregamento da página). Espero um dia poder pagar a hospedagem com ele, mas ele permanecerá onde está.

Desculpem-me se pareço desagradável dizendo tudo isso, mas era preciso. É mais um desabafo. Mas como dizem os Titãs, " Dizem que não há nada que você não se acostume. Cala a boca e aumenta o volume então"...

-- Cárlisson Galdino

P.S.: É importante lembrar: pessoas são esféricas, não há pessoas boas, más, éticas, justas, injustas, inconseqüentes em totalidade. Ninguém é feito só de virtudes nem só de defeitos, e mesmo o conceito de virtudes e defeitos varia. Na maioria das vezes, não é justo julgar pessoas, mas sim atitudes.

Atualização: Houve uma confusão de minha parte sobre o que significa SEO exatamente. Para também entender melhor o que é SEO, recomendo este post sobre SEO do Bruno Alves, que me foi indicado pelo próprio autor e fala justamente da confusão que fiz e que, pelo jeito, é comum. Isso muda um pouco minha visão sobre SEO, mas não o teor do post. Agora vejo SEO com sinal amarelo, e não vermelho. Assim, a mudança no texto foi para desfazer o julgamento negativo e injusto da iniciativa do Bruno com seu novo blog SEO-Brasil, que não é o mal em pessoa blog, mas um potencial gerador de alpinistas do Google. Agradeço ao Bruno pelo esclarecimento e peço desculpas pela postura inicial. Quanto ao SEO-Brasil... Sinceramente? Acho que muita gente vai abusar das dicas fazendo exatamente o que citei neste artigo, mas privar de informação não corrige caráter e ética das pessoas, então deixa ver onde isso termina...

Sobre Linguagens de Programação em Português

Simão Pedro, do SOS Bugs publicou em seu blog um artigo entitulado linguagen de programação em português (tsc), onde apresenta a linguagem LogicBasic.

Falando um pouco sobre a linguagens de programação em Português...

Existe também o interpretador ILA com o ambiente AMBAP (desenvolvido na UFAL), também em Português, mas com sintaxe baseada em Pascal e focando diretamente o aprendizado.

Sinceramente? Não acho linguagem em Português uma idéia tão boa assim.

O objetivo de aprender a programar é pra ser independente de lingagem, ok. Todas as linguagens sérias têm palavras em Inglês que você precisa conhecer: IF, WHILE... Começar com uma linguagem em Português não resolve, só adia o problema.

E se você não está propondo uma linguagem para uso bem específico (como o ILA, que é para educação em Programação), ainda há outros pontos:

  1. Tudo bem você ter uma lingagem de programação, mas isso não basta. Você precisa de uma API ampla, que lhe atenda as necessidades e não exija que você crie tudo do zero.
  2. Programando em uma linguagem assim, você limita muito o pessoal que pode contribuir com o projeto, no caso de Software Livre. Entenda assim: se você faz um programa realmente muito bom nela, você pode atrair atenção do mundo, mas só atenção, não ajuda. Muito dificilmente vai receber ajuda de um russo ou francês em código. Se seu software livre em (coloque-aqui-o-nome-da-sua-linguagem-em-português-favorita) for realmente um sucesso, a primeira coisa que vão dizer é: reimplemente em (C ou Java ou Python ou Ruby ou outra) e se você não o fizer, alguém o fará, e receberá ajuda.
  3. O código que você gere será inútil paa 99.999% dos softwares já existentes, mesmo que tenha potencial de melhoria para eles, a menos que você o refaça em uma linguagem mais conhecida.

E geralmente essas linguagens são interpretadas ou compiladas para alguma máquina virtual.

E no caso do LogicBasic, que eu não conhecia, há ainda uma outra desvantagem: parece ter apenas versão para Windows, além de não ter ficado claro - ao menos para mim - a licença de uso (o autor do blog diz ser uma "linguagem livre", mas mostra logo em seguida um conceito impreciso para a expressão).

Se você quer uma linguagem em programação em Português analise bem as motivações. As desvantagens são grandes demais se o problema for só preguiça dificuldade no aprendizado de Programação. Se for realmente necessário, por que não usar tecnologias já existentes como base: criar uma linguagem que use Mono ou Parrot, por exemplo...

Feliz DIM'2007

Já repararam como em muitas espécies os machos são mais fortes, mais exuberantes, ou simplesmente mais destacados? O pavão, além de ter uma penagem de um azul vivo, ostenta uma cauda com mil olhos, enquanto suas fêmeas são bastante discretas.

Os sapos coaxam para atrair as fêmeas. E as sapas são mudas. O lendário Uirapuru não canta para nos maravilhar, mas sim às fêmeas.

Os machos das aves-cetim não somente fazem os ninhos, como também os colorem de azul. Há também os Patolas de pés azuis. Mas nem todos preferem o azul, os machos da espécie de aves Fragata têm papos vermelhos, que ainda inflam no período do acasalamento.

O Tiziu é um pássaro que mostra suas habilidades saltando. São os machos que tentam saltar mais alto, enquanto as fêmeas simplesmente assistem. Há aves que fazem coisas mais úteis, como a ema, cujo macho constrói o ninho.

Muitos outros brigam pelas fêmeas, por isso são mais fortes, ou mais rápidos, ou possuem presas mais perigosas. Alguns duelam até a morte.

Isso tudo não quer dizer que os machos sejam melhores. Quem moldou os machos foram as fêmeas, através de gerações. E onde está o verdadeiro poder? No macho ou na fêmea que é capaz de fazer com que os pavões de caudas maiores sobrevivam, mesmo sendo mais difícil fugirem com predadores à solta?

Isso acontece muito entre os humanos também. Pelas mulheres, muita coisa foi criada: poesias, quadros, canções, até blogs e programas de computador!

Mas a Mulher, que sempre foi "responsável indireta" - ou causa - de muitas conquistas humanas, cada vez mais muda sua própria postura. E deixa de ser a "seletora" para cada vez mais ajudar a construir o Futuro diretamente. O Homem, talvez inconscientemente, percebe o poder feminino e teme ser deixado de lado. Há tanta dificuldade e é tão difícil mudar uma cultura... Mas a mudança tem que acontecer.

É mais fácil aceitar as coisas como são e se acomodar guiando indiretamente a História. Mas é preciso que as mulheres continuem brigando por seu espaço. E é preciso que os homens entendam e aceitem: a Humanidade ganha muito mais com a Mulher sendo, junto ao Homem, agente e não apenas causa ou "seletora". Pra quê um mundo de pavões prepotentes e pavoas sem graça se podemos viver em um mundo de Joãos (e Marias) de Barro ou de Pingüins Imperiais, onde o macho e a fêmea trabalham unidos?

Por isso, neste 8 de março, se me perdoam a possível incoerência, gostaria de parabenizar não todas as mulheres, mas as mulheres de personalidade, de determinação, de caráter, de postura, de intelecto, de atitude. Que o mundo seja cada vez mais agraciado com mulheres assim: o mundo precisa de vocês!

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